A TRAGÉDIA DO ARRUDA
ALEX CRITICANDO A GLOBO E O CALENDÁRIO DO FUTEBOL BRASILEIRO
ARROGANTES VERSUS DIEGO COSTA
OS TORCEDORES IMORTAIS
RELIGIÃO E FUTEBOL, TUDO A VER
“A FORÇA DA GRANA QUE ERGUE E DESTRÓI COISAS BELAS”
Na verdade, não estavam em campo duas escolas de futebol, o que se viu foi o primo rico e o primo pobre. Sim, o Santos, que no Brasil paga o maior salário para um jogador de futebol, comparado ao Barcelona, é o primo pobre. E o pior: além da inferioridade monetária comportou-se com uma subserviência que irritou. A superioridade monetária do Barcelona é muito bem aplicada e transforma-se em superioridade de talentos. Em todas as posições eles têm um craque em campo e outro no banco. O Santos tem um craque e outro que dizem ser: Neymar e Ganso.
O abismo que o dinheiro criou entre nós e a Europa, é bem parecido – guardadas as devidas proporções – com a vala comum, existente no Brasil, que separa os times oriundos do “Clube dos 13”, do resto, alijados da grande fatia do bolo. Lembro-me da última vez em que o meu clube do coração, o Santa Cruz, ascendeu à primeira divisão. O Grêmio foi o campeão e o Santa, o vice. O time porto-alegrense manteve-se na Primeirona e o Santa desceu no ano seguinte. Um detalhe importante justifica as duas realidades: o Grêmio fazia parte do Clube dos 13, o Santa não. Para disputar a Primeira Divisão de 2006, o Santa recebeu 4 milhões de Reais, o Grêmio 35 milhões. Quase dez vezes mais. É a força da grana destruindo coisas belas. Assim como o Santa Cruz, vários times do futebol brasileiro mergulharam num buraco sem fundo porque foram segregados pela “Máfia dos 13”.
Quanto ao Barcelona, claro, seria muito injusto que um time desses não ganhasse o título de melhor do mundo. O dinheiro deles não vem de uma associação mafiosa como o “Clube dos 13”, eles são competentes no que fazem. O título é mais que legítimo! Parabéns ao Barça! Nesse caso, a força da grana ergueu uma coisa bela: o futebol arte!
“DIZ-ME COM QUEM ANDAS...”

O mais recente flagrante envolveu o atacante Vagner Love que, abertamente, transitava por uma festa cercado por traficantes armados. Quando questionado sobre esse estranho passeio disse que estava acostumado com esse tipo de ambiente. Comentou: “Não vou deixar de frequentar minhas origens e minhas raízes”. Eu poderia citar ainda o caso do cantor Belo ou do goleiro Júlio César, mas os dois exemplos acima já me bastam.
Esses ilustres atletas, nascidos no “país do futebol”, atuam no clube mais popular desse pais e, por isso, (e também por força da mídia) acabam servindo de exemplo para grande parte da garotada que sonha com a fama e com o estrelato que o futebol pode proporcionar. Essa é uma terrível constatação. Achar normal transitar entre bandidos armados com AR-15, HK e tantas outras máquinas mortíferas que se popularizaram no noticiário policial, é um acinte. Devemos nos revoltar e protestar contra isso.
Esses mesmos jogadores, muitas vezes, criticam os integrantes de torcidas organizadas que se matam em batalhas inglórias pelos estádios do Brasil. Pura hipocrisia. Aqueles que patrocinam as festas nos morros que eles frequentam, também patrocinam a violência que interrompe a vida de muitos garotos da periferia. Mas como tudo isso “é normal” e faz parte das origens desses ídolos, continuaremos a ver imagens tremidas dessas festinhas.
O APITO DO ELMO E A SURDEZ DE CLEBER E MARCÍLIA

Gosto muito de futebol, mas ando meio sem ter o que ver já que o meu time, o Santa Cruz, foi enterrado na quarta divisão. Isso mesmo, quarta divisão, o ponto mais próximo do inferno que um time pode chegar. Mas, viciado que sou, fui ver Palmeiras e Sport na última quarta-feira. Na partida anterior, o Verdão havia jogado contra o São Paulo e reclamou da arbitragem. Muricy até invadiu o campo para tomar satisfações com o árbitro. No jogo com o Sport, o Palmeiras começou levando dois gols e iniciou-se o drama.
Durante quase toda a partida, heroicamente, o quase rebaixado Sport comportou-se como um time de primeira divisão. Sem a pressão do rebaixamento – já que o fato era dado como quase certo – o time jogou leve e merecia, inclusive, a vitória. Mas, como vem acontecendo nesse campeonato, o árbitro resolveu aparecer. O senhor Elmo Cunha apitou (equivocadamente) o impedimento do zagueiro Danilo, que marcou o segundo gol do Palmeiras. As câmeras mostraram que o jogador estava em posição legal, mas, com o apito, os jogadores do Sport pararam. Inexplicavelmente, o juiz fingiu-se de morto e validou o gol.
Esse estúpido "erro" foi detectado por TODOS que assistiam a transmissão da Rede Globo. Deu para ouvir claramente o apito do senhor Elmo. Para minha surpresa, o narrador Cleber Machado – que eu reputo como um dos melhores da tevê – e o comentarista de arbitragem Renato Marcília, amarelaram. Fingiram que não ouviram o que todo mundo ouviu. Lembrei-me, na hora, do humorista Chico Anísio. Na década de 90 ele comentava jogos nas transmissões da Globo. Terminou desistindo do ofício. Quando perguntaram o porquê da desistência, ele explicou: “É impossível ser honesto e comentar com imparcialidade se os comentaristas da Globo usam um ponto eletrônico no ouvido e ficam recebendo ordens durante a transmissão”. Será que Cleber e Marcília receberam uma ordem para se fingirem de surdos? Nunca saberemos, mas isso pouco importa, a arbitragem tendenciosa ficou clara. Dessa vez, o técnico Muricy Ramalho não invadiu o campo para reclamar.
O Sport Recife entrou com um processo no STJD pedindo a anulação da partida. Claro que isso não vai acontecer. Se fizesse parte do quadro de árbitros da FIFA, assim como Carlos Eugênio Simon, o senhor Elmo Cunha ganharia um prêmio: seria incluído na lista de árbitros pré-selecionados para a Copa do Mundo. É o futebol brasileiro. "Erros" de arbitragem continuarão acontecendo e narradores e comentaristas continuarão fingindo-se de surdos e cegos.
FUTEBOL E ROCK, APENAS UMA COMPARAÇÃO

A Revista Placar lançou uma idéia muito boa e eu resolvi publicar aqui pra vocês conferirem. Se cada clube fosse uma banda de música, qual seria? A revista listou os 12 maiores clubes do Brasil e suas bandas correlatas. Como sou pernambucano, adicionei os três grandes de Recife. Licença poética! rssss
Inter = Led Zeppelin... Reinou nos anos 70 e morreu nos 80. Seus líderes conseguiram juntar os cacos e voltar nos anos 2000, com uma inesquecível turnê mundial.
Grêmio = Sepultura... Um de nossos sucessos internacionais. Mas na terra do molejo e do samba faceiro - exceção feita ao seu público fiel - muitos acham que eles pegam pesado demais
Santos (Aqui eu acrescento o Náutico) = Beatles... Nos anos 60, não tinha pra ninguém, até hoje é lembrado no mundo inteiro pelos sucessos de 40 anos atrás.
Palmeiras = Aerosmith.... A banda tem enorme tempo de estrada. Mas suas músicas só atingem o estrelato quando faz alguma parceria.
São Paulo = Queen... Já foi eleita a melhor do mundo uma quantidade de vezes...
Corinthians = Michael Jackson... Um dos mais populares da história envolveu-se em escândalos e até mudou de cor. Tem apostado em criancinhas como Lulinha e Dentinho.
Botafogo = Rolling Stones... Seria o maior da década de 60, se não houvesse um rival mais popular... Teve seus Satisfacion
Vasco = Oasis... Banda de qualidade e importância inquestionáveis. Todo mundo quer gostar dela quando ouve, mas a imagem do líder Euricão Gallagher faz muita gente sentir aversão.
Fluminense = Titãs... Banda charmosa e simpática. No Brasil, é querida por muitos. O problema é que ninguém nunca ouviu falar fora de nossas fronteiras...
Flamengo= Jorge Benjor ..Há muito tempo não produz um grande sucesso, mas é incrível como segue popular e nunca sai da moda...
Atlético-MG = Raul Seixas... Mesmo sem ter alcançado o estrelato tantas vezes, conseguiu se consolidar como um dos artistas mais populares do país. Seus fãs são tão apaixonados que tem fama de malucos.
Cruzeiro = Paralamas do Sucesso... Na América do Sul é respeitado e campeão de vendas. Mas quando participa de um festival com bandas européias é café com leite...
Sport Recife = Sigue Sigue Sputnik... falam que são os melhores do mundo em tudo, atingiram o auge em 1987. Entretanto, só eles sabem disso.
Santa Cruz = Bom, o meu glorioso Santa Cruz é um caso a parte. Não seria uma banda, seria um filme= Titanic. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk