UM NOITE NO MUSEU 3: O SEGREDO DA TUMBA - TRAILER LEGENDADO E EM HD
O filme estreia no Brasil no dia 01 de janeiro de 2015,
108 ANOS DO PRIMEIRO FILME DE COWBOY E A LEI DO POLITICAMENTE CORRETO
Essa rudimentar produção, de apenas doze minutos, acabou estabelecendo vários paradigmas usados até hoje tais como tiros que forçam um indivíduo a dançar de medo, perseguições a cavalo, seguidas cenas de tiroteios, cenas de brigas em cima de um trem em movimento. Outro ponto de destaque é a incrível qualidade das cenas externas. As tomadas feitas de vários ângulos diferentes, muito avançado para a época, além de imortalizar a famosa cena final: um tiro na direção do expectador (foto acima).
Mas, o que mudou nos filmes de cowboy depois de mais de um século? Hoje em dia o gênero está praticamente extinto, tudo “culpa” do “politicamente correto”. Pois é, antigamente, num passado bem recente, nos divertíamos vendo homens brancos matando índios e um estereótipo foi criado: o índio era sempre visto como o bandido. Numa total inversão de valores, achávamos normal ver os nativos serem dizimados pelo colonizador “bonzinho”. Na verdade, o homem branco era o invasor. Ele tomou as terras dos índios, dizimou várias nações e se autoproclamou herói.
Não interessa a indústria do cinema inverter esse paradigma, já que o público dos cinemas não é composto por índios. O último grande western, “Dança Com Lobos”, mostrou uma visão diferente – e mais próxima da realidade – da relação entre o colonizador e o índio. Desde então, pouco se produziu sobre o gênero que ressurge, vez ou outra, em remakes. Confira abaixo, na íntegra, o clássico “The Great Train Robbery”:
CAÇA AS BRUXAS (Season Of The Witch) - NADA DE NOVO
Ficha Técnica
País: EUA
Título original: Season Of The Witch
Duração: 99 minutos
Gênero: Aventura
Direção: Domenic Sena
Estreia: 07 de janeiro de 2011 (EUA) – 21 de janeiro 2011 (Brasil)
NOSSO LAR – MUITO ALARDE PARA TÃO POUCO

Conferi, hoje, o tão badalado filme baseado na obra homônima de Chico Xavier, “Nosso Lar”. Que decepção! Senti-me traído pelas inúmeras pessoas que assistiram ao filme e me falaram que valia a pena. Não li o livro, portanto não posso traçar um paralelo entre as duas obras. Mesmo assim, saí do cinema com a certeza de que o filme é apenas mais um produto vazio sobre o espiritismo.
A ficha técnica traz o nome do diretor Wagner de Assis, que tem no currículo quatro filmes estrelados por Xuxa. Se tivesse acesso a essa informação antes, certamente não perderia meu tempo assistindo ao filme. Absolutamente nada é atraente nessa obra. Até mesmo a recriação do purgatório, chamado de “umbral” no filme, soa como um déjà vu. Quem assistiu ao remake de “A Viagem”, feito pela Rede Globo em 1994, lembrou-se das cenas do purgatório. O filme, nessas sequências, parecia uma releitura da novela.
Outro ponto negativo foi o aspecto futurista que tentaram (e não conseguiram) imprimir à fotografia do filme. Fake demais! Aqueles feixes de luz , viajando no espaço, definitivamente não casaram com a temática do roteiro. Alheio a tudo isso, o filme segue quebrando recordes. Em uma semana de exibição, segundo a “Fox Film”, ultrapassou a marca de um milhão de espectadores gerando uma bilheteria de quase seis milhões de reais. Chico Xavier, ao que parece, está na moda.
Ficha Técnica
Direção: Wagner Assistindo
Produção: Lafa Britz
Gênero: Drama
Lançamento: 03 de setembro de 2010
Elenco:
Renato Prieto .... André Luiz
Fernando Alves Pinto ... Lísias
Rosanne Mulholland ... Eloísa
Inês Vianna ... Narcisa
Rodrigo dos Santos ... Tobias
Werner Schünemann ... Emmanuel
Clemente Viscaíno ... Ministro Clarêncio
Ana Rosa ... Laura, mãe de Lísias
Othon Bastos ... Anacleto, Governador de Nosso Lar
Paulo Goulart ... Ministro Genésio
Helena Varvaki ... Zélia
Aracy Cardoso ... Dona Amélia, paciente de André Luiz
A ESTRADA (THE ROAD) – O FIM DO MUNDO SOB A ÓTICA DA MELANCOLIA

O diretor John Hilcoat construiu uma história em que os nomes dos personagens não são citados. Um homem, uma mulher e seu filho sofrendo a angustia de tentar viver num mundo onde o simples ato de comer tornou-se uma incerteza. Numa análise simples, percebe-se que o ser humano foi reduzido à sua condição primária de animal que vive uma luta diária pela sobrevivência.
Mesmo tendo passagens parecidíssimas com outros filmes do gênero, “A Estrada” prende-se à profunda melancolia das teorias apocalípticas. Viggo Mortesen (O Senhor dos Anéis), que interpreta o pai, é o grande destaque. Um personagem denso mergulhado no drama de lutar pela simples existência ou sucumbir ao suicídio como remédio final.
O desfecho da história, entretanto, revela uma sutil mensagem de esperança que tenta resgatar um dos pilares da estrutura social da humanidade: a família. Aos fortes de coração, uma boa dica.
Ficha Técnica
Direção: John Hillcoat
Roteiros: Cormac McCarthy e Joe Penhall
Gênero: Drama
Lançamento: 23 de Abril de 2010 (Brasil)
Duração: 112 min
Distribuição: Paris Filme
Elenco: Viggo Mortensen (O pai), Kodi Smit-McPhee (O filho), Robert Duvall (O homem velho), Guy Pearce (O veterano) e Charlize Theron (A mãe).
O LIVRO DE ELI – MAIS DO MESMO

E as referências anteriores não param por aí. Quando Eli chega à cidade dominada por Carnegie (Gary Oldman) (que vive alucinado à procura do livro) o filme lembra outra produção do gênero apocalíptico: “Waterworld”, estrelado por Kevin Costner. A forma como se referem à água em “O Livro de Eli” é a mesma como se referiam à Terra em “Waterworld”. A super valorização de gêneros de primeira necessidade e um lugar mítico imaginado como ideal pra se viver num planeta devastado.
Comparações à parte, o argumento do filme é muito fraco. Tentaram dar um tratamento religioso ao eixo da trama com a referência à Bíblia, tratada, genericamente, como “o livro”. Claro que a saga de Eli tem interpretação livre, é bastante subjetiva. Ele protegeu o livro achando que todos os outros exemplares do planeta – algo inimaginável até na ficção – haviam sido queimados. É uma mensagem de fé, carregada de lirismo. Ele não preservou apenas o livro, mas também a sua fé. O filme tem algumas mensagens subliminares. O legado cultural da humanidade, na história, está protegido na antiga e lendária prisão de Alcatraz. O local construído para punir tornou-se um centro de esperança. Outras: o filme dá uma alfinetada em Dan Brown quando Carnegie manda queimar alguns livros, entre eles “O Código Da Vinci”. Aplaudi! Carnegie queria usar a Bíblia para conseguir mais poder, algo comum nos nossos dias. O veredito final é que o filme ficou devendo.
Ficha Técnica
Título original: The Boock Of Eli
Título no Brasil: O Livro de Eli
Direção: Albert Hughes e Allen Hughes
Roteiro: Gary Whitta
Fotografia: Don Burgess
Duração: 118 min
Lançamento: 18 de Março
Elenco: Denzel Washington, Mila Kunis, Michael Gambon, Jennifer Beals, Gary Oldman, Evan Jones, Ray Stevenson.
DEMÔNIOS DE SÃO PETERSBURGO – A VIDA DE DOSTOIÉVSKI

A conturbada vida do escritor Fiódor Mikhailovich Dostoiévski é contada tendo como base o movimento revolucionário russo que derrubou o império burguês. A ideologia que insuflou os intelectuais revolucionários tinha como ponto fundamental as ideias propagadas por Dostoiévski nos seus livros. Lidar com a ideia de que pessoas estavam sendo mortas por causa disso mexeu com a cabeça do escritor.
O filme mostra todo o sofrimento vivido por Dostoiévski: os anos de trabalhos forçados na Sibéria, a rejeição dos outros presos, que o tinham como um intelectual que traiu o movimento, e as dificuldades financeiras. Dostoiévski escrevia sob pressão de um editor que o obrigava a produzir compulsivamente. Foi nesse período difícil que ele conheceu “Anna Grigorievna Snítikin”, uma estenógrafa com quem se casaria mais tarde.
O título do filme faz alusão à célebre obra “Os Demônios”, em que Dostoiévski criou uma trama ficcional para contar uma história verídica, o assassinato do estudante I. Ivanov. O niilismo do grupo extremista da obra literária se faz presente no filme na desesperada luta para derrubar a burguesia imperialista. O filme retrata um Dostoiévski humano, vivendo uma eterna crise, imagem que vai de encontro à figura mitológica eternizada nos livros de história e na mídia.
Miki Manojlović, o ator sérvio que interpreta Dostoiévski, merece uma menção especial. Absolutamente convincente no papel, ele compôs um personagem denso que leva o espectador a viajar no filme e na dramática história do grande escritor. Recomendo.
Ficha Técnica
País de origem: Itália
Título original: I Demoni Di San Pietroburgo
Título em português: Demônios de São Petersburgo
Gênero: Drama
Produção: Casablanca Filmes
Direção: Giuliano Montaldo
Elenco: Miki Manojlovic, Roberto Herlitzka, Carolina Crescentini, Anita Caprioli
Ano de lançamento: 2008
ESCAVADORES (BURROWERS) – UM WESTERN DE TERROR

O filme do diretor J.T Petty mistura elementos dos filmes de cowboy com o mais puro thriller. Não chega a ser novidade. Em “Desaparecidos”, Ron Howard levou o suspense e o misticismo para o ambiente do velho oeste conseguindo uma composição interessante. Em “Escavadores” J.T Petty também conseguiu um bom resultado. Mas o filme não é só uma história de terror. Nas entrelinhas da trama, Petty levanta a bandeira em defesa dos povos indígenas da América do Norte.
Durante todo o filme, os índios aparecem como vítimas da estupidez do colonizador. A mensagem de J.T Petty fica clarissima no desfecho da história em que ele mostra o desperdicio da sapiência do índio e o triunfo da estupidez do homem branco. Quanto à parte do terror, o filme rende bons sustos. O mistério do desaparecimento das pessoas, apesar de bizarro, tem a ver com a destruição do ambiente natural pelo branco colonizador. Vale o susto!
Ficha Técnica
Título original: Burrowers
Elenco: Clancy Brown, Jocelin Dohanue, William Mapother, Karl Geary.
Direção: J.T. Petty
Gênero: Terror
Duração: 96 min.
Distribuidora: Imagem Filmes
Estreia: Direto em DVD - Abril de 2010
KRABAT (PRISOINEIROS DA MAGIA)

O enredo conta a historia do jovem Kabrat (David Cross – 'The Rider') que torna-se órfão depois que sua mãe morre vítima da Peste Negra. Para sobreviver ele começa a vagar pelas aldeias cantando hinos religiosos em troca de comida. Em uma noite, Kabrat é atraído por corvos enfeitiçados para trabalhar no moinho Keeper, controlado por um feiticeiro chamado, genericamente, de “O Mestre” (Christian Redl – 'A Queda'). A saga do jovem Kabrat para sobreviver no moinho é o eixo central da trama.
Lançado na Alemanha em 2008 e nos Estados Unidos em 2009, o filme já está disponível para locação.
Ficha Técnica
Direção: Marco Kreuzpaintner
Produção: Jakob Claussen, Uli Putz, Bernd Wintersperger e Thomas Wöbke
Roteiros: Marco Kreuzpaintner, Michael Gutmann e Otfried Preussler
Elenco: David Kross ,Daniel Brühl, Christian Redl, Robert Stadlober, Paula Kalenberg e Daniel Steiner.
Ano de produção: 2008
País de origem: Alemanha
QUANTUM OF SOLACE - GOD SAVE THE BOND

DAY WATCH

CARLOS "DOIDO" INDICA

Por: Carlos Dornelas
Um grande filme O Céu de Outubro, de Joe Johnston. É a história de vida de um cientista de foguetes que superou as dificuldades pra tornar-se "um cara da NASA" nos anos 1950, muito bom. E um lance musical legal, e, claro, de qualidade, é a banda, ou melhor, Big Banda de jazz WEATHER REPORT Live in Montreux em 1976. O Weather é pra mim o 'Led Zeppelin do jazz" com Jaco Pastorius e Wayne Shorter. Faz parte dos grandes lançamentos da ST2 que distribui a Eagle Vision por aqui nos selos Live in Montreux, é muito som!