PAUL NO ARRUDA (ENSAIO SOBRE A ANSIEDADE)


Ainda estava acordando, ontem, e o telefone tocou. Era meu bom e velho amigo, Carlos – Doido, para uns, Anormal, para outros – com uma euforia de dar gosto informando sobre a vinda de Paul McCartney ao Recife. Igualmente a ele, estou eufórico e incrédulo. Apenas cinco meses depois de Ringo, mais um beatle aportará no Recife. Para quem não é beatlemaníaco, é apenas um show, para nós não, é a comprovação mais que perfeita de que o impossível, realmente, não existe.

Falam que o show será no Arruda, o templo sagrado do Santa Cruz. Estou sempre por lá torcendo, sofrendo, sorrindo com o meu clube do coração que vem se erguendo aos poucos. Quando fui ver Ringo levei uma faixa do Santa, se realmente Paul cantar no Arruda será mais uma dessas coincidências que embelezam a vida. E quem é Paul? Paul é aquele cara lá daquela cidadezinha portuária e cinzenta da Inglaterra que ajudou a transformar uma bandinha de colégio numa fábrica perene de sonhos. Ele é um dos caras que ajudaram a me manter vivo nos momentos dificílimos por que passei lá pelos meus vinte e poucos anos. Enquanto uns rezavam e outros faziam análise, eu ouvia música numa velha vitrola. Ouvia Beatles, sobrevivi por isso, não tenho dúvidas.

Quem transita por aqui sabe que ele não é o meu beatle favorito, Lennon ocupa o posto de ídolo precípuo, mas Paul também é um gigante. É um dos lados do mais famoso duo do pop rock mundial. É o boa-praça dos teclados requintados, do imortal baixo Hofner, do amor eterno por Linda, do toque romântico da banda, dos pés descalços na faixa, do olhar engraçado. A violência nas partidas de futebol me afastou do estádio nos dias de clássico. Se Paul vier mesmo cantar no Arruda, abrirei uma exceção, esse clássico eu não perco!

Comments

2 Responses to “PAUL NO ARRUDA (ENSAIO SOBRE A ANSIEDADE)”

Sidclay disse...
15 de março de 2012 às 11:46

Eu ainda to na expectativa, mas confesso que a ideia de ver Paul no Arruda já me deixa algumas horas do dia com um sorriso no rosto...

16 de março de 2012 às 16:04

Cara, esse show é imperdível. Vamos nos organizar, falar com a negada, pra ver se a gente consegue um camarote, sei lá.
A hora é essa.
Edgar José

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