Do ano 30 da nossa
era até 2013, a igreja Católica Apostólica Romana teve, segundo relatos da
própria instituição, 263 Papas. Esse número inclui o suposto pontificado de São
Pedro – contestado por muitos teólogos e historiadores – que teria se estendido
do ano 30 até o ano 67, o mais longo papado da Igreja católica. Dessa longa
lista de religiosos, apenas seis renunciaram ao cargo por razões diversas.
Abaixo, a lista dos cinco papas que renunciaram antes de Bento XVI.
Papa Ponciano (21 de julho de 230 a 29 de
setembro de 235): renunciou ao papado
por razões políticas. Com o final do Cisma de Hipólito, toda a cúpula da Igreja
foi exilada na Sardenha por ordem do Imperador Maximino Trácio. No exílio,
Ponciano foi submetido a trabalhos forçados nas minas da Sardenha. Segundo alguns
relatos de historiadores da Igreja Católica, teria morrido de esgotamento físico na Ilha de Tavolara.
Papa Silvério (01 de junho de 536 a 11 de
novembro de 537): mais uma renúncia
forçada por razões políticas. Foi eleito papa pela força do rei Teodato que fez
valer sua influência e superou o candidato favorito ao cargo, diácono Virgílio.
Pouco depois da sua eleição, seu benfeitor, Rei Teodato, foi morto e Silvério
ficou sem apoio político. Acabou renunciando devido a enorme pressão que
sofrera pelos partidários do diácono Virgílio. Com a ajuda do Imperador
Justiniano, Silvério teve seu processo revisto e conseguiu retornar ao poder.
Pouco depois, Belizário forçou a deposição de Silvério que foi torturado e
morto no dia 02 de dezembro de 537. Atualmente é considerado santo pela Igreja
católica.
Papa João XVIII (25 de dezembro de 1004 a 31 de
julho de 1009): Chamava-se Giovanni
Fasano di Roma, como de costume, adotou um nome religioso, tornou-se o papa
João XVIII. Chegou ao poder por influência do Imperador Gregório, conhecido
pela tirania. O imperador usou João XVIII para ocupar o trono de São Pedro
enquanto um de seus filhos não atingia a idade mínima para o papado. Mesmo
assim, nos cinco anos em que João XVIII foi papa, promoveu a paz e a união por
onde passou. Não se sabe ao certo por que razão, mas acabou renunciado ao
pontificado e passou a viver recluso como um monge. Morreu prematuramente com
apenas 49 anos.
Papa Bento IX (01 de agosto de 1032 a 17 de
julho de 1048): foi um dos papas
mais jovens da história, chegou ao Trono de São Pedro com apenas 20 anos. Seu
pontificado foi uma sucessão de altos e baixos. Pela pouca idade, não sabia
absolutamente nada das atividades do papado. Eleito em 1032, caiu em 1044 por
pressão das classes dominantes. Recuperou o trono em 1045 mas abdicou meses
depois. Voltou ao trono em 1047 e foi deposto, definitivamente, em 1048.
Morreria em 1085 sob condições desconhecidas.
Papa Celestino V (05 de julho de 1294 a 13 de
dezembro de 1294): o Papa Celestino V
chegou ao poder depois de um dos processos de eleição mais longos da igreja
católica, quase dois anos. Oriundo de família camponesa tornou-se um monge que
vivia em clausura no Monte Morrone. Chegou ao poder por influência por Carlos
II de Anjou, rei de Nápoles. O soberano napolitano tinha interesses futuros com
essa eleição. Em troca do apoio, Carlos II exigiu cargos e privilégios para
vários amigos seus. Por pressão do cardeal Benedito Caetani, Celestino V acabou abdicando no
dia 13 de dezembro de 1294. Seu fim é incerto, existe a suposição de que tenha
sido assassinado. Atualmente é considerado santo pela Igreja Católica.
Fontes:
Rádio Vaticano
Wikipédia
História Universal