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Relembrando o grande Jorge Chau

Esse é o segundo post que escrevo sobre o grande comunicador Jorge Chau. A insistência em trazer à tona essa figura folclórica e emblemática da TV pernambucana vem da minha tristeza pelo esquecimento do seu legado. Jorge fez sucesso adotando um perfil anárquico na mesma linha do Chacrinha. Seu público, absolutamente popular, aceitava com naturalidade todas as suas loucuras e brincadeiras no palco. As vezes era criticado por criar quadros inusitados no seu programa. Ele recebia doações de óculos usados e o povão fazia fila para receber, ao vivo. A pessoa escolha um modelo, testava fazendo uma leitura e levava os óculos para casa. E as premiações? Quem se dava bem nas competições e brincadeiras no palco ganhava um pacote de macarrão, um litro de água sanitária, um pacote de sabão, passe de ônibus, era uma festa!
Mas, quem era Jorge Chau?

Jorge Chau - 1920

Natural do estado de Alagoas, Jorge Albuquerque de Sá, o “Jorge Chau”, trilhou um caminho marcado pela irreverência. Iniciou sua carreira na Rádio Tabajara de João Pessoa, em 1941, com apenas 17 anos. Nessa época criou um programa que revelava novos artistas, “Valores Novos”, que tem no currículo a descoberta do grande mestre da sanfona, Sivuca.
Jorge Chau trabalhou na Rádio Excelsior da Bahia onde teve problemas com suas declarações polêmicas. No meio de um programa, falou que daria uma pausa e iria tocar uma sequência de músicas porque estava com fome. Foi suspenso e acabou pedindo demissão. Jorge Chau, que nessa época ainda usava o nome artístico de “Jorge Sá”, retornou ao Recife, cidade onde havia estudado, para tentar carreira nas rádios pernambucanas.

Na Veneza Brasileira trabalhou na Rádio Tamandaré e transferiu-se, posteriormente, por influência de Assis Chateaubriand, para a Rádio Clube. No início  da década de 70 ele apresentava um programa policial na extinta TV Tupi, o “Plantão Policial”. Jorge encerrava o programa com “tchaus” personalizados: latindo, grunhindo, miando, gritando. Veio daí o apelido que ele adotaria como nome artístico, “Chau”. Na TV Jornal, Jorge Chau apresentou três programas: “A Hora do Chau” (1971), “Jorge Chau Show” (1973) “Programa Jorge Chau” (1977). Mesmo na fase decadente, quando a tevê local começou a perder espaço para as transmissões em rede nacional, Jorge manteve a veia cômica como seu principal recurso. Apresentava um programa num estúdio minúsculo onde recebia gente do povo e artistas populares em início de carreira.

O grande Jorge Chau morreu no dia 21 de janeiro de 2002. Estava triste pela perda da sua esposa, Dona Ruthe, e pelo esquecimento do seu legado pela grande mídia. Recentemente encontrei no Facebook o perfil de um dos filhos do Jorge, Marcelo Firma. Gentilíssimo, ele cedeu várias fotos do pai, um acervo riquíssimo. Seguem, abaixo, algumas dessas fotos. Salve Jorge!
Jorge Chau ao lado do pai, Seu Luiz Gonzaga de Sá
 Jorge Chao ao lado de uma das "Jorgetes"
 Jorge Chau e as "Jorgetes"
 Jorge Chau, no centro, ladeado pela esposa, Dona Ruth e o filho Marcelo
 Jorge Chau e as "Jorgetes"durante um programa
As Jorgetes!
Jorge Chau falando para o povão, o que ele gostava.
Programa Jorge Chau Show
Jorge Chau e sua caravana no bairro de Afogados, em frente
a antiga Lobras.

Todas as fotos foram gentilmente cedidas por Marcelo Firma, filho de Jorge Chau

NOS TEMPOS DE JORGE CHAU

Das lembranças mais antigas que tenho da pioneira TV Jornal, os programas do anárquico comunicador, Jorge Chau, são as mais engraçadas. O cara era uma espécie de “chacrinha local”. Natural do estado de Alagoas, Jorge Albuquerque de Sá, o “Jorge Chau”, trilhou um caminho marcado pela irreverência. Iniciou sua carreira na Rádio Tabajara de João Pessoa, em 1941, com apenas 17 anos. Nessa época criou um programa que revelava novos artistas, “Valores Novos”, que tem no currículo a descoberta do grande mestre da sanfona, Sivuca.

Jorge Chau trabalhou na Rádio Excelcior da Bahia onde teve problemas com suas declarações polêmicas. No meio de um programa, falou que daria uma pausa e iria tocar uma sequência de músicas porque estava com fome. Foi suspenso e acabou pedindo demissão. Jorge Chau, que nessa época ainda usava o nome artístico de “Jorge Sá”, retornou ao Recife, cidade onde havia estudado, para tentar carreira nas rádios pernambucanas.

No Recife, ele trabalhou na Rádio Tamandaré e transferiu-se posteriormente, por influência de Assis Chateaubriand, para RádioClube, onde adotou o sobrenome artístico “Chau”, cunhado nos programas policiais que apresentava carregados de irreverência. Mas a história artística desse alegórico apresentador ganharia força com seu ingresso na televisão.

Na TV Jornal, Jorge Chau apresentou três programas: “A Hora do Chau” (1971), “Jorge Chau Show” (1973) “Programa Jorge Chau” (1977). Mesmo na fase decadente, quando a tevê local começou a perder espaço para as transmissões em rede nacional, Jorge manteve a veia cômica como seu principal recurso. Apresentava um programa num estúdio minúsculo onde recebia gente do povo e artistas populares em início de carreira. Fazia brincadeiras com premiações bizarras como pacote de macarrão, vidro de fortificante, óculos usados e até  passe de ônibus.

Jorge Chau morreu pobre e esquecido, no dia 21 de Janeiro de 2002, aos 85 anos, no Recife. Nem mesmo nos programas locais ele aparecia. Essa, segundo os amigos mais próximos, era a sua maior mágoa. Vasculhei o Youtube à procura de imagens dos hilários programas dele, mas nada encontrei. Infelizmente, a riquíssima história da TV Jornal se perdeu no tempo devido aos problemas econômicos que a emissora enfrentou na década de oitenta. Uma pena. Ao grande Jorge Chau, meus respeitos!
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