Quem
transita por essa página sabe da minha adoração pela história dos
Templários. Nada a ver com questões religiosas, mas pela riqueza do
legado deixado por eles. Alguns amigos, inclusive, chamam-me de Ed
Templário. Coleciono livros, vídeos e todo tipo de relíquia –
com o perdão do trocadilho – relacionada a eles. Por que estou
relembrando – mais uma vez – essa minha paixão? Pois bem, a data
de hoje é emblemática e importantíssima na história dos Pobres Cavaleiros de Cristo. Foi num 18 de março, como hoje, que “Jacques
DeMolay”, o 23º e último grão-mestre dos Templários, foi
queimado vivo no vilarejo de Vitrey-sur-Mance, França.
DeMolay,
como era comum entre a nobreza francesa, foi o filho escolhido para
ingressar na carreira religiosa. Aos 21 anos entrou para a, já centenária, Ordem dos Cavaleiros Templários. Por atos de heroísmo nas Cruzadas
teve seu nome elevado na hierarquia templária. Depois de trinta e
quatro anos de serviços prestados, Jacques DeMolay foi nomeado grão-mestre.
No
caminho de dele e da Ordem estavam a ganância e
sanha de poder de Felipe IV, rei da França, conhecido como “Felipe,o belo”. Há tempos ele monitorava as atividades econômicas dos
Templários – que eram detentores de muita riqueza acumulada ao
longo dos anos – e de todo o espólio da Ordem. O rei tentou fundir
os Templários com a Ordem dos Hospitalários, para comandar um
grande império econômico. Não conseguiu concretizar seu plano,
resolveu, então, denegrir a imagem dos Cavaleiros.
Felipe
IV e o Papa Clemente V juntaram forças e iniciaram uma perseguição
aos Templários. No dia 13 de outubro de 1307, Jaques DeMolay e um
pequeno grupo de Cavaleiros foram a uma cerimônia fúnebre em Paris
e acabaram sendo presos pelas forças do Rei. Durante sete anos,
DeMolay foi torturado junto com seus cavaleiros. O Rei Felipe IV
armou um julgamento e forjou provas contra eles. O
julgamento durou cerca de três anos, durante esse período, o Papa
Clemente V, bastante doente, estava inclinado a salvar da morte
DeMolay e seu grupo. Percebendo isso, Felipe IV ordenou a morte do
último grão-mestre templário no dia 18 de março de 1314. DeMolay foi queimado vivo no vilarejo de Vitrey-sur-Mance.
A
fascinante história dos Templários confere a Jacques DeMolay o
título de mártir pela forma como foi morto e por ter enfrentado
até o último momento a traição e a ganância de Felipe IV e da
própria Igreja. Meus respeitos!