Demorou,
mas, enfim, perceberam que a tal Rachel Sherazade, com aquela carinha – e nome
– de princesa, na verdade, dissemina um discurso fascista. O mais grave é que esse tipo de discurso tem
um apelo popular muito grande. Revoltados com a violência e outras mazelas da
sociedade brasileira, muitos endossam os esquetes de preconceito propagados em
rede nacional por essa dublê de repórter.
As
pessoas assimilam esse joguete barato de palavras e perdem a medida. Sentem-se
no direito, por exemplo, de jogar um rojão no meio da multidão e essa bomba,
disfarçada de protesto, acaba fazendo vítimas como a bala perdida do bandido,
do policial corrupto ou de qualquer tipo de escória que faz uso da violência
para se impor.
Depois
que a tragédia acontece, param pra pensar e tentam justificar o
injustificável. Quem acorrenta um
bandido em praça pública acha que pode tudo e esse “tudo” é incontrolável. Justiça com as próprias mãos é um retrocesso.
Estamos voltando para a idade média, estamos passando recibo de incompetência,
de falta de civilidade, falta de amor. Estamos voltando ao estágio inicial, à tábula
rasa.