Atenção: Spoilers Abaixo!
Esse
foi, sem dúvida, um episódio fora do convencional. Não bastasse a
ausência de Peter, Walter também não teve participação ativa.
Tomado por um surto ocasionado pelas vozes e pelas imagens que andou
vendo nos espelhos, ele fechou-se no seu universo psicótico.
A
caso usado como pano de fundo do episódio, como sempre, foi
apresentado na cena inicial. A diferença é que só nas cenas
seguintes descobrimos que a história se passava no universo
alternativo. A figura central da trama, John Louis McClennan, era um
psicótico assassino em série no universo paralelo e um renomado
professor de psicologia no mundo real. O trabalho da Divisão Fringe
era, aparentemente, simples: Levar o professor para o universo
paralelo – sem que ele soubesse da travessia, claro – para tentar
entender e ajudar a capturar o serial killer.
Essa
história dos dois universos trabalhando em cooperação não está
rendendo o esperado. Acredito que esse caminho foi um equívoco dos
roteiristas. Perdeu-se muito do mistério que envolvia o mundo
alternativo e o eixo da trama ficou morno. Outra coisa: episódios de
Fringe sem Peter, tudo bem, tem o Lincoln aí para suprir. Agora, um
episódio inteiro sem a participação ativa do Walter não dá pra
engolir. Mancada. No final do episódio o Dr. Bishop reaparece surtando, de
novo, ouvindo uma voz pedindo socorro. Pareceu-me o Peter, era um
áudio distorcido mas dava para identificar.
Quanto
aos dois John's McClennan: se o sobrevivente que foi trazido para o
mundo real for mesmo o assassino em série, será mais uma mancada
dos roteiristas. Essa coisa de troca de identidades é muito
lugar-comum e já foi usado na temporada anterior quando a Olivia
alternativa veio no lugar da original. No geral, o episódio ficou
devendo. Saudades do Walter!
Ficha
Técnica
Escrito
por: J.J. Abrams,
Alex Kurtzman e
Roberto Orci.
Exibição
nos EUA: 30 de setembro de 2011