
O Big Brother Brasil chega à décima edição tendo como ponto central o conflito. A produção escalou participantes polêmicos e excluiu a inclusão na casa através do sorteio. Isso impedia a escolha do perfil, já que qualquer um poderia sorteado. Para ocupar essas duas vagas, a produção do BBB resgatou antigos participantes que tiveram a chance de voltar à casa numa prova em que dependiam dos novatos para confirmarem o regresso.
O que se verificou, depois de duas semanas de programa, é que a produção do BBB 10 resolveu explorar a face negra dos indivíduos. Em uma das provas os participantes tiveram que pichar a foto dos concorrentes para eliminá-los. O resultado, claro, foi o conflito. Muitos se sentiram ofendidos por terem seus rostos pichados e revidaram. Após a realização da prova continuaram os comentários e os ânimos foram acirrados.
No domingo passado, o BBB começou a sortear automóveis para os telespectadores que ligaram para o programa. Até aí tudo bem. Entretanto, um detalhe do sorteio revelou o verdadeiro intuito da produção: para ganhar o carro, o sorteado teria que delatar um dos BBB's entregando seu voto do paredão. Assim foi feito. Dicesar, que votou na “amiga” Tessália, teve o voto revelado em público. Obviamente a delação rendeu mais um conflito.
A grande diferença, entre essa edição e as anteriores, é que a produção do programa está criando situações que induzem os participantes ao conflito. Por quê? Muito simples: os melhores índices de audiência foram registrados justamente quando aconteceram barracos. Como o que move o programa é a audiência, essa fraqueza humana continuará sendo explorada em cadeia nacional.