MASSACRE DE KATYN, A VERDADEIRA HISTÓRIA

Quase nenhum livro de história relata o genocídio acontecido em 1940 na Floresta de Katyn, arredores de Smolensk, Rússia. Em 1943, soldados nazistas descobriram nesse local uma quantidade enorme de valas comuns que serviram de sepultura para milhares de oficiais do exército polonês. Inicialmente o crime foi atribuído aos alemães, teria sido mais uma das inúmeras atrocidades cometidas a mando de Adolf Hitler. Em pronunciamento oficial, o governo russo informou que deixara para trás milhares de prisoneiros em Smolensk. Os alemães localizaram os campos de concentração e efetuaram o massacre para usá-lo como propaganda política.

Durante meio século a versão russa foi aceita como verdadeira. Entretanto, várias entidades ligadas aos direitos humanos sempre alertaram para os indícios que contrariavam a história contada pelos russos. Esses indícios foram rechaçados pelo próprio governo polonês que no pós-guerra viveu sob a tutela da ex-União Soviética fazendo parte da chamada cortina de ferro. Eles alegaram que em 1943 a Cruz Vermelha polonesa exumou os corpos e constatou a veracidade da história contada pelos russos.

A Verdadeira História

Em 1940 o exército russo transportou milheares de militares poloneses para três campos de concentração: Kozielsko, Starobielsk e Ostaszkov, conhecidos genericamente como Katyn, perto da cidade russa de Smolensk. Nesses locais, os prisioneiros foram executados com tiros na nuca e jogados em valas comuns. Depois do massacre, o governo russo obrigou vários cidadãos poloneses, parentes dos desaparecidos, a assinar declarações em que reconheciam que o massacre fora praticado pelos alemães. Quem se recusou a participar da farsa, foi eliminado.

Apenas em 1989, depois de quase meio século dessa gigantesca farsa, o governo russo rendeu-se às irrefutáveis provas que atestavam a culpa do Exército Vermelho. O líder soviético Mikhail Gorbachev reconheceu a responsabilidade do seu país. Em 1992, o então presidente Boris Yeltsin, entregou ao então chefe de Estado polonês, Lech Walesa, documentos que provavam o massacre de dezenas de milhares de militares e civis poloneses em Katyn. Entretanto, em 2005, a Promotoria Militar Russa, reacendeu a discussão quando negou que o Massacre de Katyn foi um genocídio.

O fato é que um dos capítulos mais negros da história mundial foi encoberto por uma farsa agora revelada. Estima-se que mais de 140 mil poloneses entre civis e militares foram mortos nos campos de concentração de Katyn. Para uma melhor compreensão dessa dolorosa página da história, sugiro o filme “Katynn”, de “Andrzej Wajda “, lançado no Brasil no começo de 2009.

Clique AQUI e assista ao filme, na íntegra, dublado em português, via Google vídeos.

Comments

4 Responses to “MASSACRE DE KATYN, A VERDADEIRA HISTÓRIA”

treino disse...
16 de outubro de 2009 às 08:35

É impressionante, Ed, como a publicação (e, portanto, torna-se verdade) de versões ganha proporções que, graças à insistência humana, são minimizadas. Imagine quantos genocídios foram cometidos contra comunidades que se recusaram a compactuar com a ordem estabelecida!

Tenho-me dedicado - não com tanto fervor, porque o tempo é escasso - a estudar sobre Leopoldo II, o belga genocida. Na semana passada, li um artigo de um professor norte-americano que afirmava que os genocídios colonialistas eram necessários para o equilíbrio social. É mole?

Abraço.

ED CAVALCANTE disse...
16 de outubro de 2009 às 09:35

O tempo escasso é o meu problema também , Treino. Sobre as atrocidades espalhadas pelo mundo afora, vamos denunciando, trazendo a baila, cumprindo o nosso papel de cidadão.

Obrigado pela visita!

Anônimo disse...
10 de fevereiro de 2010 às 15:15

Caríssimo Ed. hoje fiz uma leitura tenta sobre o pouco que existe disponibilizado à respeito do massacre de Katyn, temos o dever de trazer para o conhecimento do público esses genocídios que a história esqueceu como por exemplo o massacre de um milhão de armênios pelos turcos e muitos outros, isto tudo para evitar que grandes assassinos passem para a história como grandes heróis. Gostaria de fazer um debate sobre a guerra do Paraguai por exemplo.

ED CAVALCANTE disse...
11 de fevereiro de 2010 às 23:41

Essa é a ideia, amigo anônimo, denuncia para que o mal não se repita.

]Abraço!

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