
Outro dia, assistindo ao ótimo “Conversa Afinada”, da Tv Brasil, dei de cara com uma dupla que fez jus ao nome do programa: Victor Biglione e Marcelo Powell. O som do argentino (naturalizado brasileiro) Victor Biglione, eu conheci há vinte e cinco anos, quando ele substituiu (com maestria) o Armandinho, na Cor do Som, a partir do disco “Magia Tropical”. Nesse álbum, os dois grandes destaques instrumentais têm a marca Biglione: o inesquecível solo que encerra “O Balão Vai Subir” (Mú) e a belíssima “Outras Praias”, composição do próprio Victor. Na minha cabeça Biglione sempre foi um grande guitarrista. Vê-lo tocando violão (com palheta, é claro) como se estivesse empunhando sua Fender Stratocaster, foi uma bela surpresa.
O segundo músico em questão, de sobrenome famoso, eu não conhecia. Sim, Marcelo Powell é filho do mestre Baden Powell. Pelo que vi, no programa, o sobrenome lhe cai muitíssimo bem. O rapaz é muito bom. Não dá pra definir um estilo, o violão do Marcelo passeia pelo flamenco, bossa nova e pela escola tradicional de violonistas brasileiros. Começou a tocar com apenas nove anos fazendo pequenas participações nos shows do pai. Tem apenas 24 anos, é um músico em formação, mas já conta com um leque bastante extenso de apresentações em festivais de jazz e participações em discos de algumas figurinhas carimbadas da emepebê.
No Conversa Afinada, Victor Biglione e Marcelo Powell revelaram que pretendem lançar em devedê o resultado desse encontro. Confira, a seguir, o vídeo com a dupla interpretando “Manhã de Carnaval” ,do Luiz Bonfá e do Antônio Maria. Note, Biglione é um guitarrista tocando violão, diferente do Marcelo:
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6 Responses to “VICTOR BIGLIONE E MARCELO POWELL, DOIS ESTILOS E UM MESMO INSTRUMENTO”
O cara honra o nome do pai, eu ja ouvi muita coisa dele, e ele é bom demais. Não tao bom quanto baden, yamandu e baddi, mas ele esta entre os melhores concerteza
Dos que você citou, só não curto o Yamandu, não consigo entender o que ele faz. Aquela coisa de solar rápido e o ecesso de rifs nunca me soaram bem!
Ótimo post, regozijei aqui com esse som do melhor e informações também muito boas.
beijos
Ed, o Marcelo esteve aqui em Vitória e fez uma festa. Só faltou fritar uns ovinhos no palco para a raapaziada temperar com sal. é excelente.
E vc disse tudo: não há como derfinir. Mas o problema é que é filho do Baden, que é, para muitos, um deus. E as comparações são inevitáveis - e a meu ver, dispensáveis.
Sobre o Biglione, bem, vc falou sobre "A Cor do Som", que era um grupo bem bacana. Curti, mas gostei dele quando partiu para a seara do jazz. Ali acho que ele se encontrou.
Abraço.
Ed, temum selo pra ti lá no Poesia Inconstante =)
Tive o prazer de assistir Victor Biglione na Toca do Vinicius num evento junto de Marcos Valle e outros que deliciava os cariocas pelas famosas calçadas de Ipanema.
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