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A ditadura da mídia televisiva brasileira


OS MELHORES DO ANO (MEU EXERCÍCIO DE MASOQUISMO)

Foto: Divulgação Tv Globo
Pois então, domingo passado prostrei-me diante da tevê para assistir a festa dos “Melhores do Ano” da Globo. Sim, o prêmio foi restrito a emissora e a um punhado de atrações que transitam pelo Domingão do Faustão, o boquirroto mestre de cerimônias da festa. 

Quem assistia ao programa tinha uma certeza: Matheus Solano vai ser premiado melhor ator. Esse foi um prêmio merecido, toda a festa, aliás, valeu por essa premiação.  Masssss, tiveram as outras categorias. Deus do céu!  Ouvir Luan Santana “cantando” foi uma tortura, ouvir Faustão saudá-lo como melhor cantor do ano provocou uma dor no meu estômago. De que país nós estamos falando? 

O Brasil, com toda sua pluralidade cultural merecia uma premiação mais técnica, menos adolescente.  Mas quando essa premiação existia, quando pessoas que entendiam de música votavam, o programa passava, editado, no final da madrugada.  Era o Prêmio Sharp, que depois virou “Prêmio Tim” e deixou de existir em 2006.

O voto popular deve ser levado em consideração, mas não pode ser determinante. Quando isso acontece premia-se o modismo e não a qualidade. Os vilões acabam sendo prejudicados. Vanessa Giacomo teve um desempenho brilhante interpretando a vilã “Aline” mas perdeu o prêmio para a mocinha “Paloma”, que ganhou vida com a pífia interpretação de Paola Oliveira. O povo votou na boazinha.

O ponto mais bizarro da festa foi guardado para o final. A recauchutada Anita levou o prêmio de melhor canção do ano com “O Show das Poderosas”.  De nariz novo, bunda nova e peitos novos, ela deitou a falar um monte de besteiras e eu, feito um mané, não mudei de canal. Confesso que senti saudades do Troféu Imprensa, que é muito mais democrático e não tem o chato do Faustão. Aprendi!

OS TORCEDORES IMORTAIS


Pois então, hoje tem jogo do Santa aqui em Recife e eu não vou. Não vou porque não quero me submeter aos desígnios de quem detém o poder econômico e manda no pobre futebol brasileiro. Entretanto, não queimo meus neurônios tentando criticar a grade de programação da “Vênus Platinada”.  Eles compraram o evento, são os donos da festa. As críticas devem ser direcionadas aos que se venderam.

A tevê determinou, inclusive, mudanças no sistema de disputa. Proibiu a cobrança de penalidades. A lógica comercial: a partida de futebol é um evento da grade de programação, portanto, tem que ter hora para começar e terminar. Cobranças de pênaltis, em geral, extrapolam os horários pré-estabelecidos. 

Isso não é de agora, há alguns anos, a tradicional “Corrida de São Silvestre”, que era disputada na virada do ano, teve seu horário modificado para atender uma ordem  da tevê. Transmitindo no horário do réveillon o “programa” concorria com uma festa tradicional e perdia audiência. A longa história da corrida foi triturada para se adequar à programação.

O mais grave, no que se refere à “organização” esportiva, é a desvalorização de tradicionais times fora do eixo Rio-Minas-Sul-São Paulo. A tevê sempre privilegia na grade os times de lá. Os programas esportivos, mesmo nas edições nacionais, privilegiam os times de lá. O torcedor que aparece na novela é do time de lá, assim como o escudo na parede etc., etc., e etc.

O mostro foi criado e se alimenta da alienação dos torcedores pelo do Brasil afora que se esquecem de torcer pelos times locais e torcem pelo time que a tevê impõe. Eles passam a acreditar no que aquele locutor ufano brada descaradamente, veste a camisa de uma equipe que não tem nada a ver com ele. Antes eram só as crianças, hoje em dia, muito adulto com opinião formada entra na onda.

Dessa doença a torcida do meu clube do coração, o Santa Cruz, não sofre. O time foi jogado no limbo, no subsolo do inferno, mas a torcida não foi na onda da tevê. Pelo contrário, bateu recordes de presença no estádio e a tevê, mesmo a contragosto, teve que mostrar essa história. Se o monstro é invencível, nós, heroicos torcedores, somos imortais.

A VOLTA DE SARAMANDAIA

Pois então, que felicidade quando li em vários sites da rede que  “Saramandaia” ganharia um remake. Coincidentemente, voltará quase no mesmo horário que foi exibida no passado, às 23 horas.   Esse folhetim assinado por Dias Gomes foi a primeira experiência da tevê brasileira abordando a realidade fantástica.

  Lembro-me bem do frisson que a novela provocava na década de 70. Uma coleção de personagens bizarros e uma trilha sonora espetacular fizeram da novela um dos maiores sucesso da teledramaturgia brasileira.  Eu tinha apenas nove anos em 1976, época da primeira exibição, era um garoto medroso da murrinha. No dia em que Dona Redonda explodiu tive pesadelos com a cena da mão dela caindo no birô do prefeito.

Dentre os personagens esquisitos criados por Dias Gomes, destacavam-se:

*João Gibão (Juca de Oliveira): Homem alado
*Professor Aristóbulo (Ary Fontoura): Transformava-se em lobisomem.
Marcina (Sônia Braga): Tinha uma febre que o corpo pegava fogo.
*Coronel Zico Rosado (Castro Gonzaga): Tinha um formigueiro no nariz
*Dona Redonda (Wilza Carla): Comia compulsivamente e engordou até explodir
*Seu Cazuza (Rafael de Carvalho): O coração saia pela boca
*Dom Pedro I (Tarcísio Meira)
*Tiradentes (Francisco Cuoco)

A cena clássica do voo de João Gibão deu sentido aos versos da bela canção de Ednardo, “Pavão Mysterioso”. Depois que Carlito Prata e seus jagunços cercaram João em frente a um penhasco, ele alçou voo com a bela canção ao fundo cujo verso final dizia: “Eles são muitos mas não podem voar”. Inesquecível! Confira, abaixo, os vídeos com a cena original do voo do João Gibão e o teaser do remake que será exibido em junho:

Para mais informações sobre o remake, clique aqui e aqui



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