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CADA UM TEM O ÍDOLO QUE MERECE


Na última sexta-feira, pela manhã, estava dando aula – como faço cotidianamente – numa turma de 6º ano. De repente uma garota chega à janela e grita: “Sheldon está no portão!” Absolutamente todos os alunos correram e eu fiquei sozinho na sala. Minha aula foi para o espaço. Tenho uma filha adolescente e por isso sei que é esse tal de “Sheldon”. Um jovem da periferia que ganhou o estrelato (local) denegrindo a imagem das meninas. Mas elas gostam, sou testemunha ocular disso.

Fenômenos populares como esse se multiplicam com uma rapidez assustadora, é a parte – no meu subjetivo julgamento, claro - ruim do poder indiscriminado da mídia atualmente. Qualquer um pode trabalhar sua imagem e criar um personagem desses com alguns trocados, é fato. A periferia ganhou voz mas desperdiça essa força produzindo fenômenos efêmeros que banalizam a imagem das meninas tratando-as como objetos sexuais.

Eu poderia aqui lembrar do meu tempo de adolescente, falar das reuniões que fazíamos na minha casa para discutir música, mas, geralmente, esse tipo de discurso soa como papo de velho. Pois bem, não preciso voltar no tempo para justificar meus argumentos. Atualmente existe muita gente boa fazendo música de qualidade mas esse é um produto que não interessa a mídia nem a boa parte dos jovens. As “novinhas” gostam de ouvir e cantar versos que descrevem atos sexuais, usam palavras chulas, acabam com a beleza do ato sexual.

Enquanto escrevo esse breve texto estou ouvindo um cedê de Lennon que comprei em 1994 porque a música perene ultrapassa os limites do tempo, pode ser tocada no Natal, na manifestação pacifista, no protesto contra a opressão que as mulheres sofrem na sociedade, pode ser tocada em qualquer tempo em qualquer lugar. Cada um tem o ídolo que merece, os meus são eternos!

HOJE É DIA DE LENNON

Todo 08 de Dezembro eu fico pensando em algo novo para escrever aqui sobre a minha relação com  John Lennon. Já narrei como recebi a notícia da sua morte, relembrei a cobertura brasileira da tragédia, falei de como a descoberta do Lennon mudou minha vida, enfim, muitas histórias. O ano passado foi marcado pelos trinta anos do fato trágico e pela assustadora possibilidade de Mark Chapman ganhar liberdade. Felizmente, decidiram pela permanência do algoz de Lennon na prisão.

Como tudo – pelo menos eu que penso agora – já foi dito sobre o mito e suas influência na minha vida, resolvi elaborar um top 10 com as músicas dele que eu mais gosto.  Adianto que é um mero, e subjetivo, exercício de prazer musical. Para ouvir as canções clique nos títulos.

#9Dream:a música do refrão estranho - “Ah! böwakawa poussé, poussé” - eu conheci ouvindo a coletânea “Shaved Fish”. É uma canção que fala sobre sonhos e passa muita ternura. Gostei desde a primeira vez e ouço até hoje. O disco foi lançado em 1975, mas descobri a música em 1981, apenas.

Mother: a canção em que Lennon faz os apelos desesperados chamando sua mãe é um hit na minha vida. Adoro. No final, Lennon experimenta a “Teoria do Grito Primal”, de Arthur Janov, e aos gritos, pede para sua mãe – morta num atropelamento quando ele era ainda criança – e eu pai – que o abandonou – voltarem. Emocionante.

Instant Karma: Na década de 80 eu ouvia essa música todos os dias, era o meu mantra. Entrava em transe e esquecia as agruras da vida. Devo muito a ela “Well we all shine on”.

Could Turkey: Nas revistas de música e cifras, o título dessa canção vinha com a tradução literal  “Turquia Fria”. Nada a ver! A expressão nada mais é do que um gíria que se refere ao estado de abstinência de drogas. O próprio Lennon explicou esse detalhe em uma entrevista. Quanto a música,  mais um hit na minha vida.

Mind Games: outra que conheci no “Saved Fish”. Ouvia todos os dias e cheguei a fazer uma versão para tocar com minha banda de rock. Adoro e ouço até hoje!

Imagine: o grande clássico pacifista de Lennon, apesar de ter sido massificada, mora no meu imaginário porque é um tema recorrente que me remete ao universo Lennon. Clássico é clássico!

Jelous Guy: Lindíssima canção de amor. Fala de ciúme, insegurança, de lágrimas. É uma das mais belas canções escritas por um ex-beatle. Anda no meu mp3.

Woman: Mais um grande clássico que mora no meu imaginário. Nessa cancão, Lennon declara seu amor às mulheres. É um hino!

(Just Like) Starting Over: Ouço muito essa canção. No devedê “Legend”, criaram um vídeo que traduz absolutamente a beleza dessa música. Clique no título e assista ao vídeo.

Nobody Told Me: essa canção deveria entrar no “Double Fantasy”, mas sobrou. Acabou compondo o álbum póstumo “Milk And Honey”. Virou hit. Adoro essa canção!

RELICÁRIO VOL. 08 - DOCUMENTÁRIO BAD PEACE - JOHN LENNON E YOKO ONO

O documentário “Bad Peace” foi concebido em 1969 como uma forma de protesto pacífico contra as guerras pelo mundo afora. O filme foi gravado num quarto de hotel em Montreal, Canadá. Não confundir com “Bad-In”, protesto parecido gravado, anteriormente, num quarto de hotel em Amsterdã durante a abelha-de-mel do casal. Segundo vários sites ingleses, a divulgação do vídeo foi motivado pela recente onda de protestos que atingiu a Inglaterra nos últimos dias.

ARQUEOLOGIA YOUTUBEANA VOL. 04: JORNAL NACIONAL - COBERTURA DA MORTE DE JOHN LENNON - 1980

TRÊS DÉCADAS SEM LENNON

O “08 de Dezembro” ,aqui no Recife, é feriado religioso, resquício da colonização. Essa data, para mim, é emblemática. Foi num “08 de Dezembro”, no distante ano de 1980, que John Lennon foi assassinado. Mark Chapman ficou em frente ao Edifício Dakota esperando Lennon e Yoko voltarem do passeio da tarde no Central Park. Ele descarregou seu revólver calibre 38 no corpo do ex-Beatle, caminhou até a calçada e pôs-se a ler “O Apanhador No Campo de Centeio” do J. D. Salliger. Qualquer beatlemaníaco conhece essa triste história.

Já escrevi aqui sobre o quanto devo a Lennon. Sua música, sua aura mitológica e todos as histórias criadas em torno da sua pessoa, fazem parte da minha juvenília. Cresci ouvindo (e celebrando) John Lennon. Foi a partir da sua morte que decidi aprender a tocar violão e escrever músicas. Em um dos períodos mais difíceis da minha vida, no início da década de 90, em que eu amargava uma depressão profunda transtornado pelas incertezas do futuro, fui salvo do colapso pelo meu violão e, em parte, pela música de Lennon.

Abaixo, um vídeo com um dos clássicos de Lennon: Happy Xmas. Feliz Natal!

Clique aqui para ouvir a mesma música com um vídeo-protesto - Imagens fortes!

RENASCENDO DA TRAGÉDIA

Lembro-me como se fosse hoje: era um fim de tarde e eu jogava futsal (na época ainda era Futebol de Salão) numa quadra pública aqui do Recife. Havia um som alto tocando, era uma rádio fm. De repente, a música parou e o locutor falou: --“amigos ouvintes, as agências de notícias estão informando sobre a morte do ex-Beatle John Lennon que foi assassinado em Nova Iorque ...” Depois do anúncio, como é costume quando morre um cantor famoso, começaram a tocar uma enxurrada de músicas de Lennon e dos Beatles.Parei de jogar e fiquei ouvindo Jealous Guy. A partir daí, minha vida mudou.Decidi que queria ser músico, comprei um violão e montei uma banda de rock . Naquele fatídico 08 de dezembro de 1980, quando Mark Chapman descarregou uma arma no peito do seu ídolo, sentou na calçada e foi ler “O Apanhador No Campo de Centeio”, sem saber, estava dando um sentido à minha vida. Dediquei-me aos livros e discos, descobri que a vida era feita de pequenos momentos que se transformam num grande mosaico. Cada pedacinho representa uma experiência vivida. Segue abaixo o vídeo da inesquecível canção do Lennon, “Jealous Guy”:

Esse post foi originalmente publicado no dia 31 de março. Reedito hoje em homenagem ao vigésimo-oitavo aniversário da morte do mestre John Lennon.
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