“A FORÇA DA GRANA QUE ERGUE E DESTRÓI COISAS BELAS”

Pois é, em plenoo domingo, às sete da manhã, estava acordado esperando o embate anunciado como o “confronto entre Messi e Neymar”. O jogo começou e Neymar e o Santos ficaram olhando o Barça jogar. Que passeio! Pensei: “Cadê o confronto que a tevê (brasileira) estava alardeando?” Aí a ficha caiu. Que idiota eu fui, deixei-me levar pelo ufanismo dos brasileiros como se não tivesse opinião própria, comportamento típico dos imbecis.

Na verdade, não estavam em campo duas escolas de futebol, o que se viu foi o primo rico e o primo pobre. Sim, o Santos, que no Brasil paga o maior salário para um jogador de futebol, comparado ao Barcelona, é o primo pobre. E o pior: além da inferioridade monetária comportou-se com uma subserviência que irritou. A superioridade monetária do Barcelona é muito bem aplicada e transforma-se em superioridade de talentos. Em todas as posições eles têm um craque em campo e outro no banco. O Santos tem um craque e outro que dizem ser: Neymar e Ganso.

O abismo que o dinheiro criou entre nós e a Europa, é bem parecido – guardadas as devidas proporções – com a vala comum, existente no Brasil, que separa os times oriundos do “Clube dos 13”, do resto, alijados da grande fatia do bolo. Lembro-me da última vez em que o meu clube do coração, o Santa Cruz, ascendeu à primeira divisão. O Grêmio foi o campeão e o Santa, o vice. O time porto-alegrense manteve-se na Primeirona e o Santa desceu no ano seguinte. Um detalhe importante justifica as duas realidades: o Grêmio fazia parte do Clube dos 13, o Santa não. Para disputar a Primeira Divisão de 2006, o Santa recebeu 4 milhões de Reais, o Grêmio 35 milhões. Quase dez vezes mais. É a força da grana destruindo coisas belas. Assim como o Santa Cruz, vários times do futebol brasileiro mergulharam num buraco sem fundo porque foram segregados pela “Máfia dos 13”.

Quanto ao Barcelona, claro, seria muito injusto que um time desses não ganhasse o título de melhor do mundo. O dinheiro deles não vem de uma associação mafiosa como o “Clube dos 13”, eles são competentes no que fazem. O título é mais que legítimo! Parabéns ao Barça! Nesse caso, a força da grana ergueu uma coisa bela: o futebol arte!

Comments

3 Responses to ““A FORÇA DA GRANA QUE ERGUE E DESTRÓI COISAS BELAS””

Didi disse...
18 de dezembro de 2011 às 12:50

Sensacional Ed. Sou brasileiro, mas mais do que justo ver o Barça ganhar. Vamos ver se assim o Neymar para de ser tão babaca e o Muricy tão tosco, pois os dois se acham a última bolacha do pacote. Espero que tenham aprendido a lição com essa humilhação!!!

ED CAVALCANTE disse...
18 de dezembro de 2011 às 18:38

Justíssimo. Quem ganha jogando daquele jeito merece ser campeão sempre!

Sarah Tancredi disse...
19 de dezembro de 2011 às 12:00

Belo texto, nobre Ed. Não vi o jogo mas confio na sua apreciação. Que vença o melhor, sempre! Mas não se sinta um imbecil, é normal a empolgação coletiva de quem ama seu país. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, já diz a Palavra de Deus... Eu não me vendo e acredito que você também não. Dignidade não tem preço. Abraço!

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