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A FILOSOFIA FRAGMENTADA

De vez em quando me vejo mergulhado numa daquelas discussões que de tão complexas, acabam virando uma dízima periódica, onde os argumentos, por mais floreados que estejam, acabam se repetindo. Puseram-me, mais uma vez, para dar aulas de filosofia, mesmo tendo formação na área de humanas (Geografia) e gostando bastante do assunto, sei que vou topar com questionamentos que estão além da minha prática pedagógica. Ao mesmo tempo, lembro-me de Viviane Mosé e sua valorosa contribuição ao ensino de filosofia quando, brilhantemente, conduziu a série “Ser Ou Não Ser”, um quadro do “Fantástico” que colocava a filosofia ao alcance dos leigos.

O dilema de quem leciona essa disciplina nas escolas públicas – seja especialista ou não – começa pela quantidade de aulas: apenas uma por semana. Como é possível estabelecer uma discussão ou falar sobre abstração em um espaço de tempo tão exíguo? Na verdade, não se leciona filosofia dessa forma, fala-se sobre filosofia. Optei por buscar no cotidiano um pouco do que pede a grade curricular. Viviane Mosé em um de seus programas perguntou: “É possível Viver Sem Arte?”. Um mote interessante que cabe perfeitamente numa aula. Seguindo essa linha, falei sobre filmes e discos, uma praia que eu conheço:

Na época dos elepês – falo do tempo em que reinavam absolutos – lembro-me que ficava indignado com as pessoas que rabiscavam as capas com mensagens de posse ou tratavam as bolachas pretas como artigos descartáveis. Sempre tive muito respeito pelos discos, tanto quanto pela música. A grande maioria das pessoas que maltratavam os discos, tinha um nível cultural rasteiro. Com os filmes, o raciocínio é o mesmo. Imagine a cena: você está assistindo a um filme no devedê e chega alguém para conversar. Você afasta-se da tevê, deixa o filme rolando e vai conversar. Por que não pausá-lo? Sei, há quem diga que esse papo soa como ranzinzice, mas a relação entre o respeito devotado as artes e o crescimento pessoal é bastante direta. Muitos defendem a tese de que é possível medir o caráter de uma pessoa observando a forma como ela trata as crianças e os animais. Penso o mesmo quanto aos discos e filmes.

Essa breve história sobre o meu apreço para com os discos e os filmes inicia uma diálogo que, infelizmente, é interrompido pelo irritante toque da campainha que alerta para o final da curtíssima aula da noite. A filosofia fragmentada perde um pouco do seu brilho. O esforço que faço para meus alunos entenderem que a filosofia é necessária para o desenvolvimento do indivíduo desaba com a observação de um aluno ao final da aula: “Professor, se isso fosse importante não teríamos apenas uma aula por semana”. Filosofei: “Vamos provar que eles estão errados”. Até hoje estamos tentando.
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