O SOM IMAGINÁRIO DO ZÉ

Recebi hoje a triste notícia de que o Zé Rodrix havia falecido. Não quero falar sobre a morte dele mas sobre a boa música que produziu. Na minha cabeça sempre existiram “três Zés”: O compositor, o integrante do Joelho de Porco e o integrante do trio Sá, Rodrix e Guarabira. Cada um contribuiu com um pouco para minha formação musical.

O compositor Zé Rodrix eu conheci através do clássico “Casa No Campo”. Escrita em parceria com o Tavito, essa canção virou uma espécie de hino dos hippies, na década de setenta. Seria, posteriormente eternizada na voz de Elis Regina. No longo período em que fui cantor da noite essa canção me acompanhou como um hino underground.

Com o Joelho de Porco Zé Rodrix pôs em prática o seu lado performático. O grupo era uma espécie de “oficina do escracho”, sustentou a bandeira da contracultura numa época em que o Brasil estava mergulhado numa violenta repressão. O grupo serviria, anos mais tarde, de modelo para a retomada da cena pop-rock do Brasil no início da década de 80. A Blitz usou e abusou dos recursos criados pelo Joelho na década de 70.

Por fim tem o Zé do chamado Rock Rural, integrante do trio Sá, Rodrix e Guarabira. Confesso que essa parte da carreira do Zé, descobri tardiamente, no disco revival “Outra Vez Na Estrada”, que ouvi na casa de um amigo. A canção “Jesus Numa Moto”, de autoria do Zé Rodrix, soou -me como uma espécie de elo perdido da década de 70. Anda comigo no mp3 desde então.

Não, não me esqueci do Zé cantor do hit “Soy Latino Americano”, mas dessa parte prefiro não falar porque não curti. Afinal, ninguém é perfeito. Segue o vídeo da canção “Jesus Numa Moto”

Comments

6 Responses to “O SOM IMAGINÁRIO DO ZÉ”

Tainã disse...
23 de maio de 2009 às 19:07

zé rodrix...n conhecia esse cara,mas me surpreendi quando,ontem,3 pessoas super cults twittaram sobre a morte dele...ele tinha bons amigos pelo jeito

SBIE disse...
23 de maio de 2009 às 19:10

Primeirão!!

Bem eu não conhecia o Rodrix!
Acabei assistindo o video mas nao me lembro da música! Talvez os mais velhos um pouqinho podem ser mais entendidos do assunto!

Mas seu post foi muito bom!
Parabéns!

SBIE disse...
23 de maio de 2009 às 19:11

Teve alguém que postou antes, rsss, foi mais ligeiro!

lisspow disse...
27 de maio de 2009 às 12:18

ele se foi, mas nos deixou obras preciosas.

Hilda B. disse...
20 de junho de 2009 às 12:34

É, Ed, sinto te decepcionar mas Jesus Numa Moto não tem nada de setentista, muito menos rock rural! Foi composta em final de década de 90, solo do Zé, e entrou no disco "Outra Vez na Estrada".
Para conhecer o trabalho do Zé ( que é muito mais do que os 3 "Zés" que vc diz conhecer) escute o disco "Terra" e "Passado, presente, futuro" ( que foi recrido na Virada Cultural de 2008 no TMunicipal de SP), ambos com Sá e Guarabyra na fase Rock Rural.
E passe no blog http://paraisoagora.blogspot.com
Vc vai descobrir que os "Zés" são múltiplos: Escritor, Diretor Teatral e Musical, Ator, Comediante, Publicitário, e por aí vai...
Depois me conta...
Abraços!

ED CAVALCANTE disse...
21 de junho de 2009 às 12:55

Hilda, você não me decepcionou em nada, apenas deu sua opinião, esse é o propósito do blog. Eu não disse que "Jesus Numa Moto" era dos anos 70, volte ao texto e veja que eu falei que o disco "soou-me como uma espécie de elo perdido da década de 70".

A música (e o disco e questão) é rock rural sim. O fato de ter sido concebido na década de 90 não quer dizer absolutamente nada, o estilo é o mesmo, a música dele é atemporal.
Outra coisa que você entendeu errado: não disse que só existiam três Zés. Volte ao texto e veja que eu falei que NA MINHA CABEÇA sempre exitiram três Zés. É o que eu conheço dele, não o que ele é. Questão de interpretação de texto, amiga.

Agradeço pela visita, volte sempre!

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