CAPITÃO ZUZINHA E A GÊNESE DO FREVO PERNAMBUCANO

Um dos nomes mais importantes da história do frevo, sem dúvida, é o Capitão Zuzinha, figura praticamente desconhecida do grande público. Nascido na cidade de Catende, no dia 10 de fevereiro de 1889, José Lourenço da Silva, o Capitão Zuzinha, participou ativamente da gênese do ritmo musical que hoje é a marca registrada do carnaval pernambucano.

Com apenas 17 anos, Zuzinha começou sua carreira de regente estando à frente, nessa época, da Banda Saboeira de Goiana. Foi nessa época também que começou a compor: escreveu a valsa “Saudades da Minha Mãe” para homenagear sua genitora. Zuzinha passou toda sua infância na cidade de Goiana transferindo-se depois, já com 26 anos, para a cidade do Recife onde assumiu a função de mestre da banda da polícia militar.

As raízes do frevo estão intimamente ligadas com a prática da capoeira. No inicio do século XX, os capoeiras eram fortemente reprimidos pela polícia. Os foliões que acompanhavam bandas de frevo pelas ruas do Recife, nessa época, sofriam a mesma repressão. Valdemar de Oliveira, em um artigo publicado na obra “Bandas Centenarias” escreveu sobre esses episódios:

“Em 1901, vinha chegando de Pau d'alho, Zuzinha, hoje capitão José Lourenço da Silva, mestre da banda da Força Policial de Pernambuco. Tomou a batuta da banda do 40° de Infantaria. Ele, e mais Juvenal Brasil, do Lenhadores, e Manuel Guimarães, do Vassourinhas, é que começaram a dar forma ao frevo. Já o Carnaval botava na rua grandes clubes pedestres — os Caiadores, os Lenhadores, as Pás, os Empalhadores do Feitosa... Por esse tempo, a introdução do frevo ainda era calma. O povo se mexia pouco. Talvez, porque nesse tempo, a polícia tivesse começado a campanha contra os capoeiras, mandando Valdevino, João de Totó e Jovino dos Coelhos para a detenção, outros para Fernando de Noronha, outros, diretamente, para o necrotério. Pouco a pouco, as introduções foram tomando o seu caráter violento, impetuoso, desabrido. O povo se foi expandindo, deixando de cantar, tomando gosto na coreografia, firmando os passos. Chegou, o frevo, ao que hoje é, sem muita diferença com o que era há dez ou quinze anos passados.”

Capitão Zuzinha faleceu no Recife, em 1952, aos 63 anos, deixando, estre as suas mais famosas composições, o Hino de Olinda. Sua maior contribuição, entretanto, foi ter ajudado a transformar o frevo na maior expressão cultural de Pernambuco. Meus respeitos, Mestre Zuzinha!

Fontes:

* Ponto de Cultura - Bandas Centenárias

* Site Prefeitura de Olinda

* Fundação Joaquim Nabuco

Comments

One response to “CAPITÃO ZUZINHA E A GÊNESE DO FREVO PERNAMBUCANO”

anonimo disse...
19 de dezembro de 2012 às 10:55

ele foi tio 3 terceiro do meu pai,francisco de assis lourenço da silva e tio 4 quarto meu, itallo vinicius ferreira loureço de goiana

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