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A CULTURA POP DOS ANOS OITENTA E A TRISTEZA DE OUVIR O RESTART

Os intelectuais odeiam, sei, adoram tratar os anos oitenta como trash (no sentido mais pejorativo que esse termo carrega) e sem sentido. Vá lá que em parte eles estão certos, tinha muita coisa tosca nos anos oitenta, mas quem é que liga pra isso? Eu vivi essa época e adoro relembrar. Num recuo bem jurássico, lembro-me de 1982 quando a performática banda carioca “Blitz” - Nascida do não menos performáticoo grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone – teatralisou o rock e iniciou uma revolução. “Yes, nós temos rock and roll”, começaram a dizer os críticos, os programadores de rádio, o Globo de Ouro, o Super Special e toda a mídia da época. A banda virou febre e o rock brasuca iniciou sua mais sólida fase.

Algumas bandas desse movimento firmaram-se no cenário nacional e construiram uma carreira de sucesso: Kid Abelha, Titãs, Paralamas, Barão Vermelho Capital Inicial, Plebe Rude, Titãs, Legião Urbana, Nenhum de Nós, Skank, só pra citar as mais conhecidas. O cast musical dessa turma é variado e perene, alcançou os dias de hoje e quase todos os discos dessas bandas, três décadas depois, ainda estão em catálogo.

Não fui tomado por uma onda de saudosismo, não é isso. A lembrança dos anos oitenta me veio como uma espécie de revolta depois que, acidentalmente, vi um trecho do VMB que consagrou a fraquíssima banda que atende pelo nome de “Restart”. Absolutamente nada que esses rapazes fazem pode ser classificado como rock, nem mesmo pop. Pensei: “é isso que a garotada de hoje anda ouvindo?”. Que tragédia! E ainda chamam os anos oitenta de trash! Em forma de protesto, deixo abaixo um vídeo com alguns clássicos dos anos 80:

OS ADORÁVEIS (E INCOMPREENDIDOS) ANOS OITENTA

Dias atrás estive envolvido numa sadia discussão no Ipsis Litteris, ótimo blog do amigo Grijó. Página bem frequentada, boa para troca de ideias. Algumas questões interessantes foram levantadas nas críticas feitas ao glorioso rock dos anos oitenta. Falou-se da falta de grandes instrumentistas, virtuoses. Discordei, claro, e deixei minha lista de instrumentistas que incluía Edgar Scandurra. Houve quem falasse que ele era mediano e não conhecia escala porque tocava com as corda soltas (???). Hilária essa afirmação. Não sou um virtuos0, mas também toco guitarra e estudei, por quatro anos, violão clássico. Basta ouvir o (ótimo) solo de “Dias de Luta” pra sacar que o Edgar conhece, sim, escala. Fiquei me perguntando: quem dos Beatles era um virtuoso instrumentista? Ao que me consta, só lá no Rivolver é que o George começou a mostrar seus rif’s. Mesmo assim os Beatles produziram discos antológicos que servem de referência até hoje. Em quase todas as listas de grandes discos, feitas nos Estados Unidos e na Europa, tem sempre, pelo menos, dois discos do Clash entre os 20 melhores. Nessa banda ninguém sabia cantar e tocavam pouquíssimo. Não me venham falar de razões mercadológicas porque música punk não toca no rádio!!!!!

E o Renato Russo? Depois que esse grande letrista virou artista popular, virou estampa de camiseta como o Che Guevara, passou a ser detestado pelos intelectuais. Sim, muita gente tem vergonha de dizer que o Renato é grande, afinal, o povo gosta, né? Se ele ficasse esquecido no underground longe do “embreguecimento” da mídia, tenho certeza, veríamos justos elogios a canções como “Tempo Perdido”, “Metal Contra As Nuvens”, “Teatro dos Vampiros”. Sou uma pessoa melhor porque ouvia (e ainda ouço) essas canções, não tenho dúvida. Memória afetiva? Sim, afetiva, criteriosa e calcada na razão. Segue um vídeo com versão ao vivo da belíssima Teatro dos Vampiros, Legião Urbana.

SOFRI, MAS ME DIVERTI

Quem me conhece ou quem lê os textos que escrevo nos meus dois blogs, já deve ter notado que sou um saudosista de marca maior. Para celebrar esse meu lado, digamos, romântico, fui ver um show que prometia resgatar a tão injustiçada cultura pop oitentista. O Estação Retrô 80, criado pelo cantor Leo Jaime, me decepcionou um pouco. Sei, você que detesta as musicas da década da zebrinha deve estar pensando: “não poderia ser de outra forma”. Mas não estou falando de qualidade musical, não é isso. Falo do respeito ao público.
Colocaram uma banda chamada “Dick e os Vigaristas” (que fez um bom show no Abril Pro Rock 2007) tocando covers dos anos 80. Os caras sequer ensaiaram. Ou melhor, ensaiaram na hora do show que por esse motivo atrasou uma hora e meia. O guitarrista não acertava um mísero solo. Um espetáculo sofrível. Mas todo mundo aplaudiu e achou o máximo. Acho que a escassez desse tipo de espetáculo e a saudade dos anos oitenta desviaram a atenção do público. Depois veio o Silvinho Blau Blau (one hit Singer) com muita disposição, mas a banda era ainda “Os Vigaristas”. O show começou de verdade quando Leo Jaime subiu ao palco.
Uma banda muito boa com destaque para o excelente guitarrista (que não sei o nome) e para o “Mingau”, grande baixista. Leo, ostentando um inacreditável bucho, mandou bem. Depois veio o Kid Vinil que também mandou muito bem. Cantou os hits do “Magazine” e fez um cover da Plebe Rude, cantou “Até Quando”. Em seguida Veio o Ritchie que cantou quatro músicas e salvou a noite. Foi aí que percebi que estou ficando velho. Ele lembrou que o último show que havia feito em Recife foi em 1986. Eu estava lá. O tempo passa, lá se vão 22 anos. Já eram duas horas da madrugada e o cansaço me fez ir embora. deixei de ver o show da Blitz. Um amigo me falou que a overdose de anos 80 varou a madrugada. Sofri mas me diverti!
Adendo: Depois da repercussão (negativa) que o meu post provocou junto a banda "Dick e os Vigaristas" e aos fãs, eu me preocupei com o que seria publicado nos comentários. Achei que seria xingado, etc. Ativei a moderação do blog. Hoje, quando cheguei do trabalho, fui ver os comentários e tive a grata surpresa de ler o pedido de desculpas do Ricardo. Muito nobre sua atitude. Estou falando sério. Que bom que somos pessoas civilizadas. Aproveito e quero também registrar de público o meu pedido de desculpas ao pessoal do “Dick e os Vigaristas”.
Não sou jornalista, não tenho habilidade com as palavras e no afã de descarregar minha indignação por ter esperado numa fila por mais de uma hora, acabei usando as palavras erradas e atingindo inconseqüentemente o brio do pessoal do "Dick". Sei exatamente o que vocês sentiram porque já tive banda e já toquei na noite. Desse episódio lamentável tirei muitas lições. A principal dada pelo amigo Ricardo, que mesmo contrariado e discordando de tudo que escrevi, teve a nobreza de se desculpar. Quanto aos comentários de indignação pelo que escrevi, como o do amigo Antonio Augusto, não vou mais responder e procurarei do alto da minha humildade tirar lições! Ed Cavalcante.
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