NÓS E OS CHATOS

Virou moda, quase todo mundo anda com seu discurso “politicamente correto” no bolso. Desde então, manifestar opiniões sobre qualquer assunto que seja dá margem a uma discussão interminável. Não podemos mais torcer pela Seleção Brasileira de Futebol. Logo aparece um chato falando que a Seleção só tem jogadores ricos que não dão a mínima para você. Se perde é porque Dunga é burro, retranqueiro. Se ganha, é porque o adversário era fraco. “Também, os Estados Unidos. Queria ver se fosse a Espanha!” Esquecem que os Estados Unidos trituraram a Fúria de forma bastante competente. Os chatos são incoerentes.

Você não pode mais ver tevê. Algum chato no trabalho, na escola, na faculdade, vai dizer que você (que paga suas contas,trabalha, passou em concursos públicos, etc. etc.) está ficando burro, está perdendo tempo. Mesmo que você saiba que ver tevê é mera distração, o chato vai insistir e proferir aquele discurso de almanaque: “vá ler um livro”. Mas você não pode ler o livro que gosta. Tem que ler aquele autor (de preferência europeu) que só o chato e o editor (do livro) conhecem. Não importam suas experiências, seu gosto, seus parâmetros de mundo. Nada disso importa, você tem que ler o livro que o chato admira.

Vivemos cercados por figuras assim. Pense e você vai lembrar-se de algum. Aquele cara que odeia internet e acha que todo mundo tem que odiar. Quantas vezes você não ouviu a frase: “Você tem Orkut? É muita coragem!”. Tem aquele que nunca, nunca foi a um estádio de futebol e quando você fala que vai ver seu time jogar, vem aquela frase infame; “Eu é que não vou, do jeito que anda a violência”. Imagine se fôssemos dar ouvidos a esses chatos?

Quando estiver com tempo, leia a fábula "O Velho, O Menino E O Burro" (que você encontra aqui). A moral da história é a mesma do post que escrevi acima.

Comments

4 Responses to “NÓS E OS CHATOS”

Paulo Roberto disse...
30 de junho de 2009 às 09:45

Oi Ed,aqui como sempre, sugestivos e brilhantes textos.
Acho que todos nós somos assim um pouco, tirando por mim que sou um chato assumido.
Mas a verdade é, se formos da atenção a tudo o que os outros falam, não viveremos nossa vida.
Sempre tem um pra discordar e outro para concordar. Seguir em frente e escutar nossa consciência quase sempre é o caminho.
Um abraço!

kekedascully disse...
30 de junho de 2009 às 13:23

Concordo plenamente com vc. Acho que as pessoas que têm o direito de gostar do que quiser. Lógico que critico algumas coisas que meus amigos veem. Porque eles só assistem aquilo e com certeza ficam com a mente muito fechada. Não fico martelando no ouvido nem reclamando do que as pessoas fazem de suas vidas. Afinal cada um sabe o que é bom para si, ou pelo menos deveria saber.

TIAGO SÂNZIO disse...
30 de junho de 2009 às 13:26

Na minha época de faculdade encontrei muitos chatos desse nível ou até piores. Chego a dizer que em certo momento eu estava me tornando um deles, principalmente em relação à tv e livros. Mas tenho que dizer, futebol fica impossível abandonar. Qualquer razão vai por agua abaixo e dane-se. Ver meu time jogar vale qualquer aborrecimento que seja!

30 de junho de 2009 às 13:38

Oi, Ed!

Por isso que não dou a mínima para os chatos de galocha...hehehe. Reclamar de tudo é doença...rs!

Abraço

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