DIFÍCIL É SER DIFERENTE

Outro dia, minha filha mais nova me falou: “minhas amigas ouviram meu Mp4 e não gostaram de nenhuma música”. Perguntei o porquê e ela falou: “elas ouvem brega, swingueira (o que será isso?) pagode. Fiquei felicíssimo! Nem tudo está perdido. Já escrevi aqui que me acostumei aos guetos e o amigo Grijó, do Ipsis Litteris, corrigiu-me dizendo que os pequenos grupos, que gostam de coisas de que a maioria não gosta, não são guetos, mas focos de resistência. Seja como for, a realidade é essa. As pessoas vão sempre estranhar que você não goste daquele cantor que aparece no Faustão, ou daquele sensacional intérprete que ganhou o concurso do Raul Gil. Você vai ser sempre o diferente. Claro, não falei essas coisas para minha filha mas ela vai descobrir com o tempo. Dei como exemplo a música, mas esse modelo aplica-se a todos os segmentos da cultura. Agora, uma coisa é certa: para ser diferente é preciso ter personalidade forte e muito, muuuuuuuuuuuito saco para aguentar a chateação dos outros!

Comments

5 Responses to “DIFÍCIL É SER DIFERENTE”

Vandré disse...
8 de abril de 2009 às 15:20

Apesar de ser eclético e curtir de tudo um pouco,tenho a maior adoração pelo rock nacional e mpb, mas acho que a musica tem muito a ver com os momentos que estamos vivendo.Quando encontrar com o Lito da um abraço nele por mim.Adorei a nova cara do Jornália ficou muito massa. Valeu!!!

Leandro disse...
8 de abril de 2009 às 20:36

Os "diferentinhos" não costumam ser muito bem vistos, porque não ajudam a movimentar os negócios e, de uma forma ou de outra, acabam oferecendo riscos à estabilidade do sistema.
Por isso há uma pressão muito grande para que os desgarrados voltem à manada.

Bete Meira disse...
8 de abril de 2009 às 23:28

Só é diferente quem se sente assim.Quem disse que o mundo tem que ser igual,uniforme?Onde está escrito que todos devem ter os mesmos gostos e interesses?Diversidade é a marca da humanidade,"toda unanimidade é burra"! Não vejo guetos nem focos de resistência,apenas pessoas diferentes,com gostos e culturas diferentes, "nem melhor nem pior,apenas diferente". Mas essa diferença não é ruim,excludente,preconceituosa,é apenas a variação natural como doce/salgado/amargo/quente/frio... Respeito pelo outro é o problema. Por que o meu gosto é o melhor,o certo,o de qualidade?Tudo é questão de referencial. Posso não gostar do "sensacional intérprete que ganhou o concurso do Raul Gil" por questão de preferência musical,mas posso enxergar nele a potência vocal e a afinação,se as tiver,do mesmo modo que posso gostar muito de outro que não tem voz nem afinação, mas canta o que me agrada. O que é "lixo" pra mim,é "luxo" pra outro e a vida segue. Não me sinto diferente de ninguém,nem superior ou inferior. Meu lema é "viva e deixe viver",cada um cuide da sua vida,faça suas escolhas,seja responsável por elas e respeite o direito dos outros fazerem o mesmo. Gosto de Sérgio Lopes,Marco Aurélio,Aline Barros,Gérson Cardozo,Roberto Carlos,José Augusto,Robinson Monteiro,Bruno e Marrone,Verônica Sabino,Joyce,Rosana,Patrícia (Marx),Vivaldi,Caetano,Chico, MPB 4,Roupa Nova,Titãs,Paralamas,RPM, Elvis, Elton John, Emílio Santiago(...)!E daí?????????? "QUEM NÃO PAGA MINHAS CONTAS E NÃO ENXUGA MINHAS LÁGRIMAS,NÃO SE META NA MINHA VIDA".

ED CAVALCANTE disse...
9 de abril de 2009 às 15:46

Essa diversidade seria fantástica se existisse, de fato, nos meios de comunicação. Mas o que eu vejo é as pessoas querendo me obrigar a ouvir Calypso, Swingueira,Victor e Leo. Esperimenta fazer uma festa na sua escola e põe pra tocar Chico, Mpb4,Paralamas Titãs. Voc~e sabe o que vai acontecer, né? Quem faz a programação das rádios (e recebe das gravadoras para tocar) exclui do "cardápio musical" muitos bons artistas. Se meu gosto é excludente, Faustão, Raul Gil, Rádio Recife e todos que se rendem ao mercado fácil também o são. Tenho certeza absoluta, Bete, que seus netos ouvirão Chico, Caetano, Vivaldi. Mas, certamente, ninguém lembrará de Victor e Leo e correlatos!

Ps: Não só os pagadores de contas enxugam lágrimas, os amigos também!

Beijos!

Bete Meira disse...
9 de abril de 2009 às 17:01

KKKKKKKKKKKK!Caro Ed,sabia q vc replicaria!Inegável sua conclusão,sei bem que há "os imortais" e os "descartáveis", só quis enfatizar o RESPEITO,que é fundamental em qualquer área da vida. Sei que existe o famoso "jabá",o protecionismo,panelinhas que deixam à margem excelentes artistas e investem nos "sem-talento",mas que agradam ao grande público e garantem retorno financeiro aos interessados. "QUEM NÃO PAGA MINHAS CONTAS NEM ENXUGA MINHAS LÁGRIMAS NÃO TEM O DIREITO DE SE METER NA MINHA VIDA" foi dito pela jornalista Xênia Bier,uma mulher com uma bela história de vida e pouco reconhecimento. Todos se acham no direito de dar palpites,ditar regras,criticar,mas na hora da necessidade,seja financeira ou emocional,fazem cara de paisagem e saem de fininho,por isso adotei essa máxima de Xênia,sei que você me entendeu e sabe que é linguagem figurada com um alcance muito mais profundo do que aparenta.
BOA PÁSCOA!!!BEIJOS!!!

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