A TORCIDA DO SANTA E OS PSEUDO-ANALISTAS
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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A
torcida do Santa Cruz, nos últimos cinco anos, vem sendo alvo de
teorias mirabolantes que tentam explicar o seu avassalador crescimento
mesmo estando, o time, mergulhado numa das maiores crises de sua
história. O que me chama atenção é o esforço dos torcedores
adversários em tentar desmerecer os grandes feitos dessa imensa
torcida. Antes falavam que a multidão lotava o Arruda porque o preço
do ingresso era barato. Nos últimos jogos, os preços praticados foram maiores do que nos jogos da série B, mesmo assim a
torcida deu show.
Há
cerca de quinze dias, mais ou menos, estive em Fortaleza e vi um
imenso bandeirão do Santa tremulando num edifício da praia de
Iracema. No hotel, estava com meu grupo de viagem tomando umas e
outras e testemunhei um show de arrogância e dor de cotovelo de um
torcedor da Coisa que quase pulou no meu pescoço de raiva porque
falei que a torcida do Santa Cruz era a maior do estado. O cara virou
bicho e destilou uma rosário de argumentos chulos e refutáveis
tentando justificar o injustificável: a torcida do time dele só é
grande em pesquisas feitas por amostragem que não chegam nos locais
mais pobres onde a torcida do time do povo impera.
Agora
vem essa matéria de um pseudo-psicólogo colaborador da Veja que
atribui ao “masoquismo” o fato da torcida não arredar pé do
estádio mesmo nos momentos mais críticos. No ótimo blog do
tricolor de estirpe, Clovs Campêlo, li uma colocação de um outro
tricolor, Renato Boca de caçapa (kkkk) que retrucou a colocação do
tal psicólogo da Veja: “Pergunta a esse psicólogo de
merda por que é que o Íbis, o pior time do mundo, e que até hoje
não ganhou nem um campeonato de porrinha, não tem uma grande
torcida. Ele e Freud que me desculpem, mas se essa teoria estivesse
correta, o Mais Querido e o Clube das Multidões seria o Pássaro
Preto de Santo Amaro, o clube da TSAP, e não o Santinha. Manda ele
se lascar que eu vou é tomar mais uma”.
Sonho
com o dia em que o IBGE incluirá no seu rol de perguntas: “Qual o
seu time do coração?”. Por que? Ora, o pesquisador do IBGE vai em
todo buraco, não se limita a corredores, nichos, sites, ele vai de
porta em porta, na favela do papelão, no Coque, no Arruda, não se
limita a shoppings ou blocos de carnaval. Enquanto esse dia não
chega, vamos vendo a torcida do Santa dar show e os enciumados
criando suas pseudo-teorias.
BRASILEIRO
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Brasileiro
FRINGE 4x05 - NOVATION
- By ED CAVALCANTE
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Fringe
,
Fringe Quarta Temporada
Spoilers Abaixo!
Esse
episódio foi tão didático – no que se refere a história do
Peter – que acabou ficando um pouco morno. Outra coisa que não
gostei foi essa reaparição dos transmorfos, pareceu-me enchimento
de linguiça. As mortes na casa do Dr. Malcolm Truss e o sequestro
dele, pouco contribuíram para a trama. Sei, tem aquela história da
comunicação interdimensional via máquina de escrever (que agora e
portátil, ual!) sugerindo que a missão da transmorfa japinha foi
bem sucedida e um “algo mais” vem por aí. Até mesmo esse
detalhe não pegou bem porque é uma repetição de episódios
anteriores.
O
que realmente me chamou atenção no episódio:
*Nina
Sharp é a mãe adotiva de Olivia e sua irmã nessa nova
realidade. Essa é uma informação importante. Os detalhes
dessa convivência podem trazer grandes revelações para a trama.
Não falo das experiências com cortexiphan, refiro-me ao cotidiano,
a vida em “família”.
*As
habilidades de Peter: surpreendeu-me a forma como o “filho”
do Dr. Beshop manipulou os circuitos de acesso da cela -ultra segura
– em que ele estava detido e criou um sistema de escuta e
comunicação. Ele herdou a genialidade do pai? Para alguns pode parecer uma viagem muito grande
imaginar que esse Peter seja uma forma desconhecida de transmorfo.
Walter descobriu que eles estão assimilado o DNA dos seres copiados.
Aí sim a retomada dessa vertente faria sentido. Impossível? Ora, é
a realidade Fringe, quem acompanha a série já deve estar
acostumado.
*
O clima entre Olivia e Peter – aquela troca de olhares – provocou
uma broxada no Lincoln que estava todo animado pro lado da galega.
Sorrisos amarelos e ele falando o tradicional”tudo bem”. Nadam mais a dizer!
Ficha
Exibição
(EUA): 04 de novembro 2011
AS DUAS FACES DO SOBRENATURAL
domingo, 6 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Morte
,
Sobrenatural
Há
uma semana, mais ou menos, fui visitar meus pais que moram num bairro
próximo. Numa rua pertinho da casa deles tem um bar bastante
frequentado pelo que chamamos aqui no Recife de “papudinhos”,
pessoas que, por alguma infelicidade da vida, preenchem os seus dias
tomando todas. Vários deles eu vi crescer e muito vi morrer ao
relento. Ao passar pelo bar, vi um deles lá dentro, o “Bigode”.
De longe, ele sorriu para mim e fez um aceno. Retribuí com um
sorriso e também o cumprimentei.
Ao
chegar na casa da minha mãe, ela foi logo me dando uma triste
notícia: “Lembra do filho de Jocão? Ele morreu!”. Perguntei já
triste: “Qual deles?” Minha mãe me espantou com a resposta:
“Bigode, aquele que bebia muito”. Disse a minha mãe que devia haver algum engano pois havia falado com ele há alguns instantes.
Ela confirmou a notícia e eu, claro, voltei ao bar para tirar a
dúvida. No local onde eu havia visto o tal Bigode, não tinha
ninguém.
Contei
essa história para várias pessoas. Algumas tiveram calafrios,
outras brincaram e houve quem me falasse que eu havia me enganado,
tinha falado com outro “papudinho” pensando ser o Bigode. Não
acredito em sobrenatural e não busquei explicações para esse
acontecimento. O que me espantou foi a cara de medo que as pessoas
fizeram quando imaginaram a possibilidade da aparição de alguém
que já havia morrido. Pus-me a pensar, então: Se esse cidadão,
depois de morto, fosse classificado como santo por uma igreja
qualquer, sua aparição seria motivo de celebração e não de
pavor. Sua condição de "ser do outro mundo" pouco importaria, o que
valeria seria a classificação conferida a ele no mundo dos vivos.
Não entendo isso.
E
você, o que acha disso tudo?
CANTANDO RELIGIÃO
sábado, 5 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Judas
(Raul Seixas e Paulo Coelho)
“...Mas
é que lá em cima
lá na beira da piscina
olhando os simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais”
lá na beira da piscina
olhando os simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais”
Oucça aqui
Questionam
a Bíblia, a forma como as sagradas escrituras nos são impostas.
Quase nenhuma religião cristã apresenta para os seus fiéis a
história dos concílios que determinaram a composição do que hoje
conhecemos como “Bíblia Sagrada”. O conteúdo é apresentado como
o resultado final de algo que a maioria não sabe, com certeza, como
começou.
Mão
Católica (Marcelo Nova, Karl Humel e Gustavo Mullem)
“Nascer
com o mal na alma
Pro batismo libertar
Carregar a cruz de toda culpa
E colocá-la no altar
Domingo tem a missa obrigatória
Ajoelhar perante a santa inquisição
Pras bruxas temos a fogueira
Pros santos nós temos o perdão”
Pro batismo libertar
Carregar a cruz de toda culpa
E colocá-la no altar
Domingo tem a missa obrigatória
Ajoelhar perante a santa inquisição
Pras bruxas temos a fogueira
Pros santos nós temos o perdão”
Oucça aqui
A
ironia na música do Camisa de Vênus é uma crítica ao “Pecado
Original”, já nascemos pecadores. No final a crítica ao perdão
dado aos santos e a condenação às bruxas.
Súplica
Cearense (Gordurinha e Nelinho)
“Oh!
Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o Senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração”
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o Senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração”
Oucça aqui
O
pedido de desculpas de Gordurinha e Nelinho, na verdade, está
carregado de sarcasmo. Imagine a situação: a terra seca aí você
faz uma oração pedindo para chover. Deus manda um diluvio, não é
dádiva e sim castigo.
Cidadão
(Zé Geraldo)
“Tá
vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar”
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar”
Oucça aqui
Esse
trecho da bela canção de Zé Geraldo versa sobre fé, a fé do povo
que crê de forma incondicional.
Partido
Alto (Chico Buarque)
“Deus
é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro”.
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro”.
Oucça aqui
Humor,
apenas humor. Mas é alguém se queixando com deus por ter nascido
pobre. Penso cá comigo: poderia ter sido pior, cara, você poderia
ter nascido na Etiópia, por exemplo.
Igreja
(Nando Reis)
“Eu
não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis”
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis”
Oucça aqui
Essa
letra chocou muita gente por ser, abertamente, contra qualquer tipo
de credo, sobretudo o cristianismo. Fez sucesso com a banda Titãs.
O
Dono da Terra (Os Abelhudos)
“Mãe
me explica direitinho
O que gente grande entende muito bem
Como pode uma bomba explodir dentro de um trem?
O que gente grande entende muito bem
Como pode uma bomba explodir dentro de um trem?
...Vê
qual é o nome do Dono da Terra
Inventor do céu e do mar
Pega o telefone, liga pra esse homem
Diz que é pra ele... reinventar”
Inventor do céu e do mar
Pega o telefone, liga pra esse homem
Diz que é pra ele... reinventar”
Oucça aqui
Criança
tentando entender Deus.
DESCONHECIDO (UNKNOWN), ÓTIMO THRILLER
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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No
começo a premissa soa como “aquela história que outros filmes já
contaram”, mas o ótimo enredo guarda algumas surpresas. Em
“Desconhecido
(Unknown),
Liam Neeson interpreta o Dr. Martin Harris, um cientista que viaja
para a Alemanha para participar de um congresso e acaba sofrendo um
grave acidente. Dias depois ele acorda num hospital e descobre que
sua vida, toda sua história, foi apagada. Sua mulher (January
Jones ) não o reconhece e, pior, um homem (Aidan
Quinn ) assumiu a sua identidade.
Na
busca por respostas ele é perseguido por assassinos e acaba sendo
ajudado por uma motorista de táxi (Diane
Kruger). O filme tem as participações especiais de Frank
Langella que interpreta o Rodney Cole e Bruno
Ganz que, brilhantemente, interpreta os ex-espião Ernst Jürgen.
As poucas cenas em que Ganz aparece valem a fita. Atuação
absolutamente impecável.
Os
roteiros são assinados por Oliver Butcher e Stephen Cornwell a
partir do romance “Out of My Head” de Didier van Cauwelaert,
e a direção ficou a cargo de Jaume Collet-Serra. Para quem que ser
surpreender com uma história inteligente com final surpreendente,
recomendo.
MISFITS ESTÁ DE VOLTA - EP 3x01
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Spoilers abaixo!
A
série britânica voltou com tudo. Para explicar a saída do
carismático personagem, Nathan, criaram um mini episódio, “VegasBaby”, que mostra o doidão em Las Vegas usando seus poderes para
se dar bem na jogatina. Entretanto, uma gafe bisonha o tira de cena:
ele tenta trapacear usando um dado de sete (??) lados. Foi preso e
deu espaço para o Rudy (foto acima), o novo esquisito do reformatório.
O
primeiro episódio da temporada, no que se refere ao roteiro, foi
meio déjà vu: os garotos se metendo numa enrascada que resultou em
mais dois defuntos enterrados no quintal. Tá virando vala comum,
haja terreno. O mais importante foi mesmo a introdução do esquisito
– até demais – Rudy (Joseph
Gilgun) na turma do reformatório. Na sua primeira aparição,
cena de abertura do episódio, ele persegue alguém que descobrimos
logo a seguir se tratar de um clone seu. Uma espécie de segunda
personalidade que vive dentro dele e se materializa de vez em quando.
O interessante é que ambos são completamente diferentes: o Rudy
principal é um cara pernóstico, um rascunho do “Nathan”. O Rudy
secundário, por assim dizer, seria um rascunho do Simon, um cara
retraído traumatizado por uma desilusão amorosa.
A
tal desilusão, aliás, refere-se a Alisha. No passado, ela foi
colega de faculdade do Rudy e conheceu sua personalidade secundária.
Nessa época Alisha – que ainda não tinha poderes – era uma
devoradora de homens, uma pegadora contumaz. O pobre Rudy se
apaixonou, foi desprezado e acabou tentando um frustrado suicídio.
Essa verdade veio à tona mas Simon, atual namorado de Alisha, não se
importou, até fez piada com a situação.
As
situações de perigo apresentadas no episódio serviram para mostrar
os novos poderes dos garotos. Curtis, ao ser perseguido por um
policial, encurralado, transformou-se numa garota. Alisha, quando
estava pendurada numa forca, entrou no corpo da assassina e passou a
ver o que ela estava fazendo. Ou seja, ela entra na mente de outra pessoa e passa a perceber o mundo como se fosse ela. Já a Kelly, ao que parece, aumentou o
seu QI. Chegou a ser presa e interrogada por ter apresentado o
projeto de um míssil ultrassecreto.
Mais
do episódio
*Simon:
assumiu de vez seu romance com Alisha e esconde a identidade secreta,
o mascarado. Entretanto, convive com a visão de sua morte que parece
algo inevitável.
*De
volta ao reformatório: Os garotos estavam na condicional, fora do
reformatório. Mas, obviamente, deram um jeito para eles votarem pro
sinistro prédio. Estavam num carro que pensavam ser do Rudy e foram
parados pela polícia. O carro era roubado e eles voltaram a vestir o
velho uniforme laranja. O episódio foi menos
do que o esperado.
Ficha
Escrito
por: Howard Overman
Direção:
Alex Garcia e Wayne
Yip
Exibição
(EUA): 30 de outubro de 2011
HÁ UM ANO DILMA ROUSSEF ENTRAVA PARA A HISTÓRIA COMO A PRIMEIRA MULHER ELEITA PRESIDENTA DO BRASIL
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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DILMA ROUSSEF
Estive
na festa e na quase festa da Presidenta Dilma. A quase festa foi a
frustração do primeiro turno. Acompanhamos o final da apuração no
Marco Zero, coração do Recife. Quando anunciaram no serviço de som
que teríamos segundo turno, uma certa tristeza – e um pouco de
angustia – pairou no ar. Veio então o segundo turno e, enfim, a
grande festa.
Lembro-me
bem que toda a celebração pela ascensão daquela mulher de face
carrancuda soou como um revival do movimento “Diretas Já”. O
povo reunido em praça pública em nome da democracia. Obviamente,
houve quem temesse pelo que viria com Dilma à frente da presidência.
Hoje, um ano depois da eleição, muitos falam em afirmação. Aos
poucos, a presidenta foi se livrando da sombra de Lula e impondo o
seu estilo. Enfrentou seis quedas de ministros sem declinar da sua
postura austera mostrando uma segurança de quem já estava
acostumada com o poder.
Dilma,
assim como Lula, está tendo um espaço importante na mídia
internacional sendo aclamada como a terceira mulher mais poderosa do
mundo, perdendo apenas para a chanceler alemã, Angela Merkel, e a
secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Mesmo enfrentando
uma oposição ferrenha, vem conseguindo manter a
governabilidade num patamar aceitável. Além do mais, o bom momento
econômico do Brasil vem rendendo ótimos índices de popularidade para
ela.
O
saldo desse quase um ano de governo é absolutamente positivo. Dilma
tomou atitudes firmes para combater a corrupção instalada em vários
segmentos do governo sem se render aos ataques da oposição.
Implementou uma faxina política em diversos setores do governo sem
fazer muito estardalhaço. O primeiro passo foi dado, mas o caminho
ainda é longo.
60 ANOS DA TELENOVELA BRASILEIRA
sábado, 29 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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NOVELAS
,
Telenovelas
No
dia 21 de dezembro de 1951, na extinta TV Tupi, estreava a primeira
telenovela brasileira, “Sua Vida Me Pertence”, escrita e dirigida
pelo ator Walter Foster. Todos que participaram desse empreendimento,
não sabiam, mas começava ali uma trajetória de sucesso. A
telenovela tornar-se-ia, anos mais tarde, um produto genuinamente
brasileiro. O Brasil, sobretudo a partir da inauguração da TV
Globo, viraria uma referência mundial no gênero.
O
formato da primeira telenovela, obviamente, era bem diferente de
hoje. Naquela época, a tevê brasileira também estava engatinhando.
Foram produzidos apenas vinte capítulos, com duração média de
quinze minutos, que eram apresentados duas vezes por semana. O grande
diferencial, entretanto, era o fato dos capítulos serem exibidos ao
vivo. Não existia o videotape, tudo funcionava como um teleteatro.
Faziam parte do elenco: Vida
Alves, Lia
de Aguiar, Dionísio
de Azevedo, Lima
Duarte, além do próprio autor, Walter
Forster. “Minha Vida Te Pertence” também é lembrada porque
foi nessa novela que aconteceu o primeiro beijo da tevê brasileira.
Walter Foster e Vida Alves protagonizaram a histórica cena.
O
formato de exibição diária estreou com a telenovela "2-5499
Ocupado", uma
produção da TV Excelcior protagonizada por Tarcísio Meira e Glória
Menezes. Mas foi com a TV Tupi que o gênero se popularizou e ganhou
força. A telenovela foi incorporada a vida do brasileiro como o
futebol. Esse, talvez, seja também o grande problema do gênero. De
tanto ser explorado, o formato ficou saturado e acabou tornando-se alvo
de críticas. Muitos classificam a telenovela como veículo de
alienação do povo, que precisa de “pão e circo” para suportar
as agruras da vida. Como esse post não propõe fazer nenhuma análise
filosófica ou social do gênero, apenas celebrar os 60 anos de
história, segue abaixo alguns dos principais momentos das
telenovelas brasileiras.
1-
Sua vida Me Pertence (1951 - Walter Foster): não existem
imagens, a novela era ao vivo, numa época em que não existia o
videotape. Clique aqui e assista a um trecho do “Globo Reporter
Especial” que relembrou a primeira novela.
2
– Beto Rockfeller ( 1968 – Cassiano Gabus Mende): um marco na
teledramaturgia brasileira porque apresentou várias inovações:
linguagem coloquial, incluindo gírias, trilha sonora com música pop
e não peças sinfônicas. Inovou na fotografia usando tomadas aéreas
e apresentou personagens intrigantes cujas identidades nunca foram
reveladas. Clique aqui e assista a um trecho da novela.
3
– Selva de Pedra (1972 - Janete Clair): foi a única
telenovela, até hoje, a alcançar os cem pontos de audiência e
popularizou o gênero folhetim. Clique aqui e assista ao final da
novela.
4
– Irmãos Coragem (1970 - Janete Clair): mais um grande de
Janete Clair, um western a brasileira. Essa novela misturava futebol
(um dos irmãos coragem era jogador, Duda), psicologia (a personagem
Maria de Lara apresentava três personalidades: Lara, Diana e Márcia)
e faroeste. Clique aqui e assista a clássica cena em que João
Coragem quebra o diamante.
5
– O Rebu (1974 – Bráulio Pedroso): essa intrigante novela
inovou no formato. Os 112 capítulos narravam uma história
que se passava em apenas um dia. O formato seria, mais tarde, copiado
pela série americana “24 Horas”. A trama girava em torno de uma
assassinato que aconteceu durante uma festa. Clique aqui e assista ao
especial “Almanaque Globo” que fez um resumo dessa inovadora
telenovela.
6
– Saramandaia (1976 – Dias Gomes): foi a primeira novela a
usar e abusar da realidade fantástica. Dias Gomes criou um universo
bizarro em que vários fenômenos paranormais aconteciam. Uma mulher
queimava roupas com sua febre, um coronel botava formiga pelo nariz,
uma comilona explodiu, tinha até um homem pássaro, o
João Gibão. Clique aqui e aqui e veja duas cenas clássicas dessa
telenovela. A explosão de Dona Redonda e o voo de João Gibão.
7
– Pecado Capital (1975 – Janete Clair): a melhor novela do
questionado galã Francisco Cuoco. Em 1998 essa clássica novela foi
desrespeitada com um remake de quinta categoria assinado por Glória
Perez. Da versão original, a cena mais marcante foi a morte de
Carlão gravada no canteiro de obras do metrô de São Paulo. Clique
aqui e assista.
8
– O Casarão (1976 – Lauro César Muniz):
uma das mais belas novelas de época da tevê brasileira. O Casarão
narrava três histórias em três épocas distintas: 1900,
de 1926 a 1936
. O eixo da trama era o eterno amor de João Maciel e Carolina
Galvão. Relembre a abertura e a cena final em que o casal se reencontra após 40
anos clicando aqui.
9
– Escrava Isaura (1976 – Gilberto Braga): foi a novela
brasileira mais vista em todo mundo. Lucélia Santos que interpretou
a escrava branca, Isaura, tornou-se mundialmente conhecida por esse
papel. A novela é contestada por movimentos de cultura negra
alegando conteúdo racista. Seja como for, é um marco da
teledramaturgia brasileira. Clique aqui e relembre a abertura e o capítulo inicial.
10
– Vale Tudo (1988 – Gilberto Braga): foi uma novela
inovadora. A partir dela, o quesito “sonoplastia” ganhou papel de
destaque. Fora isso, teve o grande mistério do assassinato de Odete
Roitiman e a banana do Marco Aurélio no final que chocou muita
gente. Clique aqui e aqui e relembre.
*Clique aqui e leia outros posts sobre telenovelas
HOMELAND, PRIMEIRAS IMPRESSÕES
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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Spoilers Abaixo!
Só
hoje conferi o piloto de “Homeland”, remake da minissérie
israelense (?) “Prisoners of War" (Hatufim) ,
que tem como pano de fundo a guerra contra o terrorismo. Obviamente,
sendo uma série criada na neura pós-Onze de Setembro, o
estereótipo “todo árabe é terrorista” dá a tônica da
produção. A atmosfera da série é muito parecida com “24Horas”,
vários clichês utilizados na saga de Jack Bauer podem ser
identificados já no piloto.
O
Elenco: a sumida Claire Danes,
que teve ótima participação em Terminator
3: Rise of the Machines
(2003), interpretando a veterinári Kate Brewster, depois de várias
pontas em diversas séries, reaparece como a protagonista “Carrie
Mathison”, uma agente da CIA que investiga o fuzileiro Nicholas
Brody, interpretado por Damian
Lewis. A participação de Mandy Patinkin (Saul) foi pequena no
piloto, ele interpreta o mentor de Claire, Saul – clichê de série
americana normalmente interpretado por um ator negro – o cara que
dá suporte as investigações da moça. A julgar por sua
participação em Criminal Minds (Jason Gideon), a expectativa é
grande.
Sobre
os protagonistas, de cara percebe-se que Claire Danes e Damian Lewis
encaixaram perfeitamente nos personagens, esse é um ponto alto da
série. Outro destaque – já esperado – é Morena
Baccarin (V, A batalha Final). Ela interpreta Jessica Brody,
mulher do fuzileiro. Morena é uma atriz fascinante, carismática,
grande candidata a estrela do primeiro time dos seriados americanos.
O
Piloto
A
série narra a história do fuzileiro americano Nicholas Brody que,
depois de ser capturado pela Al-Qaeda, foi dado como morto. Anos
depois Brody é resgatado por um grupamento americano e aclamado
como herói. Claire Danes, uma agente da CIA, levantou suspeitas de
que ele, durante o cativeiro, passou para o lado dos árabes. O
perfil de agente duplo ficou tão exposto no episódio que soou óbvio
demais. Os flashes de memória mostrando o Brody torturando um
amigo até a morte e o fato dele ter mentido no debriefing, logo
revelados no primeiro episódio, deixam uma certa dúvida sobre a real
culpa do dele. O episódio deixou uma boa impressão.
Ficha
Escrito
por: Alex
Gansa, Howard
Gordon e Gideon
Raff.
Direção:
Michael Cuesta
Exibição
(EUA): 02 de Outubro de 2011
O METRÔ DO RECIFE ESTÁ CAPENGANDO
terça-feira, 25 de outubro de 2011
- By ED CAVALCANTE
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METRÔ
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Que
o metrô do Recife anda capengando, todo mundo sabe, salta aos olhos.
Nos horários de pico é um deus nos acuda. Trens lotados e as
costumeiras paradas entre estações. A única melhoria que esse
sistema de transporte apresentou, foi a climatização dos trens.
Pouco. Hoje, mais uma vez, os trens apresentaram “problemas
técnicos” e o caos se instalou. Na estação Joana Bezerra (fotos acima), uma
composição ficou parada provocando imenso tumulto e um grande
desconforto para os usuários. Até quando teremos que aguentar isso?
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} if(addthis_tool_flag)
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