O HOMEM QUE INVENTOU A REDE GLOBO


Certa vez um amigo meu que odeia (pelo menos ele diz) televisão me disse: “tu és um produto da tevê”. Nunca neguei que gosto muito de televisão e defendo o uso racional desse veículo. Mas o assunto do post é outro, quero falar de um cara brilhante e injustiçado: Walter Clark, o homem que inventou a Rede Globo. Sua carreira começou cedo. Aos 16 anos já trabalhava na Radio Tamoio onde era visto como “o garoto prodígio das comunicações”. Logo (1956) se transferiu pra a TV Rio onde iniciaria uma trajetória que marcaria definitivamente a história da tv brasileira. 

Em 1965 Walter foi convidado a trabalhar na recém inaugurada TV Globo. Foi ele o criador do chamado “Padrão Globo de Qualidade” que trata a programação como um todo, uma atração puxando a outra. Ele foi o criador do “Jornal Nacional”, do “Fantástico” (também do slogan: “o show da vida”) e do “Globo Repórter”. Foi ele também que recrutou o, então novato, “José Bonifacio Sobrinho” (Boni), que mais tarde herdaria o posto do mestre. 

Depois desse “upgrade” a Globo caminhou a passos largos para o posto de quarta maior emissora de tv do planeta. Então porque Walter Clark foi demitido? Sempre que essa questão vem à tona, falam que ele saiu porque ganhava um alto salário. O próprio Clark, certa vez, respondeu essa pergunta: “Eu não sai da Globo porque ganhava um alto salário. Na verdade eu nem tinha salário. Quando me transferi pra lá, fiz um acordo com Roberto Marinho onde eu tinha participação nos lucros da empresa. Quando ela começou a crescer viram que eu iria ficar rico e me mandaram embora! rsssss”.  

Depois desse episódio, Walter Clark entrou em parafuso. Trabalhou na Rede Bandeirante sem reeditar o sucesso que tivera na Globo. Teve problemas com alcoolismo e viveu recluso. No ano 2000 a Rede Globo fez um programa especial sobre os 50 anos da tv no Brasil. O nome de Walter Clark não foi lembrado. Boni (o aprendiz) foi tratado como “o gênio que criou a Globo”. Walter Clark morreu em 1997 de insuficiência cardíaca, aos 60 anos. Meus respeitos mestre!

A CATEQUESE PROFANA DE CARLOS ZÉFIRO

Quem transita aqui pela Jornália já deve ter percebido que eu sou um admirador do underground. O submundo, na melhor acepção da palavra, sempre rende histórias interessantes como a desse post que escrevo agora. Lá pelo final da década de 50 começaram a circular clandestinamente no Brasil, os chamados “catecismos”, uma espécie de livreto erótico no tamanho de ¼ de ofício e aproximadamente 30 páginas. 

O nome, claro, uma alusão aos livretos utilizados nas igrejas, nas aulas de catecismo. O autor dessa versão erótica dos livrinhos, era o “Carlos Zéfiro”, pseudônimo do funcionário público “Alcides Aguiar Caminha”, um carioca nascido em 1921 e falecido (sem muitas glórias) em 1992. Os “catecismos” do Zéfiro circularam com grande sucesso durante toda a década de 60 e em algumas cidades, até o início da década de 70. Ele era um mito entre os adolescentes. Seus desenhos povoaram o imaginário erótico de muita gente que devorava suas historinhas escondida em banheiros, parques, na penumbra de um quarto.

Ele era underground. Muitos desconhecem, mas além do desenho, Carlos Zéfiro tinha outros dotes. Era músico e parceiro de nomes como Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho. Compôs vários sambas para a Mangueira (embora seu nome quase nunca apareça), entre eles dois grandes sucessos: “Notícia” (gravado por Roberto Silva) e “A Flor e o Espinho”. Carlos Zéfiro sempre foi combatido e ignorado pela imprensa brasileira. Em 1992, quando estava doente e esquecido, foi agraciado com o prêmio “HQMIX” pela importância de sua obra. Em 1997, a cantora Marisa Monte homenageou Zéfiro estampando um de seus desenhos na capa do disco “Barulhinho Bom”. A catequese profana de “Carlos Zéfiro”, enfim, ganhou lugar de destaque.

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O CIRCO DOS HORRORES DAS CELEBRIDADES

Outro dia estava fazendo uma pesquisa na net e dei de cara com a foto da Nikki Cox (Exterminador do Futuro 2) e me assustei. Como é possível que uma mulher linda como ela tenha ficado feia de uma hora pra outra? Na procura de uma resposta mergulhei no mundo das cirurgias plásticas e acabei descobrindo um verdadeiro “circo dos horrores”. Na busca pelo rosto perfeito ou pelo retardamento do envelhecimento, muitas celebridades acabam perdendo a noção do ridículo e acabam desfiguradas. Algumas até passam a ganhar dinheiro exibindo-se como verdadeiras aberrações, como é o caso Amanda Lepore, ou da Jocelyn Wildenstein. Duas monstruosidades! Para que vocês tenham idéia do que estou falando, segue abaixo alguns exemplos de como uma cirurgia plástica pode transformar um ser humano numa atração do “Circo dos Horrores das Celebridades”:
JOCELYN WILDENSTEIN - MILIONÁRIA SUIÇA.
NÃO EXISTE UM ADJETIVO QUE POSSA CLASSIFICAR ESSE ROSTO JOCELYN EM CLOSE!! AMANDA LEPORE - ESTRELA TRANS QUE FEZ VÁRIAS PLÁSTICAS PARA FICAR PARECIDA COM JESSICA RABBIT(!?!?!) BURT REYNOLDS - ESTICADO ATÉ A ALMA! NIKKI COX - LINDÍSSIMA ANTES DA CIRURGIA , AGORA EXIBE ESSA ETERNA CARA DE SONO
MICHAELA ROMANINI - SOCIALITE ITALIANA.
SEM COMENTÁRIOS
MICHAEL JACKSON - CLÁSSICO INTEGRANTE DO
CIRCO DOS HORRORES DAS CELEBRIDADES
MAG RYAN E GOLDIE HAWN -
SORRISOS AMARELADOS E CARREGADOS DE BOTOX
JOAN VAN ARK'S - ATRIZ ESTADOSUNIDENSE (DALLAS).

NA BRIGA COM O ESPELHO ELA FICOU

COM ESSE ASPECTO FANTASMAGÓRICO
LARAS FLYNN BOYLE - ATRIZ (SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS).

ACOMPANHE COMO ESSE ROSTO LINDÍSSIMO SE TRANSFORMOU

NESSA FIGURA DEPRÊ DA FOTO ABAIXO
LARAS FLYNN BOYLE
FARRAH FAWCETT - AS VÁRIAS PLÁSTICAS QUE FEZ NÃO RETARDARAM OS EFEITOS DO TEMPO. A PANTERA MAIS FAMOSA VIVE HOJE RECLUSA.
PETE BURNS ( CANTOR). SE NÃO FOSSE A FOTO MENOR, NÃO DARIA PRA IDENTIFICAR O SEXO DO RAPAZ. BOCA DE PEIXE, OLHAR NO MELHOR ESTILO MACAULAY CULKIN. BIZARRO!

40 ANOS DEPOIS, ECOS DAS VOZES DE MAIO

“Em maio de 68/ Na paz de um quarto aqui nos trópicos/ Chovia, ninguém via, mas eu estava aqui/ Os estudantes pelas ruas/ À espera, um batalhão de sabres/ Que feria quem queria e eu já estava aqui...” Os versos que abrem esse meu post, fazem parte da canção “Vozes de Maio”, que escrevi em 1998 para a banda de rock do amigo Maurílio. Sempre fui fascinado pela efervescência de acontecimentos do ano de 1968. Não apenas pelos movimentos estudantis iniciados em Nanterre, mas por tudo que veio a partir daí.
No Brasil ,Glauber Rocha triturava a mesmice da telona e dava vida ao Cinema Novo. Ecos das vozes de maio. O nome desse blog que você está visitando – JORNÁLIA – é uma homenagem a “Tropicália” ,do Caetano Veloso ,que floresceu em 68. Analisar os acontecimentos desse período baseando-se apenas na estética da “contracultura” (bandos de hipies protestando contra a guerra do Vietnã; dançar pelado na lama em Woodstock), é diminuir a importância do que aconteceu no mundo nesse conturbado ano. Jean-Luc Godard, que em 68 era favorito à Palma de Ouro, liderou um movimento em apoio aos estudantes. Ele parou o Festival de Cinema de Cannes que acabou não premiando ninguém naquele ano. Eu poderia citar ainda a “Primavera de Praga”, o “Massacre da Praça das Três Culturas”, no México, a “Passeata dos 100 mil”, no Rio de Janeiro, os “Mutantes”... Teria que escrever um post para cada acontecimento e cada ícone desse ano. Mesmo assim ficaria com a impressão de que “1968 foi o ano que nunca acabou”. As vozes de maio ainda ecoam.

*CLIQUE AQUI E ACESSE UMA EXPOSIÇÃO VIRTUAL REUNINDO VÁRIOS CARTAZES UTILIZADOS NOS PROTESTOS DE MAIO DE 68.

CINCO RECADOS MUSICAIS

Recado 1: Os amigos mais próximos do grande Paulinho da Viola juram que essa história é verdadeira. Diz a lenda que ele ficava irritado quando ouvia o Benito di Paula tocando samba ao piano. Foi daí que nasceu a música "Argumento":

“Ta legal, eu aceito o argumento / Mas não me altere o samba tanto assim / Olha que a rapaziada está sentindo a falta / Do cavaco, do pandeiro e do tamborim” /

Recado 2: Lobão depois de ter levado um fora da Monique Evans (na época, uma modelo famosa) mandou o seguinte recado na música “Decadence Avec Elegance”: Há muito tempo que eu já dizia, / Toda essa chinfra não te garante / Você não sabe arte de saber andar / Nem de salto alto , nem de escada rolante / Sua vida não tem muito sentido / Sempre em dia com o seu atraso / Mas e daí? Ela se acha chic / Troca seu destino por qualquer acaso / Perdeu a pose ... / Decadence avec elegance /

Recado 3: Luiz Gonzaga passou vários anos morando em São Paulo. Quando voltou para sua terra natal, Exu (PE), mostrou ao seu pai, o velho Januário, a sua sanfona nova: -Pai, essa é minha sanfona, tem cento e vinte baixos. Ela é muito melhor do que a sua que só tem oito. Januário ergueu a cabeça e respondeu: -Sua sanfona tem cento e vinte baixos, mas você só toca em dois. A minha tem oito baixos mas eu toco em todos. Um amigo da família chamado Jacó mandou um recado que Luiz Gonzaga pôs na música "Respeita Januário": Quando eu voltei lá no sertão / Eu quis mangar de Januário / Com meu fole prateado / Só de baixo, cento e vinte, botão preto bem juntinho / Como nêgo empareado / Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito / Foram logo me dizendo: / "De Itaboca Rancharia, de Salgueiro a Bodocó, Januário é o maior!" / E foi aí que me falou mei' zangado o véi Jacó: / "Luí" respeita Januário / "Luí" respeita Januário / "Luí", tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso / E com ele ninguém vai, "Luí" / "Luí" respeita os oito baixo do teu pai! /

Recado 4: João Nogueira irritado com as constantes críticas que Caetano Veloso fazia sobre o Rio de Janeiro mandou o seguinte recado na música “Iô-Iô”:

Você exalta a Bahia, porém nunca mais por lá ficou / E deu pra falar mal do Rio / Morando aos pés do Redentor / Até no início você parecia que era um bom rapaz / Mas com essa mania de estar todo dia em jornal falou demais /

Recado 5 : Seguindo a sugestão do nobre amigo Grijó (Ipsis Litteris) adicionei o quinto recado. Segundo se comenta, o Juca Chaves teria dito que os sambas do Chico Buarque eram todos iguais. Respondendo a essa crítica, o Chico mandou um recado na música "Corrente":

Eu hoje fiz um samba bem pra frente/ Dizendo realmente o que é que eu acho/ Eu acho que o meu samba é uma corrente/ E coerentemente assino embaixo/ Hoje é preciso refletir um pouco/ E ver que o samba está tomando jeito/ Só mesmo embriagado ou muito louco/ Pra contestar e pra botar defeito

DAY WATCH

Normalmente não me deixo seduzir pelos efeitos especiais. Na minha relação de bons filmes pouquíssimos atendem a esse critério. O último que me encantou visualmente foi o "Matrix" que, aliás, inaugurou uma estética já massificada na telona. O vídeo a seguir é do filme russo "Dnevnoy Dozor " (Day Watch nos Estados Unidos e na Europa) , do diretor Timur Bekmambetov, lançado no Brasil com o título de "Guardiões do Dia". É um show de efeitos especiais. Assim como o "Matrix", essa produção inaugura uma nova estética no que se refere aos efeitos visuais. O diretor usou e abusou do slow criando um fantástico jogo de imagens nunca vistos no cinema. Confira no vídeo abaixo o trailer mais espetacular dos últimos tempos e corra para a locadora:

MANUAL PRÁTICO PARA SE TORNAR INTELECTUAL

Seja intelectual!É muito fácil. Diga que detesta novela, ninguém vai saber mesmo que você assiste escondido. Corra de tudo que for massificado.Não se importe se a coisa em questão tem valor de verdade;se o povo gostar, diga que detesta. Nunca confesse que “Ghost” é o seu filme preferido, diga pra todo mundo que você adora “Cidadão Kane”, fale da genialidade do Orson Welles. Compre discos de Jazz, esconda num canto qualquer do seu armário os discos da Legião Urbana, dos Paralamas, do rock nacional de uma maneira geral.

 Você pode até dizer que curte rock, mas tem que ser banda cult: Doors, Who, Joy Division. Nunca fale do Woodstock, hoje em dia é brega, não é mais sinônimo de papo cabeça. E os livros? Esse quesito é importantíssimo. Paulo Coelho, Dan Brown e Sidney Sheldon, nem pensar. Tudo bem, você adora o “Código de Da Vinci”, mas ninguém precisa saber. Em público seus autores preferidos serão: Vargas Llosa, Manuel Bandeira, Pablo Neruda. Pode até arriscar um João Cabral de Melo Neto, às vezes cola. Cite trechos de "Ulisses", de "James Joyce", um livro chatíssimo que os intelectuais adoram dizer que já leram. Também tenha muito cuidado na escolha do time de futebol. Os intelectuais adoram times pequenos que fizeram história no passado.

 Sendo assim, se você for do Recife, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro, será torcedor do glorioso América. Em São Paulo é batata, você tem que torcer pelo Juventos! Os intelectuais adoram o “moleque travesso”. Diga que você tem celular mas nunca usa, sempre deixa em casa. Na verdade ele estará no seu bolso no modo silencioso. Declare-se ateu, elogie Nietzche, seja vegetariano, enfim, seja um chato insuportável que perde tempo com bobagens e se esquece de viver. Seja o bobo da corte!

SOM TRÊS E BIZZ, LENDAS DA CULTURA POP

RARIDADES: DO LADO DIREITO A EDIÇÃO Nº 1 DA BIZZ, COM BRUCE SPRINGSTEEN NA CAPA. DO LADO ESQUERDO A EDIÇÃO 2 COM MADONA NA CAPA. NA PARTE DE TRÁS, A SOM TRÊS Nº 77 QUE TRAZ UMA ENTREVISTA COM O IRON MADEN FEITA PELO CORRESPONDENTE DA REVISTA EM LONDRES, PAULO RICARDO (EX-RPM)
Quando eu comecei a me interessar por música, lá pela metade da década de 70, era duro encontrar publicações decentes em português sobre o assunto. Lembro-me que eu comprava muitas revistinhas de letras cifradas para violão que traziam, além das cifras, informações sobre os artistas. Mas era pouco. Só no final da década de 70, mas precisamente em 1979, começou a circular no Brasil a primeira revista brasileira especializada em música, a Som Três. Na verdade, o alvo principal dessa publicação eram os equipamentos de som, mas com o passar dos anos as matérias sobre música foram aumentando e ganharam destaque também. A Som Três foi idealizada e dirigida pelo jornalista Maurício Kubrusly que formou um time de especialistas em equipamentos de som de primeira linha. Entre eles estavam: Ruy M. Natividade, Gabriel Almog, Paulo Massa e Cláudio Kubrusly, entre outros. A revista teve 121 edições e circulou até janeiro de 1989. Antes da Somtrês sair de circulação, entra em cena a mais famosa e mais completa revista sobre música editada no Brasil: a Bizz. Ela começou a circular em agosto de 1985 e teve como primeira capa o roqueiro Bruce Springsteen (foto acima). Essa revista eu conheço muito bem. Tenho uma coleção com mais de 220 exemplares, sendo que as 120 primeiras eu tenho todas. A Bizz nasceu com o ressurgimento do rock brasileiro e documentou com maestria essa fase áurea. Pela “Seção Porão” (coluna onde a revista indicava bandas novas) passaram: Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Biquini Cavadão, Capital Inicial, Zero, Picassos Falsos, Engenheiros do Avaí, entre outros. Foi na Bizz que Renato Russo, numa entrevista concedida a Zeca Camargo, declarou sua homosexualidade. Também foi nessa evista que Cazuza falou abertamente sobre a Aids. Ao longo dos seus vinte e dois anos de existência, a revista foi relançada três vezes, mudou de nome (Showbizz) em 1995, voltou ao velho nome e formato e deixou de circular em 2007. A Somtrês e a Bizz deixaram uma lacuna que até hoje não foi preenchida.
CLIQUE AQUI E VEJA TODAS AS CAPAS DA REVISTA SOMTRÊS: http://www.audiorama.com.br/somtres/somtres_1979.htm
SAIBA MAIS SOBRE A REVISTA BIZZ:
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