sábado, 10 de janeiro de 2009

FAIXA DE GAZA, O NOVO GUETO DE VARSÓVIA

Começamos o ano de 2009 com as tristes notícias chegadas do Oriente Médio. O acirramento da secular rivalidade entre Árabes e Judeus, merece uma reflexão. Antes de tudo, entenda como um país do tamanho do estado de Sergipe, tem um dos exércitos mais poderosos do mundo.

O Estado de Israel foi criado no pós-guerra, depois de uma resolução da ONU. No começo o país se mantinha através de doações que chegavam de judeus dos quatro cantos do planeta. Esse quadro mudou rapidamente. Com fortes investimentos em educação e tecnologia, Israel tranformou-se numa potência tecnológica e bélica. Hoje em dia, o país é um grande produtor de softwares e é detentor da melhor indústria bélica do planeta. O pequeno país de aproximadamente 20.700 Km² alcançou o chamado Primeiro Mundo.

De onde vem a rivalidade? Árabes e Judeus, antes de tudo, têm a diferença religiosa. A rivalidade começa por aí. Na história de Abraão, a Bíblia nos conta que ele, impaciente porque sua mulher Sara não engravidava, serviu-se de uma escrava egípcia e foi pai de Ismael. Entretanto, aos 90 anos, Sara deu a luz ao filho legítimo (é assim que a Bíblia o trata) de Abraão, Isaque. O que isso tem a ver com a guerra? Bom, nos dias de hoje correntes judaicas propagam a diferença entre os dois povos devido a descendência: os judeus descendem do filho legítimo de Abraão, Isaque. Os árabes descendem do filho bastardo, Ismael. Os judeus tiram dessa parca idéia, o sentimento de superioridade.

Quando o Esatdo de Israel foi criado, sua capital era (para a ONU ainda é) Tel Aviv, depois que ocuparam Jerusalém, eles proclamaram a cidade sagrada como “capital de Israel”.

Através da ocupação de territórios palestinos Israel se impôs no Oriente Médio. A Península do Sinai ocupada na grande expansão de 1967, foi devolvida ao Egito, depois que esse país reconheceu a soberania de Israel. Ao longo dos anos a rivalidade foi se acirrando, mas Israel manteve-se sempre numa posição de superioridade.

Houve um momento em que o mundo chegou a acreditar que um acordo de paz seria possível. Em 1993, com a mediação dos Estados Unidos (Bill Clinton), Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina. Mas, grupos extremistas dos dois lados minaram o acordo. Desde então, árabes e judeus vêm escrevendo um dos capítulos mais tristes e violentos da história da humanidade. Atentados, bombardeios e trocas de acusações fazem parte do cotidiano desses dois povos.

O destaque negativo nessa longa história de guerra, sem dúvida, é do líder israelense Ariel Sharon. Um dos criadores do Likud (partido ultranacionalista israelense), ele foi primeiro ministro de Israel entre 2001 e 2006, quando se afastou por ter sofrido um AVC. Shron pôs em prática uma política de não-tolerância aos palestinos, chegando ao absurdo de recriar um vergonhoso ícone da Guerra Fria, o Muro da Segregação. Ele ordenou a construção de uma grande muralha segregando vários assentamentos palestinos. O triste capitulo que estamos assistindo nessa virada de ano, é resultado dessa política ultra direitista que, diga-se de passagem, tem o apoio dos Estados Unidos. Os horrores do Holocausto, que serviram de bandeira de protesto dos israelenses desde o fim da Segunda Guerra, ressurgem agora, inexplicavelmente, tendo como algozes as antigas vítimas.

Nada justifica o terrorismo praticado pelos árabes, assim como o genocídio que vem se configurando a cada ataque israelense. Religião para quê ?

13 comentários:

Pedro Pyratero disse...

isso que eu sempre pergunto, religião pra que?http://pedropyratero.blogspot.com/

Anônimo disse...

Bem complicado! Dividir o território não adiantaria, a briga também é por causa de água. São tantos fatores...
Ótimo post
abs

Danilo Corrêa disse...

O fanatismo dessas pessoas por Deus é de mais, são tudo um bando de loucos heeheheh que Deus protega-as vitimas.

A'ZaF disse...

Pior é quando falam que a guerra é em nome de Deus x.x'

Hoje falaram no meu trabalho uma coisa interessante, vou postar aqui da forma que ouvi: "...se lá pras bandas onde eles dizem que Jesus nasceu tá nessa guerra, imagina se fosse em outro lugar ein..."

só aí dá pra ver neh x.x'

abraços

http://paranoiaelucidez.blogspot.com/

Bete Meira disse...

Hoje vi, estarrecida, no Jornal Hoje,inúmeras crianças mortas,nesse conflito irracional,dizem que homem não chora,vi um pai chorando, desolado,com seu filhinho morto nos braços,crianças mortas estendidas no chão,cenas de cortar o coração.Inocentes sendo mortos,famílias destruídas,tempo e dinheiro gasto com terror e violência em nome de quê?Religião vem de "religare",ligar o homem a Deus... Deus é amor!Onde está o amor?A verdadeira religião é visitar os órfãos e as viúvas,diz a Bíblia...

Anônimo disse...

Depois que o tal muro foi feito, os atentados em Israel como 'homens bomba' diminuiu pra quase zero ..... acho que o Hamas é um grupo terrorista que deve ser combatido, mas o que Israel está fazendo na faixa de Gaza é um extermínio geral...... muitas crianças estão morrendo, e esse é o grande lado triste, mas dizem também que os palestinos colocam as crianças como escudos, aí também levam uma parcela de culpa..... a situação está complicadíssima por lá......

Pablo Mateus disse...

o mundo tá acabando pq tem gente que não aprende cmo as experiências anteriores

Anônimo disse...

conseqüências do fanatismo. Excelente post.

Anônimo disse...

É isso já está mais do que na hora de terminar.
mas todos nós sabemos que infelizmente não vaia acabar tão cedo. até uma trégua de 2hras para que a população se abastecesse com alimentos e água eles não conseguem fazer , imaginem acabarem com isso D:

é muito bizarro todas as coisas que eles fazem em nome da religião D:

Tania Montandon disse...

Pra variar, a mãozinha do tio Sam está rendendo mortes, tristezas, descrença... Como pode armar Israel num lugar como aquele, deixando completamente desproporcional em função de poder e petróleo... Sinceramente, a história é interessante, muitas coisas não conhecia, mas pq sempre os EUA na origem dos caos e dos derramamentos de sangue desde que se acha o Dono ao cessar do torpor da guerra fria? Isso é muito triste!

Achei muito bem contado, parabéns!

beijos

Bete Meira disse...

Agora à noite,mais notícias sobre a faixa de Gaza... só se vê fumaça!Só ataques de Israel,a matança continua e faltam produtos de que a população necessita!Diante de tanto sofrimento,tanta tristeza... percebo que não tenho problemas...

Unknown disse...

É de fato o fim dos tempos,o fanatismo leva o ser humano a se tornar um ser iracional,e muitas vezes cegos diante de algumas realidades,principalmente quando se trata de religião e politica.Valeu!!!este post foi uma verdadeira aula.

Unknown disse...

Qual vai ser a política externa de Obama para o Oriente Médio? Apoio incondicional aos sionistas que ploclamam um Estado teocrático,sustentado por uma ideologia de limpeza étnica e franco objetivo de genocídio do povo palestino? Claro que não. Pelo seu passado e discurso de campanha, não pode ser pior do que Bush. Entretanto, não devemos nutrir tantas esperanças assim. Obama vai acatar as resoluções da ONU e o Acordo de Genebra? Acho muito difícil o governo americano contribuir para a formação de um Estado palestino livre e autônomo. Portanto, vai ser um governo de mudanças, mas nem tanto. Os interesses econômicos dos judeus, principalmente na América, superam as melhores das intenções do novo presidente.

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