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BREVE COMENTÁRIO SOBRE AS ELEIÇÕES

Pois então, cá estou de volta ao sagrado ofício de escrever. Em tempos de eleição, assunto é o que não falta. Depois desse último debate, então! O interessante foi perceber que, diferentemente dos programas  anteriores, o foco estava no enfrentamento de alguns “nanicos”.

Luciana Genro e Eduardo Jorge direcionaram a artilharia para o boquirroto (absolutamente sem noção) Levy Fidélix. As rusgas do embate anterior voltaram à tona. Quis o destino que Luciana Genro – devido ao andamento do programa - fosse obrigada a dirigir sua pergunta ao seu desafeto maior, o tal do Fidelix. O cara perdeu a linha, piorou o que já havia dito e tornou-se, mais uma vez, o personagem de meme mais reproduzido da rede.

Por analogia, é possível comparar os chamados “candidatos nanicos” aos times de futebol que entram em campo já desclassificados: jogam sem grandes responsabilidades, como francos atiradores, e acabam se superando. É lógico que se  Luciana Genro estivesse na disputa por um partido de ponta, com chances reais, ela teria outro discurso e não abriria sua fala jogando pedras na Globo. Aliás, vai ter troco, Luciana, pode esperar.

E Marina Silva? Começou a disputa como vice de Eduardo Campos, brigando para tentar um possível segundo turno. Por força de uma tragédia, foi alçada ao posto de candidata a presidente e não segurou a onda. Mostrou inexperiência em momentos cruciais. O episódio envolvendo o pastor Silas Malafaia que, via rede social ameaçou retirar o apoio a Marina se ela não mudasse o seu discurso, (confira aqui) mostrou que a candidata não aguenta pressão. Se amarelou diante da ameaça velada de um pastor, como se comportaria na condução de uma questão importante da política internacional?

Marina não está fora da disputa, isso é fato, os números mostram que a briga pela vaga no segundo turno com Aécio vai ser dura, mas ela leva desvantagem porque está numa descendente enquanto o tucano vem crescendo. Os impedimentos – eles são muitos, mesmo que ela negue – atrelados a sua forte inclinação religiosa, claramente, é o que a puxa para baixo. Um estadista, até por uma questão de respeito à Constituição, tem que passar por cima dos seus preconceitos e dogmas, sobretudo nos dias de hoje em que o poder da mídia está ao alcance de todos. Nada passa despercebido! Só nas ditaduras teocráticas os preceitos religiosos têm força de lei. No mundo democrático, quem envereda por esse viés – mesmo que disfarçado – naufraga. 

ABRIRAM A TAMPA DO ESGOTO

O assunto do momento é a tal da refinaria de Pasadena, um elefante branco estratosférico adquirido pela Petrobras em condições obscuras só agora reveladas.  O “só agora reveladas” é o que mais me incomoda. Não precisa ser um expert em negócios e negociatas para entender que uma mutreta com essas proporções não passa – não passa mesmo – despercebida numa empresa pública.

Fica claro que quem hoje levanta a bandeira da CPI, a oposição, sabia da existência dessa lambança financeira mas guardou a informação, como uma carta na manga, para usá-la na hora certa. E qual a hora certa no mundo da política? Claro, a hora das eleições. O período pré-eleitoral é o momento exato em que a tampa do esgoto é aberta. Cada eleição tem seu excremento máster, o desse ano é a refinaria de Pasadena.

Veremos “bons moços” saracoteando diante das câmeras, elucubrando, “misanceneando”, soltando o verbo em nome da moral e dos bons costumes. A grande pergunta é: “Por que não denunciaram antes?”. Há quem acredite na bondade desses caras? Há, claro que há, isso é o que mais nos irrita. Ainda existe quem acredite na bondade e na hombridade dessas raposas.

Tudo isso isenta o governo Dilma de culpa? Não, claro que não. Esse texto, que fique claro, não é um panfleto em defesa do Governo, como dirão alguns. Toda a falcatrua envolvendo a incompreensível compra dessa refinaria tem que ser exposta em detalhes. Que os culpados sejam punidos e que os falsos bons moços não tirem proveito do esgoto que jorra de Brasília.

O RESCALDO DAS ELEIÇÕES


Passado o frisson sufragista, dei um tempo na monografia que estou escrevendo – mais uma – para vir aqui atualizar o blog. Essa foi, sem dúvida, a eleição mais sem graça que tive o desprazer de participar. Fiel ao direito de votar, cumpri o meu dever e sacramentei meu voto. A tristeza causada pelo rumo que a eleição tomou aqui no Recife, me fez lembrar da primeira eleição em que votei,  no longínquo ano de 1989.

Lembro-me que no primeiro turno votei em Leonel Brizola e no segundo, entre Collor e Lula, claro, votei no petista. Desde então venho votando, religiosamente, no PT. A despeito dos exageros e bravatas cometidos ao longo desses anos, mantive-me fiel ao partido. Em várias eleições, inclusive, votei diretamente na legenda. Pensava: “já que não me agrada esse ou aquele candidato, sacramento meu apoio ao partido”. Votei sempre com muita convicção.

Esse ano foi diferente. Meu voto foi decidido, apenas, no momento em que posicionei-me atrás do biombo de papelão. Quando o PT se perdeu naquele imbróglio envolvendo o nome de João da Costa deu para perceber que o partido – leia-se, a cúpula – perdeu as rédias da situação. Eduardo Campos, bem assessorado, tirou um ás da manga e deu o pulo do gato. Alguns analistas, inclusive, destacam que se o governador não tivesse tomado essa atitude Daniel Coelho teria sido eleito prefeito do Recife. Seu discurso populista caiu nas graças do povo e ele chegou perto de disputar um segundo turno com o novato Geraldo Júlio.

Mas, por que as eleições foram sem graça? Essa é uma apreciação particular, mas quem conhece a história recente da política no Recife, deve lembrar como as eleições têm sido emocionantes nos últimos anos. Basta lembrar da ascensão de João Paulo, um operário, mulato, oriundo da periferia, com uma história construída nos movimentos sindicais pernambucanos, que conseguiu emendar dois mandatos com duas boas gestões. Até mesmo ele, que na última hora foi escalado como vice de Humberto, saiu derrotado nessa aguada eleição.

Humberto Costa é um político sem apelo popular. Para usar a linguagem povo, ele é “fraco de voto”. Dizem que seu nome foi uma indicação de Lula. Se foi, ele errou. O mais correto seria engolir João da Costa que, com o apoio de Eduardo, seria reeleito e o PT manter-se-ia no poder. Por que o poder é tão importante assim? O que sustenta um partido nacionalmente, é a quantidade de cargos de peso que ele detém, perder a prefeitura de uma capital importante como o Recife, foi uma paulada na moleira do PT. Agora estão recolhendo os cacos. Triste!

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