Mostrando postagens com marcador Paul McCartney. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paul McCartney. Mostrar todas as postagens

O SHOW DE ROCK E O DANADO DO SENSO CRÍTICO

Passada um pouco da euforia do grande show de Paul, no sábado passado, me vi às voltas com várias manifestações de alegria – por conta do sonho realizado – e estupidez de uma minoria que insiste em ser do contra. Dois jornalistas de dois veículos importantes de comunicação – não vou citar nomes porque é isso que eles querem, propaganda – teceram comentários preconceituosos ao descrever o evento. Se esforçaram em criticar a plateia, não o espetáculo. Algo como “o público não estava à altura do show”. Nas próprias matérias, as pessoas que comentaram trataram de descer a lenha e desmentir os dois idiotas.

Assim como esses jornalistas, percebi em algumas pessoas aqui da cidade a mesma tendência em tentar diminuir a grandeza do espetáculo. Falavam do exagero dos fãs, do grande aparato envolvendo o evento, figuras de retórica. O comum entre eles, claro, era o fato de nenhum gostar dos Beatles ou de Paul. Um comportamento irritantemente provinciano. Há pouco, numa rede social, dei de cara com uma foto em que Paul desfilava pelo palco com a bandeira de Pernambuco. Como ele foi gentil e muitíssimo agradável com o público, acharam de falar que essa gentileza era fake, manobra da produção. Dizia a legenda: “Meus produtores disseram que era importante fazer isso”. Cheguei a questionar a foto, mas, percebi que seria bobagem quando li o seguinte comentário direcionado a minha pessoa: “Esse nosso hábito de enxergar pessoas como 'lenda' entorpece nosso senso crítico”. Censo crítico num show de rock, vejam só.

O fato é que algumas pessoas perderam a capacidade de sonhar ou de aceitar a felicidade dos outros, o que é pior. Essa triste constatação se aplica ao dia a dia. Tem o chato que não vê tevê porque não quer ficar burro, só assiste a filmes de arte, jamais assistira a um episódio dos Simpsons, o senso crítico impediria. Sigo com minha inocência sendo feliz e realizando sonhos. A beleza da vida, no final das contas, está na simplicidade. Viva o povo arretado!


PAUL NO RECIFE, UMA NOITE INESQUECÍVEL

Hoje, algumas horas após o grande show, ainda estou sob o impacto do espetáculo. Não consigo acreditar que num espaço de cinco meses, dois beatles estiveram por aqui. Antes de tecer alguns comentários sobre o show, cabem algumas considerações sobre o que esse evento representa para mim. Desde a adolescência transito no universo dos Beatles. Sempre colecionei revistas, discos, fotografias, filmes e um monte de objetos relacionados à banda. A bem da verdade, já havia perdido a esperança de ver um dos remanescentes da banda.

Lembro-me que, lá pela década de 80, quando me reunia com meus amigos lá em casa para ouvirmos música e tocarmos violão, sempre cogitávamos se algum dia veríamos um show de Paul, George ou Ringo. Como Recife nessa época estava fora do circuito dos grandes shows, a ideia era tratada como uma grande utopia. Crescemos e seguimos nossas vidas e essa utopia foi crescendo, crescendo, até que no final do ano passado o destino mostrou-se generoso com nós. Inacreditavelmente um ex-beatle aportou por aqui. O show de Ringo foi a realização de um sonho, Paul continuava na esfera do sonho. A utopia começou a se desfazer no início do mês de março desse ano quando anunciaram que Paul viria ao Recife. Claro, só acreditei quando comprei meu ingresso. Para aumentar a felicidade, o show foi no Arruda, templo sagrado do meu clube do coração, o Santa Cruz.

O Show

Antes de Paul subir ao palco, iniciou-se um espetáculo visual, os telões gigantes – 18 metros de altura – exibiram uma sequência de imagens e colagens misturando a história dos Beatles com figuras do mundo pop. Tudo muito psicodélico. Ás 21:40h Paul subiu ao palco fazendo jeito de tímido e mostrando-se surpreso com a grandiosidade da plateia. Abriu o show com “Magical Mistery Tour”. A partir dai presenciamos um grandioso espetáculo Paul, gentilmente, decorou e leu um monte de frases em português e fez a plateia delirar. Falou até em “nordestinês”: “Que povo arretado”.

Destaques

Homenagem a esposa: Paul incluiu no setlist a canção “My Valentine”, uma declaração de amor a sua esposa Nancy Shevell.

Homenagem a Linda, sua falecida esposa: “Maybe in Amized”, ausente na turnê anterior, se fez presente no Recife. Uma bela homenagem a sua alma gêmea, Linda McCartney.

Homenagem a George: “Something” foi um dos pontos altos do show. Clássico absoluto dos Beatles escrita por George, ganhou uma versão que incluía um cavaquinho. Na segunda parte da música, a banda entrou e a plateia delirou cantando junto. Inesquecível.

Homenagem a Lennon: “Here Today” foi apresentada a plateia como uma homenagem a John Lennon. Durante a execução da musica o telão exibia imagens dele. Lindo demais.

Homenagem a Ringo: Não estava prevista, mas alguém na plateia gritou “Ringo”. Paul ouviu e respondeu “Yehhh, Ringo”. Ele puxou “Yellow Submarine” e a plateia cantou junto. Essa, na verdade, foi uma homenagem do fã para Ringo, que esteve recentemente no recife.

O calor do Nordeste: depois da segunda música Paul não aguentou o calor e tirou o bleiser. Transpirou muito, mas, como de costume, não bebeu um só gole de água.

Live And Let Die: muita gente se assustou com as explosões do clássico tema de 007. Foi um espetáculo visual, queima de fogos e o frisson da música (vídeo avaixo).

O show foi, sem dúvida, o maior evento realizado aqui no Recife. Absolutamente inesquecível pela grandiosidade e pela importância do artista. 


Paul convidando a galera para o show no Arruda

PAUL NO ARRUDA (ENSAIO SOBRE A ANSIEDADE)


Ainda estava acordando, ontem, e o telefone tocou. Era meu bom e velho amigo, Carlos – Doido, para uns, Anormal, para outros – com uma euforia de dar gosto informando sobre a vinda de Paul McCartney ao Recife. Igualmente a ele, estou eufórico e incrédulo. Apenas cinco meses depois de Ringo, mais um beatle aportará no Recife. Para quem não é beatlemaníaco, é apenas um show, para nós não, é a comprovação mais que perfeita de que o impossível, realmente, não existe.

Falam que o show será no Arruda, o templo sagrado do Santa Cruz. Estou sempre por lá torcendo, sofrendo, sorrindo com o meu clube do coração que vem se erguendo aos poucos. Quando fui ver Ringo levei uma faixa do Santa, se realmente Paul cantar no Arruda será mais uma dessas coincidências que embelezam a vida. E quem é Paul? Paul é aquele cara lá daquela cidadezinha portuária e cinzenta da Inglaterra que ajudou a transformar uma bandinha de colégio numa fábrica perene de sonhos. Ele é um dos caras que ajudaram a me manter vivo nos momentos dificílimos por que passei lá pelos meus vinte e poucos anos. Enquanto uns rezavam e outros faziam análise, eu ouvia música numa velha vitrola. Ouvia Beatles, sobrevivi por isso, não tenho dúvidas.

Quem transita por aqui sabe que ele não é o meu beatle favorito, Lennon ocupa o posto de ídolo precípuo, mas Paul também é um gigante. É um dos lados do mais famoso duo do pop rock mundial. É o boa-praça dos teclados requintados, do imortal baixo Hofner, do amor eterno por Linda, do toque romântico da banda, dos pés descalços na faixa, do olhar engraçado. A violência nas partidas de futebol me afastou do estádio nos dias de clássico. Se Paul vier mesmo cantar no Arruda, abrirei uma exceção, esse clássico eu não perco!
if (myclass.test(classes)) { var container = elem[i]; for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++) { var item = container.childNodes[b].className; if (myTitleContainer.test(item)) { var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a'); if (typeof(link[0]) != 'undefined') { var url = link[0].href; var title = link[0].innerHTML; } else { var url = document.url; var title = container.childNodes[b].innerHTML; } if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){ url = window.location.href; } var singleq = new RegExp("'", 'g'); var doubleq = new RegExp('"', 'g'); title = title.replace(singleq, ''', 'gi'); title = title.replace(doubleq, '"', 'gi'); } if (myPostContent.test(item)) { var footer = container.childNodes[b]; } } var addthis_tool_flag = true; var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox'); var div_tag = this.getElementsByTagName('div'); for (var j = 0; j < div_tag.length; j++) { var div_classes = div_tag[j].className; if (addthis_class.test(div_classes)) { if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url)) { addthis_tool_flag = false; } } } if(addthis_tool_flag) { var n = document.createElement('div'); var at = "
"; n.innerHTML = at; container.insertBefore(n , footer); } } } return true; }; document.doAT('hentry');