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MORRE JIMMY CASTOR, PIONEIRO DO FUNK


Não é só no Brasil que os grandes artistas morrem no esquecimento. No último dia 16, aos 71 anos, morreu Jimmy Castor, uma lenda do funk de raiz. James Wolton Castor, era saxofonista e integrou o grupo Jimmy Castor Bunch” emplacando vários hits como "Troglodyte (Cave Man)" e “The Everything Man”. O legado de Jimmy serviu de influencia para a disseminação do funk e da soul music pelo mundo, inclusive no Brasil. Artistas como Tony Tornado, Chico Science e Tim Maia foram fortemente influenciados por ele.
 
Segundo as agências de notícias, Jimmy Castor, apesar da fama, morreu pobre e esquecido. Enfrentava dificuldades financeiras e não conseguia mais espaço na mídia americana. Abaixo, o espetacular vídeo da música “It's Just Begun”, uma verdadeira aula de soul. Regozijem-se:

SAUDADES DE CARLOS DAFÉ E DA MÚSICA QUE VEM DA ALMA


Hoje, sabe-se lá por que, acordei com vontade de ouvir soul music. Recorri a minha coleção e o escolhido foi o sumidão Carlos Dafé. Para quem não conhece (ou não lembra), Dafé fez muito sucesso na década de setenta no movimento encabeçado por Tim Maia que sedimentou a soul music Brasil. Carioca do charmoso bairro de Vila Isabel – terra de Noel e Martinho – José Carlos de Souza Dafé vem de uma família de artistas. Seu pai tocava choro e sua mãe era poetisa. Pioneiro, fez parte do primeiro grupo de negros a cantar exclusivamente soul music no Brasil, o Dom Salvador e Abolição, de 1967. Em 1972 ficou nacionalmente conhecido com o hit “Venha Matar a Saudade”, lançado em compacto simples junto com a canção “Verônica”.

Carlos Dafé foi figurinha carimbada durante toda a década de setenta, tendo participado, como músico e cantor, de vários discos de nomes consagrados da emepebê.  Em 1978, sofreu um grave acidente chegando a ficar um bom tempo sem memória. Cinco anos depois retomou a carreira com o lançamento do disco “De Repente”, pela RCA.  

O grande soul man está fora da mídia mas continua fazendo shows pelo Brasil afora. Para quem mora em Campinas (SP) e adjacências, vai à dica: dia 28 de Maio, Carlo Dafé toca no Clube Vila Marieta. Eu aqui em Recife não terei, ainda, o prazer de vê-lo ao vivo, mas regozijo-me ouvindo os dois discos abaixo, itens raros da minha coleção de soul Brasil:

A MÚSICA BRASILEIRA E ALGUNS DE SEUS CICLOS

A música, assim como diversas outras manifestações artísticas, vive de ciclos. Vez ou outra, um estilo musical se sobressai e sedimenta um ídolo. Alguns desses ídolos tornam-se perenes, mas a grande maioria cai no limbo do esquecimento. Da década de 50 (século XX) até os dias de hoje, a música brasileira experimentou diversos ciclos que comprovam essa tese. A Bossa Nova, elitizada na essência, ganhou o mundo como um ritmo popular do Brasil em meados da década de 50. Nascida da batida sincopada criada pelo baiano João Gilberto, esse estilo musical ganhou força na elite carioca e virou febre. Esse ciclo produziu alguns artistas geniais como Tom Jobim e Baden Powelll e “genializou” alguns nomes como João Gilberto e Roberto Menescal. Os bons de verdade sobreviveram à época de euforia do movimento.

Bem menos importante que a Bossa Nova (e sua contemporânea), a “Jovem Guarda”, um movimento com os pés fincados no universo popular, teve vida breve mas deixou como principal legado o cantor mais popular do Brasil, Roberto Carlos. A importância desse artista pode ser medida pelas homenagens que ele recebeu no Brasil e nos Estados Unidos por ocasião dos seus cinquenta anos de carreira. Nos Estados Unidos, sua gravadora preparou uma grande festa pelos cem milhões de discos vendidos ao longo da sua vitoriosa carreira. Muitos torcem o nariz para ele mas sua importância, para a música popular brasileira, é inegável. Como o Rei tem uma carreira bastante extensa e plural, cada um ouve o Roberto que quiser.

Na década de 70 a turma da Bahia, capitaneada por Caetano Veloso e Gilberto Gil, nos apresentou o tropicalismo. Foi um movimento muito mais performático do que musical. Os principais nomes do Tropicalismo – além de Gil e caetano, Gal Costa, Maria Bethania, Tom Zé e os Novos Baianos - muito antes do movimento, já tinham uma carreira de sucesso. Outros artistas conhecidos regionalmente tornaram-se nomes nacionais: Alceu Valença e Dominguinhos são dois bons exemplos.

No início da década de 80, mais precisamente em 1982, teve início o renascimento do rock brasileiro. A partir do estrondoso sucesso da banda performática, Blitz, com o single “Você Não Soube Me Amar”, a cena pop brasileira assumiu status de movimento e se popularizou. Alguns dos grandes nomes desse ciclo estão na estrada até hoje: Titãs, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso, Lobão e Capital Inicial. O movimento rock da década de 80 produziu alguns fenômenos de popularidade como o cultuado Legião Urbana, Cazuza, Barão Vermelho e RPM. Esse último chegou a vender mais de um milhão de cópias do dico “Rádio Pirata”.

Além dos grandes ciclos destacados acima, ao longo dos últimos cinquenta anos, a música brasileira experimentou pequenos movimentos que revelaram nomes importantes:

*Movimento Armorial (Recife): durante a década de 70, esse movimento artístico teve sua vertente musical da qual participavam Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Alceu Valença, Teca Calazans, Ave Sangria, Quinteto Violado e Lula Cortes, entre outros.

*Soul Music: durante a década de 70, o Brasil teve uma importante cena soul encabeçada por Tim Maia, Cassiano, Hildon, Tony Tornado, Carlos Dafé e a Banda Black Rio. Desse grupo, apenas Tim Maia conseguiu se firmar como um grande nome nacional.

*Movimento Mangue (Recife): Encabeçado por Chico Science e a Nação Zumbi, o Movimento Mangue estourou na década de 90. Mais importante do que a mistura de ritmos, tão celebrada pelos críticos, esse movimento musical cumpriu o importante papel de reaproximar os jovens da cultura popular. Chico Science, o grande nome desse ciclo, teve vida breve mas deixou um importante legado. Hoje em dia sua música serve de referência para inúmeras bandas que surgem todo ano na cena nordestina e brasileira.

A análise desses ciclos, bem como a inclusão ou não do nome de algum artista em determinado movimento, é absolutamente subjetiva, depende do olhar (e do ouvido) de quem vê (e escuta). A música tem essa particularidade. Além do mais, as experiências musicais dos inúmeros artistas acima citados tornam a classificação por estilos uma tarefa inglória. Salve a música brasileira!

PS: Grandes nomes da música brasileira ficaram de fora desse meu breve post pelo simples fato de não fazerem parte (pelo menos de forma ativa) de nenhum movimento.

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