
No meu cotidiano lido com um monte de nomes estranhos e engraçados. Dou aulas em três escolas e pelos meus quase trinta diários de classe figuram nomes conhecidos: Silvester Stalone, Ísis de Oliveira, Marília Gabriela, dezenas de Romários, John Lennon, só pra citar os mais conhecidos. Existem também os nomes, digamos, diferentes: Abdnego, Sonja, Edicreide (assim mesmo, com “r”), Alta, Visuazilândia (juro que não estou inventando!), Naara Maate, Amaro Kenedy (rssss), Edmitria, Rutênia, entre outros. Sou fissurado nessa coisa dos nomes. Na minha opinião as pessoas deveriam ser registradas com nomes provisórios, quando atingissem a maioridade, escolheriam o nome que quisessem.
Pra finalizar esse post, deixo uma historinha interessante sobre o hábito italiano de usar nomes unissex: antes de se unificar e se tornar uma nação, a Península Itálica era uma imensa “colcha de retalhos”. Dividida em vários reinos e principados, com um número imenso de dialetos e idiomas. Os conflitos eram comuns entre eles. Em época de guerra, o responsável pelo alistamento militar ia às vilas e recrutava os meninos pelas certidões de nascimento. Os pais de muitos meninos, temendo que no futuro eles fossem convocados para a guerra, os registravam com nomes femininos: Daniele, Andrea (ou Andreas), Alcione, Gianni, Nicole. O tempo passou e esse costume se perpetuou por lá.
Se você acha estranho chamar um homem de Alcione, lembre-se do político (ex-senador) Íris Rezende. Apesar de “Íris” ser um nome absolutamente feminino, nos acostumamos a associá-lo ao senador sem achar estranho.