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LUIZ GONZAGA REDESCOBERTO


Alavancada pelo filme do diretor brasiliense Breno Silveira, a obra do mestre Luiz Gonzaga volta à tona -em nível nacional, já que pras bandas de cá ele é perene – com todo gás. Minha relação com a obra de Seu Lula é bem íntima. Admiro o artista e o homem. Imagine um sertanejo de pouca instrução, com sotaque nordestino puro, migrar para o Rio de Janeiro e voltar como uma estrela do primeiro time da emepebê?. Esse é o Luiz Gonzaga.

Assim como as várias figuras do folclore nordestino, Luiz Gonzaga foi inserido em um universo onde o real e a fantasia se misturam. Existe um rosário de histórias envolvendo suas músicas e seus dramas de vida. Luiz Gonzaga é um gigante da música brasileira. É (sim, verbo no presente) um cantor popular que fala a linguagem do povo mas construiu uma obra sofisticada. Se ele fosse um livro teria sido escrito por Guimarães Rosa.

O legado deixado por ele vai muito mais além da música, ele personificou a figura do nordestino, defendeu o estilo quando muitos tratavam a cultura local como algo menor, sem importância. Luiz Gonzaga se impôs em um universo dominado pelo bairrismo. Fidelíssimo ao gênero que criou, com todo mérito, alcançou a condição de ícone maior da cultura nordestina. Enfim, foi redescoberto. O filme – que ainda não vi, não posso tecer comentários – está cumprindo uma importante tarefa: está colocando a figura do grande ídolo de volta na grande mídia. Nada mais há que se falar. Abaixo, o inusitado vídeo (vi no JC online) que mostra o grupo coreano “Coreyah La” fazendo uma versão do clássico “Asa Branca”. Música boa é música cosmopolita, não tem fronteiras. Ave Lula!

VINTE ANOS SEM LUIZ GONZAGA

Uma coisa que me dá muito orgulho é o fato de ser conterrâneo do mestre Luiz Gonzaga. A importância desse artista genial transcende as fronteiras da música. Com sua sanfona tocando apenas em dois baixos, como acentuava o seu pai, ele pôs a cultura popular do nordeste num patamar nunca imaginado. Mas Luiz Gonzaga não era apenas um cantor popular. Engana-se quem coloca a obra do seu Lula como uma simples manifestação popular. Usando a linguagem simples do sertanejo, a música gonzaguiana é muitíssimo erudita.

Luiz Gonzaga tinha a alma sertaneja, nasceu na serra do Araripe, cidade de Exu. Ainda no início da carreira (em 1947) compôs, em parceria com o cearense Humberto Teixeira, uma música que se tornaria uma espécie de hino do Nordeste: a clássica “Asa Branca”. Luiz Gonzaga usava a linguagem do sertanejo nordestino mas a sua música era muito politizada. Criticou o assistencialismo e a indústria da seca, descrevia as agruras do povo nordestino mas colocando seus conterrâneos como guerreiros e não como flagelados.

Em 1989 eu enfrentei uma fila quilométrica e fui ao velório do Luiz Gonzaga, realizado na câmara de deputados aqui de Pernambuco. Foi um dia tristíssimo. Entretanto, no dia seguinte, o nordeste inteiro cantava e rendia homenagens ao representante maior da sua cultura. A tristeza da perda deu lugar à alegria da certeza da eternidade do ídolo.

Clique aqui e acesse a agenda das homenagens a Luiz Gonzaga

Vídeo raro, em preto e branco, que conta com a participação de Gonzaguinha. Nesse vídeo Luiz Gonzaga explica como nasceu a base do "Forró Pé de Serra", sanfona-zabumba-triângulo.
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