RADIOLA VOL. 03 - WHAT'S GOIG ON - O DISCO QUE REINVENTOU A SOUL MUSIC

Conheci o mestre do soul quando eu era soldado do exército (ninguém é perfeito!). No longínquo ano de 1984, quando Marvin Gaye foi brutalmente assassinado e virou figurinha carimbada nas FMs. Tinha aquela musiquinha chatinha (Missing You) que a Diana Ross gravou para “homenagear” o cara e tocava toda hora. Fui então procurar discos dele e, por sorte, (ou talvez por obra e graça dos deuses da música) caiu em minhas mãos o LP “What's Going On”. Que disco! Ainda do catálogo da lendária gravadora “Motown”, o álbum é a obra-prima da soul music, o disco definitivo. É aquele som que você escuta e fica com a impressão de que tudo que for feito no gênero a partir dalí soará como menor.
Marvin assina todas as faixas com vários parceiros além de tocar vários instrumentos e escrever todos os arranjos, concepção plena da obra. O disco é conceitual, gira em torno dos dramas de um veterano da Guerra do Vietnã, a partir desse mote ele transita por questões sociais e espirituais. Com uma sonoridade claramente influenciada pelo jazz e pela música clássica, “What's Going On” reinventou a música negra dos Estados Unidos. No começo do post eu falei sobre a brutalidade da morte do Gaye. No ano de 1984, ele vivia sucessivas crises de depressão e problemas existenciais, resolveu buscar abrigo na casa dos pais. Uma decisão equivocada, já que não se entendia com o seu genitor.
No dia 1º de abril (um dia antes do seu 45º aniversário) Marvin Gaye foi assassinado por seu pai ,que lhe deu um tiro durante uma briga na mesa de jantar. A arma usada pelo assassino, ironicamente, fora dada de presente anos antes pelo próprio Marvin. Estão em fase de produção dois filmes sobre a vida do mestre do soul.: um documentário independente intitulado “Sexual Healing”, produzido e dirigido por Lauren Goodman, que traz no papel principal Jesse L. Martin e trata exclusivamente dos últimos dias do cantor e outro, intitulado “Marvin - The Life Story of Marvin Gaye”, que trata da biografia do cantor e tem a supervisão musical de Roberta Flack. Meus respeitos, Marvin!

Lado A

  1. "What's Going On" (Al Cleveland, Marvin Gaye, Renaldo Benson) – 3:52
  2. "What's Happening Brother" (James Nyx, M. Gaye) – 2:44
  3. "Flyin' High (In the Friendly Sky)" (M. Gaye, Anna Gordy Gaye, Elgie Stover) – 3:49
  4. "Save the Children" (Cleveland, M. Gaye, Benson) – 4:03
  5. "God Is Love" (M. Gaye, A. Gaye, Stover, Nyx) – 1:49
  6. "Mercy Mercy Me (The Ecology)" (M. Gaye) – 3:14

Lado B

  1. "Right On" (Earl DeRouen, M. Gaye) – 7:31
  2. "Wholy Holy" (Cleveland, M. Gaye, Benson) – 3:08
  3. "Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)" (M. Gaye, Nyx) – 5:26

EXERCÍCIO DE ANALOGIA – VIAJANDO NO UNIVERSO BEATLE

Quem transita por esse blog sabe o quanto os Beatles são importantes na minha vida. Não me refiro apenas a importância musical, o universo Beatle sempre foi muito representativo para mim: alimentou sonhos, preencheu vazios em momentos de tristeza, enfim, faz parte da minha formação. Baseado nessa estreita ligação com o "Fab Four", listei algumas importantes referências dos Beatles e busquei, guardando as devidas proporções, correlatos na minha humilde existência:

Penny Lane: A famosa alameda de Liverpool que serviu de inspiração para uma belíssima canção homônima. A “minha Penny Lane” foi a rua “Sete de Setembro”, no coração do Recife. Ali localizava-se a inesquecível “Livro 7”, enorme livraria (diziam ser a maior do Brasil) que era uma espécie de refúgio para mim, as lojas de disco “Mausoelum” e “Disco 7”, foco de resistência da boa música, sobretudo do rock, e as lendárias “Cascatinha” e “Hamburgão”, ícones da gastronomia pop.

Strawberry Fields – Um abrigo do Exercito da Salvação localizado em Liverpool. Quando criança, John Lennon brincava nos jardins dessa instituição. O local foi imortalizado com a canção “Strawberryry Fields Forever”. O “meu Strawberryry Fields” foi o pátio da oficina de carros da SUDENE, localizada no bairro da Mangueira, zona leste do Recife. Minha avó morava do lado e eu sempre ia brincar nesse local. Eu pulava o muro da enorme oficina, que tinha um cemitério de carros, junto com um grupo de amigos. Cada um ficava dentro de um automóvel e fingíamos guiar. Absolutamente inesquecível. A farra sempre era interrompida com os gritos do vigia que provocava uma correria dos infernos.

Cavern Club – Lendário bar localizado em Liverpool. Entrou para história como o local onde os Beatles começaram sua carreira. Sim, eu tive o “meu Cavern Club”, chamava-se “Espaço Cultural Arteviva”, um lendário foco de resistência do rock pernambucano da década de 80. Comandado pela tresloucada “Lourdes Rossiter”, o Arteviva fez história. Em 1988, o “Arte Final”, banda da qual eu fazia parte, fez um show memorável nesse importante espaço cultural. Meses depois eu e o baixista Elias entramos para equipe de produção do Arteviva e trabalhamos com Lourdes por quase um ano. Inesquecível.

A faixa de pedestres do Abbey Road – Imortalizada na capa do “Abbey Road”, tornou-se a faixa de pedestres mais famosa do mundo. Claaaaaaaaaaaro que eu e meus amigos imitamos a famosa foto. O local mais parecido que encontramos aqui em Recife foi a faixa da esquina da Rua do Imperador com com o Campo das Princesas. A foto foi tirada em 1986, algum dia eu publico aqui.

Esse exercício de analogia, claro, é muito pessoal. Tente fazer a sua lista e compartilhe aqui no meu humilde blog.

O CULTO AO SOL E O INÍCIO DO VERÃO

Não é de hoje que o sol causa fascínio nas pessoas. Em diversas sociedades do passado, o Astro Rei era tratado e cultuado como uma divindade. Na Roma Antiga o culto ao “Sol Invictus” foi introduzido na cultura ocidental pelo imperador “Heliogabalo” que trazia no próprio nome uma referência ao credo que ele estava professando. Depois da morte do imperador, as celebrações em homenagem ao Sol Invictus perderam força.

Mais tarde, em 270 d.C, o culto ao sol teria novo levante com o imperador Aureliano e se perpetuaria com o primeiro imperador cristão, Constantino. Muitos historiadores da cultura cristã defendem a tese de que o o dia 25 de Dezembro, data em que os cristãos comemoram o Natal, foi introduzido como marco do nascimento de Cristo porque era nesse dia que se comemorava o Sol Invictus.

Outro grande exemplo do fascínio pelo Astro Rei pode ser verificado no Império Egípcio. Akhenaton, que reinou entre 1364 e 1347 a.C, transformou o Egito em uma nação monoteísta unificando os cultos as diversas forças da natureza no culto a uma única divindade: Aton, o Deus Sol. A força mítica atribuída a ele tinha como base a fertilidade e a luz, elementos propagadores de vida.

Não é preciso atravessar o Atlântico para colher exemplos do culto ao sol. O famoso Império Inca que existiu onde hoje se estende o Peru, na Cordilheira dos Andes, é conhecido como o “Império do Sol”. Absolutamente tudo na cultura incaica gira em torno do culto ao sol. Os povos nativos brasileiros também tinham forte ligação com o culto solar, chamavam a grande estrela de “Coaraci” a quem dedicavam suas oferendas. Obviamente, muito dessa adoração estava relacionada a importância que as atividades agrárias tinham no cotidianos das antigas civilizações.

Com o avanço da tecnologia, o Astro Rei perdeu quase que totalmente a sua aura mítica, mas conservou o mistério acerca da sua natureza. No aspecto social, a relação com o sol provocou uma inversão de valores: no passado, as pessoas de posses (sobretudo as mulheres) protegiam-se do sol porque ter a pele bronzeada era sinônimo de pobreza. Os escravos, servos e pessoas muito pobres tinham que trabalhar ao sol para sobreviver. Ter a pele branca era sinônimo de status.

Hoje em dia o pensamento é inverso: o bronze da pele é cultuado como elemento de beleza e para muitos, configura-se num poderoso fetiche que alimenta o imaginário masculino. Seja como for, hoje, exatamente as 21:38h, no hemisfério sul, começa oficialmente o verão. Aproveite e não esqueça do protetor solar!

RADIOLA – VOL. 02 – FINIS AFRICAE EP 1986

A bada brasiliense Finis Africae é (o verbo está no presente porque a banda voltou a ativa) uma representante do que se chamava, na década de 80, de “Movimento New Romantic”. Esse estilo de música tinha como principais representantes o “Roxy Music” e o “Duran Duran”. Em alguns sites, a banda é descrita como integrante do movimento dark. Erro crasso! O disco que inaugura a coluna “Radiola”, um mini LP de 1986 que trazia o nome da banda, é o mais conhecido da reduzida discografia do grupo. O hit “Armadilha” faz parte desse micro álbum.

Mesmo na década de oitenta, o Finis tinha áura de cult. O vozeirão do Rodrigo Leitão, uma espécie de “cartão de visitas” da banda, marcou a cena underground dos anos oitenta e, após o estouro de “Armadilha”, as rádios da época. Na sua formação clássica, a banda contava com o já citado Rodrigo Leitão, no vocal, Neto Pavanelli, no baixo, Zezinho Flores, na guitarra, Ronaldo Pereira, na bateria e Alexandre Saffi nas guitarras.

O Disco

Finis Africae - EP - 1986

1. Armadilha

2. A queda

3. Máquinas do prazer

4. Mentiras

5. Atrás das grades

6. Pretérito

Curiosidade: A capa do disco com uma cruz estilizada foi assinada pelo artista plástico e músico Lui – ex-Arte no Escuro e ex-Divisão Anti-Globo, famoso pela homenagem feita pelos Paralamas do Sucesso no LP O Passo do Lui.

INDICADOS DO GLOBO DE OURO 2011 E ALGUNS PITACOS

Série Dramática

“Boardwalk Empire” “Dexter” “The Good Wife” “Mad Men” “The Walking Dead”

Aposto em Dexter, claro, com um pezinho atrás já que a “Hollywood Foreign Press Association” é viciada em “Mad Men”.

Atriz de Série Dramática Julianna Marguiles, “The Good Wife” Elisabeth Moss, “Mad Men” Piper Perabo, “Covert Affairs” Katey Sagal, “Sons of Anarchy” Kyra Sedgwick, “Closer”

Gostei da indicação da Katey Sagal, a matriarca durona de “Sons of Anarchy”. Vi apenas os três primeiros episódios da primeira temporada, mas, a coroa me conquistou. Não aposto mas torço por ela.

Ator de Série Dramática Steve Buscemi, “Boardwalk Empire” Bryan Cranston, “Breaking Bad” Michael C. Hall, “Dexter” Jon Hamm, “Mad Men” Hugh Laurie, “House”

Aposto no Michae C. Hall, semcomentários!

Série Cômica “30 Rock” “The Big Bang Theory” “The Big C” “Glee” “Modern Family” “Nurse Jackie”

30 Rock, outro vício da “Hollywood Foreign Press Association”, já ganhou demais. Torço pela ótima “Modern Family”.

Atriz de Série Cômica Toni Collette, “The United States of Tara” Edie Falco, “Nurse Jackie” Tina Fey, “30 Rock” Laura Linney, “The Big C” Lea Michele, “Glee.”

Toni Collette ganha mais essa!

Ator de Série Cômica Alec Baldwin, “30 Rock” Steve Carell, “The Office” Thomas Jane, “Hung” Matthew Morrison, “Glee” Jim Parsons, “Big Bang Theory”

Aposto em Alec Baldwin.

Minissérie ou Telefilme “Carlos” (minissérie) “The Pacific” (minissérie) “Temple Grandin” (telefilme) “You Don’t Know Jack” (telefilme) “Pillars of the Earth” (minissérie)

The Passific tem o peso dos nomes dos produtores, Spielberg e Tom Hanks, foi uma superprodução com orçamento hollywoodiano, por isso deve levar a estatueta. Eu não gostei, mas acho que ela ganha fácil.

Atriz de Minissérie ou Telefilme Claire Danes, “Temple Grandin” Judi Dench, “Return to Cranford” Ramola Garai, “Emma” Jennifer Love Hewitt, “The Client List”

Passo!

Ator de Minissérie ou Telefilme Idris Elba, “Luthor” (série inglesa) Ian McShane, “Pillars of the Earth” (minissérie) Al Pacino, “You Don’t Know Jack” (telefilme) Dennis Quaid, “The Special Relationship” (telefilme) Edgar Ramirez, “Carlos” (minissérie)

Passo!

Atriz Coadjuvante de Série, Minissérie ou Telefilme Hope Davis, “The Special Relationship” Jane Lynch, “Glee” Kelly MacDonald, “Boardwalk Empire” Julia Stiles, “Dexter” Sofia Vergara, “Modern Family”

Aposto e torço pela Jane Lynch.

Ator Coadjuvante de Série, Minissérie ou Telefilme Scott Caan, “Hawaii Five-0” Chris Colfer, “Glee” Chris Noth, “The Good Wife” Eric Stonestreet, “Modern Family” David Straithern, “Temple Grandin”

Passo!

MISFITS, TRASH NA MEDIDA CERTA

Ando um pouco afastado do universo das séries, me falta tempo para acompanhar todas que gosto. Abri uma exceção para a ótima série inglesa Misfits. A primeira temporada foi curta, apenas seis episódios, mas a saga dos cinco jovens desajustados com superpoderes, deu muito certo.
Para quem não conhece a série, ela narra as aventuras de cinco adolescentes que cumpriam pena prestando serviço social quando foram atingidos por um raio e adquiriram poderes especias. Kelly (Lauren Socha) ganha a habilidade de ler os pensamentos dos outros, Curtis (Nathan Stewart-Jarrett) pode voltar no tempo, Alisha (Antonia Thomas) coloca as pessoas em um frenesi sexual, quando eles tocam sua pele, e Simon (Iwan Rheon) pode tornar-se invisível.
No começo, houve quem cometesse o sacrilégio de comparar a produção da E4 ao Heroes. Nada a ver! Misfits, propositalmente, usa e abusa de elementos da cultura trash. Tudo absolutamente na medida certa. A série ousa também nas cenas picantes. Alisha, que com um toque provoca um frenesi sexual nos homens, protagoniza várias cenas no melhor estilo fêmea fatal.
A segunda temporada está no quinto episódio. Os roteiristas estão se divertindo com as cenas trash. A melhor até agora, sem dúvida, foi a cena do amendoim. Simon arremessou um amendoim que voou em slow até acertar a boca do bandido. O grão causava o mesmo efeito que a criptonita causa no Superman. Uma deliciosa brincadeira que alimenta o imaginário dos fãs. No quinto episódio brincaram com o clássico King Kong. A esquisitona Kelly conheceu um cara com quem teve tórridos encontros que renderam uma bela sequência de cenas picantes. O cara era uma das vitimas do raio misterioso e sofria uma mutação: transformava-se em gorila.
A cena escolhida para ser parodiada, claro, foi a do King Kong no prédio. Com Kelly nas costas, o gorilão subiu num edifício e teve o mesmo fim do seu xará do cinema. Para quem procura diversão, a série é uma ótima pedida. Destaco ainda, o ótimo tema de abertura, "Echoes", da banda The Rapture. Confira abaixo o trailer da primeira temporada:

JÚLIO VERNE, IRWIN ALLEN E OS MISTÉRIOS DO FUTURO

Certa vez, escrevendo sobre os antigos seriados de ficção científica, ressaltei os erros de previsão do mestre Irwin Allen. Em “Perdidos No Espaço” (Lost In Space – 1965), o futuro imaginado por Allen colou uma família de astronautas vivendo num fictício planeta do sistema Alfa Centauro no ano de 1997, hoje passado para nós. Até mesmo para a realidade atual, essa previsão ainda estaria fora de cogitação. Em “Túnel do Tempo” (The Time Tunnel – 1966), Allen imaginou viagens no tempo em 1978 (para eles, doze anos no futuro). Exagero, repito, até para os dias de hoje.

O grande Irwin Allen era um mestre do entretenimento, não tinha interesse em produzir documentos ou teses sobre os inventos tecnológicos do futuro. Esse mesmo perfil se aplica ao escritor Júlio Verne, a grande diferença, entretanto, é que o autor de “A Volta Ao Mundo Em 80 Dias” imaginou um futuro que se materializou. Em “Da Terra À Lua”, escrito em 1865, Verne idealizou uma aventura que se tornaria fato mais de cem anos depois. Diferente de Allen, Verne não tentou adivinhar datas e sim, possibilidades. Nessa aventura ele descreveu uma espaçonave com um módulo contendo três astronautas, um protótipo da “Apolo 11” que 104 anos mais tarde chegaria à Lua no mundo real. Em “Vinte Mil Léguas Submarinas”, publicada em 1870, Júlio Verne imaginou um submarino batizado de “Nautilus”. No mundo real, os submarinos só surgiriam quase quatro décadas depois da clarevidência do velho cronista francês.

Imaginar o futuro, para a maioria das pessoas, sempre foi um exercício de prazer. Entretanto, saber o que vai acontecer no futuro pode se configurar numa tortura das mais cruéis. Basta lembrar da lenda do “Ciclope” que vivia triste porque Zeus tirou-lhe a imortalidade e revelou-lhe o dia de sua morte. No “não saber do amanhã”, no final das contas, reside o prazer de se viver.

TRÊS DÉCADAS SEM LENNON

O “08 de Dezembro” ,aqui no Recife, é feriado religioso, resquício da colonização. Essa data, para mim, é emblemática. Foi num “08 de Dezembro”, no distante ano de 1980, que John Lennon foi assassinado. Mark Chapman ficou em frente ao Edifício Dakota esperando Lennon e Yoko voltarem do passeio da tarde no Central Park. Ele descarregou seu revólver calibre 38 no corpo do ex-Beatle, caminhou até a calçada e pôs-se a ler “O Apanhador No Campo de Centeio” do J. D. Salliger. Qualquer beatlemaníaco conhece essa triste história.

Já escrevi aqui sobre o quanto devo a Lennon. Sua música, sua aura mitológica e todos as histórias criadas em torno da sua pessoa, fazem parte da minha juvenília. Cresci ouvindo (e celebrando) John Lennon. Foi a partir da sua morte que decidi aprender a tocar violão e escrever músicas. Em um dos períodos mais difíceis da minha vida, no início da década de 90, em que eu amargava uma depressão profunda transtornado pelas incertezas do futuro, fui salvo do colapso pelo meu violão e, em parte, pela música de Lennon.

Abaixo, um vídeo com um dos clássicos de Lennon: Happy Xmas. Feliz Natal!

Clique aqui para ouvir a mesma música com um vídeo-protesto - Imagens fortes!

RELICÁRIO VOL. 03 - ESTÚPIDO CUPIDO - 1976

Estúpido Cúpido foi uma deliciosa comédia romântica escrita por Mário Prata que se passava na fictícia cidade de Albuquerque. A história, ambientalizada nos anos 60, mostrou todos os ícones da chamada “década explosiva”. Dirigida por Regis Cardoso, a novela teve 160 capítulos, dos quais, 159 em preto e branco. Apenas o último foi exibido em cores para mostrar o paradeiro dos principais personagens da trama.

A trilha sonora foi um dos destaques dessa novela. A música tema, “Estúpido Cupido”, acabou voltando as paradas de sucesso. Os principais ícones da música da década de 60 – inclusive os internacionais - foram revisitados.

Sinopse

Na fictícia Albuquerque do início dos anos 60, vivem vários personagens: Maria Teresa (Françoise Forton), filha de Olga (Maria Della Costa), era uma jovem dividida entre o amor de João (Ricardo Blat) e o sonho de ser Miss Brasil; Mederiquis (Ney Latorraca), um jovem rebelde; a inquieta Glorinha (Djenane Machado) e a freira Angélica (Elizabeth Savala), que desperta para o amor ao conhecer Belchior.

Grande parte da trama enfocava a Igreja católica e o seu conflito com as mudanças que ocorriam na sociedade brasileira no inicio dos anos 60. Escolas católicas separadas para os sexos, a não aceitação do divorcio (a personagem de Maria Della Costa era uma mulher desquitada e não aceita na sociedade local).

Ficha Técnica

Nome: Estúpido Cupido

Emissora: Rede Globo

Ano de Produção: 1976/77

Autor: Mário Prata

Direção: Regis Cardoso

Tema de Abertura: Estúpido Cupido – Cely Campelo

Número de Capítulos: 160

Elenco:

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