TEÍSMO E ATEÍSMO: SOBRE RELIGIÃO E AUTORITARISMO
DIÁLOGO DA SABEDORIA
CONHEÇA OS PAPAS QUE RENUNCIARAM ANTES DE BENTO XVI
PAPA BENTO XVI ANUNCIA QUE RENUNCIARÁ DIA 28 DE FEVEREIRO
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.
Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP XVI
OS DELÍRIOS DE MYRIAM RIOS TORNARAM-SE LEI NO RIO DE JANEIRO
RELIGIÃO E FUTEBOL, TUDO A VER
A OBRIGAÇÃO DE SE TER FÉ
A fé, que deveria ser o elemento primordial dessa relação, ao que parece, é relegada a segundo plano. Eliane citou a igreja católica como exemplo de uma pratica religiosa mais desprendida, pois permite a existência de uma modalidade de fiel que não é vista em outras religiões: o não-praticante. O termo levado ao pé da letra sugere, erroneamente, que o indivíduo se diz católico, mas não pratica. Não é isso. O “não-praticante” é aquele que comunga das ideias professadas pelo catolicismo, mas não frequenta a igreja, limita-se a professar o seu credo sozinho ou em família.
Essa é uma verdade inegável, mas discordo quanto a citar o “não-praticante” sugerindo, nas entrelinhas, um certo desprendimento, acredito que é meramente uma questão de escolha, cada um deve professar sua fé como quer. Outro ponto contraditório da Igreja Católica é o celibato. Esse preceito, que não tem nenhum embasamento bíblico, pelo contrário, fere uma doutrina divina: “crescei e multiplicai-vos”, segundo muitos estudiosos da doutrina da Igreja, tem uma razão econômica. Se o padre constituísse família, quando morresse, a igreja, como sua instituição mantenedora, teria que assumir o sustento dos seus entes. Na pratica, seria um fardo social e econômico. Não se justifica, de forma alguma, a existência do celibato nos dias de hoje.
Essa é uma discussão bastante interessante mas, infelizmente, sempre descamba para a agressão e a grosseria. Quando o assunto é religião, dificilmente as pessoas defendem seus pontos de vista sem agredir os outros. E se o assunto for a falta de fé, dificilmente mantém-se a elegância. O ateu é tratado como doente, como alguém que tem algum desvio moral, um devorador de criancinhas. Citam discursos de tolerância – que era o que Jesus pregava – e, contraditoriamente, são intolerantes. A fé, devo concluir, é uma obrigação e não uma dádiva.
CANTANDO RELIGIÃO
lá na beira da piscina
olhando os simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais”
Pro batismo libertar
Carregar a cruz de toda culpa
E colocá-la no altar
Domingo tem a missa obrigatória
Ajoelhar perante a santa inquisição
Pras bruxas temos a fogueira
Pros santos nós temos o perdão”
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o Senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração”
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar”
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado
Me botar cabreiro
Na barriga da miséria
Eu nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro”.
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis”
O que gente grande entende muito bem
Como pode uma bomba explodir dentro de um trem?
Inventor do céu e do mar
Pega o telefone, liga pra esse homem
Diz que é pra ele... reinventar”
OS ZIGURATES E O CHOQUE ENTRE RELIGIÃO E HISTÓRIA
“PEQUENAS IGREJAS, GRANDES NEGÓCIOS”
CADÊ O ECUMENISMO?

Dois pontos explicitados na pesquisa conheço por experiência própria. Uma das escolas em que leciono ostenta, na sala dos professores, uma imagem religiosa. Um espaço público, como indica o adjetivo, deve servir e se adequar a todos. Fazer referência a uma religião apenas, é preconceito. O outro ponto é a questão do ateísmo. Na pesquisa, Débora Diniz verificou que os ateus são, constantemente, associados a pessoas violentas, com desvio de caráter e até nazistas. O mais grave é que a base da pesquisa foram os títulos utilizados nas escolas públicas federais. Ou seja, o preconceito está quase institucionalizado. Exatamente por isso, qualquer manifestação religiosa de origem não-cristã é tida como folclore ou tradição, na acepção mais pejorativa que esses termos carregam. Assim, como nos tempos mais remotos, essas “verdades” veiculadas por instituições públicas transformam qualquer coisa ou pessoa diferente, do que eles julgam normais, em aberrações.
Muitos desses cristãos só professam esse credo porque receberam (de forma impositiva) do colonizador português essa “verdade” que domina as escolas. Com certeza se o Brasil tivesse sido colonizado por um país muçulmano eles estariam defendendo agora o uso da burca e a obrigatoriedade da barba de eremita. Se querem contrariar a Constituição ensinando religião nas escolas, ao menos o façam com base no ecumenismo.
Além da Constituição,a forma como ensinam religião fere a LDB, que prevê no seu Art. 33º:
“O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os
cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus
responsáveis, em caráter:
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável,
ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas
respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou
II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se
responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa”.
Traduzindo: o professor (ou quem quer que seja) que ministre aulas de religião, não pode receber por esse trabalho, já que a lei é categórica quando acentua que o ensino religioso deve ser oferecido “sem ônus para os cofres públicos”. Quem trabalha no ensino público sabe que é praxe professores da área de humanas completarem sua carga horária dando “aulas” de religião. Enquanto cada um impõe o seu credo como sendo a melhor religião para todos, o ecumenismo e o bom senso são jogados na lata do lixo.
BREVE HISTÓRIA SOBRE O RADICALISMO

Há poucos dias, por mero acaso, andei discutindo com dois amigos sobre Josef Stalin. Falava eu sobre os exageros do sanguinário ditador e citei o Massacre de Katin- tema de um post recente – promovido contra oficiais e civis poloneses na Segunda Guerra. O amigo Maro (assim mesmo, sem 'i'), um velho barbeiro, comunista até a alma, contestou a veracidade da história contada pelos poloneses ignorando, inclusive, as evidências levantadas no local do massacre. Vale lembrar que em 1989, Mikhail Gorbachev reconheceu a responsabilidade russa e em 1992 o então presidente Boris Yeltsin entregou a Lech Walesa provas materiais do crime. Nada disso importa, para o materialista radical, o que vale é preservar a memória de Stalin.
Tive a mesma conversa com o amigo Hugo, professor de Física de uma das escolas onde trabalho. A reação foi a mesma: incredulidade diante dos fatos. Mesmo reconhecendo que nunca ouviu falar dos acontecimentos de Katin, radicalmente, disse que era tudo mentira. Tudo inventado para manchar a imagem do “grande líder”. Costumeiramente, os marxistas criticam os fanáticos religiosos pelo radicalismo e pela forma cega como depositam sua fé em Deus. Noto que o comportamento dos marxistas, que descrevi acima, é exatamente igual, só muda o deus.
Crentes ou não, os radicais são iguais e morrerão fiéis às suas convicções. Afinal, reconhecer o erro, ou o defeito do seu objeto de admiração, seria reconhecer o erro de uma opção de vida. Poucas pessoas têm grandeza para tanto.
JUDAS ISCARIOTES, O PRIMEIRO BODE EXPIATÓRIO DA HUMANIDADE
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REDE GLOBO VERSUS IGREJA UNIVERSAL: FÉ, DINHEIRO E LEMBRANÇAS DA DITADURA MILITAR

Estou acompanhando a guerra entre a Rede Globo e a Igreja Universal desde o começo e vejo pontos positivos nesse embate. Não tomo partido nessa briga de cachorro grande porque vejo defeitos nos dois lados. Obviamente, o lado do Bispo Macedo é o mais podre e inaceitável. A forma absurda como a fé dos ignaros seguidores dessa igreja vem sendo vilipendiada é um caso de polícia.
A Rede Globo não é a mocinha da história. Quem conhece a sua origem – já postei sobre o assunto – sabe que o acordo envolvendo o grupo Time-Life foi tão obscuro quanto as manobras praticadas por Edir Macedo. Mas falei que vejo pontos positivos. Vejamos: se você tem dois grupos poderosos se agredindo mutuamente, é certeza de que o lado negro dos dois grupos será exposto ao julgamento do público.
No documentário “Muito Além Do Cidadão Kane”, produzido em 1993 pela BBC de Londres, as formas de manipulação utilizadas pela emissora de Roberto Marinho foram esmiuçadas de uma forma tão aberta que o dono da Rede Globo usou todo o seu poder e conseguiu uma liminar (ainda em vigor) que proíbe a exibição desse documentário no Brasil. Obviamente, qualquer um pode assistir ao vídeo que está disponível para downloads na rede. Entre outras coisas, o vídeo faz duas graves acusações:
*A edição do debate Collor-Lula feito para prejudicar o candidato do PT. Os jornalistas que se negaram a participar dessa manobra foram demitidos ou pediram demissão, como fez o Armando Nogueira que declara isso no documentário.
*A tentativa de manipulação do resultado da eleição para governador do Rio de Janeiro. Uma manobra para prejudicar o candidato Leonel Brizola.
Fora isso, tem a proximidade que a Rede Globo tinha com a ditadura militar. Um exemplo era o programa “Amaral Neto, O Repórter”. Enquanto pessoas eram torturadas e assassinadas nas masmorras do DOPS, Amaral Neto mostrava as belezas do Brasil e sua “prosperidade”.
Sobre a Igreja Universal e Edir Macedo não preciso falar nada. Basta ir a qualquer templo da Universal para ver, na prática, como o dinheiro corre solto em direção aos cofres do Bispo. “Fé cega, faca amolada”, já dizia Milton Nascimento naquela canção. Os desesperados, ingênuos, ignorantes, cegos, sustentarão a boa vida desses aproveitadores até quando as autoridades quiserem. Enquanto a lei não se cumpre, Edir Macedo distribui aos seus “colaboradores” um “Diploma de Dizimista”, pasmem, assinado por um tal de “Sr. Jesus Cristo” (foto -clique na imagem para ampliar). Está configurada a falsidade ideológica. Polícia nele!!