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A QUARTA DIMENSÃO


Pois então, em meio ao blá blá blá provocado pelo quase desfecho do folhetim global, percebi que a tal da “quarta dimensão”, tão explorada nos filmes de ficção científica, existe mesmo. Convivemos com um mundo fake que vem sendo construído (e desconstruído) ao longo dos anos. Com a popularização da internet, a quarta dimensão foi oficializada. O José verdadeiro, diante da tela do computador, vira o “Jonny Pop”. Seu rosto é diferente, assim como suas preferências e seus amigos. Ele vive num mundo paralelo que, ao contrario da ficção científica, é do conhecimento de todos. Alguns Josés apresentam mais de uma persona fake. O mais intrigante é que, na maioria dos casos, os clones acabam tomando conta da vida real das suas matrizes.

Aí você liga a tevê e um veículo importante de comunicação apesenta a história – aparentemente verdadeira – de um ex-fenômeno que aceitou o desafio de perder peso. Muitos se comoveram, gravaram mensagens de incentivo, até recadinhos estrangeiros chegaram. Dias depois a imprensa revelou que toda a história fazia parte de uma peça de marketing que envolveu milhões de reais. O fenômeno obeso, segundo a imprensa, recebeu um cachê de seis milhões de reais para encenar o “reality fake” .

E as eleições? Existe espetáculo mais irreal do que esse? Na pré-eleição os candidatos pertencem ao mundo real, têm cor, cheiro, falam, podem ser tocados. Na pós-eleição, instantaneamente, eles tornam-se habitantes da quarta dimensão onde as personalidades são fakes, é um mundo onde as coisas não são palpáveis. Essa metamorfose é conhecida há anos, mas os eleitores teimam em se enganar ou vendem o seu engano.

Antigamente lidávamos com esses questionamentos apenas na aula de filosofia. Era difícil abstrair e conjecturar sobre a existência de mundos paralelos ou de conceitos fora do coloquial. Hoje em dia está tudo ali no cotidiano. O difícil é saber a que mundo pertencemos. Onde estou?



A INTERNET CONFIRMOU A IDEIA DOS MUNDOS PARALELOS

Outro dia, zapeando pela tevê – cultivo hábitos antigos – aportei num canal em que um psicólogo falava uma coisa interessante e verdadeira. Dizia  ele: “Quando duas pessoas estão em processo de flerte, quando estão se enamorando, na verdade, entre elas, existem várias pessoas. As duas pessoas reais, as pessoas que elas estão fingindo ser e as pessoas que elas gostariam de ser”. Na prática, mesmo referindo-se ao aspecto comportamental, ele acabou levantando uma questão interessante: a existência de mundos paralelos.

Se entre duas pessoas circulam personalidades fakes que interagem com o mundo real, imagine no universo incomensurável da internet, quantos mundos existirá?  Limite-se ao seu circulo VIRTUAL de amizades. Quantas vezes você cruzou no trabalho (ou na rua, na escola, na faculdade) com uma pessoa com quem conversa cotidianamente no âmbito virtual e na vida real ela lhe parece estranha? Alguns amigos, no universo virtual, são íntimos, têm liberdade de brincar, fazer comentários sobre a vida pessoal. Ao vivo, esse “amigo” não passa de um estranho que te cumprimenta com um sorriso amarelo. Na prática, você convive com mundos paralelos.

Os diversos personagens que os internautas criam diante da tela do pecê povoam os diversos universos paralelos. Alguns, inclusive, acabam assumindo a identidade do seu criador. A internet tem essa magia e essa assustadora liberdade. Uma rede social criou, inclusive, um cemitério virtual. Quando um de seus associados morre, a família informa e o avatar do infeliz é remetido para um ambiente fúnebre. Vários sites se especializaram nesse tipo de serviço na rede. Até missa online é celebrada. Essa “realidade” fomenta outra discussão que já envereda pelo campo da metafísica: se a concepção de morte foi introduzida no mundo virtual, podemos afirmar que dentro do universo virtual existe um universo paralelo, o dos mortos. Haja neurônio!

A internet também confirmou a existência da eternidade. No “Facebook”, rede social mais popular do planeta – agora, também, a mais popular do Brasil, ultrapassou o Orkut – o perfil é eterno. Depois que você cria, não pode mais excluir definitivamente. Zuckerberg, o criador da rede, deu uma cartada de mestre. Se você decide encerrar suas atividades no Face, seu perfil fica inerte até o dia em que você se arrepender e fizer o login de novo. E essa ressurreição não acontece no terceiro dia, é instantânea. Um milagre concebido por um jovem nerd numa república universitária numa noite de solidão.

O cruzamento dos mundos


Passei a virada de ano na Praia de Boa Viagem, aqui no Recife. Pouco antes da queima de fogos, observei o papo de dois garotos que estavam do meu lado. Um deles falava que seu irmão havia ficado em casa porque combinou com amigos (virtuais), do Brasil inteiro, para “curtirem” a virada na internet. Ou seja, eles estavam no universo virtual comemorando uma festa do mundo real. Os dois mundos, portanto, se cruzaram. Essa interseção acontece diariamente. Ao invés de protestarem nas ruas, as pessoas fazem “twittaços”. Aquela “realidade fantástica” que nos divertia nos seriados de Irving Allen, agora, faz parte do mundo real. Comemore ou lamente!
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