FAIXA DE GAZA, O NOVO GUETO DE VARSÓVIA

Começamos o ano de 2009 com as tristes notícias chegadas do Oriente Médio. O acirramento da secular rivalidade entre Árabes e Judeus, merece uma reflexão. Antes de tudo, entenda como um país do tamanho do estado de Sergipe, tem um dos exércitos mais poderosos do mundo.

O Estado de Israel foi criado no pós-guerra, depois de uma resolução da ONU. No começo o país se mantinha através de doações que chegavam de judeus dos quatro cantos do planeta. Esse quadro mudou rapidamente. Com fortes investimentos em educação e tecnologia, Israel tranformou-se numa potência tecnológica e bélica. Hoje em dia, o país é um grande produtor de softwares e é detentor da melhor indústria bélica do planeta. O pequeno país de aproximadamente 20.700 Km² alcançou o chamado Primeiro Mundo.

De onde vem a rivalidade? Árabes e Judeus, antes de tudo, têm a diferença religiosa. A rivalidade começa por aí. Na história de Abraão, a Bíblia nos conta que ele, impaciente porque sua mulher Sara não engravidava, serviu-se de uma escrava egípcia e foi pai de Ismael. Entretanto, aos 90 anos, Sara deu a luz ao filho legítimo (é assim que a Bíblia o trata) de Abraão, Isaque. O que isso tem a ver com a guerra? Bom, nos dias de hoje correntes judaicas propagam a diferença entre os dois povos devido a descendência: os judeus descendem do filho legítimo de Abraão, Isaque. Os árabes descendem do filho bastardo, Ismael. Os judeus tiram dessa parca idéia, o sentimento de superioridade.

Quando o Esatdo de Israel foi criado, sua capital era (para a ONU ainda é) Tel Aviv, depois que ocuparam Jerusalém, eles proclamaram a cidade sagrada como “capital de Israel”.

Através da ocupação de territórios palestinos Israel se impôs no Oriente Médio. A Península do Sinai ocupada na grande expansão de 1967, foi devolvida ao Egito, depois que esse país reconheceu a soberania de Israel. Ao longo dos anos a rivalidade foi se acirrando, mas Israel manteve-se sempre numa posição de superioridade.

Houve um momento em que o mundo chegou a acreditar que um acordo de paz seria possível. Em 1993, com a mediação dos Estados Unidos (Bill Clinton), Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina. Mas, grupos extremistas dos dois lados minaram o acordo. Desde então, árabes e judeus vêm escrevendo um dos capítulos mais tristes e violentos da história da humanidade. Atentados, bombardeios e trocas de acusações fazem parte do cotidiano desses dois povos.

O destaque negativo nessa longa história de guerra, sem dúvida, é do líder israelense Ariel Sharon. Um dos criadores do Likud (partido ultranacionalista israelense), ele foi primeiro ministro de Israel entre 2001 e 2006, quando se afastou por ter sofrido um AVC. Shron pôs em prática uma política de não-tolerância aos palestinos, chegando ao absurdo de recriar um vergonhoso ícone da Guerra Fria, o Muro da Segregação. Ele ordenou a construção de uma grande muralha segregando vários assentamentos palestinos. O triste capitulo que estamos assistindo nessa virada de ano, é resultado dessa política ultra direitista que, diga-se de passagem, tem o apoio dos Estados Unidos. Os horrores do Holocausto, que serviram de bandeira de protesto dos israelenses desde o fim da Segunda Guerra, ressurgem agora, inexplicavelmente, tendo como algozes as antigas vítimas.

Nada justifica o terrorismo praticado pelos árabes, assim como o genocídio que vem se configurando a cada ataque israelense. Religião para quê ?

SONHAR NÃO CUSTA NADA - (REEDIÇÃO)

CATÓLICOS E PROTESTANTES (IRLANDA DO NORTE)
BRASILEIROS E ARGENTINOS

MUNDO MULTIRRACIAL

GATOS E RATOS
DEMOCRATAS E REPUBLICANOS
MONTÉQUIOS E CAPULETOS
GREGOS E TROIANOS
ÁRABES E JUDEUS

AS VÁRIAS FACES DO INFERNO


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Esse começo de ano foi marcado pelo acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Ouvi alguém dizer: “aquilo ali é o inferno”. Fiquei pensando: o que é o inferno? Para muitos não existe o lugar e sim um estado de espírito. O tal do “inferno astral” é uma sucessão de coisas desagradáveis que assolam uma pessoa, dizem as literaturas do ramo. Na mitologia grega, paradoxalmente, existia o deus dos infernos, Hades, nesse caso associado à morte. Quem morria ia para as profundezas, lá era o reino de Hades. No Judaísmo não existe condenação eterna para o inferno, já que esse lugar (ou estado de espírito) é tratado como temporário. As almas impuras têm que passar pelo “Gehinom” até alcançar a purificação, entendida como salvação.
O mundo cristão, devido às suas ramificações, apresenta a maior diversificação da concepção de inferno. A mais comum diz que se trata de um local de condenação eterna, de fogo eterno que pune as almas impuras. Para os adventistas, a alma condenada repousa na sepultura onde seu corpo foi enterrado e dali só sairá para enfrentar o julgamento divino. O inferno, então, não seria um lugar e sim um estado de inconsciência.
Os protestantes referem-se ao inferno como um lugar sem Deus. Essa concepção, no meu modo de ver, vai de encontro a um dos dogmas do cristianismo: Deus é onipresente, ou seja, está em todo lugar. Acreditar que o inferno é um lugar sem Deus seria atestar que Ele não é onipresente. As almas condenadas a esse inferno, na visão protestante, queimarão eternamente.
No Islã o inferno é descrito como local de punição eterna, mas, diferentemente das demais religiões, existe uma fragmentação. O inferno é dividido em sete partes. As almas condenadas encontram na entrada sete portões que diferenciam as diversas categorias de punição. Cada condenação corresponde a um inferno específico.
Uma coisa é certa: em qualquer credo ou etnia, o inferno está associado a sofrimento e purgação de pecados. Em muitas crenças ele aparece como condenação eterna. Em várias religiões tribais da África, as figuras do demônio e do inferno não existem. O argumento é que o deus em que eles acreditam é tão poderoso, que não permite a existência de um ser do mal e de um local de sofrimento.
Termino lembrando José Mojica Marins, o Zé do Caixão. No Brasil ele é visto como figura folclórica, nos Estados Unidos é reverenciado como mestre no universo Trash. Ele é colocado no mesmo patamar do Béla Lugosi, por exemplo. No filme “À Meia-noite Levarei Tua Alma”, Zé do Caixão mostra um inferno coberto de neve. Ao contrário de todos os clichês, ele foi original e retratou o lugar dos martírios com temperaturas abaixo de zero. Originalíssimo!

CICLO DO RECIFE, A INVENÇÃO DO CINEMA NACIONAL

Um capítulo importante da história do cinema brasileiro, é pouco conhecido do grande público. Trata-se do “Ciclo do Recife”. Pioneiro na introdução da sétima arte no Brasil, esse movimento também marcou seu pioneirismo na introdução do cinema mudo regionalista em terras brasileiras. Os grandes nomes dessa fase inicial do cinema pernambucano foram: Edson Chagas, Gentil Roiz, Ary Severo e Jota Soares. O Ciclo do Recife teve importância não só na esfera cinematográfica. Como os filmes dessa época eram quase todos importados dos Estados Unidos, o público não se identificava com os temas abordados que eram, naturalmente, relacionados ao país de origem. No movimento pernambucano o cinema brasileiro começou a ganhar identidade. Entre 1923 e 1931, 18 filmes (Longas e documentários) foram produzidos. Várias produtoras surgiram a partir desse movimento. As mais importantes foram: a “Aurora Filmes”, sediada no Recife, que além de filmes produzia fitas de enredo, sendo a primeira do Nordeste nesse ramo e uma das primeiras no Brasil, a “Olinda Filmes” e a “Vera Cruz”.

Outro efeito do Ciclo do Recife foi o surgimento de importantes salas de projeção. Os cines Moderno, Helvética, Royal e Phaté, todos já extintos, destacavam-se pelo luxo e tradição. O Cinema do Parque, hoje transformado em Teatro, resiste como importante espaço cultural do Recife.

O Ciclo do Recife, além de pioneiro, foi o mais produtivo. Segue abaixo a filmografia completa dessa importantíssima página do cinema brasileiro:

Filmografia do Ciclo do Recife

RETRIBUIÇÃO (1923)

Argumento, roteiro e direção de Gentil Roiz

PERNAMBUCO NO CENTENÁRIO DA

CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1924)

Roteiro e direção: Hugo Falangola. Camera: J. Cambiere.

VENEZA AMERICANA (1924)

Roteiro e direção: Hugo Falangola. Camera: J. Cambiere.

UM ATO DE HUMANIDADE (1925)

Argumento e direção: Gentil Roiz

JURANDO VINGAR (1925)

Argumento e roteiro: Gentil Roiz.

AITARÉ DA PRAIA (1925)

Argumento e roteiro: Ary Severo.

GRANDEZAS DE PERNAMBUCO (1925)

Organização geral: Chagas Ribeiro.

A PEGA DO BOI (1925)

Direção: Edson Chagas

CARNAVAL PERNAMBUCANO (1926)

Roteiro e câmera de Edson Chagas.

A FILHA DO ADVOGADO (1926)

Argumento de Costa Monteiro. Direção: Jota Soares

CHEGADA DO JAHÚ A RECIFE (1927)

Orientação geral: Alcebíades Araújo - Vera Cruz Filme

CHEGADA DO JAHÚ A RECIFE (1927)

Orientação geral: Edson Chagas – Liberdade Filme

DANÇA, AMOR E VENTURA (1927)

Argumento, roteiro e direção: Ary Severo.

REVEZES (1927)

Argumento, roteiro e direção: Chagas Ribeiro

SANGUE DE IRMÃO (1927)

Argumento, roteiro e direção: Jota Soares.

DESTINO DAS ROSAS (1929)

Orientação de Luiz Maranhão. Direção técnica de Ary Severo.

NO CENÁRIO DA VIDA (1930/31)

Argumento e roteiro de Jota Soares e Mário Furtado de Mendonça.

Direção: Luiz Maranhão.

ODISSÉIA DE UMA VIDA e AUDÁCIA DO CIÚME (1931)

Filmes inacabados, de Alfredo Carneiro (Fred Junior) - Iate Filme

Vídeo: A Última Diva - Primeira Parte: entrevista com Jota Soares e nomes importantes do Ciclo do Recife. O vídeo mostra cenas raras de vários filmes desse movimento.

QUADRO-NEGRO

CONCÍLIOS ECUMÊNICOS DA IGREJA CATÓLICA – SEGUNDA PARTE (UM PAPA JUDEU E O PERÍODO EM QUE A IGREJA CATÓLICA TEVE DOIS PAPAS).

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Como vimos, na primeira parte desse post, os seis primeiros Concílios da Igreja Católica foram voltados para um tema central: a construção (ou definição) do perfil de Jesus Cristo. A partir daí, outros temas passaram a ser discutidos. No Segundo Concílio de Nicéia (Papa Adriano I) realizado entre 24 de setembro e 23 de outubro de 789, a veneração de imagens, um dos pilares da Igreja Católica, foi legitimada. Os santos católicos, a partir de então, se materializaram. Esse é o maior alvo das críticas das religiões evangélicas contra o catolicismo. 
O Quarto Concílio de Constantinopla (Papa Adriano II), realizado entre 05 de outubro de 869 e 28 de fevereiro de 870, teve forte inclinação política. Fócio, soberano de Constantinopla, responsável pelo Cisma do Oriente (separação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa), foi condenado e deposto mas, posteriormente, foi canonizado pela Igreja Ortodoxa.Nesse concílio, mais uma vez, a veneração de imagens foi legitimada. No Primeiro Concílio de Latrão (Papa Calisto I), realizado entre 18 de março e 06 de abril de 1123, mais uma vez a questão política se fez presente. Foi discutida a Questão das Investiduras, um conflito entre a Igreja Católica e o Sacro Império Romano-Germânico. Na prática, era um choque entre o Poder Temporal (do imperador) e o poder Espiritual (eclesiástico). 
A Igreja Católica caminhava para a independência perante o poder do imperador. O Segundo Concílio de Latrão (Papas: Inocêncio II e Anacleto II) é um dos capítulos mais curiosos da Igreja Católica. Realizado em Abril de 1139, esse curioso concílio decretou o fim do cisma provocado por AnacletoII, tratado pela Igreja como Anti Papa. Anacleto II tinha outra curiosidade: era judeu. Isso mesmo, um Papa de origem judaica. Talvez esse tenha sido o principal motivo da sua não aceitação por parte do mundo eclesiástico da época. Inocêncio II foi eleito Papa por força política. Os Pierleones, poderosa família romana da qual Anacleto era oriundo, o proclamaram Papa à revelia de Roma. No dia 23 de fevereiro de 1130, os dois Papas foram coroados dando início a um cisma. Anacleto II, por ser de origem judaica e ter uma representatividade menor (contava apenas com a força política da sua família), foi proclamado Anti papa. Entretanto, resistiu e não foi deposto. Manteve-se no poder até o dia da sua morte, em janeiro de 1138. Terminava, então, o único período em que a Igreja Católica teve dois Papas.

FELIZ NATAL COM UMA REFLEXÃO SOBRE A FALTA DE AMOR NO MUNDO

HAPPY CHRISTMAS JOHN LENNON
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