Zapeando
pela rede aportei no blog de Tânia Passos, do Diário de Pernambuco online. Na
página várias dicas e matérias sobre mobilidade urbana, um assunto muito em
voga na atual gestão pública do Recife. Acima, destaco o ótimo vídeo da
repórter Elaine Wzorek, que mostra o sistema de transporte de Dublin.
Integração
Joana Bezerra, hoje, 16:30h, as portas da estação do metrô
deveriam estar abertas. O povo foi se aglomerando e uma multidão de
trabalhadores se formou. Bastaram cinco minutos de atraso para a
galera perder a paciência. Começou um tumulto e a porta da estação
foi arrombada. Começou uma correria, gente caindo, gritando. Esse
foi o primeiro grande incidente provocado pela greve dos funcionários
do metrô. Os seguranças assistiram ao tumulto, de longe, e não
interferiram. Meu celular registrou tudo.
A imagem acima foi clicada no dia 16 de abril passado, com meu celular, na estação Joana Bezerra, uma das mais movimentadas do Metrô do Recife. Esse local é um entroncamento entre a zona norte e a zona sul. O flagrante mostra a estabanada tentativa de socorro de um rapaz que teve os dedos da mão esquerda esmagados pelas portas de um dos vagões. O acidente aconteceu, entre outras coisas, porque os trens trafegam absurdamente lotados nos horários de pico, entre seis e oito da manhã e dezesseis e dezenove da noite.
Não tendo outra opção de transporte, as pessoas se submetem a esse tipo de tortura diária. Além da superlotação os passageiros têm que aturar vendedores ambulantes, pregadores religiosos, pessoas desesperadas pedindo ajuda e os celulares e caixinhas de som tocando brega, pagode, gospel e uma série de sons insuportáveis que não podem ser classificados como música. O mais interessante é que em quase todas as estações circulam policiais ferroviários e seguranças terceirizados pelo Metrorec. De nada adianta. No acidente destacando acima, inclusive, pude presenciar o despreparo deles e a falta de equipamentos de socorro nas estações. Não existia uma maca para conduzir a vítima que foi colocada numa cadeira de rodas e levada para o socorro.
Houve uma época - até o inicio da década de noventa, mais ou menos – em que o Metrô do Recife ostentava o título de “mais limpo e seguro do Brasil”. Esse detalhe era sempre ressaltado em entrevistas e cartazes. Na verdade, o fluxo de passageiros era bem reduzido, os trens transitavam quase sempre vazios. Era fácil manter a ordem e a limpeza. Com o advento dos terminais de integração e com a expansão das linhas, a demanda de usuários cresceu e a tão celebrada qualidade do serviço não acompanhou esse crescimento. O resultado pode ser visto, diariamente, nas principais estações do Metrô: muita desorganização, sujeira e trens lotados.
Não dá pra falar nos problemas do Metrô sem lembrar da Copa do Mundo de 2014 que terá uma sede aqui em Pernambuco. Mais: essa sede está localizada numa cidade – São Lourenço da Mata – que está na rota do Metrô. O trabalho de modernização do serviço, por enquanto, caminha a passos lentos. O que se pode ver, atualmente, é um trabalho de reforma de algumas estações que estavam caindo aos pedaços e precisavam da troca de telhas e telas de proteção. Claro que apenas isso não basta. Se, com o fluxo normal de passageiros do Recife, o sistema está caótico, imaginem durante a Copa do Mundo?
No mesmo dia em que fotografei o acidente, utilizei os serviços do Metrô num horário em que os trens andam vazios. Quando eu falo “vazio”, estou me referindo a pessoas porque, como mostram as fotos clicada nesse segundo momento, o vagão parecia um lixão. Culpa da instituição? Em parte sim, eles deveriam manter os trens limpos, mas fica clara a falta de educação dos usuários. Esse é o outro lado da moeda: grande parte das pessoas que utiliza os serviços do Metrô, subverte, sem nenhum constrangimento, algumas regras básicas de higiene como jogar o lixo na lixeira. Um vagão imundo como esse revela o nível de educação da maioria dos usuários. Lamentável!
Que
o metrô do Recife anda capengando, todo mundo sabe, salta aos olhos.
Nos horários de pico é um deus nos acuda. Trens lotados e as
costumeiras paradas entre estações. A única melhoria que esse
sistema de transporte apresentou, foi a climatização dos trens.
Pouco. Hoje, mais uma vez, os trens apresentaram “problemas
técnicos” e o caos se instalou. Na estação Joana Bezerra (fotos acima), uma
composição ficou parada provocando imenso tumulto e um grande
desconforto para os usuários. Até quando teremos que aguentar isso?
Quem
é usuário do metrô do Recife já percebeu que há algo errado. Os
trens estão trafegando em baixa velocidade e, constantemente, fazem
“paradas por motivos técnicos”. No sentido Recife-Jaboatão,
quando os trens se aproximam da estação Santa Luzia, quase sempre,
fazem a tal parada. Outro ponto crítico, no mesmo sentido, é
próximo a estação Werneck.
Esse
trecho, no dia 17 de abril, por volta da 11:25, apresentou problemas (foto acima)
e teve que passar por reparos que provocaram atrasos nas composições.
Além
dos problemas técnicos, tem a superlotação dos trens nos horários
de pico, sobretudo entre 05:30 e 07:30. Os vagões trafegam
abarrotados de pessoas que se submetem a esse tipo de desconforto
porque, para a maioria dos delas, essa é a única opção de
transporte. Vale lembrar que o metrô será a mais importante via de
acesso ao estádio pernambucano que sediará jogos da copa de 2014.
Até lá, os usuários que dependem desse meio de transporte vão
praticando uma espécie de faquirismo forçado dentro dos vagões
superlotados.
Já escrevi bastante sobre as benesses dos avanços tecnológicos a que temos acesso nos dias de hoje. Adoro essas facilidades, quero deixar claro. Mas.... tem horas que o reverso da faca de dois gumes fere sem pena. Ando muito de metrô, uso esse meio de transporte para ir ao trabalho. Não fosse o meu (salvador) mp3 player, certamente, abdicaria de transitar nos trens. É um inferno aguentar aqueles celulares – quase todos genéricos chineses – tocando brega, pagode ou (sub) funk no último volume. As pessoas ouvem música nos vagões como se em casa estivessem.
“Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não”, essa pérola de verso ecoa pelos quatro cantos da cidade e é um mega-hit dos insuportáveis celulares do metrô. Mas não é só isso, disputando (no mesmo volume) com os celulares tem os vendedores de balas, pipocas, tem os pregadores religiosos e os pedintes com discursos decorados.
Para cada uma dessas agressões sonoras, existe uma justificativa sentimental que, em geral, se sobrepõe a razão. “É melhor pedir do que roubar”, “Eu estou trazendo a palavra de Deus”, “Compre um pra me ajudar” e por aí vai. Sorte que o meu trajeto é curto, apenas seis estações. Imagino o sofrimento de quem pega o metrô no ponto inicial e desce no centro. Tortura!
Por essas e outras que estou propondo nesse breve post a canonização de Bernhard Grill, Karl-Heinz Brandenburg, Thomas Sporer, Bernd Kurten e Ernst Eberlein, os pais do mp3. Parece ironia, afinal, os celulares insuportáveis se utilizam dessa tecnologia, mas, assim com eu, muitos são salvos do "inferno" com um simples fone de ouvido. E tenho dito!
if (myclass.test(classes))
{ var container = elem[i];
for (var b = 0; b < container.childNodes.length; b++)
{
var item = container.childNodes[b].className;
if (myTitleContainer.test(item))
{
var link = container.childNodes[b].getElementsByTagName('a');
if (typeof(link[0]) != 'undefined')
{
var url = link[0].href;
var title = link[0].innerHTML;
}
else
{
var url = document.url;
var title = container.childNodes[b].innerHTML;
}
if (typeof(url) == 'undefined'|| url == 'undefined' ){
url = window.location.href;
}
var singleq = new RegExp("'", 'g');
var doubleq = new RegExp('"', 'g');
title = title.replace(singleq, ''', 'gi');
title = title.replace(doubleq, '"', 'gi');
}
if (myPostContent.test(item))
{
var footer = container.childNodes[b];
}
}
var addthis_tool_flag = true;
var addthis_class = new RegExp('addthis_toolbox');
var div_tag = this.getElementsByTagName('div');
for (var j = 0; j < div_tag.length; j++)
{
var div_classes = div_tag[j].className;
if (addthis_class.test(div_classes))
{
if(div_tag[j].getAttribute("addthis:url") == encodeURI(url))
{
addthis_tool_flag = false;
}
}
} if(addthis_tool_flag)
{
var n = document.createElement('div');
var at = "