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QUANDO FOR AFRONTAR O PODER ESCOLHA: SEJA UM MÁRTIR OU RESOLVA O PROBLEMA

Foi num dia 07 de julho, como hoje, que a heroína francesa, Joana d’Arc, morreu queimada vítima dos desmandos da demoníaca Santa Inquisição. O detalhe mais sórdido dessa execução foi o fato dela ter sido absolvida logo após a morte. O recado dos Inquisidores foi claro, ela morreu não por ter pecado e sim por ter contrariado a instituição. Reconhecer a bravura de Joana, em tese, seria uma diminuição da Igreja perante uma simples mortal.

Assim como esse épico episódio da história mundial, uma cena do filme “A Lista de Schindler” é mais um exemplo de que infringir leis, às vezes, não é o crime, afrontar o poder, sim. No trecho do filme a que me refiro, uma judia polonesa, que trabalhava fazendo serviço braçal na construção de um galpão para os nazistas, alertou um soldado da SS: “Senhor, a forma como estão construindo essa estrutura está errada, ela vai desabar”.

O soldado, tomado por uma arrogância natural naquele clima de hostilidade aos judeus, esbravejou com a mulher mandando que ela continuasse seu trabalho calada. Afinal, “era apenas uma judia”. A mulher insistiu e o impasse foi levado até um oficial. Ela, então, argumentou: “Senhor, eu sou formada em engenharia pela Universidade de Milão, sei do que estou falando, essa estrutura esta sendo construída de forma errada”. O oficial ironizou: “Vejam só, uma judia instruída”. Estupidamente ele virou-se para o soldado e ordenou: “Mate-a”. A engenheira  foi prontamente executada com um tiro na cabeça. Em seguida o oficial ordenou: “Faça como ela estava pedindo”.

O que determinou a morte da mulher não foi ter cometido um erro, mas ter ousado afrontar um poder instituído. Pior ainda, um poder instituído em um estado de exceção onde os direitos civis, quase sempre, são subvertidos. Em escala menor, esse tipo de punição afeta os incautos que, mesmo baseados na na razão, teimam em afrontar o poder.  Seria, então, um erro peitar os poderosos? Não, claro que não! O grande erro é afrontar os gigantes de peito aberto. Quem faz isso, não quer resolver problemas, quer virar mártir. 

A onda de protestos que varreu o Brasil nos últimos dias teve grande êxito justamente porque os “afrontadores do poder” eram indeterminados. Iam punir quem, o Guy Fawkers? A loira peituda que ostentava um cartaz? A multidão de estudantes e trabalhadores que marchou pelas ruas? O grande trunfo foi a não-subscrição do protesto, tanto que algumas bandeiras de partidos políticos que tentaram pegar carona no movimento foram rechaçadas pela multidão.  Quando for afrontar o poder, escolha: seja um mártir ou resolva o problema.

INFORMAÇÃO É PODER


Certa vez estava ouvindo um debate no programa de Geraldo Freire (radialista pernambucano que apresenta um programa diário aqui no Recife – Rádio Jornal) que tinha como título: “Informação É Poder”. E Geraldo deu como exemplo o caso de um senhor que era proprietário de uma venda na cidade de Mimoso (agreste de Pernambuco), sua terra natal. Disse ele: “rapaz, quando eu era garoto lá em Mimoso, o dono da venda era considerado o cara mais sábio e importante da cidade. Tudo que a gente queria saber procurava ele. Eu não entendia o porquê. Anos depois, já no Recife, percebi que a “sapiência” e o conseqüente poder que ele ostentava tinha uma explicação: ele era o único que tinha um rádio na cidade. Ele estava sempre bem informado”

Esse exemplo pode ser aplicado aos dias de hoje. Mudaram-se as fontes de informação – agora temos internet e tv – mas a premissa é a mesma: os mais bem informados dominam o mundo. Note, não falo apenas do conhecimento sistematizado. As informações adquiridas ao longo da vida são importantíssimas para determinar a posição do indivíduo na sociedade. Outro exemplo que ilustra bem essa máxima, refere-se ao Padre Cícero. Quem nos conta é o pesquisador Câmara Cascudo: “o padre Cícero era um homem querido e poderoso. Quando ele chegava num lugarejo qualquer do interior, ele tratava logo de conquistar o representante dos correios. Feito isso, ele confiscava todas as cartas e fazia uma leitura prévia antes que o destinatário a recebesse. Nos seus sermões ele fazia “revelações” (obtidas com a leitura das cartas) para os fiéis. Quando as informações se confirmavam, ele era chamado de santo. Tudo porque ele detinha informação”. 

Quem já leu “O Príncipe”, de “Maquiavel”, está familiarizado com essa prática “ciceroniana”. Negar informação à população ajuda a perpetuar a dominação das elites. Fernando Henrique Cardoso quando era presidente do Brasil vetou a obrigatoriedade do ensino de filosofia nas escolas públicas. Sendo ele sociólogo, humanista, um ato desses nos leva a pensar que o veto tinha interesses não muito nobres. Termino esse post com um lema iluminista: “o homem só progride quando se livra das trevas da ignorância”.
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