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A VOLTA POR CIMA DO LONG PLAY


Quem me conhece sabe, um dos meus maiores prazeres é colecionar coisas: revistas, devedês, cedês, livros, revistas e elepês, muitos elepês.  A época de ouro para os colecionadores das bolachas pretas foi o período de transição em que os cedês começou a tomar conta do mercado. Os velhos discos passaram a ser sinônimo de atraso, coisa ultrapassada. O preço despencou e nós, que nunca desacreditamos do valor deles, nos fartamos.

Lembro-me de um dia que fui ao centro para comprar materiais para o meu pai que fabrica bolsas. Ao passar pela rua Tobias Barreto (Centro do Recife), dei de cara com uma loja que exibia dezenas de caixas de papelão cheias de elepês.  Tudo vendido a cinquenta centavos a unidade.  Comprei, na ocasião, uns sessenta discos. Eram todos do espólio da Rádio Globo que havia mudando de nome – passou a ser CBN - e de foco, tornou-se um canal de notícias e desfez-se da sua discoteca. Ótimo para nós!

Para a minha felicidade – e de muitos – os elepês venceram a barreira da pós-modernidade e sobreviveram ao tecnicismo sonoro.  Os argumentos – sempre refutados – sobre a pureza e a fidelidade sonora dos discos a laser foram se perdendo no tempo.  Os aparelhos toca-discos sumiram por um tempo das lojas mas, aos poucos, devido à resistência de milhões de consumidores pelo mundo afora, voltaram a ser fabricados, inclusive, com as adaptações necessárias para serem acoplados aos equipamentos atuais.

A produção reduzida dos elepês tem reflexo negativo no preço do produto atualmente. Um lançamento gira em torno de oitenta a cem reais. Isso limita o consumo dos discos, inclusive, para muitos colecionadores, não só para o público em geral.  No que se refere à aquisição de equipamentos e acessórios, o corre o mesmo, os preços são bem salgados. Entretanto, com o crescimento atual do mercado, a tendência é que haja uma queda acentuada nos preços.

Para quem está interessado em readquirir toca-discos ou precisa de acessórios, uma das melhores lojas do Brasil – com vendas também online – é a “Casa dos TocaDiscos”. Confesso que estou eufórico com tudo isso e já voltei a comprar elepês.  O próximo passo será montar meu equipamento.  Já estou juntando os trocados!

LP RESGATA CLÁSSICOS OBSCUROS DA JOVEM GUARDA E TRÊS SUCESSOS DE ROBERTO CARLOS


As fotos que ilustram esse post  mostram  capa e contracapa de um disco que, mesmo tendo sido lançado em 2010, já é um artigo raro. Trata-se do LP “Jovem Guarda – Golpe Final”. O disco traz a marca do selo “Maluco Beleza”, tem descrições em português, mas não foi oficialmente lançado no Brasil. Aparentemente  é de origem portuguesa.  Esta sendo vendido apenas pela internet em vários links estrangeiros (confira aqui ou aqui).

O disco apresenta doze faixas com gravações originais do período compreendido entre os anos de 1966 e 1973. Fazem parte da coletânea: Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wandreley Cardoso, The Fivers, Os Incríveis e José Roberto. Esse último mais conhecido no Nordeste brasileiro onde fez um relativo sucesso.  O álbum traz um equívoco, certamente desconhecido dos organizadores (estrangeiros) do trabalho: a canção “Eu Te Amo Meu Brasil”, uma música feita de encomenda para a ditadura Médici. Absolutamente dispensável.

É um registro que já nasceu raro, difícil de ser adquirido. Uma boa pedida para os colecionadores. Abaixo é possível conferir todas as faixas através de links do youtube. São os mesmos fonogramas do disco.

LADO A

 LADO B

O PODER DE UM DISCO

No exato momento em que escrevo esse texto, está rolando na TV Brasil o excelente programa comandado pelo ex-Titã Charles Gavin, “O Som doVinil”. Charles se especializou em resgatar obras-primas da música brasileira. O programa é uma delícia para quem curte a boa música, aquela fora do circuito comercial. Claro, veio à mente as minhas experiências com a bolacha preta. Lembrei-me do primeiro disco que comprei, uma coletânea da Fontana intitulada “Autógrafos de Sucesso”. O LP reunia clássicos de Caetano e Gil, e uma pitadinha da Gal.

A data original do lançamento da obra é 1971, mas  adquiri em 1985 quando estava fora de catálogo e a loja oferecia a um precinho convidativo. Depois da primeira audição, passei a degustar essa maravilhosa coletânea quase que diariamente. A bossa “Chuvas deVerão”, de autoria do pernambucano Fernando Lobo – pai do Edu – eu não conhecia e me apaixonei. Nessa época estava iniciando no violão e adorei o fato das cifras serem fáceis. Música boa de ouvir e de tocar para um principiante.

O disco também serviu para que eu entendesse um pouco melhor o Tropicalismo. Em "Superbacana", Caetano entrelaça ícones do pop estadunidense com referências do Brasil. Uma afronta para os puristas xenófobos nacionalistas. Esse embate se tornaria uma das marcas do movimento tropicalista. O contraponto desse pensamento é a bela canção do Gil, "Lunik 9" que, de uma forma poética, maldiz a conquista da Lua.

O interessante nessa história é que minha paixão por essas canções surgiu num momento em que o rock brasileiro renascia com muita força e eu estava mergulhado nesse universo. É a prova concreta de que a boa música tem um poder atemporal e incondicional. Tenho esse LP até hoje, ele repousa num lugar especial da minha estante. Hoje em dia ouço os fonogramas digitalizados, mas a emoção é a mesma de 1985.
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