O ABRIL PRO ROCK ESTÁ CHEGANDO!

No dia onze de abril começa o "ABRIL PRO ROCK", o maior festival de rock da América Latina. Nos 16 anos de existência, passaram pelos palcos do Abril bandas como: Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Sepultura, Mutantes, Joe Ramone e centenas de outras. A seguir a lista dos destaques do festival desse ano que foI escolhida pelo público via internet.

NEW YORK DOLLS: Lendária banda punk novaiorquina nascida sob a batuta de Malcon Mclaren em 1971. São contemporâneos dos Stoges e do Velvet Underground. O último disco lançado pela banda foi o "One Day It Will Please Us to Remember Even This", de 2006. Eles fazem a abertura do festival no dia 11 de abril.

BAD BRAINS: banda estadosunidense formada em 1977 que mistura hardcore, punk, reggae e jazz. São pioneiros do hardcore dos Estados Unidos e também os primeiros a fundir heavy metal e funk. Tocam na abertura do festival, dia 11, junto com o New York Dolls.

LOBÃO: lenda viva do rock nacional. O velho lobo tem uma trjetória de sucesso, fracassos e muita polêmica. Começou a carreira tocando bateria no lendário Vímana junto com Ritchie e Lulu Santos. Também foi baterista da Blitz. O veterano Lobão se apresentará no segundo dia do festival, 12 de abril.

WNADER WILDNER: oriundo do movimento punk gaúcho, ficou conhecido como o vocalista doidão dos Replicantes. Tem uma carreira solo fincada no underground iniciada em 1996. Wander tocará no dia 12 de abril.

THE DATSUNS: considerada a melhor banda de rock da Nova Zelândia na atualidade, conta com o aval de nada mais, nada menos que John Paul Jones (Led Zepplin), que produziu o novo disco do grupo "Smoke & Mirrors". Eles fecharão o segundo dia do festival.

HELLOWEEN: O grande nome do Abril desse ano. Os veteranos roqueiros alemães estão na estrada desde 1984. o Helloween surgiu da reunião dos guitarristas Michael Weikath e Kai Hansen, do baixista Markus Grosskopf e do baterista Ingo Schwichtenberg. Não fugindo a regra das maiorias das bandas alemãs, eles fazem uma mistura de rock pesado e melódico. Eles tocarão no último dia do festival, 27 de abril.

GAMMA RAY: essa banda é uma dissidência do Halloween. Foi formada por Kai Hansen no final da década de 80. Tem um som muito parecido com o do seu ancestral famoso. Eles irão tocar no último dia também.

Além das bandas e cantores acima destacados participarão dessa edição do Abril:

DIA 11: ZUMBIS DO ESPAÇO (SP), MUQUECA DE RATO (ES), VAMOZ! (PE), PROJECT 666 (PE), THE SINKS (RN)AMP (PE).

DIA 12: CÉU (SP), AUTORAMAS (RJ), SUPERGUIDOS (RS), JÚPTER MAÇÃ (RS), VIOLINS (GO), PATA DE ELEFANTE (RS), VITOR ARAÚJO (PE), ERRO DE TRANSMISSÃO (PE), SWEET FANNY ADAMS (PE), BARBIEKILL (RN), ROCKASSETES (SE), MADALENA MOOG (PB).

ACROSS THE UNIVERSE, UMA GRATA SURPRESA



Outro dia estava navegando na net quando dei de cara com a sinopse do “Across The Universe”, o musical do Julie Taymor só com músicas dos Beatles. Coloquei o filme na minha lista de prioridades. Enfim, assisti ao musical hoje, com um pé atrás. É que de tanto ouvir dos meus amigos (incluindo os beatlemaníacos): “Existe ainda alguma coisa a se falar sobre os Beatles?” Acabei absorvendo essa idéia. Depois de ver o filme, não encontro palavras para descrever a minha admiração por esse trabalho. O  filme não é sobre os Beatles. Taymor construiu o seu roteiro baseado nas músicas dos Quatro Rapazes de Liverpool. O filme faz uma crítica contundente a máquina de guerra dos Estados Unidos usando como pano de fundo a guerra do Vietnã. Símbolos com o “Tio Sam” e a “Estátua da Liberdade” são diluídos no sarcasmo. 

Outro aspecto que destaco nessa obra: eles capricharam nos arranjos das músicas, que ganharam uma nova roupagem e conservaram a essência Beatle. Até o psicodelismo colorido e caleidoscópico ressurgiu sem parecer retrô. O filme tem a participação especial de Bono Vox, que encarna o Dr. Robert. Confira a seguir o trailer:
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O FALSO INTELECTUAL E OS MORTOS DE LÍDICE

Jaroslav Seifert

Quando eu era um garotão, entre os 16 e os 18 anos, tinha uma forma inusitada de me divertir: fingia para os outros que era intelectual. Como? decorava nomes de livros , frases feitas, títulos e trechos de filmes de arte e etc. Baseado nesse aparato alegórico eu puxava assunto com os professores, entrava em discussões, sempre com o nariz empinado ostentando uma sapiência, digamos, cenográfica.
O local onde eu mais encarnava esse personagem era a "Livro 7" , lendária e gigantesca (diziam ser a maior do Brasil) livraria recifense, que durante anos foi o reduto da intelectualidade pernambucana. Numa das milhares de visitas que eu fiz a esse "templo sagrado", deparei-me com um círculo de senhores de meia-idade, bem vestidos, que discutiam sobre um tal de "Jaroslav Seifert". Fiz um breve recuo na memória e lembrei: o autor de "Os Mortos de Lídice", eu sei quem é esse cara e vou entrar na conversa! Um dos senhores falou: -"Por que será que ele ganhou o Nobel de literatura?" Eu aproveitei e respondi, já me intrometendo na conversa: -"Obviamente pelo extraordinário sucesso que 'Os Mortos de Lídice' faz até hoje! Todos pararam de conversar e me olharam seriamente. Um deles falou: -"Onde você leu o poema?" Eu suspirei e menti: -"É o meu preferido, conheci na faculdade (só ingressaria no mundo acadêmico 10 anos depois) num clube de poetas juvenis". Todos riram efusivamente e me ignoraram. Nunca entendi essa reação.
Relembrando esse episódio hoje, vejo que não deveria ter mentido quanto a forma como conheci o poema, a história real era bem mais interessante. Em 1984 eu assistia a tevê (programa Som Pop - TVU) quando dona Ivone, minha mãe, pediu-me que fosse comprar uma barra de sabão. Fui até a venda da esquina e comprei. O sabão veio embrulhado numa folha de revista (Veja) que trazia o poema e a biografia resumida do poeta tcheco "Jaroslav Seifert". Eu adorei o texto, os horrores da guerra transformados em poesia. Muito punk, pensei na época. O fato é que a força desses versos atravessou a minha vida e mora no meu imaginário. De vez em quando me pego lembrando de um trecho. Meus respeitos, senhor Seifert!
Os mortos de Lídice
A andorinha não encontrou seu teto,
Solta gritos de queixa, erra
Só há árvores negras, cá como lá
Cetros quebrados jorram da terra
E vocês, com o calcanhar na terra para o passo final,
Quando o caminho deságua na beira do precipício,
Vocês entram na sombra de braços abertos,
Como semeadores diante de sulcos vazios.
Ao menos a cotovia retorna para vê-los
Mais perto de vocês ela ouve melhor
O que somente os pássaros compreendem bem
Tu ouvirás talvez, em sua mensagem,
Cantar a terra que sacia o fundo
As bocas ainda cerradas de ira
Cantar a lápide deitada perto da trincheira
E os silêncios que sobre os seus nomes tombaram
Cantar a angústia dos tempos de raptos
Cantar o choro de lábios que brilham
Quando se desejava ser demente
Mas faltava tempo para a loucura
Cantar o terror ancorado no fundo do olhar
Quando vossas mulheres se colaram às portas
Como o náufrago se agarra a haste incerta
Já sem rumo para sua esperança morta
Cantar o instante de calmaria sublime
Quando resta um único suspiro
Cantar o esplendor de um povo glorioso
Sobre cujas tumbas vossos passos vão ecoar
Como outrora, lá ergue-se o cântigo
Da cotovia, ó calma eternidade
As rosas, as melancólicas rosas,
Mesmo elas foram pisoteadas .
Jaroslav Seifert
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