sábado, 15 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A MÚSICA OUVIDA E A MÚSICA LIDA

1) As Vitrines (Chico Buarque)
O que você ouve:
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão da tua mão
Olha pra mim, não faz assim, não vai lá não
O que você lê
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não
2) Mand’ela (Zeca Baleiro e Chico César)
O que você ouve
Eu disse que vim do Senegal
montado num cavalo-de-pau
baiana me desmontou
olha que me queixo pro Tutu
baiana deixa disso
vou reclamar pro bispo, dito
O que você lê
Eu disse que vim do Senegal
montado num cavalo-de-pau
baiana me desmontou
olha que me queixo pro Tutu
baiana deixa disso
vou reclamar pro bispo, de tu
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
HIROSHIMA, NAGASAKI E OS IRRACIONAIS

Hoje faz 64 anos que o Enola Gay cuspiu no céu de Hiroshima uma célula de morte. O que mais temos a dizer a respeito desse ato extremo de irracionalidade? Lamentar a triste condição humana? Clamar por paz num tempo em que nem mais a voz, a simples voz, nos é permitido emitir. Falar de Hiroshima e Nagasaki é chegar à triste conclusão de que o irracional sempre vence. E vence mesmo, olhe do seu lado: o lixo no chão, os meninos no sinal, os profetas nas esquinas. Abra o seu jornal, leia as notícias que vêm do Senado, leia qualquer notícia que vem de Brasília.
Os irracionais sempre vencem e nós ficamos olhando como se esperássemos, inertes, a célula enviada pelo Enola Gay. Se você crê, reze (ou ore) pelos 200 milhões de mortos que pereceram em Hiroshima e Nagasaki. Enfrente os irracionais! Não os deixe tomar seu lugar no ônibus, amanhã tomarão seu emprego, depois sua vida. Pensando bem, é fácil vencer os irracionais porque você raciocina.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
AS VOLTAS QUE O MUNDO (DA POLÍTICA) DÁ
sábado, 1 de agosto de 2009
VINTE ANOS SEM LUIZ GONZAGA
Uma coisa que me dá muito orgulho é o fato de ser conterrâneo do mestre Luiz Gonzaga. A importância desse artista genial transcende as fronteiras da música. Com sua sanfona tocando apenas em dois baixos, como acentuava o seu pai, ele pôs a cultura popular do nordeste num patamar nunca imaginado. Mas Luiz Gonzaga não era apenas um cantor popular. Engana-se quem coloca a obra do seu Lula como uma simples manifestação popular. Usando a linguagem simples do sertanejo, a música gonzaguiana é muitíssimo erudita.
Luiz Gonzaga tinha a alma sertaneja, nasceu na serra do Araripe, cidade de Exu. Ainda no início da carreira (em 1947) compôs, em parceria com o cearense Humberto Teixeira, uma música que se tornaria uma espécie de hino do Nordeste: a clássica “Asa Branca”. Luiz Gonzaga usava a linguagem do sertanejo nordestino mas a sua música era muito politizada. Criticou o assistencialismo e a indústria da seca, descrevia as agruras do povo nordestino mas colocando seus conterrâneos como guerreiros e não como flagelados.
Em 1989 eu enfrentei uma fila quilométrica e fui ao velório do Luiz Gonzaga, realizado na câmara de deputados aqui de Pernambuco. Foi um dia tristíssimo. Entretanto, no dia seguinte, o nordeste inteiro cantava e rendia homenagens ao representante maior da sua cultura. A tristeza da perda deu lugar à alegria da certeza da eternidade do ídolo.
Clique aqui e acesse a agenda das homenagens a Luiz Gonzaga