O "NOVO" FHC OU "O AL GORE DOS NOIADOS"


Vi, por acaso, o efusivo discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticando a morosidade das obras que darão suporte a realização da Copa do Mundo aqui no Brasil. Não foi surpresa vê-lo tentando alfinetar um governo do PT. Fez isso durante todos os mandatos de Lula e volta à tona, agora, para bombardear Dilma. O que me causou surpresa foi o tom de voz e as palavras usadas por ele. O velho político, que sempre ostentou o perfil de gentleman, subiu nos saltos e gritou ao microfone: “Os aeroportos não ficarão prontos a tempo e farão puxadinhos...”.

Hilário ver o renomado sociólogo que, durante um de seus mandatos, contrariando a sua formação humanística, vetou a obrigatoriedade do ensino de filosofia nas escolas públicas do Brasil, falando em coerência. O lado político falou mais alto. Quem estuda filosofia desde as séries elementares, aprende a abstrair, a conhecer a si próprio, a questionar. Que político, afinal, defenderia isso? Coube ao “iletrado” Lula corrigir o equívoco do seu antecessor.

A mesma matéria do telejornal que apresentou o furioso FHC mostrou que ele agora corre o mundo levantando a bandeira da descriminalização da maconha. O ex-presidente, no seu final de carreira, resolveu construir uma imagem que eu definiria como “o Al Gore dos noiados”. Qual é a do FHC, quer ser presidente de novo? Sua peregrinação e seus gritos diante das câmeras já estão surtindo efeito. A mídia está noticiando. O negócio é aparecer para não ser esquecido.

PROBLEMAS NO METRÔ DO RECIFE

Quem é usuário do metrô do Recife já percebeu que há algo errado. Os trens estão trafegando em baixa velocidade e, constantemente, fazem “paradas por motivos técnicos”. No sentido Recife-Jaboatão, quando os trens se aproximam da estação Santa Luzia, quase sempre, fazem a tal parada. Outro ponto crítico, no mesmo sentido, é próximo a estação Werneck.
Esse trecho, no dia 17 de abril, por volta da 11:25, apresentou problemas (foto acima) e teve que passar por reparos que provocaram atrasos nas composições.

Além dos problemas técnicos, tem a superlotação dos trens nos horários de pico, sobretudo entre 05:30 e 07:30. Os vagões trafegam abarrotados de pessoas que se submetem a esse tipo de desconforto porque, para a maioria dos delas, essa é a única opção de transporte. Vale lembrar que o metrô será a mais importante via de acesso ao estádio pernambucano que sediará jogos da copa de 2014. Até lá, os usuários que dependem desse meio de transporte vão praticando uma espécie de faquirismo forçado dentro dos vagões superlotados.

SUSAN DEY, UM DOS MEUS SONHOS DE INFÂNCIA

Se é correto afirmar que cada época tem seu rosto, a imagem feminina que me remete a década de setenta, sem dúvidas,  é a de Susan Dey. Na minha adolescência, quando assistia aos episódios da “Família Dó Ré Mi” (The Partridge Family), ficava imaginando se podia existir alguma garota mais bonita que a Laurie, personagem da Susan na referida série. Nas revistas, a cada foto dela parecia que sua beleza era recriada.

Ontem, enquanto navegava na web, dei de cara com o slideshow que compartilho abaixo. Antes de postá-lo aqui no blog fiquei alguns minutos diante do editor de textos procurando palavras para descrever as imagens. Escrevi, reescrevi e acabei desistindo. Sem palavras. Contemplem, abaixo, esse meu sonho de infância:

PS: Susan Dey, do alto dos seus 59 anos, continua linda. Confiram aqui

HAROLD CAMPING NÃO ESTAVA TOTALMENTE ERRADO


Um pastor (mais um) anunciou o fim do mundo que, segundo ele, aconteceria no sábado passado (21/05), às 20:00h (horário de Brasília). A história virou piada e bombou nas redes sociais. De tempos em tempos aparece um maluco como esses com suas teorias apocalípticas buscando, sabemos, apenas notoriedade. Mas, analisando a questão sob um outro ângulo, o pastor Harold Camping (foto acima) não estava de todo errado. O mundo, verdadeiramente, está acabando.

Segundo um site de estatísticas socioeconômicas, aproximadamente 150 mil pessoas morrem por dia de causas diversas. Essa é uma média geral,  se deslocarmos o foco da pesquisa para países da América Latina e da África, obviamente, o número subirá bastante. Se agregarmos a essa análise o número de árvores derrubadas diariamente, a quantidade de poluentes despejada na natureza, veremos que um mundo desaparece um pouco diariamente. Levando em consideração que um bioma é um mundo, vários mundos acabam diariamente sem que percebamos.

Talvez o Harold Camping tenha viajado nessas análises e resolveu anunciar o seu apocalipse sem explicar esses “detalhes técnicos” que servem apenas para vender livros e jornais. O dia do Armagedom foi fracionado e transformado num rosário de erros que são cometidos diariamente. Você que lê esse texto, quando abre a geladeira em casa ou quando usa um simples desodorante aerosol, contribui para o ocaso fragmentado do planeta. Baseados, talvez, na Lei de Murphy, os erros são tolerados como um fatalidade e passam por imutáveis. Faça a sua parte, salve o seu mundo!

SUPERNATURAL, UMA TEMPORADA ABAIXO DA MÉDIA (SPOILERS ABAIXO)


A sexta temporada foi, na medida exata do termo, prolixa. Durante vinte episódios a premissa da temporada apareceu em pequenas pinceladas sendo deixada de lado, quase sempre, para dar lugar a tramas paralelas que soaram como “o papo do cara que não tem nada a dizer”. Todas as expectativas ficaram, portanto, para os dois últimos episódios, mesmo com uma imensa pulga atrás da orelha.

O penúltimo episódio, “Let It Bleed”, revelou a história de Moishe Campbel que escreveu um diário com indicações de como abrir um portal ligando o purgatório  ao mundo atual. Trechos dos manuscritos de Campbell foram usados por um escritor de histórias de terror, H P Lovecraft, que acabou pagando com a vida. A cena inicial do episódio mostra o assassinato dele ocorrido em 1937. O danado nessa história é que Sera Gamble (roteirista), na tentativa de causar um “oh!”, entornou o caldo. Ele transformou a misteriosa e belíssima ex-namorada do Bobby numa nativa do purgatório. Fato descoberto pelo velho caçador quando interrogou um sobrevivente do massacre de 37, quando o portal foi aberto. A loira Elle confirmou a Bobby que tinha 900 anos, era nativa do purgatória e perseguida por Crowley e Castiel.

Nesse episódio Castiel começou a dar sinais de que estava mudando de lado. Fez um acordo com Crowley que acabou sequestrando Lisa e Ben. No final, ele tentou se redimir curando Lisa de um grave ferimento provocado por Crowley. Castiel também apagou a memória de Ben e Lisa para que os dois, definitivamente, se desligassem de Dean. O episódio termina com Castiel sequestrando Elle quando ela se preparava para fugir.

A season finale, “The Man Who Knew Too Much”, foi uma das mais fracas de todas que já assisti da série. Focaram o episódio nas neuras de Sam. Castiel apagou sua memória e ele passou a viver num universo psíquico onde foi confortando com duas outras personalidades suas. Trouxeram de volta também uma linda mulher que Sam matou para poder destruir um demônio. Eric Kripke montou toda essa fábula para revelar um “mistério meia-boca”: para realizar o ritual da abertura do portal do purgatório, disse Elle, era preciso sangue de uma virgem e sangue de uma nativa do purgatório. A loira acabou sendo sacrificada por isso.

Faltou criatividade no desfecho e em quase toda a temporada. Essa coisa de “sangue de uma virgem” em rituais de magia não é usado mais nem em produções da Disney. A temporada terminou com Castiel enebriado por ter abduzido (não se se é esse o termo) milhares de almas. Ele acabou virando um super anjo e se declarou o “Novo Deus”. Esse foi o gancho criado para a sétima temporada. Kripke deve estar com o sentimento de dever não cumprido.

ARQUEOLOGIA YOUTUBEANA VOL. 04 - PROGRAMAS DE AUDITÓRIO DA TV JORNAL


Fonte:

O vídeo acima, produzido por Vanessa Cortez, faz um resumo dos grandes programas de auditório da TV Jornal do Comércio. O interessante é que ele trás imagens raras, em preto e branco, da fase áurea da emissora. Para acentuar a importância dos antigos programas de auditório, o vídeo traz depoimentos de grandes artistas que passaram pelo palco da rua do Lima, entre eles: Roberto Carlos – vídeo da época e atual – Wanderléia, Claudionor Germano, entre outros. 

RELICÁRIO VOL. 06 - SHAZAN, XERIFE E CIA - 1972

Em 1972, a Rede Globo de Televisão exibiu a novela “O Primeiro Amor”. Esse folhetim entraria para a história da TV brasileira por dois motivos: A morte do ator e protagonista da trama,Sérgio Cardoso”, que interpretava o professor Luciano, e o surgimento dos heróis atrapalhados: “Shazan e Xerife”. A morte de “Sérgio Cardoso”, vitimado por um ataque cataléptico, gerou , inclusive, uma espécie de lenda. Segundo rumores (nunca confirmados, obviamente) da época, o corpo do ator teria sido exumado e ele estaria em posição diferente da que fora enterrado.

O fato gerou uma dúvida: será que ele foi enterrado vivo? Sua morte ocorreu quando ainda faltavam 30 capítulos para o fim da novela. O ator Leonardo Villar assumiu o papel do professor Luciano até o final da trama. O outro fato marcante foi o estrondoso sucesso da dupla de mecânicos “Shazan e Xerife”, interpretados, respectivamente, por “Paulo José” e “Flávio Migliaccio”. As aventuras vividas por esses dois malucos acabaram virando série: Shazan, Xerife & Cia”, o primeiro spin-off (série derivada de outra) da TV brasileira. 

Exibidos inicialmente às quintas feiras, às 21 h, os episódios tinham 30 minutos de duração e mostravam uma história completa. A partir de 1 de abril de 1973, o seriado passou a ser exibido de segunda a sexta, às 18 h, com histórias que duravam vários capíulos, um mês em média. Usando uma linguagem mambembe, A dupla Shazan & Xerife caiu nas graças das crianças. Os episódios eram variados, mas em todos eles a busca pela peça mágica, que tornaria possível a construção da bicicleta voadora, dava o tom das aventuras. 
 Um dos símbolos da série, era a famosa Camicleta (foto acima): um calhambeque todo enfeitado com um monte de quinquilharias. Tinha de tudo: chuveiro, ferramentas, peças de automóveis, utensílios domésticos, uma verdadeira sucata ambulante. No projeto original, o veiculo deles seria uma motocicleta com um sidecar, mas acabaram optando por um veículo maior e mais chamativo. 

O seriado foi exibido entre 26 de outubro de 1972 e 1 de março de 1974. Em 1998, Walter Negrão, criador dos personagens, homenageou os 25 anos da dupla convidando-a para uma aparição especial na novela “Era Uma Vez”. Até a “Camicleta”, reapareceu.

Ficha Técnica

Título: Shazan, Xerife & Cia
Elenco: Paulo José e Flávio Migliaccio
Formato: Episódios mensais divididos em capítulos diários de 30 minutos
Emissora: Rede Globo
Criação: Walter Negrão
Ano: 1972
Roteiros: Walter Negrão, Adriano Stuart e Silvan Paezzo.
Direção: Adriano Stuart, Reinaldo Boury, David Grimberg, João Loredo, Gonzaga Blota
Direção Geral: Daniel Filho
Tema Musical: “Hey Shazan” (Quarteto Em Forma e Osmar Milito)

Confira cenas raras dessa série e da reaparição da dupla em “Era Uma Vez”:

UMA TELHA PARA LULA


Denunciei aqui o descaso e a morosidade do Metrorec para com o problema das goteiras danificando obras do artista plástico pernambucano Lula Cardoso Ayres. Pois bem, estava eu a caminho do trabalho – como faço cotidianamente – quando deparei-me, na estação Central do Metrô, com esse mal-assombro (foto acima).
Na tentativa de “resolver” a infiltração que estava danificando um dos painés, o Metrorec, literalmente, armou um barraco. Como é “impossível” acabar com uma terrível infiltração, colocaram uma telha de alumínio que agora compõe o ambiente de exposição. Ao menos, a goteira não vai mais apagar um importante registro artístico.

AS OPERADORAS DE TEVÊ E AS ARMADILHAS DO CONSUMISMO


Estamos vivendo a era da acessibilidade. A internet, que ha bem pouco tempo era privilégio de poucos, agora faz a alegria das camadas mais populares, seja nas lan houses, ou mesmo, nos pecês que estão com preços acessíveis. Passada a euforia da popularização da grande rede, o foco agora está voltado para as tevês por assinatura.

Essa nova revolução que se anuncia tem uma outra implicação: as tevês abertas, há anos navegando no mar da acomodação, acenderam o sinal de alerta. Já não era sem tempo. Basta uma zapeada pelos canais livres, sobretudo nos finais de semana, para perceber o quão ruim e antiquada é a programação. Sem falar na enxurrada de canais e programas religiosos que tomaram conta da tevê.  Quem não pode pagar uma assinatura e gosta de ver tevê fica refém de programas de conteúdo ruim com a programação atrelada as vontades dos patrocinadores.

No afã de fugir dessa mesmice, muita gente está caindo nas armadilhas das operadoras de tevê por assinatura. São oferecidos pacotes com preços acessíveis, mas, o conteúdo, se brincar, é pior do que o dos canais abertos. Tem operadora que oferece oitenta e nove canais por um preço popular, menos de cinquenta reais. Na realidade, apenas quinze canais são pagos e o canal de esportes (um chamariz para o pacote) passa apenas reprises, fato não informado na propaganda da operadora.

Quando a questão da falta da qualidade da programação da tevê aberta é levantada, tem sempre um chato que grita: “Desliga a tevê e vai ler um livro”. O que está sendo questionado aqui vai muito além dos discursos intelectualóides que colocam a tevê como um monstro devorador de cérebros.  Tem muita gente que deixa de ver tevê e vai ler Paulo Coelho, Sidney Sheldon e sai arrotando erudição.  Cômico demais!

Existe uma outra válvula de escape criada com o auxílio da internet. Muita gente chegou ao extremo de criar um canal de tevê particular com programação baseada em downloads. Essa realidade é comum  entre os viciados em séries. Muitos têm uma programação toda montada com seriados de diversas emissoras americanas e vai baixando os arquivos diariamente e consumindo sem perceber que, na prática, criou uma grade de programação personalizada e gratuita. É o mesmo processo experimentado com a febre do mp3 em que todo mundo cria uma lista de execução de músicas e anda com sua rádio particular no bolso.

Fuja da mesmice, mas tenha cuidado quando for assinar um pacote de tevê, o universo das operadoras é um campo minado cercado pelas armadilhas do consumismo.   

SAUDADES DE CARLOS DAFÉ E DA MÚSICA QUE VEM DA ALMA


Hoje, sabe-se lá por que, acordei com vontade de ouvir soul music. Recorri a minha coleção e o escolhido foi o sumidão Carlos Dafé. Para quem não conhece (ou não lembra), Dafé fez muito sucesso na década de setenta no movimento encabeçado por Tim Maia que sedimentou a soul music Brasil. Carioca do charmoso bairro de Vila Isabel – terra de Noel e Martinho – José Carlos de Souza Dafé vem de uma família de artistas. Seu pai tocava choro e sua mãe era poetisa. Pioneiro, fez parte do primeiro grupo de negros a cantar exclusivamente soul music no Brasil, o Dom Salvador e Abolição, de 1967. Em 1972 ficou nacionalmente conhecido com o hit “Venha Matar a Saudade”, lançado em compacto simples junto com a canção “Verônica”.

Carlos Dafé foi figurinha carimbada durante toda a década de setenta, tendo participado, como músico e cantor, de vários discos de nomes consagrados da emepebê.  Em 1978, sofreu um grave acidente chegando a ficar um bom tempo sem memória. Cinco anos depois retomou a carreira com o lançamento do disco “De Repente”, pela RCA.  

O grande soul man está fora da mídia mas continua fazendo shows pelo Brasil afora. Para quem mora em Campinas (SP) e adjacências, vai à dica: dia 28 de Maio, Carlo Dafé toca no Clube Vila Marieta. Eu aqui em Recife não terei, ainda, o prazer de vê-lo ao vivo, mas regozijo-me ouvindo os dois discos abaixo, itens raros da minha coleção de soul Brasil:

1965, O ANO EM QUE NASCI

FRINGE - BREVE COMENTÁRIO SOBRE A TERCEIRA TEMPORADA

Essa foi, sem dúvida, a melhor temporada da série. Depois de ter deixado os fãs aflitos na temporada anterior com um suposto risco de cancelamento, Fringe ganhou força e encontrou um caminho que a distanciou – na minha concepção – das comparações com Arquivo X e já foi renovada.

Tudo na série melhorou, até a Ana Torv, que desde a metade da segunda temporada vem mostrando que não é apenas um rostinho bonito. A grande sacada da série foi apostar nos mistérios da realidade virtual envolvendo os dois mundos. Impressionantemente, todas as explicações apresentadas no desfecho da temporada se encaixaram perfeitamente, os roteiristas não deixaram nenhum nó aberto.

Da terceira temporada não gostei do artificio usado para burlar a ausência do Leonard Nimoy na série. Ele incorporou em Olivia, com isso, o personagem William Bell foi interpretado por Ana Torv. Detestei. Depois, quando a aparição dele na tela era inevitável, criaram uma dimensão em que os personagens apareciam como desenhos animados. Até que ficou interessante, mas preferia ver o Nimoy de verdade. Confesso que não pesquisei sobre os motivos da ausência dele na série, mas, achei – seja qual for o motivo – uma gafe imperdoável.

E o Sam Weiss? O cara apareceu na vida de Olivia como uma espécie de “Senhor Miyagi Fringe”, cheio de mistérios naquele boliche e no final da série ressurgiu como um descendente de um estudioso dos mistérios interdimensionais. Não gostei disso, supervalorizaram esse personagem para quase nada. Talvez ele tenha uma participação maior na quarta temporada.

A season finale não foi tão boa quanto eu esperava. Acredito que quase todo mundo lembrou do “Efeito Borboleta”. O grande lance da ressurreição do universo paralelo teve como premissa a alteração da ordem natural das coisas. Como alertou o Walter: “Mudar a ordem natural das coisas trará consequências”. A principal delas, aliás, é o gancho da quarta temporada: a inexistência de Peter. A season finale mostrou a extinção do universo paralelo e a sanha de vingança do Walternativo que culminou com a morte de Olivia. Walter acabou encontrando uma forma (A la Efeito Borboleta) de retornar ao ponto em que Peter acionou a máquina. Depois do retorno, Peter mudou sua decisão para preservar os dois universos que tornaram-se simultâneos no laboratório de Havard. O grande problema foi que, preservando os dois universos, Peter deixou de existir.

Detalhes do futuro – 2026 – mostrado no episódio

*Peter mais velho, casado com Olivia e ocupando um alto cargo: Não mostraram detalhes sobre como as coisas chegaram a essa realidade.

*Broyles senador e cego de um olho: Não entendi

*O cabelo liso de Astrid: ficou estranho demais!

*Moreau,o capanga do Walternativo: ele é a cara do Mitsuplik, aquele esquisito bandido do desenho Superman.

*Walter preso e barbudo: Horrível e incompreensível. Como Peter deixou que isso acontecesse de novo?. Essa foi uma premissa do início da série, Peter recuperando o pai em um sanatório. Não gostei.

Apesar das críticas, classifico essa temporada como uma das melhores até agora e já estou esperando setembro chegar.

ARQUEOLOGIA YOUTUBEANA VOL. 03 - O REBU (1974)



O Rebu, de Bráulio Pedroso, exibida entre 1974 e 1975, por seu formato inovador, foi um marco na teledramaturgia brasileira. Quem vê, hoje em dia, a saga de Jack Bauer sendo contada em um dia dividido em 24 episódios, saiba que essa inusitada narrativa foi uma das inovações apresentadas em O Rebu. 
 
A novela, que teve 132 capítulos, e se passava em apenas dois dias, contava a história de uma festa em homenagem a uma princesa italiana chamada Olímpia. Durante a festa ocorreu um assassinato. O mistério em torno desse crime foi mais uma inovação da produção. Apenas no capítulo 92 soubemos os nomes do assassino e da vítima.

O elenco da novela era outro ponto alto. Nomes como Ziembinski, José Lewgoy, Arlete Sales, Tereza Raquel, Mauro Mendonça, Carlos Vereza, Yara cortes, Lima Duarte, Buza Ferraz e Bete Mendes brilharam nesse thriller à brasileira. Já começamos a engrossar a torcida para que esse projeto vingue e assim como no projeto original, o elenco seja de peso. Segue um vídeo do Almanaque Globo com cenas raras e um resumo da novela.

A ESCOLA TRADICIONAL E OS “EFENÓLOGOS”

Lembro-me como se fosse hoje, tinha um garoto na minha sala (uma turma de sétima série) que era o que chamávamos de “crânio”. Tirava notas estratosféricas, era o primeiro da turma, sempre invejado. O que me intrigava era que, numa conversa informal, ele parecia ser bem menos instruido do que as suas notas indicavam. Alguns anos depois encontrei com ele trabalhando em um mercadinho como embalador. Perguntei: E a faculdade, conseguiu?” Ele, com tom de melancolia, disse: Que nada, não passei. Agora trabalhando aqui não dá pra estudar”.

Fiquei um bom tempo sem entender porque o cara que tirava notas altas não havia seguido adiante nos estudos. Anos depois, numa aula de didática com a querida professora Hajnalka (acho que é assim que se escreve esse nome húngaro), aprendi que a escola tradicional criava falsos heróis. Vários alunos, exímios em decorar questionários, tinham fama de superdotados, de crânios. Fora da escola, quando eram postos a teste na vida real, sem o auxílio dos questionários, quase sempre fracassavam. Muitos deles sequer entendiam o porquê de terem passado de super alunos para mero coadjuvantes.

Nunca fui um aluno brilhante, tirava notas medianas, na área de exata minhas notas eram sofríveis. Mas sempre tive a compensação de me esforçar para estar bem informado e atualizado. Fazia parte de um grupo de adolescentes que, mesmo tirando notas medianas ou abaixo da média, discutia sobre política, música de qualidade, poesia. Enquanto os outros apenas assistiam aos filmes, nós assistíamos, discutíamos sobre a direção, roteiros, atores. Os decorebas não sabiam dessas coisas, afinal, após os filmes não tinha questionários para eles decorarem.

Os falsos instruídos eram como o Efenólogo”. Explico: diz uma fábula que existia um homem inteligentíssimo e muito instruído, sabia muito. Falava sobre florestas, sobre a França, sobre o fogo, sobre Francisco Ferdinando, entendia sobre fokstrot, fauna, feijão, fumo, fazendas, falsidade, fábricas... Um dia perguntaram-lhe: "Quem foi Arquimedes?". Ele pensou e não respondeu. Todos estranharam, o sabichão não sabia. Sua “erudição” era segmentada. Ele havia cumprido pena por assalto, passou dez anos na prisão. Tinha como companheiro de cela, um homem que guardava consigo uma enciclopédia. O tal homem ganhou liberdade e acabou esquecendo os volumes da enciclopédia referentes a letra “F”. Ele decorou tudo e virou um “efenólogo”, um especialista em assuntos da letra efe.

Os decoradores de questionário da minha época de escola eram todos efenólogos, tinham habilidades parciais, não estavam preparados para a vida. Esse universo anti-holístico produziu imensas distorções na escola tradicional e fez a tristeza de muita gente. O lema que enfeita o banner desse blog resume a ideia central desse post: informação é poder.
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