O CULTO AO SOL E O INÍCIO DO VERÃO

Não é de hoje que o sol causa fascínio nas pessoas. Em diversas sociedades do passado, o Astro Rei era tratado e cultuado como uma divindade. Na Roma Antiga o culto ao “Sol Invictus” foi introduzido na cultura ocidental pelo imperador “Heliogabalo” que trazia no próprio nome uma referência ao credo que ele estava professando. Depois da morte do imperador, as celebrações em homenagem ao Sol Invictus perderam força.

Mais tarde, em 270 d.C, o culto ao sol teria novo levante com o imperador Aureliano e se perpetuaria com o primeiro imperador cristão, Constantino. Muitos historiadores da cultura cristã defendem a tese de que o o dia 25 de Dezembro, data em que os cristãos comemoram o Natal, foi introduzido como marco do nascimento de Cristo porque era nesse dia que se comemorava o Sol Invictus.

Outro grande exemplo do fascínio pelo Astro Rei pode ser verificado no Império Egípcio. Akhenaton, que reinou entre 1364 e 1347 a.C, transformou o Egito em uma nação monoteísta unificando os cultos as diversas forças da natureza no culto a uma única divindade: Aton, o Deus Sol. A força mítica atribuída a ele tinha como base a fertilidade e a luz, elementos propagadores de vida.

Não é preciso atravessar o Atlântico para colher exemplos do culto ao sol. O famoso Império Inca que existiu onde hoje se estende o Peru, na Cordilheira dos Andes, é conhecido como o “Império do Sol”. Absolutamente tudo na cultura incaica gira em torno do culto ao sol. Os povos nativos brasileiros também tinham forte ligação com o culto solar, chamavam a grande estrela de “Coaraci” a quem dedicavam suas oferendas. Obviamente, muito dessa adoração estava relacionada a importância que as atividades agrárias tinham no cotidianos das antigas civilizações.

Com o avanço da tecnologia, o Astro Rei perdeu quase que totalmente a sua aura mítica, mas conservou o mistério acerca da sua natureza. No aspecto social, a relação com o sol provocou uma inversão de valores: no passado, as pessoas de posses (sobretudo as mulheres) protegiam-se do sol porque ter a pele bronzeada era sinônimo de pobreza. Os escravos, servos e pessoas muito pobres tinham que trabalhar ao sol para sobreviver. Ter a pele branca era sinônimo de status.

Hoje em dia o pensamento é inverso: o bronze da pele é cultuado como elemento de beleza e para muitos, configura-se num poderoso fetiche que alimenta o imaginário masculino. Seja como for, hoje, exatamente as 21:38h, no hemisfério sul, começa oficialmente o verão. Aproveite e não esqueça do protetor solar!

Comments

4 Responses to “O CULTO AO SOL E O INÍCIO DO VERÃO”

Anônimo disse...
21 de dezembro de 2010 às 16:23

O Sol é o verdadeiro motor propulsor dos climas, da circulação atmosférica, das massas de ar, umidade relativa, precipitação, e toda dinâmica que envolve e possibilita a vida em nosso planeta.

ED CAVALCANTE disse...
21 de dezembro de 2010 às 19:34

Esse aspectos que você destacou, com certeza, ajudaram a aumentar o fascinio pelo Astro Rei.

Sidclay disse...
22 de dezembro de 2010 às 18:19

Há ainda o culto dos europeus (principalmente do norte) que passam boa parte do ano sem o sol (céu sempre nublado) e no verão tomam "banhos de sol" nos parques... existe toda uma cultura nesse sentido

Bete Meira disse...
23 de dezembro de 2010 às 01:19

"E quando não for natal?
23 de dezembro, antevéspera do natal

Mas... e quando não for natal? Será que algum vento desavisado ainda trará canções alegres, dessas que fazem gente grande "meninar" e rir à toa?Será que as crianças abandonadas serão lembradas por alguma alma que esqueceu que o natal passou, mas não passou a solidariedade? Será que os velhos nos asilos ainda manterão as esperanças das visitas que não vieram, dos abraços que não receberam, dos risos que não riram? E quando não for natal...Será que as pessoas continuarão abertas para o perdão, generosas nos julgamentos e aliadas em campanhas de solidariedades?"
Feliz natal, Ed e seus leitores!!!

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