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UM NOITE NO MUSEU 3: O SEGREDO DA TUMBA - TRAILER LEGENDADO E EM HD



O filme  estreia no Brasil no dia 01 de janeiro de 2015,

NA TERRA DE AMOR E ÓDIO - LEMBRANÇAS DE UM PASSADO RECENTE


Pois então, hoje à tarde, no descanso pós-almoço, assisti ao filme “Na Terra de Amor e Ódio” que retrata a guerra da Iugoslávia ocorrida há bem pouco tempo, na década de 90. O filme tem uma premissa bastante comum, mostra as atrocidades da guerra a pretexto de narrar uma historinha de amor envolvendo um casal, obviamente, composto por pessoas de lados opostos do conflito.

Lembro-me bem dessa época. Víamos pela tevê, perplexos, a reprodução dos horrores da Segunda Guerra – campos de concentração e genocídios – ocorrendo numa época em que, supúnhamos, seria impossível acontecer. Mais perplexidade causava a postura da comunidade internacional que deixava acontecer os massacres sem uma intervenção imediata. 
As críticas da época falavam, entre outras coisas, que a parcimônia da comunidade internacional – leia-se Estados Unidos – se dava porque os entreveros nos Bálcãs não envolviam nenhum grande interesse econômico. A vida humana, pura e simplesmente, aos olhos deles, não representava nada. A degradação humana na África descolonizada, bem antes, já provara isso.

O que é mais contraditório nessa sanguinária história, é o fato dos europeus terem sempre se colocado como centro da civilização humana mesmo tendo, em vários momentos,  protagonizado episódios tristes como esses. A guerra da Iugoslávia era, antes de tudo, um conflito étnico-religiosa. Os Sérvios, cristãos ortodoxos, tentavam reeditar na década de 90 do século XX, a sanha segregante de Adolf Hitler. Perseguiam os muçulmanos proclamando uma alegórica superioridade racial.

O que veio depois de todas as atrocidades cometidas nesse conflito também parecia uma reedição do rescaldo da Segunda Guerra. Os criminosos se escondendo do mundo e sendo capturados, uma a um (destaquei em um post de 2008), ao longo dos anos. O mais temido, Slobodan Milosevic inclusive, morreu na prisão. Para quem quiser conferir a reprodução dessa triste história recomendo o filme (que pode ser assistido online aqui) em questão que foi escrito e dirigido pela atriz Angelina Jolie. Tem que ter estômago! Segue o trailer oficial:

DIVULGADO O TRAILER OFICIAL DE "SOMOS TÃO JOVENS", FILME QUE NARRA O INÍCIO DA CARREIRA DE RENATO RUSSO


Como mostra o cartaz acima, o esperado projeto sobre o início da carreira do Renato Russo já tem data marcada para estreia, 03 de maio. O filme é estrelado por Thiago Mendonça, perfeito na pele do genial Renato. 

Dirigido por Antônio Carlos Fontoura, o longa mostra a efervescência cultural da capital federal entre os anos de 1976 e 1982 quando surgiram as principais bandas do movimento de Brasília.  O filme traz a curiosa participação do guitarrista Nicolau Villa-Lobos que interpreta o papel do seu pai, Dado Villa-Lobos.  Conrado Godoy interpreta o baterista Marcelo Bonfá.
A produção, tratada como uma cinebiografia, teve seu primeiro trailer divulgado no último dia 04 de março. Confira abaixo:

Para acessar o site oficial do filme e conferir mais detalhes da produção, clique aqui

MEU PRIMEIRO FILME E MEU PRIMEIRO ÔNIBUS

Há, exatos, trinta e quatro anos, eu entrava num cinema pela primeira vez. Que experiência! Não, apenas, pelo filme, mas por toda a aventura que foi essa minha tarde de diversão e descobertas. Lembro-me que num sábado, de manhã, estava com um grupo de amigos jogando futebol no “cercadinho”, um terreno baldio perto da minha casa. Jogávamos quase toda tarde depois da escola. No final da partida, combinamos de ir ao cinema. Um dos garoto falou que era a estreia do filme dos Trapalhões. Ninguém sabia o nome ao certo, mas se tinha o Didi, todo mundo queria assistir.

No grupo, apenas eu nunca havia ido ao cinema. Meus pais não tinham o hábito de nos levar para esse tipo de programa. Teria que convencer Dona Ivone – minha mãe – a me deixar ir sozinho com meus amigos. Tinha apenas doze anos, mas um detalhe estava a meu favor: o cine Eldorado, local onde o filme estava sendo exibido, ficava num bairro próximo. Dava até para ir caminhando. Bastou um breve papo e, surpreendentemente, minha mãe concordou. Meu pai me deu dinheiro e lá fui eu descobrir a magia da telona.

Ao chegar no ponto de encontro com a galera, uma triste surpresa. A mãe de um dos meus amigos informou que o grupo já havia saído, decidiram ir mais cedo porque iam caminhando. Perguntei a ela: “Qual o ônibus que eu pego para chegar ao cinema?” Ela, surpresa, indagou: “Você vai sozinho?” Disse que sim e ela me falou que pegasse qualquer ônibus na direção de Afogados, o bairro onde o cinema estava localizado. Respirei fundo e fui!

A história narrada parece grande cosia, mas, na verdade, ir de ônibus do bairro da Mangueira – onde eu morava – até Afogados era percorrer uma linha reta de aproximadamente uns quatro quilômetros.  Eu tinha apenas doze anos, mas por ter estatura elevada, aparentava ter uns dezesseis. Foi a primeira vez que andei sozinho de ônibus. O mais interessante é que cheguei primeiro que a turma. Quando eles chegaram, eu estava no meio da quilométrica fila e acabei comprando as entradas de todos. Estava tão feliz com o passeio que nem reclamei por terem me esquecido.

O filme daquela tarde mora até hoje no meu imaginário: “O Trapalhão Nas Minas do Rei Salomão”. Nessa época, Zacarias ainda não participava, os Trapalhões do cinema eram um trio. Lembro-me que fiquei fascinado com o tamanho da tela. Achei o som (acho até hoje) muito alto. Depois desse dia tornei-me cinéfilo, quase todo final de semana estava no cinema.

Hoje comprei o devedê desse filme, está num local de honra da minha estante. É o único  dos Trapalhões que ainda vejo. Também não assisto mais aos programas da tevê. Não sei se  porque estou ficando velho ou porque Didi – um dos meus heróis de infância – perdeu o brilho. Abaixo, a famosa cena da ressurreição do cãozinho Lupa:

108 ANOS DO PRIMEIRO FILME DE COWBOY E A LEI DO POLITICAMENTE CORRETO

Há exatos 108 anos, era lançado, nos Estados Unidos, o filme “The Great Train Robbery” (O Grande Roubo do Trem), considerado o primeiro western do cinema e um marco da sétima arte. O filme foi concebido e dirigido por Edwin S. Porter, um discípulo de Thomas Edison. Porter operava câmeras para o grande inventor e acabou tornando-se cineasta.

Essa rudimentar produção, de apenas doze minutos, acabou estabelecendo vários paradigmas usados até hoje tais como tiros que forçam um indivíduo a dançar de medo, perseguições a cavalo,  seguidas cenas de tiroteios, cenas de brigas em cima de um trem em movimento. Outro ponto de destaque é a incrível qualidade das cenas externas. As tomadas feitas de vários ângulos diferentes, muito avançado para a época, além de imortalizar a famosa cena final: um  tiro na direção do expectador (foto acima).

Mas, o que mudou nos filmes de cowboy depois de mais de um século? Hoje em dia o gênero está praticamente extinto, tudo “culpa” do “politicamente correto”. Pois é, antigamente, num passado bem recente, nos divertíamos vendo homens brancos matando índios e um estereótipo foi criado: o índio era sempre visto como o bandido. Numa total inversão de valores, achávamos normal ver os nativos serem dizimados pelo colonizador “bonzinho”. Na verdade, o homem branco era o invasor. Ele tomou as terras dos índios, dizimou várias nações e se autoproclamou herói.

Não interessa a indústria do cinema inverter esse paradigma, já que o público dos cinemas não é composto por índios. O último grande western, “Dança Com Lobos”, mostrou uma visão diferente – e mais próxima da realidade – da relação entre o colonizador e o índio. Desde então, pouco se produziu sobre o gênero que ressurge, vez ou outra, em remakes. Confira abaixo, na íntegra, o clássico “The Great Train Robbery”:

DESCONHECIDO (UNKNOWN), ÓTIMO THRILLER


No começo a premissa soa como “aquela história que outros filmes já contaram”, mas o ótimo enredo guarda algumas surpresas. Em “Desconhecido (Unknown), Liam Neeson interpreta o Dr. Martin Harris, um cientista que viaja para a Alemanha para participar de um congresso e acaba sofrendo um grave acidente. Dias depois ele acorda num hospital e descobre que sua vida, toda sua história, foi apagada. Sua mulher (January Jones ) não o reconhece e, pior, um homem (Aidan Quinn ) assumiu a sua identidade.

Na busca por respostas ele é perseguido por assassinos e acaba sendo ajudado por uma motorista de táxi (Diane Kruger). O filme tem as participações especiais de Frank Langella que interpreta o Rodney Cole e Bruno Ganz que, brilhantemente, interpreta os ex-espião Ernst Jürgen. As poucas cenas em que Ganz aparece valem a fita. Atuação absolutamente impecável.

Os roteiros são assinados por Oliver Butcher e Stephen Cornwell a partir do romance “Out of My Head” de Didier van Cauwelaert, e a direção ficou a cargo de Jaume Collet-Serra. Para quem que ser surpreender com uma história inteligente com final surpreendente, recomendo.

O RETRATO DE DORIAN GRAY - BREVE COMENTÁRIO


Assisti hoje, ao perturbador filme do Oliver Parker baseado na obra homônima de Oscar Wilde, “O Retrato de Dorian Gray”. Depois que o personagem figurou na “Liga Extraordinária” veio a popularidade e a ideia de um filme solo ganhou força. Não li a obra do Wilde e talvez por isso não estou enxergando o filme tão nebuloso como a maioria da crítica.

O Dorian de Parker é um personagem perturbador que brinca com algumas das fraquezas humanas: a relutância em assumir o seu verdadeiro “eu”, detalhe claramente observado na postura do Lord Henry Wotton (Colin Firth ), que transforma o jovem Dorian no que ele gostaria de ter sido. A vontade de ser eterno aliado ao contraditório medo de viver para sempre e a transgressão das regras sociais. Tudo junto! O filme tem um começo cansativo levando muitos, acho eu, a desistir. Quem persiste é premiado com um drama denso com pitadas religiosas.

O Retrato de Dorian Gray é estrelado por Ben Barnes (As Crônicas de Nárnia – Príncipe de Caspian) e tem roteiros adaptados de Oscar Wilde por Toby Finlay. Há quem diga que o filme deveria ter sido rodado em preto e branco, incluo-me nesse rol. Para quem não conhece a história, a trama narra a trajetória de um jovem da aristocraciaa inglesa do século XIX, chamado Dorian Gray que, depois de ver seu rosto retratado em um quadro, roga aos céus a eterna juventude. Dorian tem seu pedido atendido e começa seu drama. Essa premissa, aliás, confirma uma clássica frase do Oscar Wilde: “Quando os deuses querem nos castigar atendem as nossas preces”. Reserve a pipoca, uma taça de vinho e assista.

RIO, APESAR DOS DESLIZES, UM BOM FILME.


Filmes de animação tendo o Brasil como cenário não é novidade, em 1942 a Disney Company produziu “Alô Amigos” para apresentar o “Zé Carioca”, personagem criado por razões políticas – Os Estados Unidos queriam agradar o Brasil em troca de apoio na Segunda Guerra – mas introduziu em Hollywood a figura do malandro carioca. Muitos criticaram achando que a imagem do povo brasileiro estava sendo deturpada e não homenageada, mas isso é outra história.

No caso do filme “Rio”, em princípio, a possibilidade de gafes e estereótipos da figura do cidadão brasileiro, era menor, já que o diretor era brasileiro, mas aconteceu. O filme mostra, por exemplo, araras sobrevoando a Praia de Copacabana, jogo da Seleção Brasileira em pleno carnaval (algo impensável), saguis assaltantes e um menino de rua que anda com a camisa dez da Seleção Brasileira. 
 
Apesar dos deslizes, o filme é bem divertido e merece ser assistido. A trama gira em torno do drama da extinção das ararinhas azuis. O personagem central, “Blue”, é uma ararinha que foi contrabandeada para os Estados Unidos e acabou sendo criada por uma garota no frio estado do Minessota. Toda história se desenvolve quando Blue é trazido de volta ao Brasil para acasalar e acaba caindo, de novo, nas mãos de traficantes.

Rio é uma coprodução20th Century Fox e da Blue Sky Studios, dirigida pelo brasileiro “Carlos Saldanha” (A Era do Gelo, Robôs) com roteiros de Don Rhymer. Na versão original, a dublagem foi feita por celebridades: Anne Hathaway, Jesse Eisenberg, Rodrigo Santoro, Jamie Foxx, George Lopez e Jake T. Austin. Confira abaixo o teaser dublado:

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO E O IMPÉRIO DOS CINEMAS NO BRASIL

Quando entrei num cinema pela primeira vez – 1976, para assistir ao remake do clássico King Kong – Luiz Severiano Ribeiro já havia morrido há dois anos e seu nome era uma chancela que conferia qualidade aos cinemas pelo Brasil afora. A história desse cearense de “Baturité”, pequena cidade de pouco mais de 38 mil habitantes, também conhecida (por alguns) por ser a terra natal do Major Couto Pereira, que hoje dá nome ao estádio do Coritiba, daria um filme.

Nascido “Luiz Severiano Ribeiro Filho”, em 03 de junho de 1886, tinha como destino ser padre. Foi matriculado no Seminário Episcopal de Fortaleza com apenas dez anos. Acabou fugindo oito anos depois para estudar medicina no Rio de Janeiro. Não chegou a concluir o curso porque ficou muito abalado com a morte da sua mãe. A medicina, dizia ele, perdera a graça.

A história de vida do jovem Severiano Ribeiro lembra o roteiro de um clássico do cinema italiano, “Cinema Paradiso”. Assim como o pequeno “Totó”, Severiano se apaixonou pelo cinema acompanhando projeções. Em 1908, quando foi inaugurado a primeira sala de exibição de Fortaleza, o “Cinematographo Art-Noveau”, de propriedade de um italiano, “Victor Di Maio”, Severiano vislumbrou que ali estava o seu futuro. Alguns meses depois Victor Di Maio repassou a sala de exibição para Severiano e teve início uma história de sucesso.

Pouco tempo depois de arrendar Cinematographo Art-Noveau transformou o “Café Riche” em um cinema organizando exibições diárias com programação diversificada. O Grupo Severiano Ribeiro teve, nesses dois empreendimentos, seu embrião. Depois de inaugurar o primeiro grande cinema de Fortaleza, o “Cine Majestic”, Severiano Ribeiro resolveu romper as fronteiras do Ceará e aportou em Recife. Comprou, em 1921, o cine Moderno que, em pouco tempo, tornaria-se um dos cinemas mais tradicionais da capital pernambucana, estrategicamente localizado ao lado do tradicionalíssimo restaurante Leite.

Já com residência fixa no Rio de Janeiro, Luiz Severiano Ribeiro firmou parceria com a gigante Metro-Goldwyn Mayer e passou a dominar o ramo de administração de cinemas no Brasil. Atualmente, o Grupo Severiano Ribeiro, que a partir do ano 2000 lanou a marca “Kinoplex” utilizando tecnologia de última geração, é detentor de mais de duzentas salas de exibição em diversos estados do Brasil. O Cine Moderno, seu primeiro empreendimento no Recife, como quase todos os cinemas localizados fora dos shoppings, não existe mais.

Os cinemas perderam o charme, hoje, são apenas salas de exibição. Mesmo assim o nome “Severiano Ribeiro” domina o imaginário de quem é cinéfilo. Meus respeitos!

"O HOMEM DO FUTURO" E O REMAKE DE MAIS UM CLÁSSICO DA LEGIÃO URBANA


O vídeo abaixo é uma peça promocional da comédia “O Homem do Futuro”, estrelado por Wagner Moura e Aline Morais, que estreia dia 02 de setembro no circuito nacional. Essa anárquica releitura de um dos grandes clássicos da Legião Urbana - “Tempo Perdido” - foi divulgado na quinta feira passada e já tem quase cinco mil acessos.

O filme, dirigido por Cláudio Torres, conta a história do cientista Zero (Wagner Moura) que durante vinte anos amargou as agruras de uma desilusão amorosa. Numa experiência em que ele tentava criar uma forma revolucionária de energia, acabou voltando, acidentalmente, ao passado, justamente na época em que foi humilhado pelo grande amor da sua vida. Zero decide encontrar a si mesmo, mais jovem, e tentar corrigir os erros do passado.

O Homem do Futuro” é uma coprodução da Conspirações Filmes, Paramount Pictures, Globo Filmes e Lereby. Além de Wagner Moura (Zero) e Aline Moraes (Helena), traz no elenco Maria Luiza Mendonça (Sandra), Gabriel Braga Nunes (Ricardo) e Fernando Ceylão (Otávio).

Enquanto setembro não vem, curta o vídeo e relembre mais esse clássico da Legião ganhando, de quebra, uma hilária performance de Wagner Moura e Aline Moraes.

Clique aqui e acesse o site oficial do filme.

CAÇA AS BRUXAS (Season Of The Witch) - NADA DE NOVO

Vira e mexe o cinema rebusca a história dos Cavaleiros Templários. Como é um tema clássico e bastante explorado, os roteiristas buscam caminhos para fugir da mesmice. Em “Caça As Bruxas” (Season of the Witch, 2010) Nicolas Cage interpreta Behmen, um cavaleiro templário em crise que rompe com a Igreja e torna-se desertor. Para fugir da condenação, Behmen e seu fiel amigo Felson (Ron Perlman) aceitam conduzir um garota, acusada de bruxaria pela Igreja, à um monastério onde um ritual de exorcismo aniquilaria a bruxa e salvaria a Europa da Peste.

O filme tenta ser original misturando exorcismo com bruxas, mas não apresenta nenhuma novidade no roteiro e acaba apelando para o entretenimento barato mostrando clichês clássicos: soldado desertor que recebe uma missão quase impossível para se redimir; ponte de corda ligando dois penhascos que se rompe durante a passagem e um demônio alado, entre outras coisas.

Para quem procura um filme para um mero entretenimento, “Caça As Bruxas” se encaixa perfeitamente.


Ficha Técnica

País: EUA

Título original: Season Of The Witch

Duração: 99 minutos

Gênero: Aventura

Direção: Domenic Sena

Estreia: 07 de janeiro de 2011 (EUA) – 21 de janeiro 2011 (Brasil)

NOSSO LAR – MUITO ALARDE PARA TÃO POUCO

Conferi, hoje, o tão badalado filme baseado na obra homônima de Chico Xavier, “Nosso Lar”. Que decepção! Senti-me traído pelas inúmeras pessoas que assistiram ao filme e me falaram que valia a pena. Não li o livro, portanto não posso traçar um paralelo entre as duas obras. Mesmo assim, saí do cinema com a certeza de que o filme é apenas mais um produto vazio sobre o espiritismo.

A ficha técnica traz o nome do diretor Wagner de Assis, que tem no currículo quatro filmes estrelados por Xuxa. Se tivesse acesso a essa informação antes, certamente não perderia meu tempo assistindo ao filme. Absolutamente nada é atraente nessa obra. Até mesmo a recriação do purgatório, chamado de “umbral” no filme, soa como um déjà vu. Quem assistiu ao remake de “A Viagem”, feito pela Rede Globo em 1994, lembrou-se das cenas do purgatório. O filme, nessas sequências, parecia uma releitura da novela.

Outro ponto negativo foi o aspecto futurista que tentaram (e não conseguiram) imprimir à fotografia do filme. Fake demais! Aqueles feixes de luz , viajando no espaço, definitivamente não casaram com a temática do roteiro. Alheio a tudo isso, o filme segue quebrando recordes. Em uma semana de exibição, segundo a “Fox Film”, ultrapassou a marca de um milhão de espectadores gerando uma bilheteria de quase seis milhões de reais. Chico Xavier, ao que parece, está na moda.

Ficha Técnica

Direção: Wagner Assistindo

Produção: Lafa Britz

Gênero: Drama

Lançamento: 03 de setembro de 2010

Elenco:

Renato Prieto .... André Luiz

  • Inês Vianna ... Narcisa

  • Rodrigo dos Santos ... Tobias

  • Helena Varvaki ... Zélia

A ESTRADA (THE ROAD) – O FIM DO MUNDO SOB A ÓTICA DA MELANCOLIA

Sabe aquela história de julgar o livro pela capa? Pois é, fui seduzido por uma belíssima capa de devedê. “A Estrada” tinha uma sinopse parecida com vários filmes que eu já tinha visto mas tinha também aquela bela imagem de um homem protegendo uma criança e resolvi conferir. A fotografia do filme é parecidíssima com a de vários outros filmes apocalípticos: “Eu Sou A Lenda”, “O Livro de Eli" e outros nessa linha. A paisagem cinza, a escassez total de comida e de vida. As primeiras imagens remetem, de cara, à tristeza.

O diretor John Hilcoat construiu uma história em que os nomes dos personagens não são citados. Um homem, uma mulher e seu filho sofrendo a angustia de tentar viver num mundo onde o simples ato de comer tornou-se uma incerteza. Numa análise simples, percebe-se que o ser humano foi reduzido à sua condição primária de animal que vive uma luta diária pela sobrevivência.

Mesmo tendo passagens parecidíssimas com outros filmes do gênero, “A Estrada” prende-se à profunda melancolia das teorias apocalípticas. Viggo Mortesen (O Senhor dos Anéis), que interpreta o pai, é o grande destaque. Um personagem denso mergulhado no drama de lutar pela simples existência ou sucumbir ao suicídio como remédio final.

O desfecho da história, entretanto, revela uma sutil mensagem de esperança que tenta resgatar um dos pilares da estrutura social da humanidade: a família. Aos fortes de coração, uma boa dica.

Ficha Técnica

Direção: John Hillcoat

Roteiros: Cormac McCarthy e Joe Penhall

Gênero: Drama

Lançamento: 23 de Abril de 2010 (Brasil)

Duração: 112 min

Distribuição: Paris Filme

Elenco: Viggo Mortensen (O pai), Kodi Smit-McPhee (O filho), Robert Duvall (O homem velho), Guy Pearce (O veterano) e Charlize Theron (A mãe).

O LIVRO DE ELI – MAIS DO MESMO

Conferi, hoje, o novo filme do Denzel Washington. Super produção, super divulgação, um site oficial belíssimo (confira aqui), mas o filme não passa de uma colagem de ideias já experimentadas na telona. No começo, lembra muito “Eu Sou A Lenda”, estrelado por Will Smith. A mesma atmosfera apocalíptica: a solidão de um planeta devastado. Só faltou o cachorro. Quando surgem outros personagens na trama, é absolutamente impossível não se lembrar do clássico “Mad Max”. Na primeira cena de ação, Eli é atacado por salteadores que usam um figurino parecidíssimo com o do filme do George Miller.

E as referências anteriores não param por aí. Quando Eli chega à cidade dominada por Carnegie (Gary Oldman) (que vive alucinado à procura do livro) o filme lembra outra produção do gênero apocalíptico: “Waterworld”, estrelado por Kevin Costner. A forma como se referem à água em “O Livro de Eli” é a mesma como se referiam à Terra em “Waterworld”. A super valorização de gêneros de primeira necessidade e um lugar mítico imaginado como ideal pra se viver num planeta devastado.

Comparações à parte, o argumento do filme é muito fraco. Tentaram dar um tratamento religioso ao eixo da trama com a referência à Bíblia, tratada, genericamente, como “o livro”. Claro que a saga de Eli tem interpretação livre, é bastante subjetiva. Ele protegeu o livro achando que todos os outros exemplares do planeta – algo inimaginável até na ficção – haviam sido queimados. É uma mensagem de fé, carregada de lirismo. Ele não preservou apenas o livro, mas também a sua fé. O filme tem algumas mensagens subliminares. O legado cultural da humanidade, na história, está protegido na antiga e lendária prisão de Alcatraz. O local construído para punir tornou-se um centro de esperança. Outras: o filme dá uma alfinetada em Dan Brown quando Carnegie manda queimar alguns livros, entre eles “O Código Da Vinci”. Aplaudi! Carnegie queria usar a Bíblia para conseguir mais poder, algo comum nos nossos dias. O veredito final é que o filme ficou devendo.

Ficha Técnica

Título original: The Boock Of Eli

Título no Brasil: O Livro de Eli

Direção: Albert Hughes e Allen Hughes

Roteiro: Gary Whitta

Fotografia: Don Burgess

Duração: 118 min

Lançamento: 18 de Março

Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.

DEMÔNIOS DE SÃO PETERSBURGO – A VIDA DE DOSTOIÉVSKI

Pareceu-me estranha a ideia de um filme italiano sobre a vida do grande escritor russo Dostoiévski. Mesmo desconfiado, decidi assistir já que o diretor do filme, Giuliano Montaldo , era um especialista em biografias, já havia filmado sobre “Giordano Bruno”, “Marco Polo”, “Sacco e Vanzetti”.

A conturbada vida do escritor Fiódor Mikhailovich Dostoiévski é contada tendo como base o movimento revolucionário russo que derrubou o império burguês. A ideologia que insuflou os intelectuais revolucionários tinha como ponto fundamental as ideias propagadas por Dostoiévski nos seus livros. Lidar com a ideia de que pessoas estavam sendo mortas por causa disso mexeu com a cabeça do escritor.

O filme mostra todo o sofrimento vivido por Dostoiévski: os anos de trabalhos forçados na Sibéria, a rejeição dos outros presos, que o tinham como um intelectual que traiu o movimento, e as dificuldades financeiras. Dostoiévski escrevia sob pressão de um editor que o obrigava a produzir compulsivamente. Foi nesse período difícil que ele conheceu “Anna Grigorievna Snítikin”, uma estenógrafa com quem se casaria mais tarde.

O título do filme faz alusão à célebre obra “Os Demônios”, em que Dostoiévski criou uma trama ficcional para contar uma história verídica, o assassinato do estudante I. Ivanov. O niilismo do grupo extremista da obra literária se faz presente no filme na desesperada luta para derrubar a burguesia imperialista. O filme retrata um Dostoiévski humano, vivendo uma eterna crise, imagem que vai de encontro à figura mitológica eternizada nos livros de história e na mídia.

Miki Manojlović, o ator sérvio que interpreta Dostoiévski, merece uma menção especial. Absolutamente convincente no papel, ele compôs um personagem denso que leva o espectador a viajar no filme e na dramática história do grande escritor. Recomendo.

Ficha Técnica

País de origem: Itália

Título original: I Demoni Di San Pietroburgo

Título em português: Demônios de São Petersburgo

Gênero: Drama

Produção: Casablanca Filmes

Direção: Giuliano Montaldo

Elenco: Miki Manojlovic, Roberto Herlitzka, Carolina Crescentini, Anita Caprioli

Ano de lançamento: 2008

ESCAVADORES (BURROWERS) – UM WESTERN DE TERROR

Não sei se essa classificação existe mas “Escavadores” (Burrrowers) é o que eu chamaria de um “western de terror”. A história se passa em 1879, nos Territórios de Dakota, em pleno velho oeste, área de conflitos intensos entre os colonizadores e os índios. O ponto de partida, para o grande mistério que serve de eixo para a trama, é o desparecimento de uma família de colonos. Entre eles a jovem Mayanna (Jocelin Dohanue), futura esposa de Fergus Coffey (Karl Geary), o protagonista da história.

O filme do diretor J.T Petty mistura elementos dos filmes de cowboy com o mais puro thriller. Não chega a ser novidade. Em “Desaparecidos”, Ron Howard levou o suspense e o misticismo para o ambiente do velho oeste conseguindo uma composição interessante. Em “Escavadores” J.T Petty também conseguiu um bom resultado. Mas o filme não é só uma história de terror. Nas entrelinhas da trama, Petty levanta a bandeira em defesa dos povos indígenas da América do Norte.

Durante todo o filme, os índios aparecem como vítimas da estupidez do colonizador. A mensagem de J.T Petty fica clarissima no desfecho da história em que ele mostra o desperdicio da sapiência do índio e o triunfo da estupidez do homem branco. Quanto à parte do terror, o filme rende bons sustos. O mistério do desaparecimento das pessoas, apesar de bizarro, tem a ver com a destruição do ambiente natural pelo branco colonizador. Vale o susto!

Ficha Técnica

Título original: Burrowers

Elenco: Clancy Brown, Jocelin Dohanue, William Mapother, Karl Geary.

Direção: J.T. Petty

Gênero: Terror

Duração: 96 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Estreia: Direto em DVD - Abril de 2010

KRABAT (PRISOINEIROS DA MAGIA)

Krabat é um desses filmes que vocês assiste sem esperar muito e acaba se surpreendendo. Concebido pelo jovem diretor alemão, Marco Kreuzpaintner, historiador de formação e cineasta por opção, o filme é uma adaptação do romance homônimo de Otfried Preubler que mistura magia e romance. Um dos pontos altos é a fotografia. Imagens belíssimas dos alpes alemães cobertos de neve contrastam com a aura soturna da trama.

O enredo conta a historia do jovem Kabrat (David Cross – 'The Rider') que torna-se órfão depois que sua mãe morre vítima da Peste Negra. Para sobreviver ele começa a vagar pelas aldeias cantando hinos religiosos em troca de comida. Em uma noite, Kabrat é atraído por corvos enfeitiçados para trabalhar no moinho Keeper, controlado por um feiticeiro chamado, genericamente, de “O Mestre” (Christian Redl – 'A Queda'). A saga do jovem Kabrat para sobreviver no moinho é o eixo central da trama.

Lançado na Alemanha em 2008 e nos Estados Unidos em 2009, o filme já está disponível para locação.

Ficha Técnica

Direção: Marco Kreuzpaintner

Produção: Jakob Claussen, Uli Putz, Bernd Wintersperger e Thomas Wöbke

Roteiros: Marco Kreuzpaintner, Michael Gutmann e Otfried Preussler

Elenco: David Kross ,Daniel Brühl, Christian Redl, Robert Stadlober, Paula Kalenberg e Daniel Steiner.

Ano de produção: 2008

País de origem: Alemanha

SALVO DO EFEITO “SEXO E CARATÊ”

A partir da segunda metade da década de 80 (século XX), os cinemas do Recife (assim como no resto do Brasil) entraram em processo de extinção. Fui um frequentador contumaz das salas de exibição do centro. Cada cinema tinha seu charme especial, um detalhe particular que o outro não tinha. Essas pequenas diferenças produziram tribos urbanas que elegiam esse ou aquele cinema como preferido.

Os irmãos gêmeos Astor e Ritz, localizados na Visconde de Suassuna, tinham fama de elitizados. E eram mesmo. Lembro que nessas duas salas sempre tinha um clássico em cartaz. O Veneza, localizado na Rua do Hospício, era a sala hi-tec. Foi o primeiro cinema do Recife a utilizar sistema de som estéreo. Fui testemunha ocular, quero dizer auditiva, desse avanço. Na exibição do musical “Xanadu”, que mostrava a inusitada parceria entre Gene Kelly e Olivia Newton John, os efeitos sonoros causaram espanto na plateia. O Cine Veneza tinha uma curiosidade: estava localizado no térreo de um prédio que nunca foi utilizado, diziam, por problemas na execução da obra. Paradoxalmente, o cine hi-tec funcionava no prédio condenado.

O Cine Moderno, localizado na Praça Joaquim Nabuco, ao lado do tradicionalíssimo Restaurante Leite, tinha a mais bela sacada. O Moderno era um cinema com cara de cinema. No cruzamento da Rua da Palma com a Matias de Albuquerque, localizava-se um dos meus cinemas preferidos: o Art Palácio. Era o cinema dos jovens e o único do centro que não pertencia ao grupo Severiano Ribeiro. Por essa razão, ao invés do noticiário “Atualidades Atlântida”, assistíamos ao “Canal 100” nos intervalos. Por trás do Art Palácio, já na Av. Guararapes, localizava-se o cinema que eu menos curtia, o Trianon. Fui poucas vezes a essa sala. Lembro-me de ter assistido ali ao inesquecível “Califórnia Adeus”, com Giuliano Gema.

Na Av. Dantas Barreto, no 13º andar do Ed. AIP, localizava-se o minúsculo Cine AIP. Era o cinema com a melhor vista e o melhor serviço. Tinha um belo bar com vista para o Atlântico. A decoração da sala era muito bonita. Vários pôsteres em preto e branco de ícones do cinema mundial. O AIP era muitíssimo parecido com um multiplex. Ali eu assisti ao musical “Grease”, com John Travolta e Olivia Newton John. Na Praça do mercado de São José, localizava-se o Cine Glória, único cinema do centro que eu não frequentei. A praça do mercado ficava deserta nos finais de semana e, mesmo na década de 80, era perigoso circular por ali.

No bairro de Afogados, perto do centro, localizava-se o Cine Eldorado, um dos poucos cinemas de bairro pertencentes ao grupo Severiano Ribeiro. Foi o primeiro cinema que frequentei. Meu primeiro filme foi King Kong, com Jessica Lange. Por estar localizado próximo a minha casa, foi a sala que eu mais frequentei.

Finalmente, na Rua da Aurora, próximo da Ponte Duarte Coelho, diante do Capibaribe, LOCALIZA-SE o meu cinema preferido, o São Luiz. Sim, localiza-se, ele resistiu bravamente ao tempo e ao “efeito sexo e caratê”. O primeiro sinal que determinava o início do processo de decadência de um cinema, no final da década de 80, era quando ele começava a exibir filmes de sexo e caratê em sessões alternadas. Era como um selo de falência. O Cine São Luiz foi o último a ser fechado, mas a sua belíssima sala não foi desativada. O espaço permaneceu inativo desde 2005 e passou por várias promessas de reformas que não se concretizaram. Finalmente, esse ano, a FUNDARPE tombou a sala e decidiu criar ali um espaço cultural. No dia 28 passado, o cinema foi reaberto – apesar das quedas de energia – com a exibição do longa pernambucano “O Baile Perfumado”. O São Luiz teve uma trajetória inversa à da maioria dos cinemas que, depois de fechados, viraram templos religiosos. Ele nasceu no local onde antes funcionava uma igreja protestante. O processo de tombamento da Fundarpe descreveu assim o cinema:

O vestíbulo externo de acesso ao cinema conta com duas bilheterias e pé direito duplo, enfatizando, assim, sua monumentalidade, que é também ressaltada pela existência das vistosas galerias que envolvem grande parte do edifício. O acesso ao cinema acontece por meio de esquadrias de vidro, que dão acesso a um hall principal com rico tratamento arquitetônico, à base de materiais nobres tais como o mármore, vidros espelhados e bronze, enfatizando, assim, o luxo das funções ali instaladas.

Neste ambiente o piso e as paredes são revestidos de mármore branco; as esquadrias e portas são de madeira fosca; nas paredes laterais são fixadas grandes lâminas de espelhos em tom cobre e de frente um belíssimo painel de Lula Cardoso Ayres; as luminárias e barras de proteção da esquadria de acesso e do painel de Ayres são fabricadas originalmente em bronze; e os sanitários que, originalmente, eram revestidos em azulejo preto, (...)

O interior do cinema é decorado com pinturas e trabalhos em alto-relevo em tons dourados, vermelhos e esverdeados, inclusive no teto, e painéis laterais que remetem a trabalhos feitos a ouro. (...) A decoração conta ainda com brasões espelhados, dispostos de par em par”. Seguem algumas imagens do Cine São Luiz:

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Vista interna do São Luiz depois da reforma
Foto do Cine São Luiz no lançamento do filme "Alien, O Oitavo Passageiro", 1979
Hall de entrada do São Luiz
Sala de espera do segundo pavimento
Fachada do São Luiz em 2005

XUXA DESACREDITA O FESTIVAL DE GRAMADO

Quando vi os jornais e sites por aí afora estampando em manchete que Xuxa Meneghel seria homenageada em Gramado como “Rainha do Cinema”, demorei a acreditar, pensei fosse alguma brincadeira, mas, pasmo, descobri que era mesmo verdade. A própria homenageada, tentando esconder o constrangimento, esclarecia: “não sou atriz, sou uma apresentadora que usa os filmes para passar as mensagens que eu quero”.

O Brasil é assim mesmo, um grande universo fake. Relembremos: José Sarney escreveu um livro, o tal do “Marimbondo de Fogo”. Essa “obra” o credenciou a entrar na Academia Brasileira de letras. E nosso astronauta, o Marcos Pontes, lembram? Posou de herói, o Brasil gastou uma nota preta na sua formação, conseguiram colocá-lo numa missão da NASA. Na hora de colher os frutos, ele pediu baixa e foi ganhar dinheiro na iniciativa privada.

O prêmio concedido à Xuxa pelo “conjunto da obra”, que engloba 18 longas com uma média de público bastante alta e soma mais de 28 milhões de espectadores, parece-me um louvor quantitativo e não qualitativo. Estão premiando uma média de público alta, que se beneficia do lobby da maior emissora de tevê da América Latina. E onde fica o cinema de verdade?

Classifico essa edição do prêmio de Gramado como uma mácula imperdoável, que desacredita as edições posteriores. A ideia de dar um prêmio à Xuxa, ao que parece, foi um golpe de marketing. Um gigantesco esquema de segurança foi montado para receber a “Rainha do Cinema”, nunca se viu tanta gente no festival. Duro vai ser se livrar do rescaldo desse ato impensado. Já estou matutando quem será o próximo homenageado: Alexandre Frota, Rita Cadilac, Helena Ramos, Leila Lopes...

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