Clique aqui e descubra
SE A TERRA TIVESSE 100 PIXELS DE DIÂMETRO?
sábado, 21 de dezembro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
SOBRE SER IMORTAL
domingo, 8 de dezembro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Foto: reprodução da web
“Milhões de pessoas que sonham com
a imortalidade não sabem sequer o que fazer numa tarde chuvosa de domingo” nos
lembra Susan Ertz. É bem
verdade que a falta de planejamento pode tornar o trabalho e a vida um tédio. Viver eternamente, numa análise bem
superficial, teria outras implicações terríveis. Imagine uma pessoa mergulhada
numa depressão profunda, a imortalidade seria a perpetuação de um suplício.
Morrer, nesse caso, seria o sonho de liberdade.
Tem também aquele pensamento de criança: “Ninguém deveria morrer”. Basta um pouco de racionalidade para perceber
que se ninguém morresse o mundo hoje seria inabitável, não haveria espaço para
todos. Como diz a bela canção, Jesus Numa Moto (Sá, Rodrix e Guarabyra):
“Espalhando o que já está morto pro que é vivo crescer”. Uma verdade cruel.
Pensar
na morte assim, sem medo do inevitável, diminui a dor e aumenta a aceitação. Podemos até mergulhar no lirismo: somos adubo
para as gerações futuras. Ou podemos
recorrer às ciências exatas: a morte é, meramente, uma relação matemática. Até
certa idade, no nosso corpo, nascem mais células do que morrem. Em um dado
momento da vida, a quantidade de nascimentos e mortes se equiparam.
Mais adiante, morrem mais células do que nascem, é quando começamos a ir embora.
Morremos
um pouquinho a cada instante. Às vezes, esse desfalecimento gradativo é
acelerado por meio de uma tragédia. Aí a morte mostra sua face mais cruel.
Ontem, por exemplo, recebi a notícia da morte da esposa de um grande amigo meu
de infância. Fragilíssimo para lidar com esses momentos, sofri bastante.
Passou, mas sofri. Tentei falar com ele, mas – penso agora, foi melhor assim
– não consegui. O que dizer para uma pessoa que perdeu alguém querido? Não existe lirismo nem explicações lógicas que
atenuem a dor de uma perda dessas.
Sobre
ser imortal: ser feliz enquanto se vive deve ser muito mais interessante do que
buscar a eternidade. Deixemos então,
espalhadas pelo mundo, as marcas da nossa felicidade.
A DIFÍCIL ARTE DE RECONHECER OS PRÓPRIOS ERROS
terça-feira, 26 de novembro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
CRÔNICA
,
UNIVERSIDADES
A
difícil arte de reconhecer os próprios erros faz muita gente trocar os pés
pelas mãos. Um bom exemplo: eu costumava
comentar em um blog de um amigo virtual, esse amigo, craque no trato com as
palavras, vez por outra, corrigia meus deslizes gramaticais no meu blog.
Aceitava, claro, as correções e agradecia pela valorosa contribuição. Eis que
um belo dia percebi um equívoco numa publicação dele, alertei para o erro e
ele, sabe-se lá por que, desconversou, inventou uma história e persistiu no
erro. A tal da humildade foi deixada de lado e eu, claro, deixei de visitar o
dito blog.
Assim
como na historia narrada acima, muitos outros episódios da vida cotidiana vão
nos dando lições e motivos para fazermos escolhas. Os caminhos são muitos, mas
a vida, de forma implacável, ensina. Na
escola percebo que a maioria dos alunos ignora essas lições de forma deliberada
ou, pela pouca experiência de vida, faz pouco caso apenas para afrontar o “poder
estabelecido” representado pela escola na figura do professor.
A
lógica adotada nesses casos é a do “quero aprender errando”. Esquecem que o
valor das lições contidas nos erros, é fundamental, apenas, quando estes ocorrem
de forma involuntária. Errar sabendo que está errando não agrega conhecimento
nem experiência nenhuma, é meramente uma prática de rebeldia sem causa, inócua,
estéril.
Pior
ainda é não reconhecer o erro por arrogância e falta de humildade. Vemos muito isso no mundo acadêmico, é quase
uma regra entre aqueles que se escondem por trás de títulos. Existe uma estratificação que determina as
castas que podem comentar, criticar e, em último caso, corrigir. Quem tenta
subverter essa regra, em geral, caminha sobre um tapete de pedras que vão sendo
atiradas do alto das cátedras. O bom é
que de vez em quando alguém consegue transpor esses obstáculos e algumas
máscaras caem. Assim é a vida.
ARROGANTES VERSUS DIEGO COSTA
domingo, 10 de novembro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Cá
estou de volta ao sagrado ofício de escrever nesse blog. Estive afastado porque
meu trabalho – oficial – consome quase todo o meu, já exíguo, tempo. Um dos assuntos mais comentados nos últimos
dias foi a pendenga envolvendo o jogador hispano-brasileiro, Diego Costa e a CBF. A
questão é – ou pelo menos deveria ser – bem simples: Diego nunca jogou no
Brasil, toda sua carreira foi construída entre Portugal e a Espanha, onde,
inclusive, acabou se naturalizando.
Começou
a jogar no Sporting de Braga (Portugal) e hoje em dia brilha como titular absoluto no
Atlético de Madrid (Espanha). Lá fora ele foi valorizado, ganhou o estrelato e decidiu
tentar a sorte na seleção espanhola. Uma
história parecida com a do jogado Deco que, naturalizado português, foi atleta
do senhor Luiz Felipe Scolari quando o velho treinador dirigiu a seleção Lusa.
O
que chamou a atenção no caso “Diego Costa” foi a arrogância do Felipão e do
José Maria Marin tentando impedir que o jogador defendesse a seleção
espanhola. Arvoraram-se do direito de
determinar qual seria o destino do atleta. Palavras do Felipão:
“Um jogador brasileiro
que se recusa a vestir a camisa da seleção brasileira e a disputar uma Copa do
Mundo no seu país só pode estar automaticamente desconvocado. Ele está dando as
costas para um sonho de milhões, o de representar a nossa seleção pentacampeã
em uma Copa do Mundo no Brasil” (O Globo).
Marin foi mais
contundente e anunciou, de forma patética, que usaria de meios jurídicos
para reverter a decisão do jogador. Algumas conclusões óbvias desse caso:
*Se Diego Costa não
houvesse optado por defender a seleção espanhola, jamais seria convocado para a
Seleção Brasileira. Ele é atacante, não teria vaga na Canarinha. A convocação e
a ridícula “desconvocação” foi a forma que o a CBF encontrou de justificar a
ausência do jogador na Seleção Brasileira caso ele venha a brilhar no time
espanhol. A frase pronta já deve estar guardada no bolso do treinador: “Ele
poderia ter brilhado no Brasil, mas preferiu a Espanha”.
*Como o censo comum –
espero estar errado – costuma embarcar na onda dos discursos patriotas vazios,
é bem provável que Diego seja hostilizado em gramados brasileiros durante a Copa.
Deveremos, certamente, ouvir gritinhos do tipo; “Oh, oh, oh, o Diego é traidor”.
Imaginem uma final entre Brasil e Espanha? O jogador será tratado como um Judas
Iscariotes.
A alegria do futebol,
mais uma vez, foi encoberta pelas mancadas dos cartolas. Muitos brasileiros,
sequer, torcerão pelo Brasil porque não se sentem representados por esse grupo
de arrogantes que tratam a Seleção como um grupamento militar. A essência do
futebol, há muito, foi perdida. Uma pena! Sorte ao Diego Costa!
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
Guerras
LUIZ ANTONIO - ARGUMENTAÇÃO PARA PRESERVAR OS ANIMAIS - EMOCIONANTE
terça-feira, 24 de setembro de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
2
comentários
AS PESSOAS E AS COISAS
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
CRÔNICA
A – O que é
isso?
B – Isso é uma
pessoa!
A – O que é uma
pessoa?
B – Uma pessoa é
um ser dotado de inteligência e sentimentos.
A – Uma pessoa
inteligente só faz coisas inteligentes?
B – Não, uma
pessoa inteligente só faz coisas inteligentes quando os sentimentos não
atrapalham.
A – Se as
pessoas são inteligentes por que deixam os sentimentos atrapalharem?
B –Os
sentimentos anulam a inteligência, é por isso.
A – As pessoas
devem ser insensíveis, então?
B – Isso é um
paradoxo, ser insensível é ser afetado pela ausência de sentimentos. De
qualquer jeito os sentimentos influenciam.
A – É muito
complicado ser uma pessoa.
B – Então seja
uma coisa.
A – O que é uma
coisa?
B – Uma coisa é
algo sem vida, sem sentimentos e sem inteligência.
A – É melhor ser
uma pessoa, então?
B – Sim, é muito
melhor, aprendemos com os erros também. Quanto aos sentimentos, com o tempo,
aprendemos a controla-los.
A – Mas o
controle é total?
B – Claro que não,
assim a vida não teria graça, ora!
A – Quero ser
uma pessoa, mas esse papo tá meio chato!
B – Você já se
tornou uma pessoa!
AOS ILUMINISTAS DE ONTEM, HOJE E AMANHÃ
domingo, 28 de julho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Foi
num dia 28 de julho como hoje, há 330 anos, que um grupo de revoltosos liderados
por Maximilien Robespierre foi executado na França. Era o rescaldo da Revolução
Francesa, na minha modesta opinião, uma das passagens históricas mais
importantes da humanidade. A base ideológica
que moveu esse importante intento foi o iluminismo.
Quando
estudei sobre o assunto na escola tradicional da década de 80, ensinaram-me que
o movimento iluminista havia acontecido na Europa do século XVIII. Eu e tantos
outros alunos, claro, fixamos a ideia de que aquilo tudo estava restrito ao
passado. Os professores não contextualizavam. Aprendi, anos mais tarde, que Paulo
Freire era um iluminista. Para muitos, inclusive, trouxe mais luz do que os
intelectuais europeus do século XVIII.
Pesquisando
a história de uma das escolas em que leciono – Amaury de Medeiros – descobri que
a primeira diretora da instituição, a Professora Débora Feijó, foi, também, uma
propagadora das luzes do saber. Ela, inclusive, serviu de inspiração para o
próprio Paulo Freire, segundo relatos dele.
Débora Feijó elaborou as primeiras cartilhas de alfabetização de adultos de que se tem notícia. Parece pouco, mas não é. As pessoas fora de faixa não
queriam estudar usando livros elaborados para crianças, sentiam-se constrangidos, com a contribuição da professora Débora essa barreira foi quebrada.
O
que se deduz dos breves relatos acima? No
espaço de três séculos, pessoas de classes sociais e etnias diferentes, vivendo
em sociedades diferentes, em diferentes partes do planeta, trabalharam em prol
da humanidade seguindo uma mesma linha ideológica. Alguns com a inspiração
francesa declarada em suas obras, outros, por intuição, acabaram praticando a
mesma ação sem se aperceberem disso. A história foi sendo alinhavada a partir
de ideologias naturalmente semelhantes. Mágico.
Por
tudo isso e pelos iluministas – revoltosos ou não – que certamente surgirão, celebremos a memoria dos que pereceram na Revolução Francesa em nome da
liberdade e da dignidade humana. Meus respeitos!
RELICÁRIO VOL. 17 - A TRAGÉDIA DE LE MANS - 1955
quinta-feira, 11 de julho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
RELICÁRIO
,
Tragédia de Le Mans
A chamada “Tragédia de Le Mans” foi um
gravíssimo acidente automobilístico ocorrido na tradicional prova “24 Horas de
Le Mans” no dia 11 de junho de 1955. Quando Mike Hawthorn se dirigia aos boxes com seu Jaguar, quase colide com o Austin-Healey de Lance Macklin,
que para o evitar desviou para a esquerda atingindo o Mercedes do piloto francês Pierre Levegh,
que vinha logo atrás.
Ocorreu então, um grande estrondo, com o carro de Levegh
passando por cima de Macklin, batendo na barreira e começando a pegar fogo. O
francês morreu na hora e pedaços do carro dele voaram sobre o público. Entre as
principais causas, foi constatado que várias partes do carro de Levegh eram
feitas de magnésio,
o que teria facilitado o incêndio. Entretanto, a direção de prova não
interrompeu a prova, vencida por Hawthorn e Ivor Bueb.
Como resultado do acidente, houve morte de vários espectadores, no pior acidente
da história do automobilismo. (Wikipédia).
QUANDO FOR AFRONTAR O PODER ESCOLHA: SEJA UM MÁRTIR OU RESOLVA O PROBLEMA
domingo, 7 de julho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Foi
num dia 07 de julho, como hoje, que a heroína francesa, Joana d’Arc, morreu queimada vítima dos desmandos da demoníaca Santa Inquisição. O detalhe mais
sórdido dessa execução foi o fato dela ter sido absolvida logo após a morte. O
recado dos Inquisidores foi claro, ela morreu não por ter pecado e sim por ter
contrariado a instituição. Reconhecer a bravura de Joana, em tese, seria uma
diminuição da Igreja perante uma simples mortal.
Assim
como esse épico episódio da história mundial, uma cena do filme “A Lista de Schindler”
é mais um exemplo de que infringir leis, às vezes, não é o crime, afrontar o
poder, sim. No trecho do filme a que me refiro, uma judia polonesa, que trabalhava
fazendo serviço braçal na construção de um galpão para os nazistas, alertou um
soldado da SS: “Senhor, a forma como estão construindo essa estrutura está
errada, ela vai desabar”.
O
soldado, tomado por uma arrogância natural naquele clima de hostilidade aos
judeus, esbravejou com a mulher mandando que ela continuasse seu trabalho
calada. Afinal, “era apenas uma judia”. A mulher insistiu e o impasse foi
levado até um oficial. Ela, então, argumentou: “Senhor, eu sou formada em
engenharia pela Universidade de Milão, sei do que estou falando, essa estrutura
esta sendo construída de forma errada”. O oficial ironizou: “Vejam só, uma
judia instruída”. Estupidamente ele virou-se para o soldado e ordenou: “Mate-a”.
A engenheira foi prontamente executada com um tiro na cabeça. Em seguida
o oficial ordenou: “Faça como ela estava pedindo”.
O
que determinou a morte da mulher não foi ter cometido um erro, mas ter ousado
afrontar um poder instituído. Pior ainda, um poder instituído em um estado de
exceção onde os direitos civis, quase sempre, são subvertidos. Em escala menor,
esse tipo de punição afeta os incautos que, mesmo baseados na na razão, teimam em
afrontar o poder. Seria, então, um erro
peitar os poderosos? Não, claro que não! O grande erro é afrontar os gigantes de
peito aberto. Quem faz isso, não quer resolver problemas, quer virar
mártir.
A
onda de protestos que varreu o Brasil nos últimos dias teve grande êxito
justamente porque os “afrontadores do poder” eram indeterminados. Iam punir
quem, o Guy Fawkers? A loira peituda que ostentava um cartaz? A multidão de
estudantes e trabalhadores que marchou pelas ruas? O grande trunfo foi a não-subscrição do protesto, tanto que algumas bandeiras de partidos políticos que
tentaram pegar carona no movimento foram rechaçadas pela multidão. Quando for afrontar o poder, escolha: seja um
mártir ou resolva o problema.
CONHEÇA A HISTÓRIA DE GUY FAWKES, O DONO DO ROSTO DOS PROTESTOS
quarta-feira, 26 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
A
face com traços caricatos e sorriso irônico é um ícone dos
protestos pelo mundo afora. Nos últimos dias tornou-se absolutamente popular
nos protestos realizados no Brasil. Muitos, entretanto, desconhecem a história
do dono desse rosto. Guy Fawkes foi um soldado inglês que entrou para história
liderando a chamada “Conspiração da Pólvora”.
Essa
conspiração tinha cunho religioso, Fawkes era católico e pretendia assassinar o
rei Jaime I, que era protestante. A conspiração não teve êxito e todos os
envolvidos foram condenados a forca. Fawkes, inclusive, antes de enfrentar o
cadafalso, foi torturado e acabou tornando-se um mártir. O cunho religioso do
levante, ao longo dos tempos, foi deixado de lado e Fawkes passou a ser
tratado como um contestador do poder.
Uma tradição sardônica, inclusive, o trata como “o único homem a ter
entrado no Parlamento com intenções honestas”.
A
máscara estilizada inspirada no rosto de Guy Fawkes tornou-se um ícone dos
protestos depois que Alam Moore criou uma série de romances inspirados na “Conspiração
da Pólvora”, o “V da Vingança”. Com desenhos de David Loyd, a obra ganhou vida
em 1982. Em 1988, com o apoio da DC Comics, a série foi finalizada e publicada.
No Brasil foi publicada pela Editora Globo em 1989.
A
partir de então, em vários protestos pelo mundo, a face estilizada de
Fawkes tornou-se uma marca. No Brasil, várias imagens marcantes estão ligadas a
imagem do conspirador inglês.
O MUNDO REAL E O MUNDO DAS CRIANÇAS
terça-feira, 25 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Quando
eu era garoto, lá pelos dez, doze anos, perto da minha casa morava uma velhinha
muito sinistra chamada “Dona Sofia”, na vizinhança - entre as crianças - rezava a lenda de que ela
havia morrido há anos e aquela “pessoa” que víamos, vez ou outra, bisbilhotando
a rua pela janela, era uma morta-viva. Morria de medo dela.
Certa
vez, quando vinha da escola junto com minha mãe, ela parou para conversar com
dona Sofia. Nesse dia pude observar detalhes esquisitos dela uma
pele tão branca que as veias, roxas como vinho, desenhavam o corpo, era um ser quase
translúcido. O pior de tudo foi quando ela sorriu pra mim e pegou no rosto, que
mão fria. Desse dia em diante tive
certeza absoluta que ela era mesmo uma morta-viva. Até que num belo dia meu pai
chegou com a notícia da morte dela.
Disse, em tom de piada: “Dona Sofia morreu de novo”.
As
crianças enxergam as coisas de uma forma diferente dos adultos. Os pequenos
detalhes ganham tons superlativos e acabam enriquecendo as histórias. Um amigo
meu, Stenio – infelizmente perdi o contato com ele – acreditava que entre as
pedrinhas que sua mãe catava no feijão tinha pedras preciosas, ele guardava todas e eu acabei pegando esse vício também.
O tempo passou, crescemos, e restaram apenas um saco de pedrinhas e o lirismo
dessa história.
Outra
historinha legal, essa, protagonizada pelo meu amigo Mozart. Ele “criava”,
vejam só, um seixo, dentro de um tonel. Todos os dias jogava na água um
punhado de sal que, segundo ele, fazia a pedrinha crescer. Vários garotos
acreditaram nessa lenda e também passaram a “criar” pedrinhas. Sempre que nos encontramos na rua, lembramos
dessa hilária história.
O
mundo da criança tem uma realidade fantástica.
Eu, por exemplo, lá pelos sete, oito anos, quando chegava o dia do meu
aniversário ficava horas na frente do espelho pra ver o momento que eu
começaria a crescer. Lembro-me que
durante um longo tempo cultivei a ilusão de que havia visto meu crescimento dos sete
para os oito anos.
Pra
finalizar esse breve post, deixo um ensinamento do meu tio Janja, passado de
boca em boca, na minha família. Questionado por sua mãe porque acordava tarde e
dormia muito, ele, um garoto esperto, saiu com essa: “Mãe, eu não durmo muito,
é que eu durmo devagar aí acordo tarde”.
AS IDEIAS E O “COMO FAZER”
sábado, 15 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
A
cidade do Recife, como é sabido, teve uma ocupação desordenada e acelerada,
dadas as facilidades da sua geografia sem grandes elevações. O reflexo disso
percebe-se nos incontáveis problemas urbanos que a população enfrenta
diariamente. Dois desses problemas, trânsito e alagamentos, quando combinados ,
resultam num caos urbano que se repete de tempos em tempos na “Veneza
Brasileira”.
Ideias
sobre como resolver esses problemas aparecem muitas, mas, o “como fazer”, quase
nunca acompanha os mirabolantes projetos. Para ilustrar o que discorro nesse
breve post, faço um parêntese e lembro a fábula dos ratinhos e do queijo, cujo
autor desconheço. Fui apresentado a essa historinha pelo nobre professor, Jorge
Santana, numa aula de planejamento:
"Dois
ratinhos estavam dentro de um buraco observando um suculento pedaço de queijo
que repousava ao lado de um enorme gato. Ficaram os dois discutindo sobre qual deles correria o enorme risco de tentar pegar o queijo. Um deles se aventurou e foi
abocanhado pelo gato. Ainda vivo, na
boca do gato, o ratinho clamou para o amigo:
-Me
ajuda, por favor?
O
amigo que, estava protegido no buraco, mandou essa:
-Tenho
uma ideia: você se transforma num cachorro e detona o gato!
Intrigado,
o infeliz ratinho perguntou:
-Boa
ideia, mas COMO FAÇO ISSO? Ao que respondeu o planejador amigo:
-Bom,
eu dei a ideia, o COMO FAZER é com você, te vira!"
Uma
ideia que não é exequível, não é uma ideia, é um sonho. Todos os dias nos
deparamos com sonhos de reordenamento, rodízios, eclusas nos canais, túneis,
elevados, horário bancário noturno blá, blá, blá. No
meio desse turbilhão de problemas estava eu voltado do trabalho quando deparei-me com um aparato de guerra montado para escoltar o ônibus da seleção da Espanha
que resolveu treinar no horário de pico do trânsito do Recife. Os batedores iam ordenando o trânsito para
que a “Fúria” não ficasse engarrafada. Funcionou. Ficamos no caos e eles
seguiram tranquilos para treinar. Ao menos naquele momento, o “como fazer”
pareceu-me algo simples.
RELICÁRIO VOL.16 - CAETANO VELOSO DETONANDO GERALDO MAYRINK
quinta-feira, 13 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Programa Vox Populi - 1978
FOTOS DA SEMANA
domingo, 9 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
Fotos da Semana
IMAGINEM SE OS PROVEDORES DE BANDA LARGA FIZESSEM UM COMERCIAL SINCERO
sábado, 1 de junho de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Este vídeo é uma adaptação brasileira de "The First Honest Cable Company", AUTORIZADA pelos criadores do canal "ExtremelyDecentFilms".
Vi o Cybervida
A CARREATA E O AUTORITARISMO DO PREFEITO
terça-feira, 28 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
Carreata
,
SANTA CRUZ
Ainda estou com
essa história da carreata “meia-boca” entalada na garganta. Esse tipo de
manifestação popular faz parte da cultura futebolística de Pernambuco. É de
praxe a torcida campeã desfilar seu orgulho pelas ruas da cidade. Por que
rumamos sempre para Boa Viagem? Não é por causa dos prédios chiques nem da
badalação sem graça do local, claro que não. O desemboque da alegria do povo
acontece sempre na praia porque ela, mesmo a contragosto de alguns, ainda é um
espaço democrático e popular.
A festa preparada
pela torcida do Santa Cruz foi manchada pela a arbitrariedade da Prefeitura e
da polícia que tratou os torcedores como manifestantes. Barreiras foram
montadas para que a alegria do povo fosse sufocada na periferia. Houve um
momento que os batedores da polícia obrigaram o corso tricolor a entrar em uma
rua estreita no final da Avenida Beberibe e a festa, a partir dali, virou um
sufoco.
Quando chegamos à Estrada de Belém nos deparamos com outro bloqueio. Uma parada de mais de trinta minutos fez vários carros desistirem da carreata, as motos da polícia se posicionaram no sinal próximo ao colégio Jesus Crucificado para obrigar o povo a retornar para o Arruda. Mesmo assim um grande grupo conseguiu chegar a Agamenon Magalhães a caminho de Boa Viagem.
Nós , torcedores, que nos preparamos para uma festa, vimos um show de autoritarismo e falta de respeito. ENTRETANTO, ABSOLUTAMENTE NADA VAI TIRAR O BRILHO DO TRICAMPEONATO CORAL. “O SANTA É DO POVO COMO O CÉU É DO CONDOR”.
A PRÁTICA NEGATIVO DA “POSITIVO”
domingo, 19 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
1 comment
Pois
então, nesse final de semana fui ao shopping e comprei um notebook da “Positivo”.
Como de costume, guiei-me pela configuração e não por marcas. Escolhida a
máquina, voltei pra casa para começar a usá-la.
Pouco
depois que liguei, dei de cara com um “gadget” (um recurso eletrônico que
adiciona elementos à página) que funcionava como um painel instantâneo de
propaganda. Pensei: “Devo ter adicionado
esse troço sem querer”. Eu havia baixado um editor de fotos e, normalmente, os
sites de download armam essas arapucas.
Rodei
tentando desinstalar o gadget mas os notebooks da Positivo, descobri, não
mostram o link do recurso clicando com o botão direito na área de trabalho,
todos os outros mostram. Vasculhei a rede à procura de um tutorial mas todos
dependiam desse link que estava oculto na máquina que eu comprei. Decidi então contatar
o fabricante.
Na
página deles, para enviar uma simples mensagem, preenchi um formulário
detalhado que pedia código da nota fiscal, série do produto e um monte de
informações desnecessárias. Consegui
enviar o recado que reproduzo abaixo:
Data da Emissão: 18/05/2013
Mensagem: Gostaria que vocês me enviassem o passo a passo para eu retirar da área de trabalho do meu notebook o gadget de propaganda, Um absurdo inominável eu pagar por um equipamento que exibe propaganda. SE FOSSE PREVIAMENTE INFORMADO DESSE ABSURDO, OBVIAMENTE, Não COMPRARIA O PRODUTO. Caso não seja atendido, informo que procurarei as medidas legais que garantam o meu direito.
Mensagem: Gostaria que vocês me enviassem o passo a passo para eu retirar da área de trabalho do meu notebook o gadget de propaganda, Um absurdo inominável eu pagar por um equipamento que exibe propaganda. SE FOSSE PREVIAMENTE INFORMADO DESSE ABSURDO, OBVIAMENTE, Não COMPRARIA O PRODUTO. Caso não seja atendido, informo que procurarei as medidas legais que garantam o meu direito.
No
mesmo dia a Central de Relacionamento da empresa me enviou o tutorial que
disponibilizo abaixo:
Clique nas imagens para ampliar
O
danado nessa história é que muitas pessoas que desconhecem os seus direitos,
deixam o tal do “Canal Positivo” mostrando propaganda na tela gerando renda
para o fabricante. Pior ainda: as pessoas não são previamente informadas desse
absurdo. Não precisa ser um jurista para saber que essa prática é ilegal e fere
os direitos dos consumidores. Proteste, faça valer os seus direitos!
MAIS UM DILUVIO RECIFENSE
sexta-feira, 17 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
1 comment
Numa
cidade com a geografia do Recife, o anúncio de chuvas é algo assustador. Cortada
por rios e com um sistema de drenagem quase inexistente, os alagamentos são
constantes. A última calamidade veio com
as chuvas da madrugada da quinta-feira (17/05) para a sexta. Uma chuva constante e pesada, literalmente
parou a cidade.
Acordei de madrugada para uma necessária
micção e, por curiosidade, abri a janela. Uma névoa branca contrastando com a
noite fria e a chuva intermitente. Confesso que fiquei assustado. Moro em um local bem alto, a água não alcança,
mas fico praticamente ilhado. No dia
seguinte fiquei impossibilitado de ir trabalhar. Passei a acompanhar via
internet, rádio e tevê os relatos da calamidade.
Em
tempos de interatividade, a informação chega instantaneamente. O mais
interessante é que ela vem acompanhada de som e imagem. As redes sociais,
nessas horas, cumprem um papel importantíssimo. Dei minhas contribuições
postando as fotos de algumas ruas - incluindo a minha – alagadas aqui do meu
bairro.
Recife,
nesses momentos, é uma cidade verdadeiramente assustadora. Quando a chuva deu uma trégua saí para
comprar pão e vi, numa rua em que morei há dois anos, carros com água até o
teto. A cidade não tem suporte para
sanar problemas com essas dimensões. O que os assustados moradores sempre fazem
é contemplar o dilúvio pela janela, ou sofrer quando alcançados pelas águas da Veneza
Brasileira. E a vida segue, de barco ou a pé, a vida segue.
O CANTEIRO DE OBRAS E UM GRANDE DESCASO
sábado, 11 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Para
quem ainda não percebeu, a cidade virou um canteiro de obras, são os bons
reflexos da Copa das Confederações e, sobretudo, da Copa do Mundo que se
realizará em 2014. Transito entre Olinda e Recife cotidianamente e vou fitando, ao longo do trajeto, as alterações que estão em curso.
Duas
grandes obras estão no meu caminho: O Túnel da Real da Torre e a modernização
do eixo viário da Avenida Caxangá. As
obras do túnel, ainda em fase inicial, inacreditavelmente transcorrem sem causar
grandes alterações no trânsito. Já a Caxangá, com o estreitamento da das duas
vias, provoca longas retenções.
Hoje cruzei a avenida e notei que as gigantescas paradas (ou estações,
não sei como vão chamar) de ônibus já começam a ganhar corpo.
Minhas
observações urbanas, entretanto, constataram um grande descaso. Estive no Zoo
de Dois Irmãos e fiquei desolado. Aquele imenso santuário, uma rica reserva de
Mata Atlântica, abriga um zoológico entregue às baratas. Vários ambientes
vazios com placas de obras que não existem. O parque está literalmente
sucateado. Os próprios funcionários se queixam que os visitantes sempre se
decepcionam ao constatarem o descaso.
Um
zoológico sem girafa, sem búfalo, sem elefante, sem onça, sem hipopótamo, sem
pavão, só pra citar as ausências mais marcantes. O museu e o aquário estão
fechados assim como várias jaulas e covas.
Talvez seja por esses motivos que, em pleno sábado à tarde, o zoo
estivesse vazio. Triste demais. Espero
que as obras de modernização da cidade contemple também esse importante espaço
ecológico, afinal, receberemos muitos turistas.
TENTE ENTENDER A ESCADA ILUSÓRIA
quarta-feira, 8 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
Escada Ilusória
FOTOS DA SEMANA
sábado, 4 de maio de 2013
- By ED CAVALCANTE
-
0 comments
Marcadores:
Fotos da Semana
Assinar:
Postagens (Atom)
if (myclass.test(classes))
{ var container = elem[i];
for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++)
{
var item = container.childNodes[b].className;
if (myTitleContainer.test(item))
{
var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a');
if (typeof(link[0]) != 'undefined')
{
var url = link[0].href;
var title = link[0].innerHTML;
}
else
{
var url = document.url;
var title = container.childNodes[b].innerHTML;
}
if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){
url = window.location.href;
}
var singleq = new RegExp("'", 'g');
var doubleq = new RegExp('"', 'g');
title = title.replace(singleq, ''', 'gi');
title = title.replace(doubleq, '"', 'gi');
}
if (myPostContent.test(item))
{
var footer = container.childNodes[b];
}
}
var addthis_tool_flag = true;
var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox');
var div_tag = this.getElementsByTagName('div');
for (var j = 0; j < div_tag.length; j++)
{
var div_classes = div_tag[j].className;
if (addthis_class.test(div_classes))
{
if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url))
{
addthis_tool_flag = false;
}
}
} if(addthis_tool_flag)
{
var n = document.createElement('div');
var at = " ";
n.innerHTML = at;
container.insertBefore(n , footer);
}
}
}
return true;
};
document.doAT('hentry');