CARTA DE ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO DA BIENAL DO
LIVRO DE PERNAMBUCO
Nos últimos dias os
jornais pernambucanos publicaram matérias sobre divergências quanto à
realização da 9º Bienal do Livro de Pernambuco. Nas matérias, transparece ao
público uma história que precisa ser devidamente esclarecida a todos vocês,
leitores e leitoras que sempre tiveram e continuarão tendo todo o respeito da
Cia de Eventos, pois acreditamos que somente com pessoas esclarecidas a nossa
sociedade seguirá no caminho do bom desenvolvimento cultural e humano, o que é
o desejo de todas as pessoas de bem.
A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco tem sido alvo da
ambição puramente mercantilista de uma entidade que se diz “sem fins
lucrativos”, mas que vem travando uma intensa disputa para monopolizar a
realização da Bienal do Livro e levar à frente seus interesses particulares,
interesses unicamente econômicos e, justamente por isso, muito longe das
verdadeiras expectativas e anseios do público da Bienal de Pernambuco.
Diante deste contexto, seguem de forma transparente os devidos esclarecimentos
a vocês.
Após duas edições governamentais (1997 e 1999), a Cia de Eventos
passou a realizar a Feira de Livros do Estado, que ainda não tinha o título de
Bienal. Ainda em 2001, a Feira possuía dimensões muito menores, mobilizando um
público de menos de 30.000 pessoas em aproximadamente 6 mil metros de área no
Centro de Convenções. Apenas para comparação, desde 2009 o público passa das
600 mil pessoas. Este sucesso se deve a dois fatores importantes: as
articulações da Cia de Eventos com dezenas de instituições estaduais,
nacionais e internacionais, e a política de distribuição de bônus por parte do
Governo de Pernambuco e de municípios da RMR, e que beneficia todos os
professores e funcionários da rede pública de Ensino.
No centro desta ambição mercantilista da dita entidade está a
política de distribuição de bônus, da qual a entidade retira para si uma fatia
de 10% de um total de quase R$ 7 milhões apenas do bônus do Governo do Estado -
sem contabilizar os bônus municipais. Com transparência informamos que os nossos
rendimentos provenientes da Bienal são estritamente vinculados à
comercialização de estandes e da captação de recursos junto a órgãos de fomento
e patrocínio. Um resultado legítimo para quem sempre conduziu o evento com uma
visão de impulsionar o mundo da leitura e o desenvolvimento cultural e humano.
Sobre a política de bônus, deixamos claro que a Cia de Eventos
jamais teve e nem pretende ter absolutamente nenhum ganho financeiro. Ao
contrário da tal “entidade sem fins lucrativos”, que todos os anos tenta fazer
da Bienal do Livro um evento meramente mercantilista.
Como uma produtora de iniciativa privada, a Cia de Eventos vem correndo todos
os riscos financeiros do evento desde quando assumiu a sua realização em 2001.
Durante todo este tempo, a Cia de Eventos se dedicou ao máximo e conseguiu
fazer da Bienal do Livro o terceiro maior evento literário do Brasil e o mais
importante evento literário do Nordeste. Com muitos esforços, lutamos sempre ao
longo desses anos para tornar a Bienal um ambiente de imersão social no mundo
dos livros, proporcionando ao público não apenas a venda de livros, mas,
sobretudo, dezenas de debates, palestras, mostras, lançamentos e
atividades culturais variadas para dar ao público o encantamento e brilho nos
olhos que a nossa sociedade não abre mão sob nenhuma circunstância.
Fomos surpreendidos por uma ação
inexplicável por parte da Empetur e da tal entidade. Explicamos: desde o fim da
Bienal de 2011, realizamos formalmente a reserva do pavilhão do Centro de
Convenções para os dias da Bienal de 2013. Sempre procedemos desta forma, desde
a terceira edição do evento em 2001, agindo com a antecedência necessária. A
negociação do pagamento das taxas antecipatórias estava em pleno curso e dentro
dos prazos, mas num ato nebuloso, a Empetur vem desconsiderando a normalidade
deste processo histórico e tentando romper inexplicavelmente o compromisso de
reserva firmado com a Cia de Eventos. Informamos que já estamos tomando as
medidas judiciais cabíveis contra este ato.
É para defender o brilho cultural da Bienal do Livro de Pernambuco que nós da
Cia de Eventos nos colocamos ao lado vocês professores, estudantes, formadores
de opinião, escritores e entusiastas da leitura. Precisamos nos unir contra os
interesses tacanhos de uma entidade que a cada ano se mostra unicamente
preocupada com seus interesses particulares e age sempre para subtrair a
grandeza da Bienal do Livro. Contamos com o apoio de vocês e nos colocamos
totalmente abertos a prestar quaisquer esclarecimentos. A quem se dispor, compartilhe
esta carta no Facebook, clicando aqui.
Perguntamos: a quem interessa prejudicar o êxito cultural da Bienal
Internacional do Livro de Pernambuco, organizada e realizada desde 2001 pela
Cia de Eventos? Deixamos esta reflexão para todos os entusiastas do livro, da
leitura e da literatura.
Como dissemos acima e repetimos aqui em baixo: acreditamos que somente com
pessoas esclarecidas a nossa sociedade seguirá no caminho do bom
desenvolvimento cultural e humano. Essa é a nossa maior motivação e acreditamos
que a de todos vocês também.
Um
forte e afetuoso abraço a todos e todas,
Rogério Robalinho e
equipe Cia de Eventos
Coordenação Geral da
Bienal Internacional do Livro de Pernambuco