“DIZ-ME COM QUEM ANDAS...”

Por esses dias, a tevê mostrou algumas imagens que revelaram as ligações perigosas de alguns nomes badalados do futebol carioca com criminosos. Primeiro Adriano, que protagonizou, com o perdão do (infame)trocadilho, um tremendo barraco numa favela com sua noiva. Ele, inclusive é reincidente, já foi flagrado passeando de moto, sem capacete, numa favela com um suspeitíssimo amigo.

O mais recente flagrante envolveu o atacante Vagner Love que, abertamente, transitava por uma festa cercado por traficantes armados. Quando questionado sobre esse estranho passeio disse que estava acostumado com esse tipo de ambiente. Comentou: Não vou deixar de frequentar minhas origens e minhas raízes”. Eu poderia citar ainda o caso do cantor Belo ou do goleiro Júlio César, mas os dois exemplos acima já me bastam.

Esses ilustres atletas, nascidos no “país do futebol”, atuam no clube mais popular desse pais e, por isso, (e também por força da mídia) acabam servindo de exemplo para grande parte da garotada que sonha com a fama e com o estrelato que o futebol pode proporcionar. Essa é uma terrível constatação. Achar normal transitar entre bandidos armados com AR-15, HK e tantas outras máquinas mortíferas que se popularizaram no noticiário policial, é um acinte. Devemos nos revoltar e protestar contra isso.

Esses mesmos jogadores, muitas vezes, criticam os integrantes de torcidas organizadas que se matam em batalhas inglórias pelos estádios do Brasil. Pura hipocrisia. Aqueles que patrocinam as festas nos morros que eles frequentam, também patrocinam a violência que interrompe a vida de muitos garotos da periferia. Mas como tudo isso “é normal” e faz parte das origens desses ídolos, continuaremos a ver imagens tremidas dessas festinhas.

Comments

2 Responses to ““DIZ-ME COM QUEM ANDAS...””

Bruno Moraes disse...
24 de março de 2010 às 11:56

Grande Ed, é fato o paradoxo diante tal situação, mas em parte sou obrigado a discordar de você, infelizmente todos sabemos que o que foi posto à nossos olhos a cerca do fato do Wagner Love não passa da realidade vivida nas favelas do nosso país, o nosso Código Penal não imputa crime algum a ser "amigo" de traficante, o "x" da questão como você cita está no sentido do jogador ser uma pessoa pública, mas pessoas públicas também são dotadas de direitos, de liberdade, e assim o jogador viveu, a sua infância foi assim, naquele meio que fincou suas raízes e de lá saiu em busca de algo melhor, que almejou, não significando que lá não irá retornar, e se o crime prevalece lá hoje como assim prevalecia quando este ainda era um garoto cheio de sonhos não é culpa do Wagner Love e nós bem sabemos disso...apesar das novas declarações do jogador nos últimos dias, controvertendo o que havia dito anteriormente. Mas tá lá, o que é do Wagner, é love.

ED CAVALCANTE disse...
25 de março de 2010 às 10:54

Bruno, sei que não é crime ser amigo de traficante, mas para uma pessoa pública e ainda por cima, ídolo de muitas crianças, esse comportamento é absolutamente reprovável.

Rapa, obrigado por visitar o meu blog!

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