22 Bicicletas Que Marcaram Época






















O BAIRRO DE AFOGADOS JÁ TEVE UM FORTE HOLANDÊS

Gravura do Forte Príncipe Guilherme

Nas inúmeras vezes em que pesquisei sobre as origens dos bairros do Recife, em diversas fontes, o bairro de Afogados figurava, até meados do século XIX, como “o fim do Recife”, uma referência clara a área urbana que se estendia do centro da cidade para o interior. O bairro dos Afogados – é desse jeito que os textos antigos se referem ao local – sempre teve importância por ser uma encruzilhada, passagem obrigatória para quem se deslocava para o interior ou para quem vinha da zona norte para o litoral. Ali se constituiu uma área de comércio intenso que atendia aos viajantes. Mas o propósito desse breve post é outro. Nos relatos de José Luiz Mota Menezes na obra “Ruas Sobre As Águas” (CEPE-2015) ele faz referência ao “Forte do Príncipe Guilherme” um ponto de resistência militar cuja construção é atribuída a Maurício de Nassau.  O dito forte era também conhecido por “Torre dos Afogados”, "Forte de Willem" e “Forte de Piranga”. Nassau, em um documento datado de 14 de janeiro de 1638, intitulado “Fortificações”, descreveu assim o equipamento militar:

É um forte de quatro pontas com quatro baluartes, e está muito bem colocado, porque nos assegura o caminho da Várzea [do rio Capibaribe] e de toda a terra, e defende a passagem da ilha de Antônio Vaz para os Afogados. Está situado em uma planície na sua parte mais elevada, dominando assim o campo até onde o canhão pode alcançar. Para o lado do noroeste tem fossos fundos; ao sudeste porém, os fossos não são fundos, e o solo é mais alto, pelo que o inimigo pode aproximar-se por meio de aproches. É necessário que este forte seja cercado de uma contra-escarpa, pois não sendo assim, faltar-lhe-á fortaleza. É construído de uma terra singular, que, de verão, quando seca, é tão dura como pedra, e de inverno, quando chove, é mole como argamassa, sulcando-a as águas de modo que é necessário grande dispêndio para repará-lo e conservá-lo."

Estima-se que o Forte do Príncipe Guilherme tenha abrigado um efetivo militar de mais de duzentos homens. Durante um considerável período várias ações militares partiram dessa fortificação: o ataque ao Engenho de Pedro da Cunha, na Várzea, e ao Forte Real do Bom Jesus. Outro aspecto importante a se destacar na história desse equipamento militar é o fato dele ter propiciado a construção de uma importante via de acesso entre o centro da cidade e o interior, a Rua Imperial, que nasceu do dique construído pelos holandeses ligando o forte das Cinco Pontas ao Forte do Príncipe Guilherme.

 Entre 1648 e 1654, ocorreram intensas batalhas entre a resistência portuguesa e os holandeses até que no dia 17 de janeiro de 1654 os portugueses tombaram as torres do local e dominaram os batavos. O Forte do Príncipe Guilherme ficou abandonado durante vários anos, foi reconstruído no final do século XVII mas com o crescimento da cidade e a expulsão dos holandeses ele perdeu sua importância militar. Acabou sendo demolido em 1813 e transformado em um grande aterro. Atualmente, no local do antigo forte, funciona a Asa Indústria Comércio LTDA, como mostra o print abaixo:


Redemoinho tecnológico

Foto: Divulgação internet

Pois então, ando observando – há tempos – as tantas mudanças que a revolução tecnológica vem nos proporcionando nos últimos anos. É tanta coisa que a gente nem percebe que está dentro de um redemoinho tecnológico, inventar coisas, de certa forma, virou rotina.  Em um dos grupos do zap que participo, um amigo, perplexo, informava que o novo cedê dos Paralamas do Sucesso, um dos gigantes do rock nacional, sairia com uma tiragem inicial de duas mil cópias apenas.  Num passado bem recente essa quantidade ínfima de discos se verificava no catálogo de bandas iniciais. O porquê dessa nova realidade, sabemos, é o desinteresse do público pelas mídias físicas, sobretudo as originais. Os compradores de cedês originais, agora,  são apenas os  colecionadores. 

Antigamente a indústria moldava a sociedade e fazia imposições de modelos que eram rapidamente assimilado por todo mundo com uma certa satisfação até. Entrar nessa ou naquela onda era sinônimo de poder aquisitivo e, por conseguinte, de status. Atualmente estamos experimentando uma realidade inversa. A sociedade cria padrões para a indústria e se impõe.  Veja o exemplo da Netflix, o maior provedor de streaming pago do mundo. O conceito adotado pela empresa foi copiado dos internautas.  Baixar séries e assistir às temporadas completas foi um modelo criado pela sociedade que a empresa copiou e dinamizou.  Se depois da popularização do MP3 nós passamos a andar com nossas rádios personalizadas no bolso, com a popularização da Netflix passamos a ter a nossa programação de TV personaliza e ganhamos, há pouco,  o incremento de poder baixar o conteúdo para assisti-lo quando o aparelho estiver desconectado da rede, é muita facilidade!
Não revelamos mais as fotos do dia a dia, elas são automaticamente disponibilizadas nas redes sociais, não temos mais despertador, o smartphone nos acorda, ele também nos lembra a hora do remédio, a consulta médica, calcula, mostra caminhos, documenta (em áudio, vídeo) esses caminhos e, dependendo do aplicativo que você busque, ele faz o que você quiser.

Assustador? Sim, maravilhosamente assustador esse novo mundo e agora, enquanto concluo esse texto, ele já está diferente, em algum lugar do planeta alguém teve uma ideia que em breve chegará até você, aguarde!

A Engenharia do Papel



A arte do designer japonês Haruki Nakamura ganhou destaque na internet nos últimos meses pela magia e precisão dos brinquedos de papel que ele cria. A técnica é conhecida como “Kirigami”, um termo derivado do original japonês “Kirukami” (cortar papel).  As criações de Haruki têm um diferencial: mesmo sendo de papel elas são articuláveis e mudam de forma, são verdadeiros transformers de papel.  Esse detalhe, inclusive, fez surgir a expressão ”engenharia do papel”, a forma como os fãs se referem ao trabalho do artista. Confira no vídeo acima alguns dos trabalhos dele!

Ariano Suassuna, Na Década de 70, Falando de Vaquejada

O Google e os Iluministas

Por esses dias estava refletindo – faço isso de vez em quando – sobre o poder e a magia da internet. Os jovens de hoje não sabem a sorte que eles têm, lembro-me bem do quanto eu e meus amigos penamos para descobrir quem era o “irmão do Henfil” que Elis decantava na célebre canção do João Bosco em parceria com Aldir Blanc, “O Bêbado e o Equilibrista”. Hoje em dia bastaria uma consulta ao Google. Sei que muitos dirão que as pesquisas antes da internet tinham lá o seu charme, era divertido visitar a Biblioteca Central do Recife ou, no meu caso, a simpática e desatualizada biblioteca de Afogados (bairro da periferia do Recife). Sim, esse olhar romântico tem um pouco de verdade, mas ter toda e qualquer informação na palma da mão é um poder que me encanta por demais. Por outro lado existe uma velha questão resumida numa frase que cansamos de ouvir nos filmes de espionagem: “se essas informações caírem em mãos erradas estaremos perdidos”. Pois é, muita informação nas mãos de mentes inescrupulosas surte um efeito reverso do propósito inicial da conectividade: a personificação da maldade virtual, aquela que transita numa terra quase sem lei e sem fronteiras.  Enquanto na minha juventude levei meses pesquisando para saber que o “irmão do Henfil” era o célebre sociólogo Betinho, qualquer garoto hoje em dia pode fabricar uma bomba seguindo um tutorial no youtube.  Isso é muito assustador.

E o que os iluministas têm a ver com esse universo? Pois bem,  lá pelo século VXIII eles peitaram o Estado burguês e a Igreja sonhando com liberdade e igualdade. A liberdade, segunde eles, começava quando o indivíduo se livrava das “trevas da ignorância”, ou seja, quem tem informação e conhecimento é livre. A primeira grande contribuição dos iluministas para esse fim foi o advento da enciclopédia. Fico pensando o que diriam eles se pudessem fazer uma consulta ao Google. Atrevo-me a conjecturar: se no passado criaram enciclopédias para o povo ter acesso ao conhecimento, hoje em dia eles fundariam um incontável numero de lan houses. Viva a liberdade!

Rede Wi Fi Fon, uma armadilha da Oi

O Wi-Fi Fon permite que clientes da Oi possam se conectar a milhões de pontos de acesso espalhados pelo Brasil. De acordo com o plano, que pode ser tanto de banda larga fixa quanto de dados móveis, o usuário pode ter acesso ilimitado a Internet de forma gratuita. O que muita gente não sabe, é que se você é assinante da Oi Velox o seu próprio modem pode vir instalado por padrão para servir de ponto de acesso para o Wi-Fi Fon. Com isso, o assinante compartilha uma parte indefinida da sua conexão, muitas vezes, sem o consentimento. Quando esse serviço não vem instalado no modem uma atualização online é ativada na sua linha automaticamente. É quando aparece a imagem abaixo:
Esse passo a passo faz uma verificação da sua banda larga e no final aparece a seguinte página:

Pois bem, como você pode notar na parte circulada em vermelho apontada pela seta, o contrato de adesão do serviço, supostamente gratuito, prevê que você disponibilize para outros clientes da Oi o que eles chamam de “pequena parte do seu pacote”. Ou seja, o que você vai disponibilizar do seu pacote não é especificado. Em resumo, a rede Wi-Fi Fon não é gratuita, ela é bancada por todos os clientes da Oi que disponibilizam, muitas vezes sem saber, uma PARTE INDEFINIDA NO CONTRATO DE ADESÃO, do seu pacote de internet. Um crime contra o consumidor!

No vídeo abaixo um tutorial simples para desabilitar a rede Wi Fi Fon:

11 lições de Mario Sergio Cortella



1. Na vida é preciso ter raiz, não âncora. A raiz te alimenta, a âncora te imobiliza.
2. Preste atenção em quem discorda de você, esta pessoa é uma oportunidade de renovação.
3. A coisa mais perigosa que existe é o incompetente com iniciativa.
4. Não perca a oportunidade de aprender e de se preparar para fazer melhor.
5. Êxito é achar a saída.
6. Deixe longe aqueles que querem te desestimular.
7. Estratégia é quando se enxerga agora o que virá adiante e se prepara para isso.
8. A tecnologia serve para liberar tempo para usarmos nossa inteligência.
9. Medo é estado de alerta. O pânico paralisa.
10. Para construir uma carreira de sucesso, é preciso paciência, pois algumas coisas precisam maturar. Mas paciência não significa lerdeza.
11. Procure aquilo que te faz sair do óbvio, não fique com as mesmas ideias.

Vi no Motivação e Foco



Relembre o emocionante discurso de Madona

No dia 09 de Dezembro de 2016 a cantora Madona recebeu o prêmio de “Mulher do Ano” concedido, anualmente, pela Revista Billboard. Depois que recebeu a honraria, Madona proferiu um discurso que entrou para história do premiação. Confira, abaixo, o emocionante texto lido por ela:
“Estou aqui em frente a vocês como um capacho. Quer dizer, como uma artista feminina. Obrigada por reconhecerem minha habilidade de dar continuidade à minha carreira por 34 anos diante do sexismo e da misoginia gritante, e do bullying e abuso constante.
As pessoas estavam morrendo de AIDS em todos os lugares. Não era seguro ser gay, não era legal ser associada à comunidade gay. Era 1979 e Nova York era um lugar muito assustador. No meu primeiro ano [na cidade] eu fiquei sob a mira de uma arma de fogo, fui estuprada num terraço com uma faca na minha garganta e tive meu apartamento invadido e roubado tantas vezes que parei de trancar as portas. Com o passar do tempo, perdi para a AIDS ou para as drogas ou para as armas quase todos os amigos que tinha. Como vocês podem imaginar, todos esses acontecimentos inesperados não apenas me ajudaram a me tornar a mulher ousada que está aqui, mas também me lembraram que sou vulnerável, e que na vida não há segurança verdadeira exceto sua autoconfiança.
Eu me inspirei, é claro, em Debbie Harry e Chrissie Hynde e Aretha Franklin, mas meu muso verdadeiro era David Bowie. Ele personificava o espírito masculino e feminino e isso me agradava. Ele me fez pensar que não havia regras. Mas eu estava errada. Não há regras se você é um garoto. Há regras se você é uma garota. Se você é uma garota, você tem que jogar o jogo. Você tem permissão para ser bonita, fofa e sexy. Mas não pareça muito esperta. Não aja como você tivesse uma opinião que vá contra o status quo. Você pode ser objetificada pelos homens e pode se vestir como uma prostituta, mas não assuma e se orgulhe da vadia em você. E não, eu repito, não compartilhe suas próprias fantasias sexuais com o mundo. Seja o que homens querem que você seja, e mais importante, seja alguém com quem as mulheres se sintam confortáveis por você estar perto de outros homens. E por fim, não envelheça. Porque envelhecer é um pecado. Você vai ser criticada e humilhada e definitivamente não tocará nas rádios.
Eventualmente fui deixada em paz porque me casei com Sean Penn e estava fora do mercado. Por um tempo eu não fui considerada uma ameaça. Anos depois, divorciada e solteira, fiz meu álbum ‘Erotica’ e meu livro ‘Sex’ foi lançado. Eu me lembro de ser a manchete de cada jornal e revista. Tudo que lia sobre mim era ruim. Eu era chamada de vagabunda e de bruxa. Uma das manchetes me comparava ao demônio. Eu disse ‘Espera aí, o Prince não está correndo por aí usando meia-calça, salto alto, batom e mostrando a bunda?’ Sim, ele estava. Mas ele era um homem. Essa foi a primeira vez que eu realmente entendi que mulheres não têm a mesma liberdade dos homens.
Eu me lembro de desejar ter uma mulher para me apoiar. Camille Paglia, a famosa escritora feminista, disse que eu fiz as mulheres retrocederem ao me objetificar sexualmente. Então eu pensei, ‘Se você é uma feminista, você não tem sexualidade, você a nega’. E eu disse ‘Dane-se. Eu sou um tipo diferente de feminista. Sou uma feminista má’.
Eu acho que a coisa mais controversa que eu já fiz foi ficar aqui. Michael se foi. Tupac se foi. Prince se foi. Whitney se foi. Amy Winehouse se foi. David Bowie se foi. Mas eu continuo aqui. Eu sou uma das sortudas e todo dia eu agradeço por isso. O que eu gostaria de dizer para todas as mulheres que estão aqui hoje é: Mulheres têm sido oprimidas por tanto tempo que elas acreditam no que os homens falam sobre elas. Elas acreditam que elas precisam apoiar um homem. E há alguns homens bons e dignos de serem apoiados, mas não por serem homens, mas porque eles valem a pena. Como mulheres, nós temos que começar a apreciar nosso próprio mérito. Procurem mulheres fortes para que sejam amigas, para que sejam aliadas, para aprender com elas, para as inspirem, apoiem e instruam.
Estou aqui mais porque quero agradecer do que para receber esse prêmio. Agradecer não apenas a todas as mulheres que me amaram e me apoiaram ao longo do caminho; vocês não têm ideia de quanto o apoio de vocês significa. Mas para aqueles que duvidam e para todos que me disseram que eu não poderia, que eu não iria e que eu não deveria, sua resistência me fez mais forte, me fez insistir ainda mais, me fez a lutadora que sou hoje. Me fez a mulher que sou hoje. Então, obrigada.”

Os dez anos do Jornália e a minha paixão pela escrita

O blog Jornália do Ed nasceu, em parte, da necessidade que eu sempre tive de escrever.  Desde muito pequeno desenvolvi uma estratégia de sobrevivência – a tudo e a todos – baseada no ato de escrever. Comecei escrevendo músicas na adolescência e esse singelo hábito fez com que eu me resguardasse dos muitos perigos a que os garotos da periferia sempre estão expostos.  Houve uma época em que eu me sentia muito, mas muito importante porque contribuía com pequenos artigos no jornal de bairro lá da Mangueira. Quando criei coragem e adquiri um pouco mais de conhecimentos ousei escrever alguns livros (não publicados ainda). Com a explosão da conectividade que veio junto com o século XXI a internet se apresentou como um canal fácil e rápido para minhas aventuras no dificílimo e prazeroso ato de escrever. Foi nesse momento, no dia 09 de junho de 2007, que nasceu o  Jornália. O post inicial trouxe um informativo sobre uma greve de professores em Pernambuco. Daí em diante seguiu-se um período de aprendizagem sobre o universo dos blogs e tornei-me um viciado no assunto, tanto que acabei fazendo uma especialização: “O Uso dos Blogs e das Redes Sociais Como Ferramentas Pedagógicas” (UFRPE-2012).

Fica bem claro no relato acima que escrever sempre foi um exercício de libertação para mim. Um texto bem escrito, bem construído, tem uma beleza que se renova a cada leitura. A combinação de palavras pode ser um ato de rebeldia, revela desejos, inicia guerras, conduz multidões a seguir um pensamento, salva vidas, molda costumes, diverte, entristece, seduz, condena, absolve, esconde nas entrelinhas e encanta. Que venha a próxima década!

PS: um dia eu aprendo a escrever direitinho!

Kid Vinil, um herói do Brasil!


A primeira vez que vi o Kid Vinil foi no lendário programa Som Pop, na TV Cultura. Aquela figura esquisita com cabelo descolorido e voz engraçada, de cara, me assustou. Bastou um bloco do programa para perceber que se tratava de um expert em música, sobretudo aquela música do “lado B”, o underground. Kid Vinil era um crítico com uma mente efervescente sempre a procura de novidades, mas sempre reverenciando os clássicos.  Ele também se aventurou no mundo da música como artista com o Magazine, sua banda eterna. Colecionou alguns hits e escreveu, com humor, o seu nome no pop rock brasileiro. Ele era uma referência e deixará saudades! Desejo luz para ele!


Programa Ensaio com Belchior - 1992



O cantor e compositor Belchior morreu de causas naturais no dia 29 de abril de 2017, aos 70 anos. Em respeito a relevante obra deixada por esse importante artista, disponibilizo aqui esse registro raro, uma das edições do Programa Ensaio, especial de com Belchior, que foi ao ar em 1992. Regozijem-se!

O Maior Cemitério de Aviões do Mundo

Quando eu era criança, lá pelos idos dos anos 70, costumava brincar em um cemitério de carros da extinta Sudene localizado no bairro da Mangueira, zona oeste do Recife. Era absolutamente fascinante.  Fico imaginando como aquela criança da década de 70 se sentiria em Davis-Monthan, o maior cemitério de aviões do planeta. Localizado em Tucson, no Arizona, o espaço faz parte de uma base aérea. A escolha desse local para o repouso final dos gigantes aéreos levou em consideração as condições climáticas. Por ser uma região de semiárido, o volume de chuvas é bastante baixo o que ajuda a preservar as aeronaves.  A ideia inicial era que o local fosse tratado como um depósito e não um cemitério, ao longo dos anos, entretanto, os aviões foram se acumulando e quase todos foram esquecidos. Hoje em dia o local atrai a curiosidade dos visitantes que ficam maravilhados com a quantidade e o estado de conservações das aeronaves.
 B-47
 C-5
  C-5
  C-5
 F - 111
  F - 111 / F - 18
 Hércules
 P-3


Os Duzentos Anos da Revolução Pernambucana

Óleo sobre tela "Benção da bandeira" ( José Cláudio da Silva )

Hoje, por acaso, lembrei-me do comentário idiota feito pelo preconceituoso jornalista Diogo Mainardi, “o nordeste tem tradição bovina”, por ocasião da reeleição da presidenta Dilma. A grande quantidade de votos alcançada pela presidenta no Nordeste desagradou vários setores ligados à direita e testemunhamos uma enxurrada de mensagens agressivas contra os nordestinos. Durante esses tristes episódios, como de costume, retruquei as agressões e, para contestar a idiotice do Mainardi e de tantos outros, lembrei a importância da Revolução Pernambucana. Esse grandioso movimento hoje está completando duzentos anos. E por que propagar nas redes sociais os ideais desses revoltosos? Simples: A Revolução Pernambucana foi uma das mais importantes revoltas contra a opressão absolutista dos portugueses, importantes conquistas sociais e políticas foram iniciadas com esse movimento, só para citar os mais importantes: separação dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário), a liberdade de culto, a liberdade de imprensa, a suspensão de impostos considerados injustos, e o crescimento do sentimento nativista. A Revolução Pernambucana inspirou, inclusive, outro grande movimento separatista, a Confederação do Equador, que aconteceria sete anos depois.  Dizer que o Nordeste tem “tradição bovina” é, antes de tudo, uma injustiça contra os que lutaram pela liberdade, inclusive, dos que escrevem essas asneiras.
Nesse breve texto deixo minha homenagem pela coragem desses pernambucanos!

Saiba mais sobre a Revolução Pernambucana aqui

Documentário Feminino Cangaço



Referências da obra:

O Centro de Estudos Euclydes da Cunha apresenta o documentário “FEMININO CANGAÇO” dirigido por Lucas Viana e Manoel Neto, propõe uma reflexão crítica sobre a entrada das mulheres no cangaço, suas motivações, as superstições em torno delas, seus papeis dentro dos bandos, seus costumes, crenças e dramas pessoais. Trata-se de melhor compreender a importância das mulheres na construção do que hoje entendemos como o fenômeno do cangaço e as destacar como sujeitos ativos desta história, mulheres que transgrediram os valores sociais de sua época e cuja força surpreende ainda nos dias atuais.


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Eu, Geógrafo

Na minha primeira aula na faculdade, no curso de Geografia, percebi que a maior qualidade dos geógrafos da UFPE era ser pedante. Assim falou o “professor” nos recepcionando: “Boa noite, eu sou o único PHD que dá aulas no básico, faço isso porque gosto”. E ele continuou a falar do seu currículo deixando escapar aqui e acolá o ódio que sentia pelos alunos que prestavam vestibular para geografia pensando em mudar depois para o curso de Direito. O tempo foi passando e a tal primeira aula resumiu-se a uma verbalização irritante de um currículo Lattes.

A tristeza maior foi perceber que a Geografia perdeu espaço para ela mesma. O mundo todo sempre estava errado, só os geógrafos estavam certos. Se um meteorologista aparecia falando sobre o tempo ou o clima, surgia em seguida um papa da geografia para apontar os erros dele. E era isso o tempo todo: o grande geógrafo apontando os erros no curso de Oceanografia, ou falando que faltava no curso de biologia uma biogeografia de verdade, que geografia era uma ciência da natureza, tinha outro que rosnava chamando (em tom pejorativo) Milton Santos de sociólogo e nessa pisada concluímos o curso: Licenciatura Em Análise de Equívocos Geográficos.

O que eu ensino nas escolas aprendi nos meus momentos de solidão na biblioteca do CFCH e na minha prática diária. Meus alunos me ensinaram (e ensinam) muito mais do que a universidade que de importante só me rendeu duas coisas: o diploma e alguns fraternos amigos.

Dica de hoje: Psicodelia Nordestina!


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