A ESQUISITICE NOSSA DE CADA DIA


Todo mundo tem um hábito esquisito. Alguns confessam, outros escondem e só a família e os amigos mais próximos compartilham dessa excentricidade. Meu amigo Edgar, por exemplo, diz que adora comer fejião gelado. Segundo ele, não há nada melhor do que tirar o feijão da geladeira e degustá-lo geladinho como sorvete. Só de pensar dá um embrulho no estômago. Outro dia estava jantando numa das escolas em que trabalho e um professor, do meu lado, despejou um monte de bolachas num copo de café e ainda pôs, acreditem, um pouco da sal. Esse tipo de bizarrice, ao que me consta, é típico entre mulheres grávidas excêntricas.

Li, certa vez, um depoimento de uma das filhas de Baby Consuelo – ou do Brasil, não sei como  se chama agora – em que ela narrou uma traquinagem de infância. Segundo a moça, numa festa em que Baby e Pepeu promoveram em casa, ela instalou um gravador de áudio no banheiro. Dentre os tantos registros sonoros que o equipamento captou, tinha a gravação de um cidadão – famoso, acentuou ela – que assoviou o hino nacional enquanto fazia um “número dois”. Tinha outro que gemia e por aí vai. Lendo esse bizarro relato lembrei-me de uma frase do Caetano Veloso: “De perto, ninguém é normal”. Dentro do banheiro então!

O danado é que ninguém se acha esquisito ou percebe em si, traços de esquisitices. Ouvi um psicólogo – não numa consulta, no rádio – explicando que se pudéssemos sair do nosso corpo e observarmos a nós mesmos durante um dia do cotidiano, descobriríamos um monte de esquisitices que praticamos inconscientemente. Depois dessa observação, fiz um exercício de reflexão e fui buscar na caixa preta das minhas lembranças, minhas esquisitices. Lembro-me que, na época em que ouvia música em elepês, gostava de curtir os discos de Jimmy Hendrix em rotação alterada, 45 rpm.

Explico: minha mãe costumava limpar os móveis e espanar tudo. Numa dessas faxinas, ela passou a flanela no botãozinho do toca-discos e mudou o botão de 33 – o normal – para 45 rpm, rotação dos discos antigos e de alguns importados de países que  ainda usavam essa velocidade. O efeito foi aquele que as crianças adoram, o som acelerado com voz de pato. Pois bem, fui ouvir “Voodoo Child”, do Hendrix, e a música começou a rodar mais rápida. Parei, ouvi e gostei. Parecia heavy metal. Passei, então, a ouvir os discos de Hendrix sempre em rotação alterada. Meu amigo Micróbio, fã incondicional do lendário guitarrista, disse que eu estava blasfemando, quase deixou de falar comigo.

Tenho um amigo chamado José Duque, ele costuma colecionar episódios de esquisitices. Passou num concurso público para professor em Fernando de Noronha, viajou para a ilha, não gostou de lá e no dia seguinte viajou de volta para Recife. Não acreditei quando ele gritou na minha porta: “Ei, alma, vamos na locadora de vídeos”. Mais dele: na locadora, certa vez, ele perguntou ao atendente: “Tem algum filme em que o protagonista morre de câncer no final?”. O atendente estranhou e ele explicou: “É que eu gosto de filmes tristes”. A última dele: numa virada de ano eu preparei um churrasco na minha casa. À noite liguei para ele: “Ei, alma, vem aqui pra casa, tá rolando um churrasco”. Duque respondeu: “Não dá, estou lendo a Bíblia em inglês procurando imperfeições de Deus”. Desisti de entender!

Ainda tem o amigo Sidclay que é fã do RPM, tem Bento que foi reprovado na faculdade porque ao invés de estudar ia jogar xadrez, Carlos Doido que liga pra mim depois de tomar umas doses e me chama de carcamano, tem Rilton que surta três vezes por dia, tem Antônio que viaja de Roraima ao Recife para tomar uma no Mercado da Boa Vista, tem Ivan que pediu para eu arranjar uma vaga na escola e apareceu, diante da diretora, com um osso enfiado na orelha e uma barba imitando chifres. Ainda levou um colega que urinou na porta da diretoria. E  Mané que no meio de uma aula de Geografia Urbana, me falou: “O que é que eu tô fazendo aqui, eu gosto de rock da década de 70”. Realmente, “de perto ninguém é normal”.

E você que lê esse texto, qual a sua esquisitice?

O MEQUINHA DE 1977

Zapeando pela internet, dei de cara com essa linda foto do Mequinha. O clique é de 1977 e foi publicado na Revista Placar do dia 02 de setembro desse ano. Pena que já nessa época, o outrora “grande América”, já era visto como insignificante. A quem interessar, a matéria completa da  Placar está disponível aqui


ROCK E CARNAVAL, TUDO A VER


Pois então, na abertura do carnaval de Pernambuco, como vem acontecendo nos últimos anos, um batalhão de artistas nacionais aportou no Marco Zero para celebrar o homenageado da festa. Esse ano cantaram para Alceu Valença. Dentre os tantos nomes que por ali passaram, estava a baiana Pitty, linda como sempre. A menina realizou um belo show e fez o público – de carnaval – delirar. Baiana cantando rock no carnaval do Recife, pode, axé, felizmente, não.

Esse show me lembrou um episódio de um carnaval do longínquo ano de 1985. Para quem não lembra – ou não era nascido – nessa época o rock brasileiro mandava nas rádios, estava numa efervescência total. Eu estava com minha turma perambulando pelo centro do Recife, um bloco ali, um caboclinho acolá, mas não estávamos muito a fim. Quando passávamos em frente ao AIP – um lendário edifício no coração do Recife – vimos um sonzinho rolando num fiteiro localizado na entrada da rua do Fogo. Estava tocando Ultraje A Rigor. Ficamos por ali ouvindo aquele disco do periscópio que rolou todinho. Não lembro ao certo, mas tocou um monte de bandas nacionais e o nosso carnaval foi todo em frente ao pequeno estabelecimento comercial.

Hoje em dia, quem frequenta o carnaval do Recife não precisa recorrer a guetos. Depois do advento do chamado “Carnaval Multicultural”, tem rítmos para todos os gostos. Tem até uma rave na beira do rio. Imagino que os puristas devem torcer o nariz diante de “tamanha blasfêmia”, macular uma festa tradicional com rítimos que não são nativos. Mas o fato é que o carnaval do Recife assimilou bem essa mudança e as pessoas aceitam até uma baiana cantando rock na abertura da festa no palco mais tradicional. Evoé, its only rock n roll!

INSTITUTO RICARDO BRENNAND, UM LUGAR MÁGICO

LER HISTÓRIA E VER HISTÓRIA


Ontem, zapeando pela tevê, dei de cara com um documentário que desvendou o triste fim do última czar russo, Nikolái Romanov e toda sua família. Obviamente, no meu cotidiano em sala de aula já havia falado várias vezes sobre essa chacina. Mas, ver uma encenação do fato me fez enxergar a história de outro jeito. Na sala de aula, por mais dinâmico que seja o trabalho, não se tem a medida exata do terror vivido pelos Romanovs naquele triste dia.

Por força da Revolução Bolchevique, em 1917, Nikolái e sua família foi levado para os Montes Urais e confinado numa mansão onde viveu por quase um ano numa espécie de prisão domiciliar. No ano seguinte todos foram levados para Ekaterimburgo, local da grande tragédia. Não se sabe ao certo, mas, estima-se que entre os dias 16 e 17 de julho o czar e toda sua família foi levado para uma sala sob o pretexto de tirarem uma foto oficial que seria apresentada ao público pelos revolucionários Bolcheviques. Quando estavam todos perfilados, um oficial russo chamado Yakov Yurovsky, liderou um pelotão de fuzilamento que aniquilou, friamente, toda a família imperial. Segundo um relato do próprio Yakov, duas filhas do czar (eram quatro meninas, ao todo), Maria e Anastácia, não tiveram morte instantânea e foram golpeadas, seguidamente, por baionetas.

Os corpos dos Romanovs foram depositados em uma cova e em seguida incinerados para dificultar uma possível identificação. Os corpos de Maria e Anastácia, foram tratados do mesmo jeito, entretanto, sepultados em uma cova separada do resto da família. Quando a cova de Nikolái foi encontrada, identificaram a falta dos restos mortais de duas das filhas. Esse detalhe alimentou, durante anos, a ilusão de que as duas filhas do czar teriam sobrevivido à trágica noite. Anastácia, inclusive, virou personagem de um desenho animado da Disney baseada nessa lenda. Apenas em 2008, autoridades russas anunciaram a descoberta dos restos mortais das filhas de Nikolái. A identificação foi possível porque o DNA do czar ficou preservado em manchas de sangue das roupas que ele usava no dia de sua morte. Com o código genético preservado, a identificação do DNA das meninas configurou-se numa prova conclusiva.

Ainda em 2008, a Suprema Corte da Rússia reabilitou a Família Real Romanov que, desde então, está sepultada com todas as honrarias na Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo. A Igreja Ortodoxa russa, em 1981, canonizou Nikolái e toda sua família. Hoje em dia, eles são venerados como santos. Ler sobre esses fatos, repito, é muito menos do que ver a encenação. Vendo o documentário, senti até náuseas com a frieza de Yakov. Ele conviveu com os Romanov, conversava diariamente com os filhos do czrar mesmo sabendo que seria o algoz da família. Bastou uma ordem de Lênin e a execução se consumou rapidamente.

A história vista é bem mais marcante do que a história lida.“O que os olhos leem, o coração quase não sente”.

COLAGEM VOL. 04 - O VELHO MACAULY

Com fotos do The Sun

HÁ 48 ANOS OS BEATLES CONQUISTAVAM A AMÉRICA

Foi num 09 de fevereiro, como hoje, em 1964, que os Beatles se apresentaram no lendário programa The Ed Sulivan Show, da CBS. Nessa noite 73 milhões de americanos estavam sintonizados no programa. Uma audiência superior a transmissão da chegada do homem à Lua. Na verdade, os Beatles ja haviam conquistado a América com vários hits emplacados. A apresentação no Ed Sulivan Show foi apenas a coroação do grande sucesso. Abaixo, um vídeo remasterizado dessa lendária apresentação:

"AURORA DOS CARNAVAIS" ABRE O CARNAVAL DO RECIFE MANTENDO A TRADIÇÃO


Ontem, como sempre faço todo ano, fui conferir o encontro de blocos líricos da rua da Aurora. A festa idealizada por Romero Amorim e intitulada “Aurora dos Carnavais”, teve esse ano a sua décima terceira edição. O vídeo, abaixo, feito por mim, mostra a abertura do evento, a chegada dos flabelos – como são denominados os estandartes desses blocos – com o compositor Romero Amorim desfilando em carro aberto numa espécie da abre alas. Entre os homenageados desse ano o músico e professor Nenéu Liberauquino, Expedito Baracho e Claudionor Germano que está completando 80 anos. Esse foi o primeiro grande evento do carnaval do Recife. A importância do “Aurora dos Carnavais”, entretanto, é criar uma resistência que mantém viva a tradição dos velhos carnavais. Evoé!

A CONFIRMAÇÃO DA FARSA CRIADA PARA ENCOBRIR O ASSASSINATO DE HERZOG

A mídia noticia, hoje, o que todo mundo jà sabia: a emblemática imagem do enforcamento de Vladimir Herzog foi uma farsa montada pela Ditadura Militar. Silvaldo Leung Vieira, autor da foto, trabalhava, na época, no Instituto de Criminalística de São Paulo, vinculado ao temido DOPS. A imagem do jornalista Herzog foi veiculada pelos militares como sendo de um suicídio.

Silvaldo Vieira, quatro anos após a farsa, fugiu do país e viveu escondido até ser encontrado por Lucas Ferraz, repórter da Folha de São Paulo. Na época da foto, Silvaldo era recém-ingresso na polícia, tinha apenas 22 anos. Segundo ele, a foto do cadáver de Herzog teria sido uma espécie de “aula prática”. Depois da repercussão do caso, Silvaldo saiu do país e vive até hoje em Los Angeles. O fotógrafo revelou, ainda, que carrega até hoje uma imensa tristeza “por ter sido usado” pela ditadura.

Na verdade, o tiro saiu pela culatra. A farsa foi tão mal feita que qualquer leigo, ao analisar a foto feita por Silvado, percebia se tratar de uma armação. O corpo de Herzog foi colocado suspenso a uma altura de aproximadamente 1,63m, deixado seus membros inferiores quase dobrados. A veiculação da imagem fez com que a opinião publica se manifestasse com mais veemência e a linha dura do governo militar  que pressionava o presidente Ernesto Geisel para atuar com mais firmeza – leia-se, violência – acabou sendo abafada pelo clamor público.

A imagem de Vladimir Herzog semi-dependurado tornou-se um ícone da luta contra a ditadura servindo até, segundo alguns analistas políticos, de inspiração para os movimentos em prol da redemocratização do Brasil. Uma das páginas mais obscuras da história recente do Brasil, enfim, foi devidamente esclarecida.

Em respeito a Vladimir Herzog e sua família

HÁ QUINZE ANOS, CHICO SCIENCE

FRINGE 4x09 – ENEMY OF THE ENEMY


Spoilers Abaixo!

O nono episódio trouxe algumas novidades, mas não empolgou. As ramificações apresentadas no roteiro se encontraram nesses últimos episódios e está faltando habilidade para lidar com elas. Um ponto positivo, entretanto, é a forma correta como estão alternando a narrativa entre os dois universos. Só para comparar: em “Heroes” e “Lost”, os erros cometidos nas narrativas em tempos e dimensões paralelas, dificultaram muito o bom andamento da trama. No caso de Heroes, aniquilou completamente a série que tinha uma ótima premissa.

Enemy of My Enemy” mostrou que o lado negro da trama tem membros importantes, mas, como os metamorfos voltaram à cena, tudo pode não passar de um engodo dos roteiristas. O Broyles alternativo parece ser um metamorfo. O sinistro David Robert Jones, revelou o episódio, parece estar a serviço de Nina Sharp. A Elizabeth alternativa, antes uma neurótica que sofria pela perda do filho, misteriosamente, atravessou o portal e veio consolar e aconselhar Walter. E o Peter? O rapaz tomou para si a responsabilidade de enfrentar Jones fazendo pose de herói e tudo o mais.

As informações foram despeajdas e a trama embolou um pouco. Espero respostas, muitas respostas nos próximos episódios. Para terminar, uma inferência sobre o título do episódio, “Inimigo do Meu Inimigo”: o Walternativo pode estar dando uma de bonzinho porque Jones é inimigo comum entre ele e a outra dimensão. Algo como: “vamos trabalhar juntos para eliminar o nosso inimigo”.

Ficha
Escrito por: Monica Breen e Alison Schapker
Direção: Joe Chappelle
Exibição(EUA): 20 de Janeiro de 2012

MAURITZSTADT, MAURICÉIA, OU APENAS SÍNDROME DE ESTOCOLMO?


A história de Pernambuco, sobretudo da cidade do Recife, está intimamente ligada à vida do navegador germânico Johann Moritz von Nassau-Siegen, o Maurício de Nassau. De linhagem nobre, foi conde ainda na época do Sacro Império Romano Germânico e, após a formação da Confederação Germânica (1674), príncipe de Nassau-Siegen. Tinha forte formação militar mas, diferentemente dos combatentes da sua época, conservou a formação religiosa e o apreço pela arte, sobretudo a arquitetura. Sua inclinação calvinista e a necessidade de prover recursos para bancar seus sonhos arquitetônicos o levaram a aceitar o convite da Companhia das Índias Ocidentais para administrar os territórios holandeses conquistados no Brasil.

Foi num 23 de janeiro como hoje, que Maurício de Nassau desembarcou no porto do Recife. Sua comitiva refletia sua formação humanistica, muito mais que a militar. Era composta por arquitetos, cientistas, gravuristas, médicos e religiosos. Diferentemente dos portugueses, que impuseram o credo católico, Nassau propagou a liberdade religiosa estabelecendo uma relação amistosa com os nativos e estrangeiros que aqui viviam. O Recife passou por um rápido período de modernização e se tornou uma das cidades mais importantes das Américas. Nassau tornou-se um mito no imaginário dos pernambucanos. Recife conserva até os dias de hoje traços da cultura holandesa e mantém uma relação histórica tão íntima com os Países Baixos que muitos estudiosos, numa analogia com a psicologia, afirmam ser uma manifestação do que eles chamam de “Síndrome de Estocolmo”, o sentimento de apreço que o dominado sente pelo dominador.

O Instituto Ricardo Brenand, espetacular museu iconográfico do Recife, reúne uma coleção original de obras dos pintores Franz Post e  Alber Eckhout, ambos da comitiva de Nassau. A cidade do Recife em ensaios poéticos e em várias publicações históricas locais é chamada de “Mauricéia” ou “Mauritzstadt”, uma referência a influencia de Maurício de Nassau. Fora isso, tem as coincidências naturais: a cidade do Recife é cercada por canais, tem uma geografia idêntica a da cidade de Amsterdã, que vive em constante luta para fugir do avanço das águas.

Há alguns anos, a empresa de saneamento do Recife fazia escavações no Recife Antigo e descobriu uma sequência de diques construídos na época dos holandeses. A obra tinha o mesmo propósito dos famosos pôlderes holandeses: conter o avanço do mar. O local acabou virando um museu a céu aberto alimentando mais ainda a mística dos holandeses. São 375 anos de uma história que a maioria dos recifenses adora relembrar e alguns adoram rechaçar. Seja como for, é uma bela história.
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