Li
hoje a melancólica notícia do fechamento e da demolição do prédio
do mais antigo rodízio do Recife, "O Laçador". Não sou frequentador
de arenas de degustação – é assim que vejo as churrascarias do
tipo rodízio - mas tive bons momentos no antigo point do Bairro de
Boa Viagem. Diante da triste notícia, pus-me a pensar e acabei
constatando que um monte de lugares que eu frequentava num passado
bem próximo, foi riscado do mapa. Sinal de velhice? Talvez!
Todos
os bons cinemas do centro e alguns de bairro que eu frequentava foram
extintos. O lendário e luxuoso São Luiz resistiu mais ou menos. Foi
transformado em espaço cultural mas não está recebendo a devida
atenção e mais parece um gueto. E as lojas de discos? A lendária
“Alegro Cantante” que frequentei quase que religiosamente, virou
lembrança. Sempre que passo pela rua José de Alencar (coração do
Recife) lembro-me dos delírios sonoros que curti por ali. A “Disco
7” e a “Mausoleum” tiveram o mesmo destino.
No
quesito “livrarias”, a “Livro 7”, que diziam ser a maior do
Brasil, mora no meu imaginário. Já relatei em post anterior uma das aventuras que vivi naquele santuário. Localizada na Rua Sete de
Setembro, no centrão, vizinha das lojas de discos que citei acima, a
livraria parecia um grande centro cultural. As paredes rodeadas de
posteres de grandes escritores que testemunhavam o vai-e-vem dos
clientes. Muitos, como eu, apenas passeavam pelo seleto ambiente.
Também
sumiram do mapa:
*Mansão
do Fera: point de universitários e todo tipo de bicho-grilo
localizado ao lado da Unicap.
*Hamburgão:
um simples trailer de lanches localizado na Sete de Setembro, parada
obrigatória dos incautos que iam “azarar” na feirinha do Parque
13 de Maio.
*Banca
do Elvis: Banca de revistas especializada em Rock numa época em que
o rock nacional – para Elvis, o dono da banca – não existia. As
revistas que ele vendia vinham com o indefectível carimbo: “Discos
de rock e nacionais”.
*Arteviva:
espaço cultural ultra-mega-hiper-super undergraund onde trabalhei e
toquei com minha banda de rock. Comandado pela querida Lourdes
Rossiter, foi um foco de resistência do rock pernambucano na década
de 80.
*Feirinha
Típica de Jardim São Paulo : absolutamente inesquecível. Hoje moro
pertinho do local onde a feira era realizada. Foram muitos sábados
de rock e emepebê e “azaração”.
Bons tempos!
Bons tempos!