Conheça todas as músicas de "Vendavais", novo disco do Ave Sangria




Carícias
Quero ser teu namorado A minha língua em tuas veias Quero ver teu corpo armado Meus lábios são luas cheias Na noite mais verdadeira Quero quebrar teus suspiros Com carícias e maneiras Que só conhecem os vampiros Vou deixar-te um trapo aberto Incerta e trêmula na madrugada (Liberta e pálida na madrugada) Alada irmã, amada amada Feliz e assustada De repente o sol desponta Em lanças-chamas reluzentes Deitada, inebriada e tonta Embriagada pelos meus dentes E guardarás nosso segredo Com medo, a gola alta e o olhar distante Alada amante, calada e nua Espera a lua



Dia a Dia
Quanta coisa foi preciso saber Quanta coisa foi preciso aprender Dei um beijo na menina Ela embaixo e eu em cima Dia a dia mais perto do amor Quanta coisa foi preciso perder Quanta coisa foi preciso esquecer Levei um beijo da menina Eu embaixo e ela em cima Dia a dia mais perto do amor Ah! Deixa morrer! Ah! Deixa nascer! Lado a lado eu e a menina Tudo debaixo e tudo de cima Dia a dia mais perto do amor






Marginal
Porque nossos caminhos são tão diversos Eu sou o verso e tu és o reverso Porque nós somos tão inversos Eu sou o verso e tu és o reverso Do teu não saber que não mais Não te falaram no cais Não mais saberás, jamais Quem sabe ou sabes? Um dia um sim te dou Porque tu te moves dentro de um lindo carro E eu simplesmente caminho dentro do bairro Onde nasci e morri e morri e morri tantas vezes Tu és a colina e eu sou o monte Tu és a colina e eu sou o monte Montanha russa talvez, eu sou tão longe Eu sou tão longe de ti Porque tu não sabes o que eu sei nem sonhas Por quanta lama ensanguentada eu já nadei Porque tu nunca andastes por onde passei e lutei Pelas ruelas escuras dos medos, segredos E negros brinquedos, eu sou tão carnal Pois é, não tenhas medo Eu sou um marginal



O Poeta
Vejam: O poeta suicidou-se de repente Deu um teco e já estava demente Quando anunciou: Não te iludas mais, criança Antes que tenhas tempo pra correr Já estarás Na pança de um aparelho de TV Tudo está perdido A inocência corrompeu-se por um prato de feijão com arroz Eu tenho medo Por mim e por vocês E pelo que vem depois do fim deste mês Vejam: O poeta suicidou-se de repente Deu um teco na e silenciosamente Nos abandonou




Olho da Noite
O verdadeiro olho da noite É um buraco branco no meio do céu O verdadeiro olho da noite É um buraco cego no centro do céu Céu



Ser
Ser como são os pássaros Morrer como morre o homem feliz Nascer depois de cada batalha perdida E saber que a vida ainda Tem muito pra dar e receber Toda vida pode ser inverno Toda vida pode ser carnaval De bermuda ou de terno Quando chega o sono eterno tudo é igual No caminho o que importa é o caminho E não o porto e ponto final Segue meu amigo e companheiro Pega tua estrada real Segue tua estrada do sol Do sol, do sol




Sete Minutos
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete Eu já sei A, b, c, d, e, f mas não tenho nenhuma pressa Per omnia saecula saeculorum Encoste-se em mim e só Meu amor, jogue seu amor no riso Basta ser serena entre as mulheres Venha comigo saiba do seu amigo Onde iremos não importa, vamos Não tenho nada com isso, só isso Pegue se for preciso, também preciso Traz a felicidade, eu trago E você me vê, sempre me vê Está feliz, está nas asas claras do vento Nos bosques nas lareiras sempre acesas Dois pratos sobre a mesa, precisa vir Andar, sumir daqui para longe Para longe, pra bem longe Onde nós vamos, venha, vamos


Silêncio
Silêncio segredo Nada demais, tudo simples Eu quero tudo de novo Todos de novo Silêncio segredo Nada demais, tudo simples Apenas nem tudo está legal por aqui Embora eu continue forte Como um caniço, ou quase isso Será que você vê No meio do lixo está o molho No meio da sala está o olho Flutuando e mágico Silêncio segredo mistério Nada demais tudo simples Se for preciso, mas muito preciso mesmo Um passo, dois, três vá lá atrás Mas é melhor aguentar a barra



Sundae
Sundae, lábios de mulher Sangue e Sundae, ou um dia qualquer Lábios de mulher Sol no sangue, derretendo o sunday Espalhando o mel sobre o mangue Sangue sol papel E se o céu soprar Uma nuvem verde-mar Bailarinas minas lindas línguas lábios Lambem o sol Uma chuva de confetes Desce o vento em rodopio E me leva em seus cabelos cor de anil




O disco, que foi gravado em 2018, chegou às plataformas digitais no dia 25 de Abril. Todas as músicas foram compostas na década de 70 e segundo Marco Polo "O repertório do novo álbum persegue as características recorrentes do grupo; do divertimento escrachado à morbidez de temas sombrios, da crítica social implacável ao mais delirante psicodelismo, da agressividade do rock pesado ao lirismo acústico das baladas”. A produção ficou a cargo de Juliano de Holanda e Paulo Rafael.

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