A INTERNET A SERVIÇO DA HISTÓRIA

Essa é para quem ainda duvida da utilidade da internet: estava vasculhando a rede à procura de fotos antigas do Recife e acabei encontrando duas raridades. A primeira, uma foto das obras de construção do Grupo Escolar Amaury de Medeiros, um prédio construído em 1924 e tombado pelo Patrimônio Histórico de Pernambuco. Leciono nessa escola e sempre que encontro informações do passado  vibro como uma criança que ganhou um presente. Desde que cheguei ao Amaury de Medeiros, em 1999, pesquiso a história do velho casarão.

A outra descoberta também refere-se à escola, mais precisamente ao seu patrono, o médico sanitarista pernambucano, Amaury de Medeiros. A história dele é bastante interessante. Morreu muito jovem, com apenas 36, de uma forma bem inusitada. No dia 03 de dezembro de 1928, um grupo de intelectuais e políticos do Partido Democrata estava a bordo da aeronave “Santos Dumont” do Syndicato Kondor , que iria prestar uma homenagem a Santos Dumont que  regressava ao Brasil depois de longa temporada na Europa. A ideia era jogar pétalas de rosas no convés do navio que trazia o Pai da Aviação. Quando sobrevoava a Ilha das Cobras, litoral do Rio de Janeiro, o avião perdeu altitude e mergulhou no mar. Todos os ocupantes morreram no local.

Abaixo, a imagens do jornal carioca “Critica” que publicou extensa matéria sobre o trágico acidente. A matéria serviu também para resgatarmos uma foto do Dr. Amaury de Medeiros, algo muito raro. Contemplem:

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BRINQUEDO DE GENTE GRANDE VOL.01 - Mach 5


Esse era o objeto de desejo da maioria dos garotos da década de 70, o carro do Speed Racer, o famoso “Mach 5”. Na época, as miniaturas eram raridades. Lembro-me que um amigo – Gilson, o gênio – criou uma réplica dessa belezinha toda feita com latas de óleo. Ficou igualzinho e ele entrou para a história do bairro como “o cara que tinha o carro do Sepeed Racer”.

O projeto original do carro, criado em 1960 junto com a série animada, seguia a linha da Ferrari 250 Testarossa, que era o carro mais caro do mundo. O Mach 5 tem o mesmo designer do carro italiano, é quase um plágio. Os recursos especiais foram inspirados nos carros do agente 007, James Bond. Existem no mercado várias miniaturas do Mach 5, os preços variam entre 35 e 200 reais, bastante acessíveis.  Abaixo, os dois modelos mais populares. Regozijem-se:
Mach 5  2012 Jada Toys

 Mach 5 Ertl Joy Ride

Palestras da Fliporto - Ao Vivo

Watch live streaming video from fliporto2012 at livestream.com

EU MINHA MONOGRAFIA

Há alguns meses estou preso à tortuosa  tarefa de elaborar um trabalho científico, uma monografia. Como sou viciado em escrever, antes de iniciar as primeiras linhas do dito trabalho, ingenuamente, pensei: “É comigo mesmo, vai ser fácil”. Não é, ao menos para mim que sou um “escrevedor”, um reles propagador de textos  sem grandes pretensões. Mas o cerne da questão é a normatização do discurso escrito. Antes de mais nada, deixo bem claro, não sou contrário a isso. Obviamente a linguagem científica tem seus “porquês” e "poréns”, entendo. O que discorro aqui é sobre o fato de não me adaptar, de forma alguma, a esse tipo de escrita.

Tenho um monte de amigos pesquisadores – se lerem esse texto vão querer comer o meu fígado – e escuto relatos apaixonados de trabalhos realizados, publicados, tudo com muita paixão, com um tesão incontido que eu, sinceramente, não consigo sentir. Até mesmo na linguagem jornalística existe aquele grupo de xiitas que abomina narrativas na primeira pessoa como se a qualidade do texto – ou a credibilidade – diminuísse com um detalhe tão insignificante. O texto científico, do jeito que me dizem que tenho que escrever, tem a beleza de uma bula de remédio. Mas sempre existirá alguém para me lembrar: “Texto científico não tem que ter beleza, tem que ter credibilidade”.

Escrever sem prazer, normalmente, resulta em prolixidade. Esse é o drama de quem não pode falar como sabe e sim  como querem. Você tem que encontrar palavras que não fazem parte do vocabulário que você domina, que gosta, que acredita. Escrever por obrigação chega a ser um castigo. O pior é que no começo você tem a ilusão que vai conseguir aí o tempo vai passando, passando e um enorme hiato se forma entre a folha de rosto e as referências. Quando as palavras não se encaixam e as ideias não fluem é um sinal de que você está transitando na praia errada. Tédio!

LUIZ GONZAGA REDESCOBERTO


Alavancada pelo filme do diretor brasiliense Breno Silveira, a obra do mestre Luiz Gonzaga volta à tona -em nível nacional, já que pras bandas de cá ele é perene – com todo gás. Minha relação com a obra de Seu Lula é bem íntima. Admiro o artista e o homem. Imagine um sertanejo de pouca instrução, com sotaque nordestino puro, migrar para o Rio de Janeiro e voltar como uma estrela do primeiro time da emepebê?. Esse é o Luiz Gonzaga.

Assim como as várias figuras do folclore nordestino, Luiz Gonzaga foi inserido em um universo onde o real e a fantasia se misturam. Existe um rosário de histórias envolvendo suas músicas e seus dramas de vida. Luiz Gonzaga é um gigante da música brasileira. É (sim, verbo no presente) um cantor popular que fala a linguagem do povo mas construiu uma obra sofisticada. Se ele fosse um livro teria sido escrito por Guimarães Rosa.

O legado deixado por ele vai muito mais além da música, ele personificou a figura do nordestino, defendeu o estilo quando muitos tratavam a cultura local como algo menor, sem importância. Luiz Gonzaga se impôs em um universo dominado pelo bairrismo. Fidelíssimo ao gênero que criou, com todo mérito, alcançou a condição de ícone maior da cultura nordestina. Enfim, foi redescoberto. O filme – que ainda não vi, não posso tecer comentários – está cumprindo uma importante tarefa: está colocando a figura do grande ídolo de volta na grande mídia. Nada mais há que se falar. Abaixo, o inusitado vídeo (vi no JC online) que mostra o grupo coreano “Coreyah La” fazendo uma versão do clássico “Asa Branca”. Música boa é música cosmopolita, não tem fronteiras. Ave Lula!
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