A
difícil arte de reconhecer os próprios erros faz muita gente trocar os pés
pelas mãos. Um bom exemplo: eu costumava
comentar em um blog de um amigo virtual, esse amigo, craque no trato com as
palavras, vez por outra, corrigia meus deslizes gramaticais no meu blog.
Aceitava, claro, as correções e agradecia pela valorosa contribuição. Eis que
um belo dia percebi um equívoco numa publicação dele, alertei para o erro e
ele, sabe-se lá por que, desconversou, inventou uma história e persistiu no
erro. A tal da humildade foi deixada de lado e eu, claro, deixei de visitar o
dito blog.
Assim
como na historia narrada acima, muitos outros episódios da vida cotidiana vão
nos dando lições e motivos para fazermos escolhas. Os caminhos são muitos, mas
a vida, de forma implacável, ensina. Na
escola percebo que a maioria dos alunos ignora essas lições de forma deliberada
ou, pela pouca experiência de vida, faz pouco caso apenas para afrontar o “poder
estabelecido” representado pela escola na figura do professor.
A
lógica adotada nesses casos é a do “quero aprender errando”. Esquecem que o
valor das lições contidas nos erros, é fundamental, apenas, quando estes ocorrem
de forma involuntária. Errar sabendo que está errando não agrega conhecimento
nem experiência nenhuma, é meramente uma prática de rebeldia sem causa, inócua,
estéril.
Pior
ainda é não reconhecer o erro por arrogância e falta de humildade. Vemos muito isso no mundo acadêmico, é quase
uma regra entre aqueles que se escondem por trás de títulos. Existe uma estratificação que determina as
castas que podem comentar, criticar e, em último caso, corrigir. Quem tenta
subverter essa regra, em geral, caminha sobre um tapete de pedras que vão sendo
atiradas do alto das cátedras. O bom é
que de vez em quando alguém consegue transpor esses obstáculos e algumas
máscaras caem. Assim é a vida.
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