CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA QUASE TRAGÉDIA

Lembrei-me dos versos de uma canção dos Titãs (Epitáfio) ontem quando me desviei de uma tragédia: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”. Em uma das escolas em que trabalho houve um desabamento parcial de um dos prédios que compõem o complexo. Um casarão antigo, quase centenário, aparentando ótimo estado de conservação, perdeu parte da fachada. Mas o que isso tem a ver com a canção dos Titãs? Explico: o acidente aconteceu num momento em que não havia ninguém no prédio nem nos corredores. Depois de um dia inteiro de aula, de crianças transitando pelo local, o prédio “escolheu” o horário de solidão entre os turnos para tombar e dar sinais de que uma restauração de verdade tem que ser feita. De arrepiar!

Atônito com a imagem dos escombros desencanei de tentar entender o monte de “porquês” que cercam mais esse mistério da vida. A maioria disse que foi obra de Deus, outros falaram que foi um capricho do destino (só se morre no dia), houve ainda os que apenas choraram. Eu, que cotidianamente passo pelo local onde houve o desabamento (no horário em que tudo aconteceu), sabe-se lá por que, resolvi jantar em casa ontem e soube do acidente através de uma ligação assustada de um amigo. Hoje, com o perdão do paradoxo, celebro a vida ouvindo “Epitáfio”

Comments

8 Responses to “CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA QUASE TRAGÉDIA”

Bete Meira disse...
27 de outubro de 2010 às 22:00

O acaso não protege ninguém, caro Ed!Alguém lá em cima gosta de você, não tenha dúvida. Aqui embaixo muita gente gosta de você e comemora o fato de você ter mudado a rotina e se livrado de um sério acidente!Mas quando Deus quer livrar, não tem isso. Ele mandaria anjos para segurar os prédios na sua passagem!
Kkkkkkkkk, isso é que é Deus!Bjin!

Anônimo disse...
28 de outubro de 2010 às 12:36

Cara, me lembro que em 2004, não lembro bem o ano, acontecu um episódio assim aqui na escola, só que foi uma árvore que caiu em cima de duas salas de aula. O que parece coincidência é que a sala onde caiu a árvore era onde eu iria dar aula, mas eu não tinha chegado ainda porque estava fazendo uma prova em outra sala.
O acaso vai proteger, é verdade...
Edgar José

Anônimo disse...
28 de outubro de 2010 às 18:30

Justamente a escola em que comentaram hoje - ouvi por alto - lá na GRE onde trabalho, sobre um desabamento ocorrido em uma Escola Estadual da Recife Sul no dia de ontem, mas não soube mais detalhes. Excelente lembrança e associação com "Epitáfio".

Bete Meira disse...
28 de outubro de 2010 às 23:23

"Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente."
Ow, dois "Eds" hereges, e seu Inaldinho, o acaso não protege ninguém, kkkkk. Vocês são duas "aimas" mas Alguém lá em cima gosta muito de vocês! Além de nós, pobres mortais, que também gostamos...
Vocês são preciosos para Deus!
"MIL CAIRÃO AO TEU LADO, DEZ MIL À TUA DIREITA, MAS TU NÃO SERÁS ATINGIDO". (SALMO 119)

Anônimo disse...
29 de outubro de 2010 às 20:32

Essa música "Epitáfio" realmente dá margem para várias interpretações filosóficas. De fato Bete se refletirmos melhor sobre o refrão e irmos além da beleza desses versos.. "O Acaso Vai Me Proteger Enquanto Eu Andar Distraído" e lendo seu último comentário, me vem a idéia de que soaria adequado à um ateu ou alguém extremamente cético. Afinal, se "acaso" é que vai me proteger, então não há ou tem relação com algo ou alguém. E, "..enquanto eu andar distraído", quer dizer: se eu vivo sem me preocupar com algo ou alguém que rege ou regeria meus destinos, então não acredito ou daria valor a relação entre "causa e efeito". Sendo assim o acaso me protege. Mas haja interpretações para esses versos.

ED CAVALCANTE disse...
31 de outubro de 2010 às 15:33

O bom de filosofar é isso,quase tudo é subjetivo.A verdade de quem crê nao pode ser maior do que a verdade dos incrédulos, são apenas pontos de vistas diferentes.

Bete Meira disse...
31 de outubro de 2010 às 19:35

Meninos, não tive intenção de causar polêmica nem de ser dona da verdade, até porque a Verdade é uma só. Não há verdade maior ou menor, muito menos meia-verdade. Eu posso passar a vida dizendo que o mar é doce, por exemplo, que ele não deixará de ser salgado por isso. Amo essa música!Pelo título, inferimos que é um morto falando. Vamos refletir nessas verdades e praticá-las em vida, porque depois da morte não adianta lamentar. Vamos amar mais, chorar mais, ver o Sol nascer,arriscar mais, errar mais, fazer o que queremos fazer, aceitar a vida como é... vamos complicar menos, trabalhar menos, ver o Sol se pôr, importarmo-nos menos com problemas pequenos, morrer de amor, aceitar as pessoas como são... O que importa, na verdade, é que esses dois grandões tão queridos, nada sofreram!
"E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará"

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